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O açúcar e a louvara açucareira

Angélica Victória de Araújo Nascimento

O açúcar foi a principal especiaria a ser comercializada na Europa com mais


intensidade a partir do século XVI, e até o século XIX o açúcar era consumido apenas
pelas classes mais dominantes porém, com a Revolução Industrial o consumo desse
produto tornou-se acessível a todas as classes. Sem a economia atlântica, com todos
seus benefícios e malefícios, o formato de mundo que conhecemos hoje seria diferente.

A cana faz parte da família das gramíneas e foi “descoberta” há 600 a.C na
região que hoje chamamos de Nova Guine. A cana possui três estágios: Pré-Islâmico,
Mulçumanos e os Europeus sendo que na fase europeia foi a mais desenvolvida. A
aparência do açúcar que conhecemos hoje foi moldado na Índia e os Persas e Gregos já
tinham entrado em contanto com o açúcar. Os comerciantes árabes que introduziram o
açúcar no mediterrâneo e no Sul da Ásia através do comercio.

O método que foi usado para limpar a terra foi o método indígena que era
basicamente derrubar as árvores e queima-las e com as cinzas a terra era adubada, entre
as plantações de cana eram separadas por idade, ou seja, a eram determinados lotes de
terras e de tempos em tempos era plantadas novas sementes. Essa técnica fazia com que
tivesse colheita de cana o ano todo para produção de açúcar.

O Brasil foi escolhido porque tinha clima e solo favorável ao plantio da cana
além, da experiência portuguesa que já tinha plantado na ilha de Cabo Verde. A cultura
da cana exigia trabalho constante além de, requerer uma abundância de mão-de-obra
assim, o tipo de mão-de-obra escolhida foi a escrava porque era a forma de trabalho
mais usada na época. No início da lavoura açucareira a mão-de-obra usada foi a
indígena e gradativamente foi sendo inserida a mão-de-obra africana. Isso ocorre porque
Portugal já fazia tráfico escravo para Europa.

Os escravos africanos começaram a chegar em território brasileiro em meados


do ano de 1590 quando houve as chamadas guerras justas que como consequência
ocorreu uma verdadeira carnificina. Ao contrário do que lemos em livros de história dos
ensinos fundamentais e médios, a escravidão africana houve resistência uma prova disso
são os vestígios de quilombos deixados pelos escravos fugitivos.
O sistema de monocultura foi escolhido porque no rol de especiarias o açúcar
estava em destaque logo, se fosse produzido em longa escala seria comercializada e
consumido na mesma proporção gerando lucro tanto para Coroa Portuguesa quanto para
os produtores de açúcar. Esse tipo de organização exigia dois tipos de trabalhos:
trabalho compulsório e assalariado.

Em vários momentos que o consumo do açúcar brasileiro foi abalado, o


primeiro foi quando houve a Invasão e a Ocupação Holandesa no Nordeste entre 1630-
1660. A segunda queda foi quando os holandeses levaram o conhecimento brasileiro
para Ilha do Caribe e começaram a produzir seu próprio açúcar, o terceiro momento
ocorreu quando os franceses introduziram o plantio de cana e consequentemente
produziram açúcar na Ilha de São Domingos e por fim, em 1820 na Inglaterra começou
a ser produzido açúcar de beterraba e a partir disso, está encerrado o primeiro ciclo do
açúcar.

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