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Beleza pura ou bela pureza?

A pureza de espírito, a pureza de coração é o que há. A pureza está tão relacionada ao belo, à
estética que não se pode desassociá-las. E como amamos aquilo que é belo!

No Paraíso Deus não advertiu ao primeiro casal a se afastar da árvore do conhecimento do bem e do
mal. Ele não colocou uma cerca elétrica impedindo ao ser humano de tocá-la. Deus nem mesmo
evitou que a serpente adentrasse aquele Paraíso. E o que mais me assombra, Deus não aconselhou
seus recém criados filhos a evitarem conversar com estranhos. E nada mais estranho do que uma
cobra falando.

O Paraiso é belo. E tudo que Deus criou é bom. Não havia razões para o Pai espalhar medo. Nunca
houve e nunca haverá. O verdadeiro amor lança fora o medo, ensinou-nos o ancião em sua carta.

A humanidade ama a beleza de tudo que Deus criou. Mas infelizmente quando Eva, nossa mãe, olhou
para o fruto proibido, ela viu que ele era agradável aos olhos. Era meio caminho andado para a
cobiça, a concupiscência dos olhos.

Jesus também foi assim tentado, quando Satanás (agora sem disfarces) lhe mostra a glória dos reinos
deste mundo e lhe oferece tudo.

Ele, Jesus, é mais belo que os lírios dos campos. Não haveria nenhuma representação gráfica,
cinematográfica ou artística capaz de expressar um pingo sequer de sua irresistível beleza. Mas foi
sua feiura, na cruz, quando nele não havia beleza alguma, que nos conquistou. Não a feiura dele.
Fomos nós quem o tornamos feio. Ele se deixou “einfeiurar”, pela maldade dos seres humanos
caídos, porque se entregou. Porque não amou a glória desse mundo. Porque foi obediente ao Pai.
Porque tendo amado os seus, os amou até o fim. E esse amor, levantado, exposto, de forma
desavergonhada, amor incomensurável e incondicional por gente de todo o mundo é o que atrai
toda essa gente. Um amor sincero, puro, limpo, belo. Um amor derramado, libertador, purificador.

O sangue de Jesus é a única substância purificadora que foi capaz de purificar o meu coração imundo
de maneira que eu, que me encontrava num lamaçal de pecado, pudesse começar a enxergar toda a
beleza de um Deus gracioso e bondoso. O Deus glorioso de Israel.

Não foi a religião. Não foi a fé em dogmas. Não foram pensamentos positivos. Não foi a educação
nem a cultura cristãs proporcionadas pelos meus pais, família, igreja e sociedade. Foi Jesus, seu
Evangelho, sua obra, só Ele.

“Mostra-nos o Pai e isso nos basta” – pediu-Lhe seu discípulo Filipe, pouco antes de sua crucificação.
“Estou há tanto tempo convosco, e não me tendes conhecido?” Respondeu-lhe o Senhor.

O que nos tem impedido de conhecermos o Pai? Ele está também, hoje e aqui, há tanto tempo
conosco por meio do seu Espírito, por meio das criancinhas, por meio de seu corpo, que é sua igreja,
por meio dos seus irmãos pequeninos e necessitados...

Deus nos satisfaz, quando nos relacionamos com Ele (quando O buscamos de todo coração). Se
estamos focados nos problemas, nas imperfeições, nas impurezas, certamente não conseguiremos
vê-lo. Se o foco se volta para Jesus, Deus se revela em sua glória em sua beleza (apesar dos
problemas - e muitos são resolvidos ou se não, deixam simplesmente de ser o foco principal de nossa
existência). Processo muitas vezes difícil, purificador, como o fogo, mas que ajuda a me "obrigar" a
estar focado unicamente em Deus.

Os limpos de coração verão a Deus. Garante-nos Jesus. É beleza pura!

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