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MÓDULO - INCIDÊNCIA E CRÉDITO TRIBUTÁRIO

SEMINÁRIO I – ISENÇÕES TRIBUTÁRIAS E REGRA MATRIZ DE


INCIDÊNCIA TRIBUTÁRIA

RELATÓRIO GERAL

TURMA: TERÇA-FEIRA

PROFESSOR: GERVÁSIO

Relatora geral: Carolina Teixeira Ramos

Grupos:

1. Evelin Carvalho (relatora), Daniel Vilanova, Fernanda Mônaco, Arthur


Sales e Carolina Portugal.
2. Daise Figueiredo (relatora), Catarina Coelho, Fausto Filho e Talita
Avana.
3. Carolina Teixeira (relatora), Sarah Bulhões, Graziele Souza e Glauco
Godim.
4. Bianca Sampaio (relatora), Amanda Oliveira, Maiana Patrício, Paulo
Victor e Vitório Rodrigues.
5. Fernando Rodrigues (relator), Ana Flávia, Marília Saraiva e Yasmin
Zollinger.
6. Valter Geovane (relator), Laís Carvalho, Elias Freitas e Paula Barbosa.
7. Hannah Vilan (relatora), Orlando Serra, Renata Rebouças, Bruna Curci
e Pedro.

Respostas às questões propostas em seminário:

1. Quanto ao conceito de isenção, toda a turma concordou que trata-se


de norma de estrutura que limita a atuação da RMIT, podendo atuar em
qualquer um dos seus critérios.
A maior parte da turma entendeu que a Lei em comento, ao estabelecer
que “fica concedida isenção do IPTU sobre imóveis cedidos em comodato, por
escritura pública ou documento particular devidamente registrado, a entidades
culturais sem fins lucrativos à União, Estados, Municípios, Autarquias e
fundações...” mutila o critério material da RMIT. Já outra parte da turma
entendeu que mutilaria o critério pessoal da RMIT, contudo, após discussões
com outros grupos, chegaram à mesma conclusão de mutilação do critério
material.
Foi discutido ainda que tal isenção não era condicionada, tendo em vista
que ela apenas foi qualificada ou especificada.
Quase toda a turma entendeu que a isenção não é dispensa legal do
pagamento do tributo, visto que ela impede a incidência da RMIT, e por
conseguinte o nascimento da obrigação tributária. Por este motivo, não se
assemelha à remissão, que é a dispensa legal do pagamento do tributo, ou
seja, houve o surgimento da obrigação e o lançamento do crédito, mas, lei
superveniente libera o contribuinte do pagamento.
Parte minoritária defendeu ainda a teoria clássica, que entende a
isenção como dispensa de pagamento.

2. a) Após discussão acerca do condicionamento ou não da isenção


concedida na Lei em comento, toda a turma entendeu que o Município de São
José dos Cedros pode suspender a isenção a qualquer momento, visto que
trata-se de isenção incondicionada concedida por prazo indeterminado, não
violando assim o artigo 178 do Código Tributário Nacional. Veja-se:

Art. 178 - A isenção, salvo se concedida por prazo certo e em função de determinadas
condições, pode ser revogada ou modificada por lei, a qualquer tempo, observado o
disposto no inciso III do art. 104).

Novamente a turma retomou a discussão a respeito do não


condicionamento da isenção, tendo em vista que ela apenas foi qualificada ou
especificada. Ademais, também foi pontuado que condição é diferente de
requisito, sendo a primeira essencial para atribuir a isenção o caráter
condicionado e o segundo um item a ser comprovado após a concessão da
isenção.

b) Toda a turma entendeu que a revogação da isenção apenas


reestabelece a sua eficácia, visto que a norma tributária é válida, vigente e só
não era eficaz por conta da limitação estabelecida pela regra de isenção.

Levando-se em consideração o caso de publicação de nova regra


tributária (o que não seria necessário no caso em comento), devem ser
respeitados os princípios da anterioridade regular e nonagesimal.

3. Toda a turma entendeu que o Município que concedeu isenção de ISS


nas condições especificadas e por prazo certo, não pode cobrar logo em
janeiro de 2018, tendo em vista que não estaria sendo respeitado o direito
adquirido do contribuinte, que atendeu às condições da isenção desde o início.
Assim, somente poderia ser cobrado ISS desta empresa após esgotamento
dos 60 meses, sob pena de violação do artigo 178 do Código Tributário
Nacional.
Ressalta-se ainda que um dos grupos entendeu ser possível a
revogação e a posterior declaração de constitucionalidade da lei para tratar dos
seus efeitos.

4. a) Parte da turma entendeu que não há que se falar em isenção


parcial, visto que a isenção inibe os efeitos da RMIT, implicando assim na
ausência de nascimento da obrigação tributária, além de ser hipótese de
exclusão tributária, não podendo constituir parcialmente o crédito.
A redução da base de cálculo não pode ser considerada hipótese
de isenção parcial, tendo em vista que na primeira há incidência da RMIT.
Uma minoria entendeu que a redução da base de cálculo é exemplo de
isenção.

b) Toda a turma entendeu que não é possível o estorno do crédito do


ICMS proporcional à parcela correspondente à redução da base de cálculo com
fundamento no artigo da Constituição Federal que trata de isenção e não
incidência, visto que tratam-se de institutos diversos, fugindo do previsto no
referido artigo.
Para a parte da turma que entendeu a redução da base de cálculo como
exemplo de isenção, seria possível o estorno, pois seriam institutos
equivalentes.
SEMINÁRIO II – Crédito Tributário, Lançamento e
Espécies de Lançamento

Relatora: Marcella Portugal Paes Cardoso.

Questão 01:

A Turma, de forma unânime, entendeu que a Fazenda não está correta em


relação à imposição das penalidades e juros de mora antes do processo
administrativo, sendo neste, oportunizado o contraditório e a ampla defesa.
Quanto ao principal (incidência dos tributos), a maioria da turma entende que
pode inscrever em dívida ativa e executar diretamente, independente da
homologação de ofício; e a minoria entende que deve esperar o processo
administrativo para a incidência do tributo. Por fim, a maior parte da turma
entende que a glosa se equipara a ausência de pagamento, pois, uma vez não
reconhecido o crédito permanece o saldo devedor; e a outra parte nega esta
equiparação.

É certo que o entendimento majoritário da turma leva em conta crédito de uma


compensação apresentada posteriormente, não havendo dúvidas quanto à
obrigação de prestar o tributo ou ao quantum devido pela empresa.

Questão 02:

A) Homologação é o ato administrativo de fiscalização, por meio do qual o


fisco homologa tácita ou expressamente o procedimento realizado pelo
contribuinte, extinguindo a relação jurídica entre ambos. Para a maioria da
turma se homologa ambas: o pagamento e a norma individual e concreta,
pois a Administração Tributária deve analisá-las, em conjunto, a fim de
validá-las frente os critérios da RMIT. E, para a minoria da turma, se
homologa apenas a norma individual e concreta, pois, ainda que não haja o
pagamento, o fisco homologa a atividade realizada pelo contribuinte,
podendo inscrever o débito diretamente em dívida ativa, independente de
lançamento de ofício.
B) Para a turma, o efeito é a extinção imediata do crédito tributário. Verifica-se
no momento em que o fisco concorda e aceita as informações prestadas
pelo contribuinte, de forma expressa e inequívoca, dentro do prazo
decadencial de cinco anos. A maioria da turma entende que o desembaraço
aduaneiro pode ser considerado caso de homologação expressa, mas não
pode tratá-lo como lançamento de ofício. E, por fim, a maior parte da turma
defende a impossibilidade de revisão da alíquota, por enquadrar-se
unicamente em hipótese de erro de direito, enquanto que, a minoria diz ser
possível a revisão posterior ao desembaraço aduaneiro, caso a modificação
da alíquota seja decorrente de erro de fato.

Questão 03:

A) A maioria da turma entende existir 03 normas individuais e concretas,


quais sejam (antecedente X consequente): saída de mercadoria X pagar
tributo; não pagar tributo X pagar multa; e pagar com atraso X dever de
pagar com juros. Dois grupos, separadamente, entendem haver uma
quarta norma: ser autuado X poder oferecer defesa; e dever instrumental
(ato de declaração). E um grupo entende haver apenas duas normas: a
RMIT e a de penalidades/juros (uma só).
B) Auto de infração – documento: suporte físico que serve para descrever a
norma individual e concreta, e a penalidade a ser imposta ao sujeito
passivo. Ato administrativo de imposição de multa – lançamento da
obrigação acessória. Ato administrativo de lançamento - trata-se de
lançamento da obrigação principal. Ato de notificação – ato de cientificar
o contribuinte acerca da infração.
C) A maioria da sala entende conforme PBC, no sentido da obrigação
tributária e o crédito tributário nascerem juntos, divergindo apenas do
momento: notificação (ciência do lançamento), ou lançamento; ou fato
gerador. A minoria da sala, no entanto, entende que, primeiro nasce a
obrigação tributária com a realização do fato gerador e, depois, o crédito
tributário com o lançamento.
RELATÓRIO GERAL
Seminário III

Ações Tributárias: Declaratória, Anulatória, Consignação Em Pagamento,


Embargos À Execução E Exceção De Pré-Executividade

Turma de Terça-feira- Prof. Gervásio

Relatora Geral: Bianca Sampaio

Relator Grupo 01:


Relator Grupo 02: Paula Bitart
Relator Grupo 03: Vitório Rodrigues
Relator Grupo 04: Ananda Oliveira
Relator Grupo 05: Marcella
Relator Grupo 06: Catarina Coelho
Relator Grupo 07: Sarah Bulhões

Questão 1- Quais os instrumentos processuais (judiciais) adequado à impugnação


de crédito tributário, em cada uma das situações a seguir descritas:

(i) Instituição do tributo: Ação Declaratória e ADIN para os legitimados, não


caberia Mandado de Segurança sob pena de ser considerado como remédio
impetrado contra lei em tese;
(ii) Ocorrência de evento que se enquadra na hipótese da norma jurídica que
institui o tributo: Ação Declaratória e Mandado de Segurança preventivo.
(iii) Notificação do contribuinte de lançamento tributário: Ação Anulatória,
Mandado de Segurança com efeito repressivo e Ação declaratória com efeito
desconstitutivo.
(iv) Débito inscrito em dívida ativa: Anulatória e cautelar com pedido de
anulatória e MS repressivo.
(v) Propositura da Ação de Execução Fiscal: Exceção de Pré-Executividade e
Embargos à Execução. Parte da turma entendeu que também caberia
anulatória, declaratória e Mandado de Segurança repressivo.
(vi) Intimação do devedor da penhora: Exceção de pré-executividade e Embargos
à Execução.
(vii) Fim do prazo para propositura de Embargos do Devedor: Anulatória e
Exceção de pré-executividade.
(viii) Citação na Execução Fiscal e hipótese de nulidade do título executivo:
Exceção de pré-executividade.
(ix) Óbice imposto ao contribuinte de pagar tributo: Consignação em pagamento.
Questão 2- Sobre a defesa do contribuinte na execução fiscal:

a) A Exceção de pré-executividade é uma Simples petição destinada a evitar o


prosseguimento da execução com vício de nulidade absoluta, com fundamento legal
do art. 5º, XXXV da CF, art. 3º, Parágrafo Único da LEF e ainda com fundamento
jurídico na Súmula 393 do STJ, que prevê sua possibilidade. Não há
especificamente um momento adequado para sua apresentação, visto que deve tratar
de matéria de ordem pública, podendo ser conhecida a qualquer tempo. Desse modo,
as matérias passíveis de arguição são matérias de ordem pública e que não
demandem dilação probatória. Assim, é possível alegar prescrição e legitimidade
também, desde que não dependa de dilação probatória. Um dos grupos apresentou a
possibilidade de alegar ilegitimidade do sócio, nas hipóteses em que não tenha
participado do PAF.

b) A oposição de Embargos à Execução Fiscal requer a garantia do débito. Nâo tem


previsão legal de efeito suspensivo automático, mas a parte pode pedir. Quanto ao
efeito suspensivo dos embargos, há entendimentos diferentes, de que a própria LEF
pode prever efeitos suspensivos aos embargos. A Exceção de pré-executividade não
tem efeito suspensivo, e a oposição dos Embargos por si só também não têm,
entretanto, é possível requerer a suspensão da execução fiscal em razão da oposição
dos Embargos com a garantia do débito.

c) A maioria da turma entendeu que se de fato não houver reconhecimento da


suspensão, é possível a alienação do imóvel e conversão em renda, a não ser que
seja encontrada outra causa suspensiva. Uma parte da turma entende que em razão
da conexão entre as ações, e a necessidade de julgamento em conjunto, como dispõe
o CPC, não poderia seguir a Execução Fiscal enquanto pendente o julgamento dos
Embargos.

3- A respeito da Consignação em Pagamento, questiona-se:

a) Parte da turma entendeu pela conversão do depósito em renda, e parte pelo trânsito
em julgado da decisão de procedência da Ação. A turma discutiu a respeito de uma
atecnia do CTN, ao dispor, em seu art. 156, VIII que a consignação em pagamento
seria uma forma de extinção do crédito tributário, uma vez que o art. 164, § 2º
dispõe que o pagamento reputa-se efetuado quando da conversão do depósito em
renda.

b) A maioria da turma entende que o réu da consignação em pagamento pode levantar


o valor incontroverso, desde que a ação consignatória não seja em razão de dúvida
quanto ao sujeito ativo. No caso de improcedência da ação, pode cobrar juros e
multa de mora, quando, por exemplo, o valor depositado for insuficiente.
Módulo: Incidência e Crédito Tributário
Seminário IV: Extinção da Obrigação Tributária, Compensação e Repetição do Indébito
Data: 11.05.2019
Turma: Terça – Professor Gervásio
Relatora Geral: Évelin Carvalho
Grupo01:
Grupo 02: Maiana Patrício (relatora), Amanda Mussi, Marcella Portugal e Hanah Vilan
Grupo 03:
Grupo 04: Marília Matos Saraiva (relatora), Ana Flávia Basso, Graziele Souza e Daise
Oliveira
Grupo 05: Carolina Portugal (relatora), Arlinda Cláudia, Catarina Coelho e Fernanda
Mônaco
Grupo 06: Évelin Carvalho (relatora), Sarah Bulhões, Carolina e Diogo Bastos
Grupo 07: Bruna, Felipe

QUESTÕES

Questão 01) Quem tem legitimidade ativa para pleitear a repetição do indébito
tributário? E na hipótese de substituição tributária? A hipótese prevista no art. 166 do
CTN 1 prescreve alguma alteração do sujeito legitimado?
1 Art. 166. A restituição de tributos que comportem, por sua natureza, transferência do respectivo
encargo financeiro somente será feita a quem prove haver assumido o referido encargo, ou, no caso de
tê-lo transferido a terceiro, estar por este expressamente autorizado a recebê-la.

A legitimidade
Posicionamento 1: Tem legitimidade ativa para pleitear a repetição de indébito tributário o
sujeito passivo da obrigação tributária, podendo ser o contribuinte de direito ou o
substituto tributário, já que este compõe a relação jurídico-tributária.
Posicionamento 2: A pessoa legítima será aquela que efetivamente suportou o encargo
financeiro da operação, uma vez que, sendo a repetição de indébito uma forma de
combate ao enriquecimento ilícito, somente poderá se beneficiar da devolução do crédito
aquele que sofreu o dano.

A substituição
Posicionamento 1: Será legitimado o substituto tributário, uma vez que o mesmo integra a
regra matriz de incidência tributária e é quem efetiva o pagamento que se pretende
repetir.
Posicionamento 2: Será legitimado o substituído, quem suporta o prejuízo do pagamento
indevido; ou o substituto, acaso autorizado pelo substituído, nos termos do art. 166 do
CTN.
Posicionamento 1: A regra do art. 166 apenas estabelece um requisito a ser atendido pelo
sujeito passivo para que possa postular a repetição de indébito.
Posicionamento 2: Entende-se que o art. 166 promove a alteração do legitimado ativo
para a repetição de indébito tributário, porquanto possibilita que aquele que sofreu o
dano autorize terceiro, que não suportou o encargo do pagamento indevido, a postular o
ressarcimento.

Questão 02) Considerando a ADI 2675 e ADI 2777 julgadas pelo Supremo Tribunal
Federal em 2016, responda em relação aos casos abaixo, o seguinte:
Evento 1. Considerando que: (i) A distribuidora de combustível vendeu 10.000 litros de
gasolina para o posto pelo valor de R$2,50 o litro; (ii) o valor de pauta estabelecido pelo
Estado para a base de cálculo ICMS ST MG (PMPF) foi fixado em R$4,00 o litro; (iii) os
R$10.000,00 litros de gasolina foram vendidos a R$3,60 o litro pelo posto ao consumidor
final e (iv) a alíquota do ICMS incidente sobre a venda de gasolina é de R$25%, responda:
Evento 2. Considerando que: (i) A indústria fabricante de aparelho celular vendeu 1
aparelho pelo valor de R$500,00 ao distribuidor X; (ii) para cálculo do ICMS ST incidente
sobre o produto, recolhido pela indústria, utilizou-se a margem de valor agregado (MVA)
correspondente a 70% e a alíquota de 25% para o referido produto; (iii) o Revendedor Y
comprou do distribuidor X por R$750,00 e revendeu para o lojista Z o aparelho celular
pelo valor de R$780,00; (iv) o Lojista Z vendeu o aparelho celular para o consumidor final
no valor de R$800,00.

a) Há indébito a ser repetido nos eventos 1 e 2? Justifique

Posicionamento único: Sim. Há indébito porque a base de cálculo presumida foi superior à
real.

b) Em havendo indébito, qual o valor a ser pleiteado? Quem terá legitimidade


para pleiteá-lo? Justifique considerando a previsão do art. 166 do CTN.

Valor
Posicionamento único: O valor a ser pleiteado é R$1.000,00 para o evento 1 e R$12,50
para o evento 2.

Legitimidade
Posicionamento 1: O legitimado para pleitear a repetição será o posto do evento 1 e o
lojista Z do evento 2, pois foram eles que suportaram efetivamente o encargo do
pagamento indevido.
Posicionamento 2: O legitimado para pleitear a repetição será a distribuidora do evento 1
e a indústria do evento 2, pois são eles os sujeitos passivos da obrigação tributária, quem
efetivou o pagamento que se pretende repetir.
Posicionamento 3: Poderá tanto o substituto, como o substituído tributário, pleitear a
repetição de indébito, sendo que o substituto, tendo repassado o encargo ao substituído,
dependerá da autorização deste para o ajuizamento da ação de indébito, nos termos do
art. 166 do CTN.
Posicionamento 4: O legitimado para pleitear a repetição será o posto do evento 1 e o
lojista Z do evento 2 desde que ambos obtenham autorização do consumidor final para o
ajuizamento da ação, nos termos do art. 166 do CTN, ou comprovem que não houve
transferência do respectivo encargo financeiro ao consumidor final.
Posicionamento 5: No evento 2, cada participante da cadeia tributária terá direito a repetir
a parte que lhe cabe proporcionalmente à operação por ele desenvolvida, sendo R$10,41
para o distribuidor, R$0,75 para o revendedor e R40,34 para o lojista.
c) Quais meios de prova devem ser apresentados pelo legitimado a repetir o
indébito para comprovar que a base de cálculo do ICMS ST presumida foi superior ao
valor efetivamente praticado na venda ao consumidor final?

Posicionamento único: Notas fiscais de entrada e saída.

Questão 03) Diante da sistemática implementada pelo CPC/15 relativamente aos


julgamentos de casos repetitivos, pergunta-se: é possível falar em direito subjetivo à
repetição/compensação do indébito a partir do momento em que proferida decisão em
recurso especial e/ou recurso extraordinário repetitivos (vide art. 928 do CPC/15), ainda
que o contribuinte não tenha ajuizado ação de repetição/compensação do indébito cujo
fundamento seja objeto do recurso repetitivo?

Posicionamento 1: Não haverá direito subjetivo à repetição/compensação do indébito


porque a sistemática do recurso repetitivo não estabelece vinculação da Administração ao
seu resultado.
Posicionamento 2: Há direito subjetivo porque a decisão vincula a Administração, posição
esta reforçada pelo art. 62, §2º do RI do CARF. Assim, é possível a compensação pela via
administrativa e, se o contribuinte houver recorrido à via judicial, não será necessário
aguardar o trânsito em julgado em sua ação para promover a compensação/repetição.
Módulo II - Seminário V
Turma: terça-feira/ Professor: Gervásio.
Imposto sobre a Renda da Pessoa Física e Regime de Fonte

Questão 01:
Parte da turma entendeu que não há identidade entre o Imposto de Renda anual e o Imposto
de Renda retido na fonte, haja vista a distinção entre a materialidade dos institutos
mencionados. O IR anual tem como critério material auferir renda e proventos de qualquer
natureza, enquanto o IR retido na fonte tem como critério material o rendimento pago ao
contribuinte. Deste modo, por constitui nova regra matriz de incidência tributária, a retenção
na fonte não se configura como mero dever instrumental.
Todavia, outra parte da turma entendeu que o Imposto de Renda anual e o Imposto de Renda
retido na fonte não são espécies autônomas, consentindo que a regra matriz de incidência
tributária dos dois institutos é a mesma. A retenção na fonte consistiria em uma técnica de
pagamento antecipado. Deste modo, a retenção na fonte, por não constituir nova espécie
tributária, seria um dever instrumental.

Questão 02:
a) Acerca da viabilidade de dedução os valores pagos e recebidos por locação de imóvel, a
maioria da turma entendeu pela impossibilidade de dedução pelo locador e locatário, vez que,
inexiste previsão legal neste sentido. Não obstante, a turma acrescentou que os valores gastos
com o aluguel de imóvel residencial deveriam ser dedutíveis do IRPF pelo locatário, com fulcro
no direito fundamental à moradia garantido pela Constituição Federal. Sob esta análise, um
dos grupos ponderou que a possibilidade de dedução do imóvel locado poderia gerar uma
violação à isonomia, posto que este benefício não seria oportunizado aos contribuintes que
adquirem imóvel residencial.
b) Quanto à possibilidade de dedução dos valores pagos a título de reforma, a turma entendeu
que não cabe dedução dos valores despendidos pela ausência de previsão legal. Com
fundamento do direito à moradia, alguns afirmaram que as benfeitorias necessárias deveriam
ser dedutíveis do Imposto de Renda. No que tange à viabilidade de dedução dos encargos
previdenciários pagos aos funcionários contratados para realização da reforma, a maioria da
turma consentiu que não é possível a dedução, pois são despesas do funcionário, dedutíveis
por ele e não pelo tomador do serviço.
c) O procedimento do fisco foi correto quanto à lavratura do auto de infração sobre os valores
recebidos a título de reembolso e os depósitos bancários não comprovados pelo contribuinte,
posto que, o prestador de serviços apenas poderia deduzir as despesas operacionais se as
mesmas fossem escrituradas em livro caixa, o que não foi narrado no caso em deslinde. No
que concerne à aplicação da multa qualificada no percentual de 150%, o procedimento do
fisco foi incorreto, pois a multa qualificada somente poderia ser utilizada quando comprovado
o dolo do contribuinte. No presente caso, o contribuinte realizou a declaração inexata, ficando
submetido à penalidade no percentual de 75%, nos termos do inciso I, do art. 44, da Lei n
9.430/1996.
Questão 03:
Caso 01: não haverá repercussões negativas para o contribuinte e para fonte pagadora.
Caso 02: o contribuinte sofrerá incidência de penalidade por descumprimento de obrigação
acessória. Não haverá responsabilização da fonte pagadora.
Caso 03: a fonte pagadora sofrerá incidência de multa e juros, bem como poderá ser
enquadrada na conduta típica de apropriação indébita.
Caso 04: a fonte pagadora sofrerá incidência de multa e juros, bem como poderá ser
enquadrada na conduta típica de apropriação indébita e o contribuinte sofrerá incidência de
penalidade por descumprimento de obrigação acessória.
Caso 05: caso o contribuinte tenha realizado sua declaração considerando o valor do seu
rendimento sem a retenção, haverá uma incoerência, pois o valor recolhido levou em conta a
retenção, enquanto o valor realmente percebido pelo contribuinte foi maior, devendo este
realizar o pagamento da diferença apurada. Na hipótese de ter realizado a declaração,
considerando a retenção que deveria ter sido feita, caberá restituição do valor pago pela fonte
pagadora a título de IR.
Caso 06: o contribuinte sofrerá incidência de penalidade por descumprimento de obrigação
acessória e caberá restituição do valor pago pela fonte pagadora a título de IR.
Caso 07: a parte da turma que entende o IR fonte como dever instrumental, infirma que a
fonte pagadora deverá arcar com multa pelo descumprimento do dever instrumental e o
contribuinte sofrerá penalidade pelo não pagamento do IR. Ademais, a parte da turma que
entende o IR fonte como espécie autônoma, concluiu que a fonte pagadora deverá arcar com
multa pelo descumprimento da retenção e pelo não recolhimento do tributo.
Caso 08: na hipótese da fonte pagadora não ter realizado a sua declaração, o evento não foi
vertido em linguagem competente, não havendo repercussões. Todavia, se a fonte pagadora
realizou a declaração, haverá aplicação de penalidade para ambas as partes.
RELATÓRIO DO SEMINÁRIO VI DA TURMA DE TERÇA-FEIRA

PROFESSOR – GERVÁSIO

● Relatores:
1. Renata Rebouças
2. Yasmin Zollinger
3. Sarah Bulhos
4. Diogo Bastos
5. Marcella Portugal

Questão 1.

a) O entendimento da turma foi de que a lista é taxativa de modo geral, sendo


extensiva onde tem o termo congêneres.
b) O entendimento da turma foi de que o Município não poderia tributar uma vez
que o rol é taxativo, caso houvesse a necessidade de incisão de novo serviço,
este dever ser feito por meio de LC.
c) Na turma tiveram entendimentos divergentes com relação aos dois primeiros
pontos da questão, parte entendeu que houve ampliação da competência e que
a medida é constitucional. Já em relação a alteração da legislação municipal, a
turma entendeu que seria necessário.
Questão 2.

O que é “prestação de serviço”?

O entendimento da turma é de que prestação de serviço seria operações efetuadas


em benefício próprio que geram por sua vez obrigações fim e não de meio, não
sendo enquadrado como serviço público.

i. Parte da turma entendeu que não incide por ser um serviço público
remunerado pelas taxas, outra parte entendeu que caberia cobrança do
imposto nas verbas destinadas aos cartórios;
ii. Parte da turma entende que incide ICMS e outra parte ISS;
iii. A turma entendeu que incide por se tratar de um serviço presado pelo
banco, seguindo entendimento da segunda turma do STJ;
iv. A maioria da turma entendeu que deve incidir o imposto por ser uma
atividade fim prestada pela instituição financeira;
v. A turma entendeu que é devido o imposto caso a franquia tenha que
prestar algum treinamento para o franqueado, se este não for
necessário, não incide;
vi. A turma entendeu que incide imposto sobre o serviço do operador, não
sobre a locação do bem;
vii. A turma entendeu que incide imposto dobre as atividades do
cooperado, não da cooperadora.
viii. Divergência, a maioria da turma entendeu que incide caso a atividade
seja fim, se for meio não incide ISS, outra parte entendeu que esta
seria uma atividade de meio;
ix. Divergência, a maioria da turma entendeu que não cabe imposto por
ser uma cessão de direitos, outra entende que deve incidir ISS pelo fato
de ser um material construído e por sempre estar em manutenção;
x. A turma entendeu que incide imposto se houver o serviço de
montagem, a simples cessão não;
Questão 3.

a) A turma entendeu que via de regra, o imposto é devido no local do


estabelecimento prestador do serviço.
b) Divergência, a maioria da turma entendeu que o que configura um
estabelecimento é a presença de uma estrutura mínima para uma prestação
de serviços. Sendo assim, seria válida a cobrança nos dois casos. Outra
parte entendeu que no primeiro caso seria devido a cobrança no local do
estabelecimento, já no segundo, no local da prestação.
c) Divergência quanto ao segundo caso; a da turma entendeu que no primeiro
não incide imposto sobre esse serviço uma vez que este se originou e
consumou fora do país. Em relação ao segundo, entendeu a maioria que
caso haja acompanhamento do projeto no município de Angra dos Reis, o
serviço deve ser pago neste.
TURMA DO PROFESSOR GERVÁSIO LIBERAL DA TERÇA-FEIRA – DIA
18/06/2019

RELATOR GERAL: ELIAS FREITAS DOS SANTOS

GRUPO 1: VITÓRIO RODRIGUES (RELATOR); PAULA BIDART, RENATA


REBOUÇAS; PAULO VICTOR

GRUPO 2: ANA FLÁVIA BASSO (RELATORA); GRAZIELI SOUZA; MARÍLIA


SARAIVA; MARCELA PORTUGAL; CATARINA COELHO.

GRUPO 3: VALTER GIOVANE RAMOS (RELATOR); ELIAS FREITAS; EVELIN


CARVALHO, LAÍS CARVALHO.

GRUPO 4: DEISE OLIVEIRA (RELATORA); CAROLINA PORTUGAL; CARLOS


ALBERTO; KARINA GARCEZ

1.
a) Todos os grupos, de forma unânime, entenderam não ser possível que o
Estado de São Paulo vede aos contribuintes, destinatários de mercadorias
provenientes de Tocantins, o aproveitamento integral do ICMS destacado na
nota fiscal. Isto porque, apesar de ser claramente questionável a
constitucionalidade da lei, é imprescindível que haja a efetiva declaração da
inconstitucionalidade pelo Poder Judiciário, a fim de legitimar a conduta
adotada pelo Estado de São Paulo no dado caso concreto.

b) A maioria dos grupos entendeu que a edição da Lei Complementar 160/2017


e o Convênio ICMS 190/2017 alteram o cenário acima, no que se refere à
concessão/validação do benefício fiscal e consequentemente o direito ao
crédito pela adquirente da mercadoria, haja vista o que a concessão /
validação dos benefícios está condicionada ao amparo pelo Convênio do
CONFAZ. Apenas um grupo entendeu que a dada situação concreta não
altera, considerando que o Estado de São Paulo não poderia negar o
aproveitamento do crédito até a superveniente declaração de
inconstitucionalidade em eventual ação judicial.

2.
a) Houve uma consonância no entendimento de que a não cumulatividade
consiste no direito ao aproveitamento ao crédito de ICMS pago na cadeia
anterior, sendo destacado por um dos grupos que se trata de um princípio e
técnica que evita a cumulação das contribuições durante o ciclo econômico.
Sendo assim, com a não cumulatividade é permitido o creditamento na
entrada e sua compensação com o débito do imposto.

De forma unânime, os grupos entenderam que a legislação


infraconstitucional não pode estabelecer critérios não previstos na
Constituição Federal para aproveitamento de créditos.

b) Os grupos entenderam de forma uníssona que o procedimento do Fisco não


encontra amparo na Constituição Federal, considerando, ainda, que não há
fundamentação legal para vedar o aproveitamento do crédito com a
argumentação na declaração de inidoneidade das notas fiscais do anterior da
cadeia. E, ainda, foram apresentadas pelos grupos que, uma vez comprovada
a boa-fé do contribuinte; demonstrada a veracidade da operação mercantil e,
ainda, em observância ao princípio da segurança jurídica, os créditos devem
ser preservados, sendo que os efeitos apenas poderiam ser ex nunc. Restou
destacado, também, o desacerto no procedimento do Fisco com base na
Súmula 509 do STJ.

3.
a) Não houve divergência entre os grupos, ao considerar que o destinatário
físico é o destinatário final da mercadoria ou bem, notadamente, o
adquirente. Já o destinatário jurídico é aquele que efetivamente realizou a
importação, isto é, a empresa importadora ou a pessoa física.
b) Sujeito ativo: ente onde se localiza o importador, no caso, o Estado de São
Paulo.
Sujeito passivo: o adquirente paulista, porque figura como o importador, o
real adquirente das mercadorias.

c) IMPORTAÇÃO POR CONTA E ORDEM DE TERCEIRO


 Local do recolhimento: São Paulo (local do adquirente).
 Sujeito ativo: São Paulo.
 Sujeito passivo: adquirente paulista
 Direito ao crédito do ICMS: caberá direito ao crédito da empresa
paulista.

IMPORTAÇÃO POR ENCOMENDA


 Local do recolhimento: Espírito Santo (local do importador).
 Sujeito ativo: Espírito Santo.
 Sujeito passivo: importador (empresa capixaba)
 Direito ao crédito do ICMS: caberá direito ao crédito da empresa
capixaba, porque realizou a importação.

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