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Assistente de Despachante Aduaneiro

MÓDULO 1
INTRODUÇÃO

O controle alfandegário é necessário para a manutenção da segurança


nacional e do comércio justo e equilibrado. Os processos aduaneiros
fazem parte do próprio conceito de soberania do Estado. Ao aprovar à
entrada no país apenas o que é permitido por lei, o controle aduaneiro
garante a soberania nacional.

Em um mundo globalizado, porém, é necessário mais do que impedir a


entrada ou saída irregular. A Receita Federal precisa, ao mesmo tempo,
assegurar a segurança e possibilitar a fluidez do comércio exterior. Uma
das missões primordiais é sua contribuição na regulação econômica,
promovendo a melhoria no ambiente de negócios por impedir as práticas
ilegais. Para que isso seja possível é necessário que se invista em
tecnologia, aperfeiçoamento da gestão de riscos.

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1 BREVE HISTÓRICO DO COMÉRCIO EXTERIOR

O comércio remonta os primórdios da civilização, no qual o ser humano


sempre necessitou satisfazer algumas das suas necessidades básicas,
como: alimentação, vestuário e habitação. A partir do momento em que
os recursos na natureza começaram a ficar escassos e o homem
começou a ter que plantar seus alimentos, e após produzir suas roupas
e seus abrigos, iniciou-se dois fatos econômicos importantes para o
desenvolvimento do comércio, o consumo e a produção.

Com o tempo o ser humano percebeu que era mais fácil um indivíduo
dedicar mais tempo na produção de um determinado produto do que
produzir as várias mercadorias necessárias a sua sobrevivência. Assim
tinha excessos na produção e podia trocar o excedente por outros
produtos necessários, criando assim a divisão do trabalho.

A sociedade foi crescendo e o comércio que inicialmente era apenas um


escambo, no qual se trocava o arroz pelo trigo, pela cevada, por uma
galinha e assim em diante, começou a ser cada vez mais importante.
Com o tempo o comércio foi evoluindo e foi necessário que se
encontrasse um padrão de valor que facilitasse as negociações e o
transporte. Assim surgiram as primeiras moedas, que inicialmente eram
as mercadorias mais procuradas como o sal, peles, gado entre outros,
porém devido à dificuldade no transporte e na preservação de algumas
dessas moedas-mercadorias, chegou-se a conclusão que a melhor
moeda seria as feitas de metais como: ouro, prata e cobre.

Desde os tempos antigos se têm registros do comércio entre tribos,


civilizações e nações diferentes, esse comércio inicialmente se
desenvolveu através da abundância ou falta de recursos, clima, força de
trabalho, entre outros. Hoje, as motivações para o comércio
internacional são variadas, mas as maiores motivações ainda estão
relacionadas a recursos, clima e trabalho.
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Apesar do comércio internacional existir há muito tempo, o seu
desenvolvimento no início foi bem lento, devido aos meios de
transportes rudimentares utilizados naquela época, que não davam o
suporte necessário quanto a velocidade e capacidade de transporte. Os
meios de transportes foram evoluindo e se adaptando cada vez mais, e
com o tempo, novos meios de transportes foram criados, como é o caso
do modal aéreo. O desenvolvimento dos modais de transportes e a
criação de equipamentos que permitiam a unitização das cargas,
equipamentos esses que auxiliam na movimentação e transporte de
maneira agrupada, como os pallets, big bags e containers, deram mais
agilidade na movimentação e mais segurança à carga, com isso o
comércio exterior teve seu crescimento acelerado e mantido de uma
forma contínua.

O crescimento e desenvolvimento do comércio exterior trouxe outro


aspecto para as trocas de mercadoria, a globalização fez com que os
relacionamentos entre os países se estreitassem de uma maneira nunca
vista.

Figura 1 – Navio Cargueiro sendo carregado de contêiners

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24 AGENTES DO COMÉRCIO EXTERIOR

O comércio tem como agentes principais o comprador, o vendedor e o


transportador, que faz a movimentação da mercadoria. No caso do
comércio exterior, há muitos outros agentes envolvidos e muitas outras
considerações a serem observadas. Da mesma maneira que no comércio
interno, o externo possui um comprador e um vendedor, só que estes
estão em países diferentes e são denominados importador e exportador
respectivamente. No caso do comércio internacional ainda há outro
personagem que está envolvido na negociação das mercadorias que é a
Trading Company, empresa que compra mercadoria em algum lugar do
planeta para revendê-la em outro local, fazendo intermediações entre
exportadores e importadores.

No comércio exterior, como no comércio interno, o transporte é


essencial, segundo Keedi (2012, p.139) “Uma das mais importantes
atividades do comércio exterior é a de transporte, visto que não existe
venda e compra de mercadorias sem ela.”. Assim, o transportador
internacional é outro agente fundamental na operação, sua importância
vai além do simples transporte da mercadoria, o transporte internacional
impactará diretamente
2.2 Histórico em outros
da Formação aspectos como cita Lopez e Gama
Farmacêutica
(2004, p. 349) “[...] é componente decisivo no custo final da mercadoria e
no atendimento de prazos e condições de entrega estabelecidos”. Desta
forma nota-se que o transporte é uma fase crucial da operação e que não
há como ser competitivo se os modais de transportes existentes não
forem utilizados da melhor forma possível, separados ou em conjuntos.

Como um agente essencial na operação, o transportador tem a


obrigação de transferir o produto de um ponto a outro, porém
diferentemente do transporte interno, o transporte internacional é
regido pelas regras internacionais e pode ser definido como
deslocamento da carga regido por um contrato internacionalmente

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aceito. Esse contrato é representado pelo conhecimento de embarque.
Para fazer o deslocamento da mercadoria o transportador terá à sua
disposição diversos tipos de modais de transporte, são divididos em três
sistemas: Sistema aquaviário, constituído dos transportes marítimos,
fluvial e lacustre; Sistema terrestre, representado pelo ferroviário e
rodoviário; e o aéreo, o último a aparecer.

Comparando os principais agentes que em via de regra são os mesmos


para o comércio interno e para o comércio externo, comprador,
vendedor e transportador, já nota-se uma complexidade maior quando
se trata do cenário internacional. Neste último a negociação terá que se
atentar a vários outros fatores, em especial o cultural, que irá variar de
país a país e será extremamente relevante para a conclusão do negócio.
O transportador também deverá ter mais planejamento e controle para
garantir a segurança do transporte, pois geralmente a distância será bem
maior e em alguns casos será necessário até a utilização de mais de um
tipo de modal de transporte. Porém, o comércio internacional ainda
possui vários outros agentes que não estão inclusos no contexto do
comércio interno, mostrando mais uma vez a complexidade das
operações internacionais.

O fato de ser uma compra e venda entre indivíduos de diferentes países,


já inclui os governos destes como agentes de controle e fiscalização, pois
a operação está sujeita às leis internas de cada país interveniente. Então
a negociação depende da aprovação desses países, tanto para autorizar
a exportação, após verificar se a saída da mercadoria não é proibida
quanto para autorizar a importação, verificando se a importação dos
bens não é proibida e se os procedimentos de nacionalização de
mercadoria extrangeira e desnacionalização da mercadoria nacional,
estão sendo empregados de maneira correta.

Os países, portanto, são outro agente fundamental na operação de


comércio exterior, pois os mesmos irão controlar e fiscalizar a entrada e
saída de pessoas, mercadorias e divisas do seu território. Esse controle
será feito através das suas políticas internas voltadas para o comércio
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exterior, que é o ato do Estado de governar com vistas a consecução e à
1.1 salvaguarda de objetivos nacionais, no que concerne ao comércio entre
os demais países.

O comércio exterior, como já visto, tem uma importância muito grande


no desenvolvimento dos países, podendo alterar substancialmente o
rumo de uma economia, porém deve-se ter cuidado com o
planejamento deste setor, pois a circulação de pessoas e mercadorias
afetam o emprego, a indústria e a saúde da população. Desta forma, cada
país elabora políticas e instrumentos para proteger sua população e
mercado interno e também para propiciar seu desenvolvimento.

Cada governo irá agir visando os interesses nacionais do momento,


utilizando-se tanto de políticas de proteção como: o contingenciamento,
a proibição e a restrição de certos produtos, quanto políticas de
incentivos que terão como base mecanismos e instrumentos de apoio,
principalmente, nas áreas administrativa, fiscal/tributária, de
financiamento, cambial/monetária, de promoção, de infra-estrutura e de
logística.

1.2.1O Brasil possui uma estrutura de comércio exterior bem complexa, não
3 há uma entidade centralizadora dos interesses nacionais,
1.2 diferentemente disto existem diversos órgãos distribuídos por vários
ministérios que muitas vezes se conflitam ou divergem em
entendimentos. Pode-se imaginar a partir daí o tamanho da burocracia e
a grande quantidade de procedimentos que os atuantes do comércio
exterior devem ter conhecimento.

Apesar da grande quantidade de órgãos no Brasil quem controla a


circulação de pessoas, de mercadorias e de dinheiro (meios de
pagamento) é, respectivamente, a Polícia Federal, a Receita Federal e o
Banco Central.

No Brasil, como relatado anteriormente, não há um órgão centralizador

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no comércio exterior, e sim vários ministérios que atuam conforme seus
interesses. Não existe um ministério que absorva todas as normas
básicas do comércio internacional, mas há um ministério que, entre
outras funções interligadas, tem o objetivo de atuar no comércio
exterior, este é o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio
Exterior – MDIC. Assim as políticas e ações relativas ao comércio exterior
emanam desse ministério que, em conjunto com outros órgãos,
procuram proteger o mercado interno e desenvolver o comércio exterior.
As competências do MDIC na área internacional são: a política de
desenvolvimento da indústria, do comércio e dos serviços; a política de
comércio exterior; a regulamentação e execução dos programas e
atividades relativos ao comércio exterior; aplicação dos mecanismos de
defesa comercial e participação em negociações internacionais relativos
ao comércio exterior; execução das atividades de registro do comércio.

Outro órgão do governo que tem um papel muito importante no


Comércio exterior é a Câmara de Comércio Exterior – CAMEX. Esse órgão
é presidido pelo ministro do MDIC e a ele cabe a formulação, a decisão e
a orientação de políticas e atividades relativas ao comércio exterior de
bens e serviços, incluindo o turismo. São previstas para esse órgão
reuniões mensais ou por convocação de seu presidente, onde o conselho
de ministros correspondentes aos Ministério de Desenvolvimento,
Indústria e Comércio exterior – MDIC, que a preside; da Fazenda – MF;
das Relações Exteriores – MRE; da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
– MAPA; Chefe da Casa Civil da Presidência da República; do
Planejamento, Orçamento e Gestão, deverão comparecer ou enviar
representantes formalmente indicados. Havendo algum assunto que
seja de interesse de outro ministério, esse pode ser chamado para
participar da reunião.

Devido a abrangência do comércio internacional, o MDIC possui uma


secretaria, que é responsável pela gestão do controle comercial e
normatiza, supervisiona, orienta, planeja, controla e avalia as atividades
inerentes ao comércio exterior, esse orgão é a Secretaria de Comércio

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Exterior - SECEX. As funções da Secex não são conflitantes com a CAMEX,
as suas funções são voltadas às diretrizes do MDIC e da própria CAMEX.
Para melhor assessorar o MDIC, foram criados alguns departamentos
dentro da SECEX. Esses departamentos são: O Departamento de
Operações de Comércio Exterior – DECEX, que tem como principal
função a análise e regulamentação dos aspectos comerciais e
administrar o Sistema Integrado de Comércio Exterior – SISCOMEX;
Departamento de Negociações Internacionais – DEINT; Departamento
5 de Defesa Comercial – DECOM; Departamento de Planejamento e
Desenvolvimento do Comércio Exterior – DEPLA, responsável pela
elaboração das estatísticas e promoção do desenvolvimento do
comércio exterior brasileiro; e o Departamento de Normas e
Competitividade no Comécio Exterior – DENOC. (KEEDI, 2012; VAZQUEZ,
2012; LOPEZ e GAMA, 2004)

Para uma melhor compreensão desses órgãos, pode-se visualizar a


Figura 2, desta maneira é possível verificar a estrutura básica dos órgãos
brasileiros e as suas respectivas ligações.
Presidência da República

Câmara de Comercio Exterior


Camex

1.4 Ministério da Indústria,


Ministério das Relações Exteriores Ministério da Fazenda
MRE Comércio Exterior e Serviços
MF MDIC

Setor de Promoção Banco Central Receita Federal Secretaria de Comércio


Comercial Bacen Receita Exterior
Secom Secex

Órgãos
Anuentes

Figura 2 – Organograma da estrutura básica dos órgãos brasileiros de comércio exterior.

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O Ministério das Relações Exteriores, como seu próprio nome já diz é um
Ministério que possui atividades mais direcionadas ao exterior, porém
essas atividades estão mais voltadas ao relacionamento diplomático do
Brasil com outros países, estabelecendo e autorizando a instalação de
embaixadas, consulados e qualquer outro tipo de representação oficial.
Uma das mais importantes funções do MRE é o relacionamento com
outros países em assuntos de comércio exterior, mantendo, para isto,
departamento e pessoal especializado nesta importante e crucrial
atividade para a economia, empresas, trabalhadores e consumidores
brasileiros, assim como ocorre com as demais nações, pois a atividade de
comércio exterior é absolutamente imprescindível nas relações entre
estas.

Outro Ministério muito importante no comércio exterior é o Ministério


da Fazenda que, na estrutura administrativa da República Federativa do
Brasil, cuida basicamente da formulação e execução da política
econômica. O Ministro da Fazenda é integrante do conselho de Ministros
da CAMEX e possui a obrigação de comparecer ou mandar um
representante nas reuniões desse órgão. De acordo com o organograma
da Figura 2, nota-se que o MF junto com o MDIC, respondem
1.5 diretamente a presidência da república.

O Ministério da Fazenda não é um órgão exclusivo do comércio exterior,


ele é responsável por toda a política econômica do Brasil, e atua de forma
à fiscalizar e controlar o comércio exterior. O MF possui em sua estrutura
órgãos que o auxiliam nessa tarefa, e que estão diariamente presente na
vida dos principais envolvidos no comércio exterior, como pode-se
verificar no organograma da figura 2, há dois órgãos subordinados ao
MF, e que possuem grande importância no comércio exterior, são eles:
Receita Federal do Brasil e Banco Central do Brasil – BACEN.

Geralmente, no comércio exterior, os pagamentos e recebimentos são


feitos em moeda estrangeira, e a troca entre essas duas moedas é
denominada câmbio. Devido ao fato do Brasil permitir somente a

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circulação da sua moeda, há um mercado onde são compradas e
vendidas moedas de vários países, mercado esse que é denominado de
mercado cambial. No Brasil o regime cambial é controlado pelas
autoridades monetárias, que podem utilizar o câmbio para favorecer
determinado setor da economia, proporcionando mais competitividade
ou tornando-as menos competitivas.

O Banco Central do Brasil exerce a função de banco do governo, e assim,


é o encarregado da formulação e gestão das políticas monetárias e
cambial, a regularização e supervisão do Sistema Financeiro Nacional, e a
administração do sistema de pagamentos e do meio circulante. É o
BACEN que autoriza também outros bancos a operarem com o câmbio, e
nenhuma movimentação de moeda estrangeira dever ser feita sem seu
consentimento. Devido ao fato do BACEN autorizar outras instituições
bancárias a operar o câmbio ele acaba sendo um órgão não muito visível
no comércio exterior, mais suas ações são muito importantes, por ser o
órgão que cria e controla as normas cambiais.

Para conseguir controlar e gerenciar o mercado cambial, o BACEN conta


com uma importante ferramenta que é o Sistema Integrado de Registro
de Operações de Câmbio – SISBACEN, que é um sistema criado para
integrar o Banco Central, os bancos autorizados e corretores
credenciados, de forma online. Assim todas as operações de câmbio
devem ser registradas nesse sistema para conhecimento do Banco
Central.

Outro órgão muito importante do Ministério da Fazenda é a Receita


Federal do Brasil. Pode-se considerar esse órgão como um dos mais
importantes na estrutra do comércio exterior, pois ele está presente em
todas as operações de importação e exportação, sendo um órgão
onipresente na vida dos agentes do comércio exterior. A RFB é
responsável pela administração, fiscalização, arrecadação tributária e
aduaneira, estabelece medidas preventivas de combate ao contrabando
e descaminho e tem a importante tarefa de controlar o comércio exterior.

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8No Brasil, a entrada ou saída de mercadorias só pode ocorrer em portos,
aeroportos e pontos alfandegários de fronteiras. Segundo disposto no
artigo 2 e 3 do Decreto nº 6.759 de 06 de fevereiro de 2009 (Regulamento
Aduaneiro - RA), o território aduaneiro compreende todo o território
1.6 Nacional, e a jurisdição dos serviços aduaneiros, estende-se por todo o
território aduaneiro que abrange: I – a zona primária, constituída pelas
seguintes áreas demarcadas pela autoridade aduaneira local: a) área
terrestre ou aquática, contínua ou descontínua, nos portos
alfandegados; b) área terrestre, nos aeroportos alfandegados; e c) área
terrestre que compreende os pontos de fronteira alfandegados; e II – a
zona secundária, que compreende a parte restante do território
aduaneiro, nela incluídas as águas territoriais e o espaço aéreo.

Assim nota-se que o controle de entrada e saída de mercadorias é


realizado em todo o território brasileiro, pelos locais alfandegados, e a
RFB possui a importante função de controlar toda essa circulação. Além
desse controle ela também é responsável pelos recintos alfandegados. A
RFB é o órgão encarregado do alfandegamento de portos, aeroportos e
ponto de fronteira, bem como locais determinados na zona secundária,
onde a guarda e o despacho de mercadorias podem ocorrer.

O Regulamento Aduaneiro, após decretar que o território aduaneiro


compreende a todo o território nacional, ele também divide esse
território em duas zonas: A zona primária que é constituída pelos portos,
aeroportos e pontos de fronteira e a zona secundária que é
correspondente a todo o restante do território nacional. É importante
salientar que em cada local de zona primária sempre haverá um posto da
Receita Federal para fiscalizar e controlar a entrada e saída de
mercadorias. Na zona secundária existem os portos secos, que conforme
o art. 11 da seção II do regulamento aduaneiro “[...] são recintos
alfandegados de uso público nos quais são executadas operações de
movimentação, armazenagem e despacho aduaneiro de mercadorias e
bagagem, sob controle aduaneiro”. Os portos secos não poderão ser

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instalados na zona primária, portanto eles não podem receber
mercadorias procedentes diretamente do exterior nem enviar
mercadorias diretamente ao exterior.

O fato da zona secundária não poder receber nem remeter mercadorias


diretamento do exterior, traz a necessidade de algum meio em que as
cargas possam ser transferidas da zona primária para a zona secundária
nos casos de importação, e nos casos de exportação que tiverem a
liberação realizada no recinto secundário, um meio para a carga ser
transferida para a zona primária de onde poderá ser remetida ao exterior.
Só que nestes casos a carga ainda não é, ou não é mais, uma mercadoria
nacional, portanto esse transporte precisa ser controlado, para evitar que
haja algum desvio da mercadoria no trajeto, e assim entre no comércio
mercadorias internacionais sem os trâmites aduaneiros cabíveis.
Conforme citado anteriormente, a RFB é responsável pelo controle da
entrada e saída de mercadorias do território brasileiro, e para tanto ela
controla também os veículos que as transportam. Assim nota-se mais
uma função da RFB que é a de controlar e autorizar a transferência de
mercadorias entre recintos alfandegados. A transferência da mercadoria
deverá ser feita sob um regime especial denominado trânsito aduaneiro
que, de acordo com o art. 315 do Regulamento Aduaneiro “[...] é o que
permite o transporte de mercadoria sob controle aduaneiro, de um
ponto a outro do território aduaneiro, com suspensão do pagamento de
tributos.”. Na importação a RFB permite a transferência da mercadoria
através de um documento que é emitido pelo Sistema Integrado de
Comércio Exterior, módulo trânsito – SISCOMEX Trânsito, sistema esse
que é controlado pela Receita Federal e que integra toda as informações
com outros módulos do SISCOMEX, esse documento é denominado
Declaração de Trânsito Aduaneiro – DTA. A transferência de mercadorias
destinadas à exportação ou reexportação, são regidas por normas
próprias.

Pode-se dizer que a RFB é o órgão mais atuante e mais visível nas
operações de comércio exterior. Como visto, o controle da Receita

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Federal vai além da entrada e saída de mercadorias do país, ela controla
também os veículos que transportam essas mercadorias e ainda possui
várias outras atribuições, porém uma das tarefas da RFB mais importantes
para o comércio exterior brasileiro é o desembaraço aduaneiro, ou seja, a
nacionalização ou desnacionalização da mercadoria através do despacho
aduaneiro.

Segundo o art. 543 do RA “Toda mercadoria procedente do exterior,


importada a título definitivo ou não, sujeita ou não ao pagamento do
imposto de importação, deverá ser submetida ao despacho de
importação” e conforme art. 581 do RA “Toda mercadoria destinada ao
exterior, inclusive reexportada, está sujeita a despacho de exportação,
com as exceções estabelecidas na legislação específica.”. Analisando os
art. 542 e art. 580 do Regulamento Aduaneiro, conclui-se que o despacho
aduaneiro é o procedimento no qual é verificada a exatidão dos dados
declarados pelo importador/exportador em relação à mercadoria, aos
documentos apresentados e à legislação específica, com vista a seu
desembaraço aduaneiro.

Para um melhor entendimento dos vários órgãos que atuam no comércio


exterior, pode-se dividi-los em Orgãos Gestores e Orgãos Anuentes. Os
orgãos Gestores são os órgãos que irão efetuar os controles e garantir a
1.2operatividade do comércio exterior com base nas definições normativas.”.
Pode-se enquadrar como Órgãos Gestores a Secretaria da Receita Federal,
Banco Central do Brasil e Secretaria do Comércio Exterior. Assim fica clara
a importância desses três órgãos no comércio exterior brasileiro. Juntos,
Secretaria da Receita Federal do Brasil, Secretaria do Comércio Exterior e
Banco Central do Brasil formam o triunvirato que exerce o maior poder
sobre o comércio exterior brasileiro.

Os Orgãos Anuentes são responsáveis por emitir pareceres sobre


produtos de sua área de competência, podendo intervir tanto na
importação quanto na exportação. Os órgãos que atuam como anuente
no comércio exterior são credenciados a acessar o SISCOMEX, para

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autorizar ou não as operações relativas aos produtos de sua competência,
nas importações através do Licenciamento de Importação – LI e nas
exportações através do Registro de Exportação – RE.

Na Figura 2 são informados apenas alguns Órgãos Anuentes, devido a


importância deles e ao fato de serem mais comuns no comércio exterior,
porém há vários outros órgãos que poderão efetuar anuências em vários
tipos de produtos entre eles tem-se: Banco do Brasil – Delegação da
SECEX; Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL; Agência Nacional
do Petróleo – ANP; Agência Nacional do Cinema – ANCINE; Agência
Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA; Conselho Nacional de Energia
Nuclear – CNEN; Departamento de Operações de Comércio Exterior –
DECEX; Departamento Nacional de Produção Mineral – DNPM;
Departamento da Policia Federal – DPF; Empresa Brasileira de Correios e
Telégrafos – EBCT; Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos
Naturais Renováveis – IBAMA; Instituto Nacional de Metrologia,
Normalização e Qualidade Industrial – INMETRO; Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA; Ministério da Ciência e
Tecnologia – MCT; Ministério da Defesa; Ministério do Exército através do
Comando do exército – COMEXE – Superintendência da Zona Franca de
Manaus – SUFRAMA.

1.6.4

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3 FUNÇÕES DO AJUDANTE E DO
DESPACHANTE ADUANEIRO

Como vimos, é necessário fiscalizar produtos que entram em nosso país.


Um produto de origem animal ou vegetal pode conter pragas que serão

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nocivas às terras e culturas brasileiras. Um produto com um preço muito
abaixo do mercado ou que comprometa a competição leal pode acabar
com empresas nacionais, por isso, pode ser necessário haver taxação.
Todo esse controle gera uma série de documentações. O despachante
aduaneiro trabalha na preparação e no acompanhamento desses
trâmites, por sua vez, o assitente de despachante auxilia em todo o
processo.

De acordo com Regulamento Aduaneiro o § 5º do artigo 810 desse


Decreto os Ajudantes de Despachantes Aduaneiros poderão estar
tecnicamente subordinados a um despachante aduaneiro e exercer as
atividades relacionadas nos incisos I, IV e V do art. 8º, que são as
seguintes:

a) preparação, entrada e acompanhamento da tramitação e


1.6.5apresentação de documentos relativos ao despacho aduaneiro;
b) acompanhamento da verificação da mercadoria na conferência
aduaneira, inclusive na retirada de amostras para assistência técnica e
perícia e
c) recebimento de mercadorias desembaraçadas.

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4 RESPONSABILIDADES LEGAIS E PENALIDADES

O despachante aduaneiro e seus ajudantes não podem, tal como


regulamentado por lei, exportar ou importar para si e para terceiros,
quaisquer mercadorias ou exercer comércio, no país, de mercadorias
internacionais, é vedado, ainda, atuação em cargo público, exceto nos
casos observados pela lei.

É importante fazer um adendo, que a importação e exportação não são


proibidas, quando se destinam para uso próprio, seja do despachante,
seja do ajudante aduaneiro.

5 ÁREAS DE ATUAÇÃO

As diferentes áreas do mercado possibilitam o profissional ter uma gama


de possibilidades em sua carreira. O despachante aduaneiro pode
empreender no seu próprio negócio ou ser contratado por empresas.
Podendo atuar no setor privado, como em indústrias, empresas que
atuam com importação e/ou exportação, pode seguir no ramo de
logística, consultoria, etc.

O nicho do mercado é muito amplo, permitindo atuar em diversas


ramificações do empenho de sua atividade. Por conta das
particularidades do trabalho, a maioria das empresas fecham parcerias
ou contratam, para poder obter os melhores resultados. Desta forma, o
profissional pode desempenhar seu trabalho no:

Setor operacional com atividades determinadas ou previstas na


legislação

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6 REGISTRO DO AJUDANTE E DESPACHANTE

A qualificação técnica é importante em qualquer área, pois é de se saber


que um profissional melhor qualificado, será mais produtivo e reduzirá
tempo e custo para realizar uma determinada tarefa. O desembaraço
aduaneiro é o momento das operações de comércio exterior em que o
Importador ou Exportador devem declarar para a Aduana toda a
operação, o principal trabalho do despachante aduaneiro é fazer essa
declaração ou auxiliar ela, e a partir dessa declaração vão ser devidas
todas as responsabilidades tributárias e aduaneiras. Esse é o momento
em que a RFB irá fiscalizar e verificar se toda a operação está seguindo as
normas legais.

O registro da Declaração de Importação – DI ou da Declaração de


Exportação – DE, são um momento crucial para o desembaraço
aduaneiro, a sua confecção de forma correta irá agilizar o processo e
liberar a mercadoria de forma mais rápida. Já a realização do registro de
forma errada ou equivocada, causará retrabalho, e poderá gerar multas e
demoras nas liberações, aumentando assim os custos das operações e
consequentemente prejudicando a competitividade dos importadores e
exportadores. Assim, a qualificação técnica do despachante e do
ajudante aduaneiro também é de interesse dos importadores e
exportadores.
Para se tornar um ajudante de despachante aduaneiro o candidato
precisa solicitar registro junto à Receita Federal e apresentar a
documentação necessária.

Nos termos da IN nº 1209/2011, deverá ser instruída com os seguintes


documentos:
requerimento com a qualificação completa, da qual deverão
constar, dentre outros dados: nome; nacionalidade; estado civil; número

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do documento de identidade e órgão emitente; número de inscrição no
1.8Cadastro de Pessoas Físicas (CPF); endereço residencial, incluindo
telefone fixo residencial e celular; endereço comercial, incluindo telefone
comercial, se houver; e endereço eletrônico, se houver;

cópia do documento de identidade;

comprovante de quitação com as obrigações eleitorais e com os


deveres do serviço militar, quando for o caso;

folha de antecedentes expedida pelas Polícias Estadual e Federal,


bem como certidão dos distribuidores criminais das Justiças Federal,
Militar e dos Estados ou Distrito Federal, dos locais de residência do
candidato à inscrição nos últimos 5 (cinco) anos;

declaração firmada pelo requerente, na qual conste que nunca foi


indiciado em inquérito policial ou processado criminalmente, ou, ainda,
em caso contrário, notícia específica da ocorrência, acompanhada dos
esclarecimentos pertinentes;

declaração firmada pelo requerente indicando os municípios de


residência nos últimos 5 (cinco) anos;

declaração firmada pelo requerente na qual esteja consignada que o


declarante não efetua, em nome próprio ou de terceiro, exportação ou
importação de quaisquer mercadorias, nem exerce comércio interno de
mercadorias estrangeiras;

declaração firmada pelo requerente na qual esteja consignada que o


declarante não exerce cargo público;

cópia do certificado de conclusão do 2º (segundo) grau ou


equi-valente (frente e verso); e

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fotografia recente, com data, tamanho 3 x 4.
4O controle pela RFB dos intervenientes do comércio exterior, inclusive
dos despachantes aduaneiros e dos ajudantes de despachante
aduaneiro, será exercido por meio do Cadastro Aduaneiro Informatizado
de Intervenientes de Comércio Exterior, Sistema CADADUANA.

Os despachantes aduaneiros e ajudantes de despachante aduaneiro


inscritos nos termos da IN RFB nº 1.209/2011, deverão incluir seus dados
cadastrais, mediante utilização de certificado digital, no sistema
CAD-ADUANA, para fins da sua efetivação no Registro Informatizado de
despachantes aduaneiros e ajudantes de despachante aduaneiro.

Após a inclusão, devem solicitar à RFB a confirmação dos dados


cadastrais mediante:

Petição;
Documento de identidade;
Cópia do Ato Declaratório Executivo (ADE) de inscrição no registro
de Despachante ou Ajudante, publicado no Diário Oficial da União
(DOU); e (alterado em 22.08.2018)
Anuência do Despachante Aduaneiro a que se pretende vincular, em
2. 1caso de Cadastro de Ajudante de Despachante.

Depois da documentação aprovada o candidato terá seu nome


publicado como Ajudante de Despachante Aduaneiro no Diário Oficial
da União (DUO), podendo, então, exercer as funções de ajudante de
despachante aduaneiro. Vale ressaltar, que no exercício da profissão o
ajudante só pode estar vincu-lado a um despachante.
Caso o ajudante de despachante deseje se tornar um despachante ele
precisará, além de dois anos de experiência, ser aprovado em exame de
qualificação.

20
75 EXAME PARA DESPACHANTE ADUANEIRO

Por exercer uma função tão importante o despachante aduaneiro


desqualificado poderá causar prejuízos ao país, por isso a qualificação
técnica deste profissional é imprescindível. Viu-se, então a necessidade
da realização de um exame para aferir a qualidade do profissional.

A RFB ficou encarregada de disciplinar sobre a forma de realização do


exame, conforme paragráfo 7º do art. 810 do RA. Assim a IN RFB nº 1.209
em seu capítulo II, trata inteiramente sobre o exame de qualificação
técnica, logo no seu art. 4º ela informa que “O exame de qualificação
técnica consiste na avaliação da capacidade profissional do ajudante de
despachante aduaneiro para o exercício da profissão de despachante
aduaneiro”. E em seu parágrafo 1º complementa que o referido exame
será realizado mediante prova objetiva, aplicado anualmente e
orientado por um dos órgãos mais importantes da RFB a
Coordenação-Geral de administração aduaneira – COANA. A IN
regulamenta ainda que o edital da prova será publicado no Diário Oficial
da União – DOU com 60 dias de antecedência de sua aplicação, e que
será considerado aprovado no exame o ajudante que tiver um
aproveitamento superior a 70% do total de pontos, após aprovado o
ajudante terá um ano para solicitar o registro de despachante aduaneiro,
pois esse é o prazo de validade do exame de qualificação técnica.

Portanto, após a regulamentação do exame de qualificação técnica que


foi feito em 2011 pela RFB, os ajudantes de despachantes teriam uma
prova para verificar o nível de conhecimento e se aprovados solicitarem
o registro de despachante aduaneiro. Cabe ressaltar aqui as formalidades
para a realização da prova, no qual o seu edital é publicado no DOU,
informando sobre a abertura das inscrições para a prova, mediante
pagamento de taxa de inscrição e nomeando como responsável pela

21
aplicação da prova a Escola de Administração Fazendária – ESAF, no qual
já é possível notar a seriedade dessa entidade. A saber, a ESAF é a
responsável pela aplicação de todas as provas para ingresso aos cargos
públicos destinados a administração fazendária. Desta maneira nota-se o
importante papel do despachante no comércio exterior, pois as
formalidades exigidas dos despachantes aduaneiros se assemelham
muito com as provas exigidas para o ingresso nos cargos públicos de
fiscais da RFB.

Depois de realizar a prova, ser aprovado, o candidato entra com um


processo junto à Receita Federal para apresentar a documentação, de
modo a se tornar um Despachante. Então, quando seu nome for
publicado no Diário Oficial ele se torna, efetivamente, um despachante
aduaneiro.

22
GLOSSÁRIO

Alfândega: É uma repartição governamental, criada para controlar a


entrada e saída de mercadorias para o exterior ou a que dele provenha.
Comércio Exterior: É a troca de bens e serviços, feita por países distintos,
que ocorrem em fronteiras internacionais ou territórios.

Despachante: O profissional responsável por fazer requerimentos,


encaminhamentos e iniciar trâmites burocráticos junto a órgãos
públicos.

Diário Oficial da União: É o veículo usado, pela Imprensa Nacional, para


comunicar todo e qualquer assunto de âmbito federal.

Exportador: É a pessoa (física ou jurídica) que vende mercadoria ao


exterior para que lá a mercadoria seja consumida ou comercializada.

Importador: É o indivíduo (pessoa física) ou empresa (pessoa jurídica)


que compra mercadoria estrangeira para consumi-la ou comercializá-la
no seu país.

Instrução Normativa: É um documento que se destina a estabelecer


diretrizes, procedimentos e métodos na administração pública.

Siscomex: É o Sistema Integrado de Comércio Exterior do governo


brasileiro, utilizado como instrumento exclusivo para as operações de
comércio exterior do país.

23
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Alteração dos dispositivos do Decreto nº 84.346, de 27 de dezembro de
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despachantes aduaneiros e dá outras providências. Disponível em:
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Alteração da redação dos artigos 48 e 169 do Decreto-Lei nº 37, de 18 de
novembro de 1966. Disponível em:
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