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Aula 10

Conhecimentos Bancários p/ BNB (Analista Bancário) Com


Videoaulas - Pós-Edital
Vicente Camillo

05148792388 - Cloves Rodrigues da Silva Neto


Vicente Camillo
Aula 10

RESUMO BNB Ð CONHECIMENTOS BANCçRIOS


Prof. Vicente Camillo

Sistema Financeiro Nacional ..................................................................................... 2


FUN‚ÍES E ORGANIZA‚ÌO .................................................................................................... 2
INSTITUI‚ÍES NORMATIVAS ...................................................................................................... 3
INSTITUI‚ÍES SUPERVISORAS .................................................................................................... 6
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INSTITUI‚ÍES FINANCEIRAS BANCçRIAS ............................................................................. 18
INSTITUI‚ÍES FINANCEIRAS NÌO BANCçRIAS ................................................................... 23
INSTITUI‚ÍES AUXILIARES ......................................................................................................... 26
BANCO DO NORDESTE ............................................................................................... 29
Lei 7.827/89 ................................................................................................................................. 36
SERVI‚OS E PRODUTOS FINANCEIROS ..................................................................... 41
OPERA‚ÍES ATIVAS ................................................................................................... 62
SISTEMA DE PAGAMENTOS BRASILEIRO ................................................................... 73
ASPECTOS JURêDICOS ................................................................................................ 78
PESSOA FêSICA ............................................................................................................................ 78
PESSOA JURêDICA ...................................................................................................................... 80
TêTULOS DE CRƒDITO ................................................................................................................. 88
GARANTIAS ................................................................................................................................. 94

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SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL

FUN‚ÍES E ORGANIZA‚ÌO

Fun•›es:

¥ Intermedia•‹o de recursos entre poupadores e devedores

¥ Promover o desenvolvimento equilibrado

¥ Fiscaliza•‹o das institui•›es participantes

¥ Diversifica•‹o de riscos.

Institui•›es:

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ü îrg‹os Normativos Ð Constitu’dos por institui•›es que estabelecem as


diretrizes e normativas gerais do SFN. A principal entidade Ž o Conselho Monet‡rio
Nacional.

ü Entidades Supervisoras Ð Enquanto os —rg‹os normativos estabelecem as


diretrizes, as entidades supervisoras regulam e fiscalizam as atividades das
entidades que pretende regular. Podem, inclusive, aplicar multas e demais san•›es
ˆs entidades que n‹o atendem aos determinantes regulamentares.

ƒ importante frisar que mesmo que chamadas de ÒsupervisorasÓ, estas entidades


tambŽm elaboram normas (regulamentam) nos mercados que supervisionam. Por
exemplo: a CVM Ž entidade supervisora do ponto de vista do SFN, mas, por
regulamentar o mercado de capitais, tambŽm pode ser entendida como entidade
normativa em rela•‹o ao mercado de capitais.

O modo como s‹o classificadas depende do referencial (se do ponto de vista do


SFN, ou do ponto de vista do mercado em que atuam), ou da vis‹o do autor.

ü Operadores Ð Todas as demais entidades que fazem parte do SFN e


participam da intermedia•‹o financeira. Nesta aula, elas est‹o divididas em
Institui•›es Financeiras Banc‡rias, Institui•›es Financeiras N‹o Banc‡rias e
Institui•›es Financeiras Auxiliares.

INSTITUI‚ÍES NORMATIVAS

1.! CONSELHO MONETçRIO NACIONAL (CMN)

Composi•‹o

¥ Ministro da Fazenda Ð ƒ o Presidente do CMN

¥ Ministro do MPOG

¥ Presidente do BACEN

Reuni›es

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Realizadas, ordinariamente, 1 vez por m•s. O Presidente do CMN pode convocar


reuni›es extraordin‡rias quando lhe for conveniente.

Delibera•›es

Mediante resolu•›es, por maioria de votos, cabendo ao Presidente a prerrogativa


de deliberar, nos casos de urg•ncia e relevante interesse, ad referendum dos
demais membros.

Fun•›es

O Conselho possui fun•‹o exclusivamente normativa, ou seja, atua na fixa•‹o e


estabelecimento de diretrizes, regulamenta•‹o, regula•‹o e disciplina do SFN.

Vejamos as principais com os devidos coment‡rios. Ressalta-se que as fun•›es aqui


citadas da mesma maneira que na Lei, pois Ž como geralmente a banca solicita
na prova

¥ Regular o valor interno da moeda.

¥ Regular o valor externo da moeda e o equil’brio no balan•o de pagamento


do Pa’s, tendo em vista a melhor utiliza•‹o dos recursos em moeda estrangeira.

¥ Estabelecer as metas de infla•‹o.

¥ Orientar a aplica•‹o dos recursos das institui•›es financeiras, quer pœblicas,


quer privadas.

¥ Propiciar o aperfei•oamento das institui•›es e dos instrumentos financeiros,


com vistas ˆ maior efici•ncia do sistema de pagamentos e de mobiliza•‹o de
recursos.

¥ Zelar pela liquidez e solv•ncia das institui•›es financeiras.

¥ Coordenar as pol’ticas monet‡ria, credit’cia, or•ament‡ria, fiscal e da d’vida


pœblica, interna e.

¥ Autorizar as emiss›es de papel-moeda.

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Desta fun•‹o do CMN derivam outras, como:

(i) Estabelecer condi•›es para que o Banco Central da Repœblica do Brasil


emita moeda-papel;

(ii) Aprovar os or•amentos monet‡rios, preparados pelo Banco Central da


Repœblica do Brasil, por meio dos quais se estimar‹o as necessidades globais de
moeda e crŽdito; e

(iii) Determinar as caracter’sticas gerais das cŽdulas e das moedas

¥ Fixar as diretrizes e normas da pol’tica cambial

¥ Disciplinar o crŽdito em todas as suas modalidades e as opera•›es credit’cias


em todas as suas formas, inclusive aceites, avais e presta•›es de quaisquer
garantias por parte das institui•›es financeiras

¥ Regular a constitui•‹o, funcionamento e fiscaliza•‹o dos que exercerem


atividades subordinadas ao SFN, bem como a aplica•‹o das penalidades previstas

¥ Limitar, sempre que necess‡rio, as taxas de juros, descontos comiss›es e


qualquer outra forma de remunera•‹o de opera•›es e servi•os banc‡rios ou
financeiros, inclusive os prestados pelo Banco Central da Repœblica do Brasil

¥ Disciplinar as atividades das Bolsas de Valores e dos corretores de fundos


pœblicos (atualmente chamadas de sociedades corretoras de t’tulos e valores
mobili‡rios)

¥ Expedir normas gerais de contabilidade e estat’stica a serem observadas


pelas institui•›es financeiras

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INSTITUI‚ÍES SUPERVISORAS

1.! BANCO CENTRAL

•Emissão de Moeda
Emissor de Moeda •Execução dos serviços de meio circulante

Banco dos Bancos •Redesconto


•Cofre dos bancos comerciais

•Depositário das reservas internacionais


Banco do Governo •Depositário do caixa do Governo Federal

•Autorização e fiscalização das instituições financeiras, que


Supervisão recebem depósitos a vista ou nao, assim como bancos de câmbio e
demais instituições intermediárias

•Formulação, execução, e acompanhamento das políticas cambial,


Outras monetária e creditícia

¥ EMISSOR DE MOEDA

AlŽm da emiss‹o de moeda propriamente dita, o Bacen pode controlar a


quantidade de moeda em circula•‹o na economia de outras formas, efetuando,
assim, a pol’tica monet‡ria.

Abaixo, seguem as maneiras poss’veis:

i.! Emiss‹o de moeda.

ii.! Executar os Servi•os de Meio Circulante.

iii.! Exercer o controle do crŽdito sob todas as suas formas.

iv.! Receber os recolhimentos compuls—rios e os dep—sitos volunt‡rios ˆ vista das


institui•›es financeiras.

v.! Efetuar, como instrumento de pol’tica monet‡ria, opera•›es de compra e


venda de t’tulos pœblicos federais

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Aten•‹o! O Banco Central n‹o pode comprar t’tulos diretamente do Governo


Federal. Isto Ž proibido pela CF/88. O que ele faz Ž comprar os t’tulos que est‹o em
posse do setor privado, a fim de realizar pol’tica monet‡ria.

ƒ simples. Comprando os t’tulos do setor privado, o BACEN paga em dinheiro e eleva


a quantidade de moeda em circula•‹o na economia. Do mesmo modo, caso
queira vender t’tulos ao setor privado, este paga com dinheiro. Como resultado,
menos dinheiro permanece em circula•‹o na economia.

Resumindo:

VENDA DE TêTULO AO SETOR PRIVADO è DIMINUI A CIRCULA‚ÌO DE MOEDA

COMPRA DE TêTULOS DO SETOR PROVADO è AUMENTA A CIRCULA‚ÌO DE


MOEDA.

¥ BANCO DOS BANCOS

i. Receber dep—sitos volunt‡rios

ii. Conceder emprŽstimos e redescontos

¥ BANCO DO GOVERNO

i. O Banco Central n‹o pode conceder emprŽstimos e financiamentos ao


Governo Central. Isto j‡ foi explicado quando citamos a proibi•‹o do Banco
Central em comprar t’tulos emitidos pelo Tesouro Nacional.

ii. As disponibilidades de caixa do Governo Federal ser‹o depositadas no


Banco Central. Ou seja, os valores em caixa que pertencem ˆ Uni‹o,
reservados para cumprir com suas obriga•›es ou para simples reserva,
devem ser depositados no BACEN.

¥ SUPERVISÌO DO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL

i. Institui•›es que captam dep—sitos ˆ vista. Os Bancos Comerciais s‹o o melhor


exemplo.

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ii. Institui•›es financeiras que n‹o captam dep—sitos ˆ vista. Os Bancos de


Investimento servem de exemplo: eles atuam captando dep—sitos a prazo e
aplicando-os em t’tulos das mais diversas espŽcies.

iii. Bancos de C‰mbio

iv. Outras entidades financeiras que intermediam recursos.

O Bacen exerce a atividade de supervis‹o de diversas maneiras. ƒ necess‡rio


compreender as seguintes:

¥ Exercer a fiscaliza•‹o das institui•›es financeiras e aplicar as penalidades


previstas

¥ Conceder autoriza•‹o ˆs institui•›es financeiras, a fim de que possam:

a) funcionar no Pa’s;

b) instalar ou transferir suas sedes, ou depend•ncias, inclusive no exterior;

c) ser transformadas, fundidas, incorporadas ou encampadas;

d) praticar opera•›es de c‰mbio, crŽdito real e venda habitual de t’tulos da d’vida


pœblica federal, estadual ou municipal, a•›es, deb•ntures, letras hipotec‡rias e
outros t’tulos de crŽdito ou mobili‡rios;

e) ter prorrogados os prazos concedidos para funcionamento;

f) alterar seus estatutos;

g) alienar ou, por qualquer outra forma, transferir o seu controle acion‡rio.

¥ Determinar que as matrizes das institui•›es financeiras registrem os cadastros


das firmas que operam com suas ag•ncias h‡ mais de um ano

¥ Autorizar institui•›es financeiras estrangeiras a operar no Brasil. Esta


autoriza•‹o Ž valida apenas mediante Decreto do Poder Executivo. Desta forma,
conclui-se que, para uma institui•‹o financeira estrangeira funcionar, faz-se
necess‡ria AUTORIZA‚AO DO BACEN E DECRETO DO PODER EXECUTIVO.

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¥ Estabelecer condi•›es para a posse e para o exerc’cio de quaisquer cargos


de administra•‹o de institui•›es financeiras privadas, assim como para o exerc’cio
de quaisquer fun•›es em —rg‹os consultivos, fiscais e semelhantes.

¥ Regular a execu•‹o dos servi•os de compensa•‹o de cheques e outros


papŽis

¥ Exercer permanente vigil‰ncia nos mercados financeiros e de capitais sobre


empresas que, direta ou indiretamente, interfiram nesses mercados e em rela•‹o
ˆs modalidades ou processos operacionais que utilizem

2.! COMITæ DE POLêTICA MONETçRIA (COPOM)

O Conselho de Pol’tica Monet‡ria (COPOM) foi institu’do em 20 de junho de 1996,


com o objetivo de implementar a pol’tica monet‡ria, definir a meta da Taxa Selic e
analisar o Relat—rio de Infla•‹o.

Desta forma que fique gravado: o COPOM estabelece a meta da Taxa Selic; o valor
real Ž determinado nas opera•›es de mercado, nas quais o Bacen intervŽm.

O COPOM Ž composto pelo Presidente mais os Diretores do Banco Central do Brasil.

As reuni›es ordin‡rias do COPOM s‹o realizadas a cada 45 dias, somando,


portanto, 8 reuni›es ordin‡rias por ano. O Presidente do Banco Central pode
convocar reuni›es extraordin‡rias, desde que, presentes, no m’nimo, o Presidente
(ou seu substituto) e metade do nœmero de Diretores.

As delibera•›es s‹o feitas por maioria simples dos votos, cabendo ao Presidente o
voto de qualidade. Ou seja, caso aconte•a empate, o Presidente pode
desempatar a vota•‹o.

E qual seria, atualmente, a meta de infla•‹o?

Resposta: 4,5% a.a., podendo variar em 1,5% para cima e 1,5% para baixo. Portanto
a infla•‹o pode se situar no intervalor 3% - 6% a.a.

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Destaca-se que as metas e intervalos para os anos de 2019, 2020 e 2021 ser‹o as
seguintes:

¥ 2019 à 4,25% com intervalo de 1,5%

¥ 2020 à 4% com intervalo de 1,5%

¥ 2021 à 3,75% com intervalo de 1,5%

Caso a meta n‹o seja cumprida, o Presidente do Banco Central do Brasil divulgar‡
publicamente as raz›es do descumprimento, por meio de carta aberta ao Ministro
de Estado da Fazenda, contendo:

i. Descri•‹o detalhada das causas do descumprimento;

ii. Provid•ncias para assegurar o retorno da infla•‹o aos limites estabelecidos; e

iii. O prazo no qual se espera que as provid•ncias produzam efeito.

3.! COMISSÌO DE VALORES MOBILIçRIOS (CVM)

A Comiss‹o de Valores Mobili‡rios Ž a institui•‹o supervisora do mercado de valores


mobili‡rios. Como j‡ citado em diversos momentos, possui fun•‹o normativa,
supervisora, fiscalizadora e sancionat—ria.

Antes de iniciarmos, um aviso importante: o assunto ÒCVMÓ ser‡ praticamente


esgotado nesta aula. N‹o obstante, em outros t—picos tambŽm s‹o apresentadas
fun•›es da CVM com mais detalhes. Por exemplo, nesta aula apresentaremos,
dentre outras compet•ncias, a administra•‹o dos registros previstos da Lei 6.385/76
pela CVM, mas o detalhamento dos registros em si, apenas na aula espec’fica.

Continuando, o esquema os t—picos abaixo elencam o mandato legal da CVM,


alinhados da mesma forma que a Autarquia faz em suas apresenta•›es
institucionais1:

1
Retirado de:

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ü Desenvolvimento do mercado

Estimular a forma•‹o de poupan•a e a sua aplica•‹o em valores mobili‡rios;


promover a expans‹o e o funcionamento eficiente e regular do mercado de
a•›es; e estimular as aplica•›es permanentes em a•›es do capital social de
companhias abertas sob controle de capitais privados nacionais (Lei 6.385/76, art.
4¼, incisos I e II).

ü Efici•ncia e funcionamento do mercado

Assegurar o funcionamento eficiente e regular dos mercados da bolsa e de balc‹o;


assegurar a observ‰ncia de pr‡ticas comerciais equitativas no mercado de valores
mobili‡rios; e assegurar a observ‰ncia, no mercado, das condi•›es de utiliza•‹o
de crŽdito fixadas pelo Conselho Monet‡rio Nacional (Lei 6.385/76, art. 4¼, incisos III,
VII e VIII).

ü Prote•‹o dos investidores

Proteger os titulares de valores mobili‡rios e os investidores do mercado contra


emiss›es irregulares de valores mobili‡rios; atos ilegais de administradores e
acionistas controladores das companhias abertas, ou de administradores de
carteira de valores mobili‡rios; e o uso de informa•‹o relevante n‹o divulgada no
mercado de valores mobili‡rios. Evitar ou coibir modalidades de fraude ou
manipula•‹o destinadas a criar condi•›es artificiais de demanda, oferta ou pre•o
dos valores mobili‡rios negociados no mercado (Lei 6.385/76, art. 4¼, incisos IV e V).

ü Acesso ˆ informa•‹o adequada

Assegurar o acesso do pœblico a informa•›es sobre os valores mobili‡rios


negociados e as companhias que os tenham emitido, regulamentando a Lei e
administrando o sistema de registro de emissores, de distribui•‹o e de agentes
regulados (Lei 6.385/76, art. 4¼, inciso VI, e art. 8¼, incisos I e II).

http://www.cvm.gov.br/menu/acesso_informacao/institucional/sobre/mandatolegal.html

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ü Fiscaliza•‹o e puni•‹o

Fiscalizar permanentemente as atividades e os servi•os do mercado de valores


mobili‡rios, bem como a veicula•‹o de informa•›es relativas ao mercado, ˆs
pessoas que dele participam e aos valores nele negociados, e impor penalidades
aos infratores das Leis 6.404/76 e 6.385/76, das normas da pr—pria CVM ou de leis
especiais cujo cumprimento lhe incumba fiscalizar (Lei 6.385/76, art. 8¼, incisos III e
V, e art. 11).

ƒ muito importante notar que o mandato legal da CVM se trata dos objetivos que
a Autarquia e o CMN possuem conjuntamente no exerc’cio de suas compet•ncias.
Guarde isto, pois, como j‡ vimos, trata-se das imposi•›es legais que norteiam todo
o trabalho da CVM (e do seu, caso aprovado)!

CONSTITUI‚ÌO E ORGANIZA‚ÌO

A CVM Ž uma entidade aut‡rquica em regime especial, vinculada ao MinistŽrio da


Fazenda, com personalidade jur’dica e patrim™nio pr—prios, dotada de autoridade
administrativa independente, aus•ncia de subordina•‹o hier‡rquica, mandato fixo
e estabilidade de seus dirigentes, e autonomia financeira e or•ament‡ria.

Continuando, a CVM Ž administrada por um Presidente e quatro Diretores,


nomeados pelo Presidente da Repœblica, depois de aprovados pelo Senado
Federal, dentre pessoas de ilibada reputa•‹o e reconhecida compet•ncia em
matŽria de mercado de capitais. Os seguintes dispostos s‹o a eles aplic‡veis:

ü Mandato de 5 anos, vedada a recondu•‹o ao mesmo cargo. Isso significa, por


exemplo, que um Diretor pode ser nomeado Diretor Presidente, mas um Diretor
n‹o pode ser reconduzido como Diretor ap—s o final do seu mandato.

ü A cada ano Ž renovado 1/5 dos membros da Diretoria Colegiada. O significado


desta disposi•‹o Ž simples: a cada ano Ž encerrado o mandato de um Diretor.
Outra consequ•ncia Ž derivada desta norma: se um dos Diretores encerrar seu
mandato antes dos 5 anos previstos, seu substituto ir‡ exercer o cargo atŽ o

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tŽrmino do mandato do Diretor ÒoriginalÓ. Por exemplo, se o Diretor A foi


nomeado, mas renunciar ao mandato no final de primeiro ano, seu substituto, o
Diretor B, ter‡ 4 anos de mandato, e n‹o 5.

ü Os Diretores somente perder‹o o mandato em virtude de (i) renœncia, (ii) de


condena•‹o judicial transitada em julgado ou de processo administrativo
disciplinar e/ou de (iii) inobserv‰ncia, dos deveres e das proibi•›es inerentes ao
cargo. Esta Ž uma das mais importantes disposi•›es em rela•‹o ˆ autonomia
operacional da CVM, tendo em vista que os Diretores possuem mandato fixo,
n‹o podendo ser retirados do cargo por conveni•ncia pol’tica, por exemplo.

Os Diretores mais o Diretor Presidente formam um —rg‹o da CVM: o Colegiado (ou


Diretoria Colegiada, se preferir). Este —rg‹o Ž muito importante, pois compete a ele
fixar a pol’tica geral da CVM e expedir os atos normativos e exercer outras
atribui•›es legais e complementares de compet•ncia da CVM. Em resumo, Ž o
Colegiado que administra a CVM.

COMPETæNCIAS

ü Regulamentar, com observ‰ncia da pol’tica definida pelo Conselho Monet‡rio


Nacional, as matŽrias expressamente previstas na Lei 6.385/76 (Lei que disciplina
o mercado de capitais e institui a CVM, cujos termos est‹o sendo vistos nesta
aula e em aulas posteriores) e na Lei 6.404/76 (a Lei das Sociedades An™nimas,
cujos termos relevantes ser‹o vistos na aula de Companhias Abertas);

ü Administrar os registros institu’dos pela Lei 6.404/76. A rigor, a CVM possui 3


espŽcies de registros: (i) registro dos emissores, como as companhias abertas e
os fundos de investimento; (ii) registro da emiss‹o dos valores mobili‡rios,
quando distribu’dos publicamente (a regra geral Ž exigir emiss‹o de distribui•‹o
pœblica; as distribui•›es privadas s‹o dispensadas de registro); e (iii) registro de
pessoas e institui•›es para operarem no mercado de valores mobili‡rios, em
geral prestando servi•os no sistema de negocia•‹o, distribui•‹o e custodia de

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valores mobili‡rios (como as entidades administradoras de mercados, SCTVMs,


SDTVMs, deposit‡rios centrais etc.)

ü Fiscalizar permanentemente as atividades e os servi•os do mercado de valores


mobili‡rios, bem como a veicula•‹o de informa•›es relativas ao mercado, ˆs
pessoas que dele participem, e aos valores nele negociados. Basicamente, esta
Ž fun•‹o fiscalizat—ria da CVM e compreende a fiscaliza•‹o das seguintes
pessoas/atividades:

o a emiss‹o e distribui•‹o de valores mobili‡rios no mercado;

o a negocia•‹o e intermedia•‹o no mercado de valores mobili‡rios;

o a negocia•‹o e intermedia•‹o no mercado de derivativos;

o a organiza•‹o, o funcionamento e as opera•›es das Bolsas de Valores;

o a organiza•‹o, o funcionamento e as opera•›es das Bolsas de


Mercadorias e Futuros;

o a administra•‹o de carteiras e a cust—dia de valores mobili‡rios;

o a auditoria das companhias abertas; e

o os servi•os de consultor e analista de valores mobili‡rios.

ü Propor ao Conselho Monet‡rio Nacional a eventual fixa•‹o de limites m‡ximos


de pre•o, comiss›es, emolumentos e quaisquer outras vantagens cobradas
pelos intermedi‡rios do mercado; e

ü Fiscalizar e inspecionar as companhias abertas dada prioridade ˆs que n‹o


apresentem lucro em balan•o ou ˆs que deixem de pagar o dividendo m’nimo
obrigat—rio.

PENALIDADES

ü Advert•ncia

ü Multa

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Detalhado adiante

ü Inabilita•‹o

A inabilita•‹o, sempre tempor‡ria e por atŽ 20 anos, constitui-se na proibi•‹o do


apenado em exercer os seguintes cargos: administrador ou de conselheiro fiscal de
(i) companhia aberta, (ii) entidade do sistema de distribui•‹o, ou (iii) outras
entidades que dependam de autoriza•‹o ou registro na Comiss‹o de Valores
Mobili‡rios.

Desta forma, o administrador (conselheiro de administra•‹o ou diretor) ou


==7bb33==

conselheiro fiscal que for inabilitado, n‹o pode exercer o cargo enquanto perdurar
a pena.

ü Suspens‹o de registro ou autoriza•‹o

A suspens‹o segue a mesma l—gica apresentada anteriormente; no entanto,


aplica-se ao registro, e n‹o aos cargos acima mencionados. Desta forma, a pena
de suspens‹o do registro ou autoriza•‹o Ž extens’vel a todas entidades/pessoas
que possuem registro ou autoriza•‹o na CVM para realizar opera•›es no mercado
de valores mobili‡rios. Aqui est‹o as SCTVMs, SDTVMs, Deposit‡rios Centrais,
Agentes Aut™nomos etc.

ü Proibi•‹o

A pena de proibi•‹o, sempre tempor‡ria, aplica-se em tr•s situa•›es:

a) atŽ o m‡ximo de vinte anos, em rela•‹o ˆ pr‡tica de determinadas atividades


ou opera•›es, para os integrantes do sistema de distribui•‹o ou de outras
entidades que dependam de autoriza•‹o ou registro na Comiss‹o de Valores
Mobili‡rios;

b) atŽ o m‡ximo de dez anos, de atuar, direta ou indiretamente, em uma ou mais


modalidades de opera•‹o no mercado de valores mobili‡rios.

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c) atŽ 5 anos, de contratar com institui•›es financeiras oficiais, e de participar de


licita•‹o tendo por objeto aquisi•›es, aliena•›es, realiza•›es de obras e servi•os,
concess›es de servi•os pœblicos, na administra•‹o pœblica

Em rela•‹o ˆs penas, faltou detalhar as multas. O esquema adiante resume os


valores limites poss’veis:

Sobre as multas, podemos elaborar a seguinte ordem de racioc’nio:

1. Se n‹o for poss’vel verificar valores (da opera•‹o ou da vantagem obtida ou


da perda evitada), o limite da multa Ž de R$ 50 milh›es.

2. Se poss’vel calcular o valor da emiss‹o de valores mobili‡rios ou opera•‹o


irregular praticada, a multa pode atingir atŽ o dobro deste valor.

3. Se a pr‡tica apenada foi realizada com o intuito de obter vantagem


indevida, ou evitar determinada perda, a multa pode atingir atŽ 3 vezes o
valor da vantagem obtida ou da perda evitada. Esta multa Ž mais aplic‡vel
ˆs opera•›es realizadas com valores mobili‡rios.

4. H‡ tambŽm a possibilidade de aplicar multa correspondente ao dobro do


preju’zo causado aos investidores em decorr•ncia do il’cito.

5. Se poss’vel aplicar mais de 1 dos critŽrios acima expostos, aplica-se o maior


valor encontrado.

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4.! CONSELHO DE RECURSOS DO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL (CRSFN)

O CRSFN Ž —rg‹o respons‡vel para julgar, em segunda e œltima inst‰ncia, os


recursos interpostos sobre a aplica•‹o de penalidades administrativas pelo Banco
Central do Brasil, pela Comiss‹o de Valores Mobili‡rios e pelo Conselho de Controle
de Atividades Financeiras.

ƒ necess‡rio comentar que o CRSFN n‹o Ž necessariamente uma institui•‹o


normativa ou supervisora. No entanto, serve de inst‰ncia recursal de decis›es
tomadas por —rg‹os supervisores do SFN e, por isto, est‡ nesta se•‹o.

Como j‡ vimos, BACEN e CVM supervisionam diversos mercados, podendo,


inclusive, impor penalidades aos participantes que descumpram regras vigentes.

Os participantes podem recorrer destas decis›es ao CRSFN.

O Conselho Ž composto por 8 membros e respectivos suplentes, designados pelo


MinistŽrio da Fazenda com mandato de 3 (tr•s) anos. Os membros devem possuir
reconhecida compet•ncia, e conhecimentos especializados sobre os mercados
financeiros e de capitais. Observa-se a seguinte composi•‹o:

ü 2 representantes do MinistŽrio da Fazenda

ü 1 representante do Bacen

ü 1 representante da CVM

ü 4 representantes de entidades de classe, dos mercados financeiro e de


capitais.

As entidades de classe que integram o CRSFN s‹o as seguintes:

Titulares:

ü ABRASCA - Associa•‹o Brasileira das Companhias Abertas

ü ANBIMA - Associa•‹o Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de


Capitais

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ü ANCORD - Associa•‹o Nacional das Corretoras e Distribuidoras de T’tulos e


Valores Mobili‡rios, C‰mbio e Mercadorias

ü FEBRABAN - Federa•‹o Brasileira das Associa•›es de Bancos

Suplentes:

ü ABAC Ð Associa•‹o Brasileira de Administradoras de Cons—rcios

ü AMEC Ð Associa•‹o de Investidores no Mercado de Capitais

ü CECO/OCB - Conselho Consultivo do Ramo CrŽdito da Organiza•‹o das


Cooperativas Brasileiras

ü IBRACON - Instituto dos Auditores Independentes do Brasil

INSTITUI‚ÍES FINANCEIRAS BANCçRIAS

1.! BANCOS COMERCIAIS

O objetivo principal dos bancos comerciais Ž proporcionar o suprimento de recursos


necess‡rios para financiar, a curto e mŽdio prazos, o comŽrcio, a indœstria, as
empresas prestadoras de servi•os e as pessoas f’sicas.

Dentre as maneiras que os bancos comerciais possuem para atender estes


objetivos est‹o:

ü Desconto de t’tulos

ü Opera•›es de crŽdito simples e de conta corrente (conta garantia)

ü Opera•›es especiais, tais como as de crŽdito direcionado (crŽdito rural, entre


outras) e c‰mbio

ü Captar dep—sitos ˆ vista e a prazo

ü Obter recursos internos e externos para repasse

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2.! CAIXAS ECONïMICAS

AlŽm de captarem dep—sitos ˆ vista e operarem como banco comercial, as Caixas


Econ™micas integram o Sistema Brasileiro de Poupan•a (SBP) e o Sistema Financeiro
de Habita•‹o (SFH).

Atualmente existe t‹o somente 1 institui•‹o neste ‰mbito: a Caixa Econ™mica


Federal (CEF).

A CEF Ž a institui•‹o financeira sob a forma de empresa pœblica (possui como œnico
acionista a Uni‹o Federal) e respons‡vel pela operacionaliza•‹o das pol’ticas de
do Governo Federal para habita•‹o popular e saneamento b‡sico.

Basicamente, a CEF exerce as seguintes atividades:

ü Banc‡ria, sendo tambŽm Banco Mœltiplo

ü Capta•‹o e administra•‹o de recursos da poupan•a, para aplica•‹o em


emprŽstimos vinculados, principalmente na habita•‹o

ü Administra•‹o de loterias e de fundos, dentre o quais se destaca o FGTS.

O Estatuto da CEF disp›e sobre todas suas fun•›es cujas principais seguem a seguir:

¥ receber dep—sitos, a qualquer t’tulo, inclusive os garantidos pela Uni‹o, em


especial os de economia popular, com o prop—sito de incentivar e educar a
popula•‹o brasileira nos h‡bitos da poupan•a e fomentar o crŽdito em todas as
regi›es do Pa’s;

¥ prestar servi•os banc‡rios de qualquer natureza, por meio de opera•›es


ativas, passivas e acess—rias, inclusive de intermedia•‹o e suprimento financeiro,
sob suas mœltiplas formas;

¥ administrar, com exclusividade, os servi•os das loterias federais, nos termos da


legisla•‹o espec’fica;

¥ exercer o monop—lio das opera•›es de penhor civil, em car‡ter permanente


e cont’nuo;

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¥ prestar servi•os delegados pelo Governo federal e prestar servi•os, mediante


conv•nio, com outras entidades ou empresas, observada sua estrutura e natureza
de institui•‹o financeira;

¥ realizar quaisquer opera•›es, servi•os e atividades negociais nos mercados


financeiros e de capitais, internos ou externos;

¥ efetuar opera•›es de subscri•‹o, aquisi•‹o e distribui•‹o de a•›es,


obriga•›es e quaisquer outros t’tulos ou valores mobili‡rios no mercado de capitais,
para investimento ou revenda;

¥ realizar opera•›es de c‰mbio;

¥ realizar opera•›es de corretagem de seguros e de valores mobili‡rios,


arrendamento residencial e mercantil, inclusive sob a forma de leasing;

¥ prestar, direta ou indiretamente, servi•os relacionados ˆs atividades de


fomento da cultura e do turismo, inclusive mediante intermedia•‹o e apoio
financeiro;

¥ atuar como agente financeiro dos programas oficiais de habita•‹o e


saneamento e como principal —rg‹o de execu•‹o da pol’tica habitacional e de
saneamento do Governo federal, e operar como sociedade de crŽdito imobili‡rio
para promover o acesso ˆ moradia, especialmente para a popula•‹o de menor
renda;

¥ atuar como agente operador e financeiro do FGTS;

¥ administrar fundos e programas delegados pelo Governo federal;

¥ conceder emprŽstimos e financiamentos de natureza social de acordo com


a pol’tica do Governo federal, observadas as condi•›es de retorno, que dever‹o,
no m’nimo, ressarcir os custos operacionais, de capta•‹o e de capital alocado;

¥ manter linhas de crŽdito espec’ficas para as microempresas e para as


empresas de pequeno porte;

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¥ realizar, na qualidade de agente do Governo federal, por conta e ordem


deste, quaisquer opera•›es ou servi•os que lhe forem delegados, nos mercados
financeiro e de capitais;

¥ prestar servi•os de cust—dia de valores mobili‡rios;

¥ prestar servi•os de assessoria, consultoria e gerenciamento de atividades


econ™micas, de pol’ticas pœblicas, de previd•ncia e de outras matŽrias
relacionadas a sua ‡rea de atua•‹o, diretamente ou mediante conv•nio ou
cons—rcio com —rg‹os, entidades ou empresas;

¥ realizar, na forma fixada pelo Conselho Diretor e aprovada pelo Conselho de


Administra•‹o da CEF, aplica•›es n‹o reembols‡veis ou parcialmente
reembols‡veis destinadas especificamente a apoiar projetos e investimentos de
car‡ter socioambiental, que se enquadrem em seus programas e a•›es, que
beneficiem prioritariamente a popula•‹o de baixa renda, e principalmente nas
‡reas de habita•‹o de interesse social, saneamento ambiental, gest‹o ambiental,
gera•‹o de trabalho e renda, saœde, educa•‹o, desportos, cultura, justi•a,
alimenta•‹o, desenvolvimento institucional, desenvolvimento rural, e outras
vinculadas ao desenvolvimento sustent‡vel.

3.! COOPERATIVAS DE CRƒDITO

As cooperativas de crŽdito destinam-se, precipuamente, a prover, por meio da


mutualidade, a presta•‹o de servi•os financeiros a seus associados, sendo-lhes
assegurado o acesso aos instrumentos do mercado financeiro.

As cooperativas de crŽdito podem atuar das seguintes maneiras:

ü Captar dep—sitos, somente de associados.

ü Obter emprŽstimos ou repasses de institui•›es financeiras nacionais ou


estrangeiras

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ü Conceder crŽditos e prestar garantias

ü Aplicar recursos no mercado financeiro, inclusive em dep—sitos ˆ vista e a


prazo

ü Prestar servi•os a associados ou n‹o associados, servi•os de cobran•a, de


cust—dia, de recebimentos e pagamentos por conta de terceiros, entidades
pœblicas e privadas

Interessante notar que as cooperativas de crŽdito t•m como finalidade atender


aos seus associados, que seriam uma espŽcie de Òs—cioÓ da cooperativa. Assim, a
capta•‹o de recursos e concess‹o de crŽditos e garantias Ž direcionada aos
associados das cooperativas de crŽdito, e n‹o h‡ qualquer interessado.

4.! BANCOS MòLTIPLOS

O Banco Mœltiplo Ž a pessoa jur’dica que oferece diversos servi•os financeiros. Ou


seja, mantŽm opera•›es financeiras diversas, que seriam prestadas por distintas
institui•›es, como uma s— institui•‹o.

Um banco mœltiplo pode operar com as seguintes carteiras:

comercial;

investimento e/ou desenvolvimento (sendo esta exclusiva para bancos


pœblicos);

de crŽdito imobili‡rio;

de crŽdito, financiamento e investimento; e

de arrendamento mercantil.

Para configurar como banco mœltiplo, a institui•‹o financeira deve, no m’nimo,


possuir ao menos duas carteiras, sendo, obrigatoriamente, uma delas comercial ou
de investimento.

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INSTITUI‚ÍES FINANCEIRAS NÌO BANCçRIAS

1.! BANCOS DE DESENVOLVIMENTO

Os Bancos de Desenvolvimento s‹o institui•›es financeiras pœblicas n‹o federais,


constitu’das sob a forma de sociedade an™nima, com sede na Capital do Estado
da Federa•‹o que detiver seu controle acion‡rio.

Seu objetivo principal Ž proporcionar o suprimento oportuno e adequado dos


recursos necess‡rios ao financiamento, a mŽdio e longo prazos, de programas e
projetos que visem a promover o desenvolvimento econ™mico e social dos
respectivos Estados da Federa•‹o onde tenham sede, cabendo-lhes apoiar
prioritariamente o setor privado.

Entre suas fun•›es est‹o:

ü Impulsionar o desenvolvimento econ™mico e social do Pa’s/Regi‹o/Estado.

ü Fortalecer o setor empresarial.

ü Atenuar os desequil’brios regionais, criando novos polos de produ•‹o.

ü Promover o desenvolvimento integrado das atividades agr’colas, industriais e


de servi•os.

Para atender a seu objetivo, os Bancos de Desenvolvimento podem apoiar


iniciativas que visem a:

I - Ampliar a capacidade produtiva da economia, mediante implanta•‹o,


expans‹o e/ou relocaliza•‹o de empreendimentos;

II - Incentivar a melhoria da produtividade, por meio de reorganiza•‹o,


racionaliza•‹o, moderniza•‹o de empresas e forma•‹o de estoques - em n’veis
tŽcnicos adequados - de matŽrias primas e de produtos finais, ou por meio da
forma•‹o de empresas de comercializa•‹o integrada;

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III - Assegurar melhor ordena•‹o de setores da economia regional e o saneamento


de empresas por meio de incorpora•‹o, fus‹o, associa•‹o, assun•‹o de controle
acion‡rio e de acervo e/ou liquida•‹o ou consolida•‹o de passivo ou ativo
onerosos;

IV - Incrementar a produ•‹o rural por meio de projetos integrados de investimentos


destinados ˆ forma•‹o de capital fixo ou semifixo;

V - Promover a incorpora•‹o e o desenvolvimento de tecnologia de produ•‹o, o


aperfei•oamento gerencial, a forma•‹o e o aprimoramento de pessoal tŽcnico,
podendo, para este fim, patrocinar programas de assist•ncia tŽcnica,
preferencialmente atravŽs de empresas e entidades especializadas.

2.! BANCOS DE INVESTIMENTO

Os bancos de investimento s‹o institui•›es financeiras de natureza privada, devem


ser constitu’dos sob a forma de sociedade an™nima, especializadas em opera•›es
de participa•‹o societ‡ria de car‡ter tempor‡rio, de financiamento da atividade
produtiva para suprimento de capital fixo e de giro e de administra•‹o de recursos
de terceiros.

Continuando, aos bancos de investimento Ž facultado, alŽm da realiza•‹o das


atividades inerentes ˆ consecu•‹o de seus objetivos:

ü praticar opera•›es de compra e venda, por conta pr—pria ou de terceiros, de


metais preciosos, no mercado f’sico, e de quaisquer t’tulos e valores mobili‡rios,
nos mercados financeiros e de capitais;

ü operar em bolsas de mercadorias e de futuros, bem como em mercados de


balc‹o organizados, por conta pr—pria e de terceiros;

ü operar em todas as modalidades de concess‹o de crŽdito para financiamento


de capital fixo e de giro;

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ü participar do processo de emiss‹o, subscri•‹o para revenda e distribui•‹o de


t’tulos e valores mobili‡rios;

ü operar em c‰mbio, mediante autoriza•‹o espec’fica do Banco Central do


Brasil;

ü coordenar processos de reorganiza•‹o e reestrutura•‹o de sociedades e


conglomerados, financeiros ou n‹o, mediante presta•‹o de servi•os de
consultoria, participa•‹o societ‡ria e/ou concess‹o de financiamentos ou
emprŽstimos;

ü realizar outras opera•›es autorizadas pelo Banco Central do Brasil.

Note que parte destas fun•›es consiste na presta•‹o de servi•os no mercado de


capitais, o que coloca os bancos de investimento tambŽm como entidade auxiliar
neste mercado, mesmo que sua classifica•‹o seja de institui•‹o financeira n‹o
banc‡ria.

Os bancos de investimento podem empregar em suas atividades, alŽm de recursos


pr—prios, os provenientes de:

ü dep—sitos a prazo, com ou sem emiss‹o de certificado;

ü recursos oriundos do exterior, inclusive por meio de repasses interbanc‡rios;

ü repasse de recursos oficiais;

ü dep—sitos interfinanceiros;

ü outras formas de capta•‹o autorizadas pelo Banco Central do Brasil.

E, por fim, Ž preciso saber que os bancos de investimento podem manter contas,
sem juros e n‹o moviment‡veis por cheque, relativas a recursos de terceiros:

ü recebidos para aplica•‹o em t’tulos e valores mobili‡rios e outros ativos


financeiros e/ou modalidades operacionais dispon’veis nos mercados financeiro
e de capitais, referentes ˆ movimenta•‹o dessas aplica•›es;

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ü vinculados ˆ execu•‹o de suas opera•›es ativas ou relacionadas com a


presta•‹o de servi•os.

INSTITUI‚ÍES AUXILIARES

1.! SCTVMs e SDTVMs

As SCTVMs e SDTVMs possuem como finalidade as seguintes opera•›es:

ü operar em recinto ou em sistema mantido por bolsa de valores;

ü subscrever, isoladamente ou em cons—rcio com outras sociedades


autorizadas, emiss›es de t’tulos e valores mobili‡rios para revenda;

ü intermediar oferta pœblica e distribui•‹o de t’tulos e valores mobili‡rios no


mercado;

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ü comprar e vender t’tulos e valores mobili‡rios por conta pr—pria e de terceiros,


observada regulamenta•‹o baixada pela Comiss‹o de Valores Mobili‡rios e Banco
Central do Brasil nas suas respectivas ‡reas de compet•ncia;

ü encarregar-se da administra•‹o de carteiras e da cust—dia de t’tulos e valores


mobili‡rios

ü instituir, organizar e administrar fundos e clubes de investimento;

ü incumbir-se da subscri•‹o, da transfer•ncia e da autentica•‹o de endossos,


de desdobramento de cautelas, de recebimento e pagamento de resgates, juros
e outros proventos de t’tulos e valores mobili‡rios;

ü exercer fun•›es de agente fiduci‡rio;

ü instituir, organizar e administrar fundos e clubes de investimento;

ü constituir sociedade de investimento - capital estrangeiro e administrar a


respectiva carteira de t’tulos e valores mobili‡rios;

ü exercer as fun•›es de agente emissor de certificados e manter servi•os de


a•›es escriturais;

ü intermediar opera•›es de c‰mbio;

ü emitir certificados de dep—sito de a•›es;

ü realizar opera•›es compromissadas;

ü praticar opera•›es de compra e venda de metais preciosos, no mercado


f’sico, por conta pr—pria e de terceiros;

ü praticar opera•›es de conta margem, conforme regulamenta•‹o da


Comiss‹o de Valores Mobili‡rios;

ü operar em bolsas de mercadorias e de futuros por conta pr—pria e de


terceiros;

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ü prestar servi•os de intermedia•‹o e de assessoria ou assist•ncia tŽcnica, em


opera•›es e atividades nos mercados financeiro e de capitais; e

ü exercer outras atividades expressamente autorizadas, em conjunto, pelo


Banco Central do Brasil e pela Comiss‹o de Valores Mobili‡rios.

2.! ADMINISTRADORA DE CARTÍES DE CRƒDITO

Esta entidade, se considerada isolada, NÌO Ž uma institui•‹o financeira, pois n‹o
faz o intermŽdio de fundos entre os agentes superavit‡rios e deficit‡rios na
economia, mas t‹o somente o intermŽdio operacional da transa•‹o. Segundo o
regramento do sistema financeiro, ela Ž uma institui•‹o de pagamento e, por
conta dessa caracter’stica, Ž supervisionada pelo Banco Central.

Importante citar que, no entendimento do STF, a administradora de cart›es Ž IF.


Atente-se caso a banca pe•a na prova o entendimento do STJ relativo ˆ
administradora de cart›es, pois, nesse caso, ela deve ser considerada IF.

O entendimento do STJ foi consolidado na Sœmula 283:

AS EMPRESAS ADMINISTRADORAS DE CARTÌO DE CRƒDITO SÌO INSTITUI‚ÍES


FINANCEIRAS E, POR ISSO, OS JUROS REMUNERATîRIOS POR ELAS COBRADOS NÌO
SOFREM AS LIMITA‚ÍES DA LEI DE USURA.

Continuando, quem de fato Ž a administradora de cart›es?

S‹o empresas que prestam um servi•o de intermedia•‹o entre os portadores de


cart›es, as institui•›es financeiras emissoras (as quais financiam a opera•‹o,
quando h‡ adiantamento de receb’veis ou n‹o pagamento da fatura), os
fornecedores e as bandeiras (Visa, Mastercard, entre outras).

Geralmente atuam no fornecimento de infraestrutura para a realiza•‹o das


transa•›es, na instala•‹o de terminais que aceitam cart›es de crŽdito/dŽbito, na
compensa•‹o e liquida•‹o das opera•›es.

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BANCO DO NORDESTE

O Banco do Nordeste do Brasil S.A., Banco de Desenvolvimento criado pela Lei


Federal n¼ 1.649, de 19 de julho de 1952, Ž uma institui•‹o financeira mœltipla e
organizada sob a forma de sociedade de economia mista, de capital aberto, tendo
mais de 94% de seu capital sob o controle do governo federal.

O BNB Ž autorizado a praticar todas as opera•›es banc‡rias ativas, passivas e


acess—rias, prestar servi•os banc‡rios, de intermedia•‹o e suprimento financeiro
sob as suas mœltiplas formas e o exerc’cio de quaisquer atividades facultadas ˆs
institui•›es integrantes do Sistema Financeiro Nacional, inclusive realizar opera•›es
relacionadas com a emiss‹o e a administra•‹o de cart›es de crŽdito.

Em resumo, o BNB Ž banco mœltiplo que opera, dentre outras, a carteira de


desenvolvimento.

Com sede na cidade de Fortaleza, Estado do Cear‡, o Banco tem como ‡rea
b‡sica de atua•‹o 1.990 munic’pios distribu’dos nos nove Estados da regi‹o
Nordeste, o norte e os Vales do Mucuri e do Jequitinhonha do Estado de Minas
Gerais e o norte do Estado do Esp’rito Santo. As ag•ncias do Banco devem
abranger todos os Estados anteriormente citados e abranger uma popula•‹o
aproximada de 400 mil habitantes. Ou seja, cada Estado deve possui uma ag•ncia
para cada 400 mil habitantes.

As a•›es do Banco do Nordeste se alinham ˆs pol’ticas do Governo Federal, sendo


direcionadas com o objetivo de acelerar o crescimento econ™mico do Brasil,
contribuindo, para aumentar a renda per capita em sua ‡rea de atua•‹o,
promovendo a inclus‹o social e fixa•‹o do homem no campo, mediante o
incentivo ˆ abertura de novos postos de trabalho.

Os recursos utilizados pelo BNB s‹o aqueles derivados:

a) do capital social;

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b) do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE);

c) dep—sitos nas condi•›es que forem fixadas nos Estatutos;

d) lucros verificados nas opera•›es;

e) produto do lan•amento de t’tulos de sua responsabilidade, nas condi•›es


permitidas pela lei.

Nos termos das disposi•›es constitucionais (art. 159, inciso I, al’nea ÒcÓ) e Lei n¼ 7.827,
de 27.09.1989, o BNB exerce a administra•‹o do Fundo Constitucional de
Financiamento do Nordeste (FNE).

O Presidente do Banco, que antes era nomeado e demiss’vel Òad nutumÓ pelo
Presidente da Repœblica, agora Ž escolhido pelo Conselho de Administra•‹o, assim
como ocorre com os demais Diretores.

Ou seja, a Diretoria Executiva (Presidente do BNB mais os Diretores do BNB) s‹o


escolhidos pelo Conselho de Administra•‹o para exercerem um mandato de 2
anos, sendo permitidas, no m‡ximo, 3 recondu•›es consecutivas.

Os membros do Conselho de Administra•‹o, ser‹o eleitos pela Assembleia Geral, e


os Diretores, pelo Conselho de Administra•‹o.

E, salientando, a Diretoria Executiva deve ser composta por, no m’nimo 5 em no


m‡ximo, 7 Diretores Executivos, incluindo o Presidente. Os Diretores Executivos
devem observar, cumulativamente, as seguintes condi•›es para o exerc’cio do
mandato:

I. ser graduado em curso superior; e

II. ter exercido, nos œltimos cinco anos:


a) por pelo menos dois anos, cargos gerenciais em institui•ões integrantes do
Sistema Financeiro Nacional; ou

b) por pelo menos quatro anos, cargos gerenciais na ‡rea financeira de


outras entidades detentoras de patrim™nio liquido n‹o inferior a um quarto

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dos limites m’nimos de capital realizado e patrim™nio liquido exigidos pela


regulamenta•ão para o Banco; ou

c) por pelo menos dois anos, cargos relevantes em —rg‹os ou entidades da


administra•ão pœblica equivalentes a DAS-4 ou superior.

Em rela•‹o ao Conselho de Administra•‹o e seus membros devemos ter em mente


os seguintes conceitos:

ü Composto por 7 membros, sendo: 3 indicados pelo Ministro da Fazenda; 1


indicado pelo Ministro do Planejamento; 1 indicado pelos acionistas minorit‡rios
que possuem a•›es com direito a voto (lembrando que o acionista majorit‡rio
Ž o Governo Federal); 1 indicado pelos funcion‡rios do Banco; e o Presidente
do BNB, que Ž membro nato do Conselho. Cabe citar que o Presidente do
Conselho de Administra•‹o ser‡ escolhido pelos membros do Conselho, dentre
os 3 membros indicados pelo Ministro da Fazenda.

ü O prazo de gest‹o dos membros Ž de 2 anos, permitida atŽ 3 recondu•›es


consecutivas.

ü O Conselho de Administra•‹o reunir-se-‡, ordinariamente, uma vez por m•s


e, extraordinariamente, sempre que julgado conveniente ou necess‡rio, desde
que exista o qu—rum de quatro membros. As reuni›es ser‹o convocadas pelo
Presidente do Conselho.

ü As decis›es do Conselho s‹o tomadas por maioria, cabendo ao Presidente o


voto de qualidade. Ou seja, o Presidente do Conselho alŽm de poder proferir
seu voto pessoal, possui a capacidade de desempatar as vota•›es.

ü Perder‡ o cargo o membro do Conselho de Administra•‹o que deixar de


comparecer, salvo motivo de for•a maior ou caso fortuito, justificado por escrito,
a duas reuni›es consecutivas ou a tr•s alternadas, ordin‡rias ou extraordin‡rias,
durante o ano.

ü Por fim, as compet•ncias do Conselho s‹o:

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I - fixar a orienta•‹o geral dos neg—cios do Banco;

II - eleger e destituir os membros da Diretoria Executiva, e fixar-lhes as atribui•›es;

III - fiscalizar a gest‹o dos Diretores, examinar os livros e papŽis, solicitar


informa•›es sobre contratos celebrados ou em via de celebra•‹o e sobre
quaisquer outros atos;

IV - autorizar o Presidente do Colegiado a convocar a Assembleia Geral


Ordin‡ria e, quando julgar conveniente, a Assembleia Geral Extraordin‡ria;

V - manifestar-se sobre o relat—rio da Administra•‹o e sobre as contas da


Diretoria Executiva;

VI - deliberar sobre a cria•‹o e a extin•‹o de ag•ncias, sucursais, filiais,


representa•›es, escrit—rios, depend•ncias, correspondentes e outros pontos de
atendimento em outras pra•as da Regi‹o Nordeste e das demais regi›es do
Pa’s, e no exterior, observados os requisitos legais;

VII - manifestar-se, previamente, sobre contratos de aliena•‹o ou aquisi•‹o de


bens do ativo permanente e sobre qualquer opera•‹o de crŽdito ou de
presta•‹o de garantias para clientes, ou grupos econ™micos do qual estes
fa•am parte, cuja exposi•‹o do Banco nestes, j‡ inclu’da a opera•‹o em
an‡lise, seja superior a 25% (vinte e cinco por cento) do Patrim™nio L’quido;

VIII - autorizar, observadas as regras e dispositivos legais relacionados ˆs


licita•›es, a contrata•‹o de auditores independentes, bem como a rescis‹o
dos respectivos contratos;

IX - autorizar, mediante proposta da Diretoria Executiva do Banco e Òad


referendumÓ da Assembleia Geral, o pagamento de dividendos intermedi‡rios;

X - manifestar-se, mediante proposta da Diretoria Executiva, sobre designa•‹o


ou dispensa do titular da çrea de Auditoria Interna.

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XI - nomear e destituir os membros do Comit• de Auditoria, fixando-lhes a


remunera•‹o, bem como aprovar o respectivo regimento interno.

XII - nomear e destituir os membros do Comit• de Remunera•‹o, bem como


aprovar o respectivo regimento interno;

XIII - assegurar que os membros do Comit• de Remunera•‹o cumpram os


requisitos exigidos pela legisla•‹o e regulamenta•‹o espec’fica;

XIV - manifestar-se sobre altera•›es no C—digo de Conduta ƒtica do Banco do


Nordeste do Brasil S.A., mediante proposta da Diretoria Executiva;

XV - designar e destituir, a qualquer tempo, mediante proposta da Diretoria


Executiva, o titular da çrea de Ouvidoria;

XVI - criar comit•s de suporte ao Colegiado, para aprofundamento dos estudos


de assuntos estratŽgicos que exijam excepcional fundamenta•‹o tŽcnica de
decis‹o a ser tomada pelo Conselho de Administra•‹o, mediante justificativa e
demonstra•‹o da rela•‹o custo/benef’cio.

Com j‡ informado, a administra•‹o do BNB Ž realizada pelo Conselho de


Administra•‹o e pela Diretoria. Ë Diretoria Executiva compete a dire•‹o dos
neg—cios do Banco e a pr‡tica dos atos necess‡rios ao seu funcionamento, sendo
composta, no m’nimo, por cinco e, no m‡ximo, por sete membros, incluindo o
Presidente.

Ou seja, enquanto o Conselho delibera sobre a orienta•‹o geral da pol’tica


administrativa e operacional do Banco, a Diretoria pratica os atos necess‡rios ao
funcionamento do BNB, alŽm de dirigir seus neg—cios.

Atualmente o BNB possui as seguintes diretorias, sendo, obrigatoriamente, um deles


escolhido entre os funcion‡rios de carreira do BNB, aposentado ou na ativa:

I - Diretor de Administra•‹o e TI;

II - Diretor de Neg—cios

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III - Diretor Financeiro e de CrŽdito;

IV - Diretor de Desenvolvimento Sustent‡vel;

V - Diretor de Controle e Risco;

VI - Diretor de Ativos de Terceiros; e

VII Ð Diretor Presidente.

Cabe comentar que ap—s o tŽrmino da gest‹o, os ex-membros da Diretoria


Executiva ficam impedidos, por um per’odo de quatro meses, contados do tŽrmino
da gest‹o, se maior prazo n‹o for fixado nas normas regulamentares, de (i) exercer
atividades ou prestar qualquer servi•o a sociedades ou entidades concorrentes do
Banco, de (ii) aceitar cargo de administrador ou conselheiro, ou estabelecer
v’nculo profissional com pessoa f’sica ou jur’dica com a qual tenham mantido
relacionamento oficial direto e relevante nos seis meses anteriores ao tŽrmino da
gest‹o e de (iii) patrocinar, direta ou indiretamente, interesse de pessoa f’sica ou
jur’dica, perante —rg‹o ou entidade da administra•‹o pœblica federal com que
tenha tido relacionamento oficial direto e relevante nos seis meses anteriores ao
tŽrmino da gest‹o.

E, o que faz a Diretoria Executiva? Seguem abaixo suas compet•ncias, lembrando


que o assunto Ž muito relevante e deve estar na Òponta da l’nguaÓ no momento
da prova:

I - cumprir as disposi•›es do Estatuto e as delibera•›es da Assembleia Geral e do


Conselho de Administra•‹o;

III - aprovar a regulamenta•‹o interna, podendo fixar normas e delegar poderes,


bem como submeter ao Conselho de Administra•‹o propostas de mudan•as no
C—digo de Conduta ƒtica do Banco do Nordeste do Brasil S.A.; IV - propor ao
Conselho de Administra•‹o a cria•‹o e a extin•‹o de ag•ncias, sucursais, filiais,
representa•›es, escrit—rios, depend•ncias, correspondentes e outros pontos de

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atendimento em outras pra•as da Regi‹o Nordeste e das demais regi›es do Pa’s,


e no exterior, observados os requisitos legais;

V - fixar o quadro de pessoal, criar e extinguir cargos ou fun•›es, determinar


vencimentos e vantagens, estabelecer normas de admiss‹o, atravŽs de concurso
ou contrato, e aprovar o Regulamento de Pessoal;

VI - estabelecer as normas gerais das opera•›es;

VII - aprovar os planos e or•amentos semestrais, anuais e plurianuais, para


opera•›es e atividades administrativas;

VIII - fixar condi•›es e taxas de juros para opera•›es banc‡rias;

IX - autorizar a contrata•‹o de emprŽstimos em moeda nacional e estrangeira, no


Pa’s e no exterior;

X - autorizar, quando de sua al•ada, realiza•‹o de opera•›es, observado, se for o


caso, o pronunciamento do Conselho de Administra•‹o;

XI - autorizar a aquisi•‹o e a aliena•‹o de bens im—veis, a transa•‹o, a desist•ncia


e renœncia de direitos, a aliena•‹o de outros bens do ativo permanente, a
constitui•‹o de ™nus reais e a presta•‹o de garantias a obriga•›es de terceiros,
ressalvada a compet•ncia do Conselho e a compet•ncia da Assembleia Geral;

XII - distribuir e aplicar os lucros apurados, nos termos do Estatuto e das delibera•›es
da Assembleia Geral;

XIII - propor ao Conselho de Administra•‹o o pagamento de dividendos;

XIV - propor ˆ Assembleia Geral Extraordin‡ria o aumento de capital do Banco,


ouvido o Conselho de Administra•‹o;

XV - submeter ao Conselho de Administra•‹o proposta de designa•‹o ou dispensa


do titular da çrea de Auditoria Interna;

XVI - convocar, quando julgar conveniente, a Assembleia Geral;

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XVII - submeter ao Conselho de Administra•‹o proposta de designa•‹o ou


destitui•‹o do titular da çrea de Ouvidoria.

XVIII - garantir os recursos humanos, materiais e financeiros para que a Comiss‹o de


ƒtica do Banco do Nordeste do Brasil S.A cumpra suas atribui•›es.

XIX - resolver os casos extraordin‡rios ou omissos.

Como Ž poss’vel notar, a Diretoria e o Conselho possuem fun•›es parecidas e muita


vezes complementares. Estas nuances devem ser compreendidas. Por exemplo,
enquanto cabe ao Conselho a cria•‹o e a extin•‹o de ag•ncias, sucursais, filiais,
representa•›es, escrit—rios, depend•ncias, correspondentes e outros pontos de
atendimento em outras pra•as da Regi‹o Nordeste e das demais regi›es do Pa’s,
e no exterior, observados os requisitos legais, cabe ˆ Diretoria propor isto ao
Conselho.

LEI 7.827/89

Este t—pico trata da Lei 7.827/89, a qual cria o Fundo Constitucional de


Financiamento do Norte - FNO, o Fundo Constitucional de Financiamento do
Nordeste - FNE e o Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste Ð FCO
(daqui em diante chamados de ÒFundosÓ).

A CF/88 estabelece que compete ˆ Uni‹o entregar uma parte da arrecada•‹o


com o imposto de renda a Estados, Munic’pios e fundos de desenvolvimento (art.
159 da CF/88).

Desta forma, ficou estabelecido que 3% da arrecada•‹o com o Imposto de Renda


(IR) e 3% da arrecada•‹o do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) dever se
entregue pela Uni‹o para aplica•‹o em programas de financiamento ao setor
produtivo das Regi›es Norte, Nordeste e Centro-Oeste, atravŽs de suas institui•›es
financeiras de car‡ter regional, de acordo com os planos regionais de
desenvolvimento, ficando assegurada ao semi‡rido do Nordeste a metade dos
recursos destinados ˆ Regi‹o, na forma que a lei estabelecer.

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Os programas de financiamento (administrados pelos bancos gestores) que utilizam


recursos dos Fundos devem observar os seguintes par‰metros:

I - concess‹o de financiamento aos setores produtivos das regi›es beneficiadas;

II - a•‹o integrada com institui•›es federais sediadas nas regi›es;

III - tratamento preferencial ˆs atividades produtivas de pequenos e mini produtores


rurais e pequenas e microempresas, ˆs de uso intensivo de matŽrias-primas e m‹o-
de-obra locais e as que produzam alimentos b‡sicos para consumo da popula•‹o,
bem como aos projetos de irriga•‹o, quando pertencentes aos citados produtores,
suas associa•›es e cooperativas;

IV - preserva•‹o do meio ambiente;

V - ado•‹o de prazos e car•ncia, limites de financiamento, juros e outros encargos


diferenciados ou favorecidos, em fun•‹o dos aspectos sociais, econ™micos,
tecnol—gicos e espaciais dos empreendimentos;

VI - conjuga•‹o do crŽdito com a assist•ncia tŽcnica, no caso de setores


tecnologicamente carentes;

VII - or•amenta•‹o anual das aplica•›es dos recursos;

VIII - uso criterioso dos recursos e adequada pol’tica de garantias, com limita•‹o
das responsabilidades de crŽdito por cliente ou grupo econ™mico, de forma a
atender a um universo maior de benefici‡rios e assegurar racionalidade, efici•ncia,
efic‡cia e retorno ˆs aplica•›es;

IX - apoio ˆ cria•‹o de novos centros, atividades e p—los din‰micos, notadamente


em ‡reas interioranas, que estimulem a redu•‹o das disparidades intra-regionais de
renda;

X - proibi•‹o de aplica•‹o de recursos a fundo perdido.

XI - programa•‹o anual das receitas e despesas com n’vel de detalhamento que


d• transpar•ncia ˆ gest‹o dos Fundos e favore•a a participa•‹o das lideran•as

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regionais com assento no conselho deliberativo das superintend•ncias regionais de


desenvolvimento

XII - ampla divulga•‹o das exig•ncias de garantia e de outros requisitos para a


concess‹o de financiamento;

XIII - concess‹o de financiamento a estudantes regularmente matriculados em


cursos superiores n‹o gratuitos no ‰mbito do FIES (Fundo de Financiamento
Estudantil).

Os benefici‡rios s‹o aqueles que podem pleitear o crŽdito junto aos Bancos
Gestores. S‹o eles:

ü produtores e empresas, pessoas f’sicas e jur’dicas, e cooperativas de


produ•‹o que, de acordo com as prioridades estabelecidas nos planos
regionais de desenvolvimento, desenvolvam atividades produtivas nos setores
agropecu‡rio, mineral, industrial, agroindustrial, de empreendimentos
comerciais e de servi•os das regi›es Norte, Nordeste e Centro-Oeste;

ü estudantes regularmente matriculados em cursos superiores e de educa•‹o


profissional, tŽcnica e tecnol—gica n‹o gratuitos, que atendam aos critŽrios
estabelecidos pelo FIES, e que contribuir‹o para o desenvolvimento do setor
produtivo das regi›es Norte, Nordeste e Centro-Oeste, de acordo com as
prioridades estabelecidas nos planos regionais de desenvolvimento.

Os recursos que financiam os Fundos j‡ foram citados anteriormente. Mas, h‡ outros,


como citado abaixo:

ü 3% (tr•s por cento) do produto da arrecada•‹o do imposto sobre renda e


proventos de qualquer natureza e do imposto sobre produtos industrializados;

ü II - os retornos e resultados de suas aplica•›es;

ü III - o resultado da remunera•‹o dos recursos momentaneamente n‹o


aplicados, calculado com base em indexador oficial;

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ü IV - contribui•›es, doa•›es, financiamentos e recursos de outras origens,


concedidos por entidades de direito pœblico ou privado, nacionais ou
estrangeiras;

ü V - dota•›es or•ament‡rias ou outros recursos previstos em lei.

Mais uma vez, Ž muito simples de compreender. AlŽm dos 3% da arrecada•‹o do


IR e IPI, formam os recursos dos Fundos (i) os recursos derivados do retorno das
aplica•›es realizadas, (ii) o retorno dos recursos momentaneamente n‹o aplicados
(os recursos a espera de aplica•‹o ficam, em geral, rendendo juros em t’tulos
financeiros), (iii) doa•›es e contribui•›es, alŽm de (iv) outras dota•›es
or•ament‡rias ou recursos previstos em lei.

Ressalta-se que, em rela•‹o aos 3% do IR e IPI (e apenas em rela•‹o a ele), a


seguinte distribui•‹o dever‡ ser observada:

ü 0,6% (seis dŽcimos por cento) para o Fundo Constitucional de Financiamento


do Norte;

ü 1,8% (um inteiro e oito dŽcimos por cento) para o Fundo Constitucional de
Financiamento do Nordeste; e

ü 0,6% (seis dŽcimos por cento) para o Fundo Constitucional de Financiamento


do Centro-Oeste.

A administra•‹o dos Fundos envolve as seguintes entidades:

ü Conselho Deliberativo das Superintend•ncias de Desenvolvimento da


Amaz™nia, do Nordeste e do Centro-Oeste;

ü MinistŽrio da Integra•‹o Nacional; e

ü Institui•‹o financeira de car‡ter regional e Banco do Brasil S.A.

O Banco da Amaz™nia S.A. - Basa, o Banco do Nordeste do Brasil S.A. - BNB e o


Banco do Brasil S.A. - BB s‹o os administradores do Fundo Constitucional de
Financiamento do Norte - FNO, do Fundo Constitucional de Financiamento do

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Nordeste - FNE e do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste - FCO,


respectivamente.

Para tanto, eles fazem jus a taxas de administra•‹o sobre o patrim™nio liquido dos
referidos fundos, apropriada mensalmente, nos seguintes percentuais:

ü tr•s inteiros por cento ao ano (3% a.a.), no exerc’cio de 2018;

ü dois inteiros e sete dŽcimos por cento ao ano (2,7% a.a.), no exerc’cio de 2019;

ü dois inteiros e quatro dŽcimos por cento ao ano (2,4% a.a.), no exerc’cio de
2020;

ü dois inteiros e um dŽcimo por cento ao ano (2,1% a.a.), no exerc’cio de 2021;

ü um inteiro e oito dŽcimos por cento ao ano (1,8% a.a.), no exerc’cio de 2022;
e

ü um inteiro e cinco dŽcimos por cento ao ano (1,5% a.a.), a partir de 1¼ de


janeiro de 2023.

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SERVI‚OS E PRODUTOS FINANCEIROS

1.! CONTA CORRENTE

Os bancos podem abrir tr•s tipos de contas: contas de dep—sitos ˆ vista, contas de
dep—sitos a prazo e contas sal‡rio.

Enquanto a primeira faz a guarda de recursos prontamente dispon’veis e n‹o os


remunera, a segunda fornece remunera•‹o e os prazos mais variados para saque.
Lembrando que os indiv’duos titulares de contas de dep—sitos a prazo podem, em
geral, sacar seus recursos prontamente, mas n‹o usufruem da remunera•‹o devida
quando o saque Ž feito no vencimento.

As contas sal‡rio s‹o um tipo especial de conta de registro e controle de fluxo de


recursos, destinada a receber sal‡rios, proventos, soldos, vencimentos,
aposentadorias, pens›es e similares. A "conta sal‡rio" n‹o admite outro tipo de
dep—sito alŽm dos crŽditos da entidade pagadora e n‹o Ž moviment‡vel por
cheques.

A abertura e a manuten•‹o de conta de dep—sito pressup›em contrato firmado


entre as partes Ð institui•‹o financeira e cliente.

Desta forma, trata-se de ato volunt‡rio. O banco n‹o Ž obrigado a abrir ou manter
conta de dep—sito para o cidad‹o. Este, por sua vez, pode escolher a institui•‹o
que lhe apresente as condi•›es mais adequadas para firmar tal contrato.

Para abertura de conta de dep—sito, Ž necess‡rio preencher a ficha-proposta de


abertura de conta com a qualifica•‹o do depositante e apresentar os originais dos
seguintes documentos:

ü Pessoa F’sica:

Nome completo, filia•‹o, nacionalidade, data e local do nascimento, sexo, estado


civil, nome do c™njuge, se casado, profiss‹o, documento de identifica•‹o (tipo,

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nœmero, data de emiss‹o e —rg‹o expedidor) e nœmero de inscri•‹o no Cadastro


de Pessoas F’sicas Ð CPF

ü Pessoa Jur’dica:

Raz‹o social, atividade principal, forma e data de constitui•‹o, documentos,


contendo as informa•›es referidas na al’nea anterior, que qualifiquem e autorizem
os representantes, mandat‡rios ou prepostos a movimentar a conta, nœmero de
inscri•‹o no Cadastro Nacional de Pessoa Jur’dica Ð CNPJ e atos constitutivos,
devidamente registrados, na forma da lei, na autoridade competente

AlŽm dos referidos documentos, a ficha proposta deve conter tambŽm:

ü Endere•os residencial e comercial completos

ü Nœmero do telefone e c—digo DDD;

ü Fontes de refer•ncia consultadas;

ü Data da abertura da conta e respectivo nœmero;

ü Assinatura do depositante

ATEN‚ÌO:

Desde abril de 2016, as institui•›es financeiras podem realizar a abertura e


encerramento de contas de dep—sitos ˆ vista ou de poupan•a por meio
eletr™nico. O procedimento Ž facultativo e aplic‡vel para contas de pessoas
f’sicas e de microempreendedores individuais (MEIs).

N‹o se trata de um novo tipo de conta, apenas da possibilidade de uma conta


ser aberta sem a necessidade de o cliente ir a uma ag•ncia banc‡ria. Assim, as
demais regras para abertura e encerramento de uma conta devem ser
observadas, tais como: identifica•‹o do cliente, contrato do qual conste os
direitos e as obriga•›es das partes envolvidas, tarifas, adequa•‹o de produtos e
servi•os financeiros e preven•‹o ˆ lavagem de dinheiro e ao financiamento do
terrorismo.

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Se a conta for aberta por meio eletr™nico, tambŽm dever‡ ser oferecida ao correntista a
op•‹o de encerr‡-la por esse meio. Importante tambŽm notar que a IF pode cobrar
tarifa para confec•‹o de cadastro se a conta for aberta por meio eletr™nico, no caso
de in’cio de relacionamento. Caso o cliente possua relacionamento com o banco, a
cobran•a n‹o Ž permitida.

Algumas regras adicionais devem ser memorizadas:

ü Se a conta de dep—sitos for titulada por menor ou por pessoa incapaz (adiante
iremos tratar deste tema), alŽm de sua qualifica•‹o, tambŽm dever‡ ser
identificado o respons‡vel que o assistir (para correntista entre 16 e 18 anos) ou o
representar (para correntista menor de 16 anos).

ü A ficha-proposta relativa ˆ conta de dep—sitos ˆ vista dever‡ conter cl‡usulas


sobre:

¥ Saldo exigido para manuten•‹o da conta

¥ Condi•›es estipuladas para fornecimento de talon‡rio de cheques

¥ Obrigatoriedade de comunica•‹o, devidamente formalizada pelo depositante,


sobre qualquer altera•‹o nos dados cadastrais e nos documentos referidos

¥ Inclus‹o do nome do depositante no Cadastro de Emitentes de Cheques sem


Fundos (CCF) Ð como o nome sugere, Ž o cadastro que reœne os emitentes de
cheques sem fundos Ð, nos termos da regulamenta•‹o em vigor informa•‹o de que
os cheques liquidados, uma vez microfilmados, poder‹o ser destru’dos

¥ Procedimentos a serem observados com vistas ao encerramento da conta de


dep—sitos

Algumas veda•›es e faculdades regem as regras de abertura e movimenta•‹o de


contas:

ü Proibida a abertura de conta sob nome abreviado ou de qualquer forma


alterado, inclusive mediante supress‹o de parte ou partes do nome do depositante.

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ü Vedado o fornecimento de talon‡rio de cheques ao depositante enquanto


n‹o verificadas as informa•›es constantes da ficha-proposta ou quando, a
qualquer tempo, forem constatadas irregularidades nos dados de identifica•‹o do
depositante ou de seu procurador

ü Vedada a estipula•‹o de cl‡usulas na ficha-proposta que, em qualquer


hip—tese, impe•am ou criem limita•›es ˆ susta•‹o de pagamento de cheques
(n‹o se aplica ˆ cobran•a de tarifas, desde que previstas na ficha proposta)

ü Proibido o fornecimento de talon‡rio de cheques ao depositante enquanto


figurar no CCF

ü Facultada ˆ institui•‹o financeira a abertura, manuten•‹o ou encerramento


de conta de dep—sitos ˆ vista cujo titular figure ou tenha figurado no Cadastro de
Emitentes de Cheques sem Fundos (CCF).

Para finalizar o assunto, vejamos algumas disposi•›es acerca do encerramento de


conta de dep—sito.

Por ser um contrato volunt‡rio e por tempo indeterminado, uma conta banc‡ria
pode ser encerrada por qualquer uma das partes envolvidas. Lembramos que, se
a conta tiver sido aberta por meio eletr™nico, a institui•‹o financeira deve oferecer
ao correntista a op•‹o de encerr‡-la tambŽm por esse meio.

Quando a iniciativa do encerramento for do banco, ele deve:

ü comunicar o fato a voc•, previamente e por escrito, dando-lhe um prazo


para ado•‹o das provid•ncias necess‡rias. Essa comunica•‹o deve conter
a situa•‹o que motivou a rescis‹o;

ü solicitar a devolu•‹o dos cheques por acaso em seu poder, ou entrega de


declara•‹o de inutiliza•‹o dos cheques.

ü informar a voc• sobre a necessidade de manuten•‹o de fundos suficientes


na conta para o pagamento de compromissos assumidos ou decorrentes de
disposi•›es legais.

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O banco dever‡ encerrar a conta se forem verificadas irregularidades nas


informa•›es prestadas, julgadas de natureza grave, comunicando o fato
imediatamente ao Banco Central.

No caso da inclus‹o no Cadastro de Emitentes de Cheque sem Fundos (CCF), o


encerramento da conta depende de decis‹o do banco.

Quando a iniciativa do encerramento for do correntista, ele dever‡ observar os


seguintes cuidados:

ü solicitar, por escrito, ao banco o encerramento da conta, exigindo recibo na


c—pia da solicita•‹o (em se tratando de atendimento presencial);

ü verificar se todos os cheques emitidos foram compensados para evitar que


seu nome seja inclu’do no CCF pelo motivo 13 (conta encerrada);

ü entregar ao banco as folhas de cheque ainda em seu poder, ou apresentar


declara•‹o de que as inutilizou;

ü solicitar o cancelamento dos dŽbitos autom‡ticos em conta, caso existentes;

ü manter recursos suficientes para o pagamento de compromissos assumidos


com a institui•‹o financeira ou decorrentes de disposi•›es legais.

2.! CARTÍES DE CRƒDITO

Cart‹o de crŽdito Ž um meio de pagamento, utilizado em compras a crŽdito. Ou


seja, sua principal caracter’stica possibilita comprar agora, atravŽs de cart‹o
eletr™nico, e pagar no futuro atravŽs de um boleto banc‡rio.

Geralmente h‡ duas modalidades de cart‹o: b‡sico e diferenciado.

O cart‹o de crŽdito b‡sico est‡ associado exclusivamente ao pagamento de


compras, contas ou servi•os. O pre•o da anuidade para sua utiliza•‹o deve ser o
menor pre•o cobrado pela emissora entre todos os cart›es por ela oferecidos.

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As institui•›es financeiras est‹o obrigadas a oferecer o cart‹o b‡sico, que pode


ser nacional e/ou internacional. Esse cart‹o n‹o pode ser associado a programas
de benef’cios e/ou recompensas.

J‡ o cart‹o diferenciado Ž modalidade que permite a vincula•‹o com


determinado programa de recompensas ou benef’cios. Ou seja, a utiliza•‹o do
cart‹o diferenciado permite ao titular auferir benef’cios e recompensas diversas,
dependendo do contrato estabelecido com a institui•‹o financeira.

As institui•›es financeiras emissoras est‹o autorizadas pelo Banco Central a cobrar


as seguintes tarifas sobre os cart›es de crŽdito b‡sicos e diferenciados:

i.! anuidade;

ii.! para emiss‹o de 2» via do cart‹o;

iii.! para retirada em espŽcie na fun•‹o saque;

iv.!no uso do cart‹o para pagamento de contas; e

v.! no caso de pedido de avalia•‹o emergencial do limite de crŽdito.

vi.! A fatura do cart‹o de crŽdito pode ou n‹o ser totalmente quitada. Cabe
ao emissor do cart‹o definir se aceita um pagamento inferior ao total da
fatura.

vii.! E aqui h‡ um atualiza•‹o importante que ocorreu em 2018 referente ao


valor m’nimo da fatura a ser pago: O percentual de pagamento m’nimo
da fatura poder‡ ser livremente pactuado entre a institui•‹o e o cliente.
Caso haja altera•‹o desse percentual pela institui•‹o emissora do cart‹o
o cliente dever‡ ser comunicado, com, no m’nimo, 30 dias de
anteced•ncia.

Outra importante novidade relativa aos cart›es de crŽdito se deu com a altera•‹o
da regra relacionada ao rotativo dos cart›es.

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ATEN‚ÌO: Desde de 3 de abril de 2017, com a entrada em vigor da Resolu•‹o 4.549


do CMN, o saldo devedor da fatura de cart‹o de crŽdito, quando n‹o pago
integralmente atŽ o vencimento, somente pode ser mantido em crŽdito rotativo
atŽ o vencimento da fatura subsequente (em geral, 30 dias). Ou seja, no caso de
atraso da fatura, o valor s— pode acumular juros no rotativo do cart‹o atŽ o
vencimento da pr—xima fatura. Mesmo que o titular do cart‹o n‹o consiga quitar
este valor, outro crŽdito haver‡ de ser contratado para quitar o saldo devedor do
cart‹o. O objetivo desta medida foi o de trocar uma d’vida com alt’ssima taxa de
juros por outra, com taxas menores.

3.! CADERNETA DE POUPAN‚A

ü Liquidez Di‡ria Ð os saldos aplicados na caderneta de poupan•a podem ser


movimentados diariamente. Ou seja, tanto as aplica•›es, como os saques, podem
facilmente ser realizados nas institui•›es financeiras autorizadas sem burocracias.

ü Isen•‹o de Imposto de Renda Ð os rendimentos auferidos pelos valores


depositados na caderneta de poupan•a s‹o isentos de Imposto de Renda. Este
fator Ž um dos grandes diferenciais da caderneta de poupan•a, pois acaba
compensando a baixa rentabilidade real da aplica•‹o.

Aten•‹o! A banca pode tentar te confundir, pois mesmo que os rendimentos da


poupan•a s‹o isentos de IR, os contribuintes que possuem mais de R$ 300 mil
aplicados devem declarar estes valores.

No caso de pessoas jur’dicas com fins lucrativos aplica-se uma al’quota de 22,5%
sobre os rendimentos auferidos na caderneta de poupan•a sobre as aplica•›es de
atŽ 180 dias. No caso de aplica•›es de 181 a 360 dias, a al’quota Ž de 20%; de 361
dias a 720 dias, 17,5%; acima de 720 dias, 15%. No caso de pessoa jur’dica sem fins
lucrativos n‹o h‡ a cobran•a de imposto de renda

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ü Garantia do FGC - o Fundo Garantidor de CrŽdito (FGC), cujas caracter’sticas


ser‹o vistas em aula espec’fica, garante dep—sitos de atŽ R$ 250 mil na caderneta
de poupan•a. Mas, como assim?

O FGC Ž uma institui•‹o civil sem fins lucrativos cujos recursos s‹o derivados de
contribui•›es compuls—ria dos bancos que dele fazem parte. Desta forma, em caso
de crise de liquidez de determinado banco que o impossibilite de cumprir com
saques de seus clientes, o FGC garante atŽ R$ 250 mil por CPF em cada banco.

Desta forma, caso voc• tenha R$ 260 mil depositado em caderneta de poupan•a
no Banco A, e ele quebre, o FGC ir‡ garantir atŽ R$ 250 mil e voc• perder‡
ÒapenasÓ R$ 10 mil. Mas, o FGC cobre os preju’zos por pessoa em cada banco.
Desta forma, caso voc• tenha duas contas de poupan•a nos Bancos A e B, cada
uma no valor de R$ 250 mil, e os dois bancos quebrem, o FGC ir‡ garantir todos os
R$ 500 mil depositados.

ü Data de Anivers‡rio Ð a caderneta de poupan•a tambŽm faz anivers‡rio. Isto


mesmo, voc• n‹o est‡ lendo errado. A data de anivers‡rio corresponde ˆ data de
abertura da conta poupan•a.

A data de anivers‡rio Ž relevante pois nela ocorre o crŽdito do rendimento. Desta


forma, caso voc• tenha criado a poupan•a em 01.01 de determinado ano, os
rendimentos mensais ser‹o creditados sempre no dia 01 de cada m•s subsequente.

Os bancos, interessados na capta•‹o de valores via poupan•a, oferecem


cadernetas de poupan•a ÒinteligentesÓ, que possuem data de anivers‡rio no dia
do dep—sito. Desta forma, mesmo que voc• criou a conta no dia 01 e depositou os
valores no dia 20, por exemplo, h‡ a cria•‹o de uma subconta com anivers‡rio no
dia 20, pelo que o valor depositado nesta data far‡ anivers‡rio (e render‡ juros)
sempre no dia 20. Portanto, como existem 28 poss’veis datas de anivers‡rio (os
depositados realizados em 29, 30 e 31 fazem anivers‡rio no dia 01), Ž poss’vel a
cria•‹o de atŽ 28 subcontas de poupan•a.

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Por fim, cumpre citar que, no caso de pessoal jur’dica com finalidade lucrativa, a
remunera•‹o da caderneta de poupan•a Ž feita trimestralmente. Ou seja, apenas
de 3 em 3 meses os valores fazem anivers‡rio e, deste modo, s‹o remunerados.

ü Demais Facilidades Operacionais Ða viabilidade e atratividade ao pequeno


investidor da caderneta de poupan•a, somado ao aumento da renda brasileira e
da formaliza•‹o banc‡ria registrada na dŽcada passada fizeram os bancos
ofertarem mais facilidades aos detentores (e interessados) de contas poupan•a.
Medidas como as transfer•ncias autom‡ticas da conta corrente para a conta
poupan•a, possibilidade de movimenta•‹o online, facilidades na abertura de atŽ
28 subcontas, cada uma com uma data de anivers‡rio, dentre outros fatores,
ampliaram o interesse da caderneta de poupan•a.

Outra caracter’stica important’ssima da poupan•a Ž a forma de remunera•‹o.

Modificada em 03.05.12, para possibilitar a redu•‹o da Taxa Selic, a remunera•‹o


da caderneta de poupan•a passou a seguir 2 regras distintas:

1. Taxa Selic acima de 8,5% ao ano Ð remunera•‹o de 0,5% ao m•s mais TR.

2. Taxa Selic igual ou abaixo de 8,5% ao ano Ð remunera•‹o mensal equivalente


a 70% da Taxa Selic mais TR.

4.! DEPîSITOS A PRAZO (CDB E RDB)

O certificado de dep—sito banc‡rio (CDB) Ž uma promessa de pagamento ˆ ordem


da import‰ncia do dep—sito, acrescida do valor da corre•‹o e dos juros
convencionados.

Mas, vamos facilitar: o CDB, um dos mais importantes instrumentos de investimento


e capta•‹o de recursos pelas institui•›es financeiras, Ž um t’tulo de renda fixa que
promete pagar ao seu investidor uma remunera•‹o pactuada, que podem ser
transferidos mediante endosso, datado e assinado pelo seu titular, ou por
mandat‡rio especial.

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As caracter’sticas do CDB s‹o determinadas no momento de sua contrata•‹o. Na


ocasi‹o, prazo e forma de rendimento s‹o previamente definidos. Sua
remunera•‹o, que pode ser prefixada ou p—s-fixada, Ž baseada em diversos
indexadores. O mais utilizado Ž a Taxa-DI Cetip.

Incide Imposto de Renda em fun•‹o do prazo da aplica•‹o (al’quotas abaixo).


Quanto mais tempo investido, menor a al’quota. Para prazos inferiores a 30 dias, o
IOF (Imposto sobre opera•›es financeiras) tambŽm ser‡ cobrado. Abaixo as
al’quotas praticadas:

ü aplica•›es atŽ 180 dias: 22,5%

ü aplica•›es atŽ 181 a 360 dias: 20%

ü aplica•›es atŽ 361 a 720 dias: 17,5%

ü aplica•›es acima de 720 dias: 15%

Continuando, vamos apresentar o Recibo de Dep—sitos Banc‡rios (RDB). O RDB Ž


PRATICAMENTE IDæNTICO ao CDB, pois possui uma œnica diferen•a: o RDB Ž
inegoci‡vel e intransfer’vel.

5.! TêTULOS DE CAPITALIZA‚ÌO

O t’tulo de capitaliza•‹o Ž um t’tulo de crŽdito que objetiva a forma•‹o de


poupan•a e insere um componente de sorte na modalidade: o sorteio de pr•mios.

ü Capital Nominal Ð Ž o valor que o adquirente do t’tulo ir‡ resgatar ao final do


plano de capitaliza•‹o. Ou seja, Ž o valor de aquisi•‹o do t’tulo mais corre•‹o e
juros.

ü Sorteios Ð os sorteios s‹o o grande atrativo do t’tulo de capitaliza•‹o. Como


a remunera•‹o Ž baixa, no geral menor que a caderneta de poupan•a e
investimentos similares de baix’ssimo risco, os sorteios podem proporcionar uma
remunera•‹o extra que fa•a o t’tulo valer a pena em rela•‹o a outros

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investimentos dispon’veis no mercado. Os sorteios podem ser mensais, semanais, se


basearem nos nœmeros sorteados na Mega Sena e assim por diante.

ü Pr•mio - Ž o valor pago pelo t’tulo de capitaliza•‹o. Aqui cabem alguns


coment‡rios.

Os pagamentos feitos na aquisi•‹o de t’tulo de capitaliza•‹o podem ser œnicos ou


mensais. No plano œnico, o pagamento Ž feito de uma vez s—; no plano mensal,
mensalmente.

Adicionalmente, o valor do pr•mio Ž composto por 3 quotas: Quota de


Capitaliza•‹o, Quota de Sorteio e Quota de Carregamento.

ü Quota de Sorteio - as Quotas de Sorteio tem como finalidade custear os


pr•mios que s‹o distribu’dos em cada sŽrie. Por exemplo, se numa sŽrie de
100.000 t’tulos com Pagamento ònico os pr•mios de sorteios totalizarem 10.000
vezes o valor deste pagamento, a cota de sorteio ser‡ de 10%
(10.000/100.000), isto Ž, cada t’tulo colabora com 10% de seu pagamento
para custear os sorteios.

ü Quota de Capitaliza•‹o - as Quotas de Capitaliza•‹o representam o


percentual de cada pagamento que ser‡ destinado ˆ constitui•‹o do
Capital. Elas dever‹o ser apresentadas sempre em destaque nas Condi•›es
Gerais do t’tulo de capitaliza•‹o Em geral, n‹o representam a totalidade do
pagamento, pois, como foi dito acima, h‡ tambŽm uma parcela destinada
a custear os sorteios e outra destinada aos Carregamentos da Sociedade de
Capitaliza•‹o.

ü Quotas de Carregamento Ð as Quotas de carregamento dever‹o cobrir os


custos com reservas de conting•ncia e despesas com corretagem,
coloca•‹o e administra•‹o do t’tulo de capitaliza•‹o, alŽm dos custos de
seguro e de pecœlio, se previsto nas Condi•›es Gerais do t’tulo de
capitaliza•‹o.

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ü Prazos Ð os t’tulos de capitaliza•‹o n‹o podem possuir prazo inferior a 1 ano.


No vencimento o investidor pode resgatar o valor nominal do t’tulo.

ü Car•ncia para Resgate Ð o prazo de car•ncia limita a liquidez do t’tulo. Ou


seja, estabelece normas que permitem o saque do valor do t’tulo pelo
investidor. Assim, caso o investidor queira sacar os valores aplicados no t’tulo
antes de finalizar o per’odo de car•ncia, fica impossibilitado de o fazer, ou o
faz com restri•›es, como, por exemplo, o pagamento de multas sobre o valor
aplicado.

A Federa•‹o Nacional das Companhias de Seguros, Previd•ncia e Capitaliza•‹o


prop›e a seguinte classifica•‹o para os t’tulos de capitaliza•‹o:

ü Cl‡ssico Ð inclui os t’tulos que tratamos atŽ o momento. Ou seja, s‹o aqueles
que os aplicadores utilizam com a finalidade de poupan•a e investimento,
aportando pagamentos mensais, ou œnicos, com a finalidade de receber, ao final
do plano, os valores reajustados e, eventualmente, a chance de ganhar algum
pr•mio em sorteio.

ü Compra Programada Ð s‹o os t’tulos destinados a aquisi•‹o de um bem. Nesta


modalidade, a empresa de capitaliza•‹o garante ao comprador do t’tulo, no
tŽrmino do prazo de vig•ncia, o resgate com op•‹o de receber o bem ou servi•o
previamente identificado na aquisi•‹o do t’tulo

A vantagem dessa modalidade de t’tulo de capitaliza•‹o Ž que n‹o existe


necessidade de fiador e, visto que o comprador Ž respons‡vel pelo seu t’tulo, o
custo, em caso de inadimpl•ncia, n‹o ser‡ repassado aos demais que compraram
o t’tulo da mesma sŽrie.

ü Popular Ð s‹o os t’tulos de baixo custo, cujo interesse est‡ voltado ˆs chances
de ganhar os sorteios programados. Desta forma, os resgates do valor aplicado n‹o
interessam ao poupador, pois a remunera•‹o Ž baix’ssima. Em contrapartida, o
valor de cada pr•mio individual para os t’tulos com pagamento mensal n‹o pode

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ser inferior a 12 vezes a quantia dos pagamentos, mesmo quando houver mais de
um sorteado.

ü Promocional Ð inclui os t’tulos vinculados a promo•‹o de bens e servi•os. O


aplicador n‹o adquire o t’tulo diretamente, mas sim a empresa que o oferecesse
com interesse em melhorar sua imagem.

6.! SEGUROS

ü Seguro de Pessoas

Estes seguros t•m por objetivo garantir o pagamento de uma indeniza•‹o ao


segurado e aos seus benefici‡rios, observadas as condi•›es contratuais e as
garantias contratadas. Como exemplos de seguros de pessoas, temos: seguro de
vida, seguro funeral, seguro de acidentes pessoais, seguro educacional, seguro
viagem, seguro prestamista, seguro de di‡ria por interna•‹o hospitalar, seguro
desemprego (perda de renda), seguro de di‡ria de incapacidade tempor‡ria,
seguro de perda de certificado de habilita•‹o de voo.

Os seguros de pessoas podem ser contratados de forma individual ou coletiva. Nos


seguros coletivos, os segurados aderem a uma ap—lice contratada por um
estipulante, que tem poderes de representa•‹o dos segurados perante a
seguradora, nos termos da regulamenta•‹o vigente.

Os seguros de pessoas podem tambŽm ter cobertura por sobreviv•ncia (o mais


conhecido tipo Ž o VGBL), hip—tese na qual o dinheiro dos pr•mios pagos pelo
segurado Ž investido no mercado financeiro e, depois de certo momento, podem
ser resgatados em montante que depende da rentabilidade dos investimentos
realizados (alŽm de o segurado ter seguro de vida ou outro tipo de seguro pessoal
contratado).

ü Seguro de Patrim™nio

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O seguro de patrim™nio Ž direcionado a cobertura de sinistros relativos ao im—vel


residencial, condominial e empresarial, alŽm de seu conteœdo, como m—veis,
eletrodomŽsticos e itens afins.

S‹o tambŽm chamados de seguros compreensivos (cuidado com esta


terminologia, pois a banca pode tentar te confundir com nomes mais dif’ceis).

Em geral, este produto segura seus adquirentes contra eventuais sinistros causados
por inc•ndios, panes elŽtricas, roubo e furto, terremoto e outros acidentes naturais
(furac›es, por exemplo), desmoronamento e outros.

ü Seguro de Ve’culos

Talvez o mais popular de todos os seguros, o seguro de ve’culos garante eventuais


sinistros contra ve’culos do segurado geralmente relacionados a colis›es, roubos,
inc•ndios, terceiros, assist•ncia tŽcnica do ve’culo e equipamentos interiores do
ve’culo.

Existem duas modalidades de seguros de ve’culos:

¥ Valor referenciado Ð os danos s‹o indenizados de acordo com certos valores


de referencia. Por exemplo, caso o carro seja roubado, a indeniza•‹o ser‡ feita
com base no valor de mercado do ve’culo, geralmente estabelecido pela Tabela
FIPE.

¥ Valor determinado Ð as indeniza•›es s‹o estabelecidas de acordo com


valores predeterminados no contrato de seguro. Usando o mesmo exemplo do
roubo acima, em caso de sinistro o valor do carro a ser pago ao segurado j‡ est‡
determinado no contrato de seguro.

ü Seguro Rural

O Seguro Rural Ž um dos mais importantes instrumentos de pol’tica agr’cola, por


permitir ao produtor proteger-se contra perdas decorrentes principalmente de
fen™menos clim‡ticos adversos.

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Contudo, Ž mais abrangente, cobrindo n‹o s— a atividade agr’cola, mas tambŽm


a atividade pecu‡ria, o patrim™nio do produtor rural, seus produtos, o crŽdito para
comercializa•‹o desses produtos, alŽm do seguro de vida dos produtores.

O objetivo maior do Seguro Rural Ž oferecer coberturas que, ao mesmo tempo,


atendam ao produtor e ˆ sua produ•‹o, ˆ sua fam’lia, ˆ gera•‹o de garantias a
seus financiadores, investidores, parceiros de neg—cios, todos interessados na maior
dilui•‹o poss’vel dos riscos, pela combina•‹o dos diversos ramos de seguro.

Existem as seguintes modalidades de seguro rural:

¥ Seguro Agr’cola: Este seguro cobre as explora•›es agr’colas contra perdas


decorrentes principalmente de fen™menos meteorol—gicos. Cobre basicamente a
vida da planta, desde sua emerg•ncia atŽ a colheita, contra a maioria dos riscos
de origem externa, tais como, inc•ndio e raio, tromba d'‡gua, ventos fortes,
granizo, geada, chuvas excessivas, seca e varia•‹o excessiva de temperatura.

¥ Seguro Pecu‡rio: Este seguro tem por objetivo garantir o pagamento de


indeniza•‹o em caso de morte de animal destinado, exclusivamente, ao consumo,
produ•‹o, cria, recria, engorda ou trabalho por tra•‹o.

Os animais destinados ˆ reprodu•‹o por monta natural, coleta de s•men ou


transfer•ncia de embri›es, cuja finalidade seja, exclusivamente, o incremento e/ou
melhoria de plantŽis daqueles animais mencionados no par‡grafo anterior, est‹o
tambŽm enquadrados na modalidade de seguro pecu‡rio.

¥ Seguro Aqu’cola: Este seguro garante indeniza•‹o por morte e/ou outros
riscos inerentes ˆ animais aqu‡ticos (peixes, crust‡ceos, ...) em consequ•ncia de
acidentes e doen•as.

¥ Seguro de Benfeitorias e Produtos Agropecu‡rios: Este seguro tem por objetivo


cobrir perdas e/ou danos causados aos bens, diretamente relacionados ˆs
atividades agr’cola, pecu‡ria, aqu’cola ou florestal, que n‹o tenham sido
oferecidos em garantia de opera•›es de crŽdito rural.

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¥ Seguro de Penhor Rural: O Seguro de Penhor Rural tem por objetivo cobrir
perdas e/ou danos causados aos bens, diretamente relacionados ˆs atividades
agr’cola, pecu‡ria, aqu’cola ou florestal, que tenham sido oferecidos em garantia
de opera•›es de crŽdito rural.

¥ Seguro de Florestas: Este seguro tem o objetivo de garantir pagamento de


indeniza•‹o pelos preju’zos causados nas florestas seguradas, identificadas e
caracterizadas na ap—lice, desde que tenham decorrido diretamente de um ou
mais riscos cobertos.

¥ Seguro de Vida: Este seguro Ž destinado ao produtor rural, devedor de crŽdito


rural, e ter‡ sua vig•ncia limitada ao per’odo de financiamento, sendo que o
benefici‡rio ser‡ o agente financiador.

¥ Seguro de CŽdula do Produto Rural - CPR: O seguro de CPR tem por objetivo
garantir ao segurado o pagamento de indeniza•‹o, na hip—tese de comprovada
falta de cumprimento, por parte do tomador, de obriga•›es estabelecidas na CPR.

7.! PREVIDæNCIA COMPLEMENTAR

Em rela•‹o aos benef’cios, os planos previdenci‡rios podem ser contratados de


forma individual ou coletiva e oferecer, juntos ou separadamente, os seguintes tipos
b‡sicos de benef’cio:

ü Renda por sobreviv•ncia: renda a ser paga ao participante do plano que


sobreviver ao prazo contratado, geralmente denominada aposentadoria.

ü Renda por invalidez: renda a ser paga ao participante em decorr•ncia de


sua invalidez total e permanente ocorrida durante o per’odo de cobertura e depois
de cumprido o per’odo de car•ncia estabelecido no plano (car•ncia Ž o per’odo
antes do qual o participante n‹o pode se beneficiar do seguro).

ü Pens‹o por morte: renda a ser paga ao(s) benefici‡rio(s) indicado(s) na


proposta de inscri•‹o em decorr•ncia da morte do participante ocorrida durante

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o per’odo de cobertura e depois de cumprido o per’odo de car•ncia estabelecido


no plano.

ü Pecœlio por morte: import‰ncia em dinheiro, pag‡vel de uma s— vez ao(s)


benefici‡rio(s) indicado(s) na proposta de inscri•‹o, em decorr•ncia da morte do
participante ocorrida durante o per’odo de cobertura e depois de cumprido o
per’odo de car•ncia estabelecido no plano.

As espŽcies de planos de previd•ncia acima listadas podem ser oferecidas tanto


pelas entidades abertas, como fechadas, e s‹o conhecidos como planos
tradicionais.

N‹o obstante, inova•›es financeiras possibilitaram a cria•‹o de novos planos de


previd•ncia complementar, que s‹o mais rent‡veis aos seus aplicadores e, desta
forma, mais atrativos.

Abaixo, seguem listados os principais:

ü Plano Gerador de Benef’cio Livre (PGBL): durante o per’odo de contribui•‹o


tem como critŽrio de remunera•‹o da provis‹o matem‡tica de benef’cios a
conceder a rentabilidade da carteira de investimentos do Fundo de Investimento
Estruturado institu’do para o plano, ou seja, n‹o h‡ garantia de remunera•‹o
m’nima.

No contrato de PGBL, Ž indicada a data de concess‹o de benef’cios escolhida


pelo participante. O valor do benef’cio Ž calculado em fun•‹o da provis‹o
matem‡tica de benef’cios a conceder na data da concess‹o do benef’cio e do
tipo de benef’cio contratado, de acordo com os fatores de renda apresentados na
proposta de inscri•‹o (pode ser renda mensal vital’cia, renda mensal tempor‡ria,
renda mensal vital’cia revers’vel a um benefici‡rio ou pagamento œnico quando
encerrado o per’odo de diferimento).

Outra importante caracter’stica do PGBL Ž ao benef’cio fiscal que concede. As


contribui•›es peri—dicas podem ser abatidas do c‡lculo do Imposto de Renda atŽ

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o limite de 12% da renda bruta do investidor e o saldo aplicado Ž tributado apenas


no momento do saque. Ou seja, o PGBL permite que o pagamento do imposto de
renda sobre o total aplicado seja diferido, o que n‹o deixa de ser um benef’cio
fiscal. Mesmo que o investidor pretenda mudar de PGBL, pode migrar seu saldo
aplicado para outro plano sem pagar IR.

ü Plano de Vida Gerador de Benef’cios Livres (VGBL): semelhante ao PGBL em


suas principais caracter’sticas, com apenas uma diferen•a relevante.

Enquanto no PGBL Ž poss’vel deduzir o valor aplicado do Imposto de Renda, no


VGBL n‹o h‡ esta possibilidade.

Mas, qual seria ent‹o a vantagem financeira do VGBL?

No momento do saque da aplica•‹o, o Imposto de Renda incide apenas sobre a


remunera•‹o do plano de previd•ncia, enquanto que no PGBL o imposto incide
sobre o valor total aplicado.

ü Plano com Remunera•‹o Garantida e Performance (PRGP): planos tambŽm


semelhantes ao PGBL.

A principal diferen•a Ž que, nos PRGP, a entidade administradora do plano garante


uma rentabilidade definida no contrato e atualizada pela infla•‹o.

No caso do PGBL, como j‡ citado, n‹o h‡ tal garantia.

8.! FUNDOS DE INVESTIMENTO

I.! Fundo de Renda Fixa;

a.!Renda Fixa Ð Curto Prazo

O patrim™nio l’quido desta submodalidade deve ser composto


exclusivamente de:

¥ T’tulos pœblicos federais ou privados prŽ-fixados ou indexados ˆ taxa


Selic ou a outra taxa de juros, ou t’tulos indexados a ’ndices de pre•os, com

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prazo m‡ximo a decorrer de 375 dias, e prazo mŽdio da carteira do fundo


inferior a 60 dias;

¥ T’tulos privados com o prazo indicado no item anterior que sejam


considerados de baixo risco de crŽdito pelo gestor; e

¥ Cotas de fundos de ’ndice que apliquem nos t’tulos de que tratam os


dois itens anteriores e a adotem a restri•‹o a seguir.

¥ Derivativos devem ser utilizados apenas para prote•‹o da carteira


(hedge) e para a realiza•‹o de opera•›es compromissadas lastreadas em
t’tulos pœblicos federais.

b.!Renda Fixa Ð Referenciado

Para pertencer a esta categoria, o fundo dever‡ assegurar que ao menos


95% do seu patrim™nio l’quido estejam investidos em ativos que
acompanham, direta ou indiretamente, determinado ’ndice de refer•ncia.
Na sua denomina•‹o, o sufixo ÒReferenciadoÓ estar seguido nome deste
’ndice.

No m’nimo 80% de sua carteira dever‹o estar investidos, isolada ou


cumulativamente, em:

¥ T’tulos da d’vida pœblica federal;

¥ Ativos financeiros de renda fixa considerados de baixo risco de crŽdito


pelo gestor; ou

¥ Cotas de fundos de ’ndice que invistam preponderantemente nos ativos


dos itens anteriores e adotem a restri•‹o a seguir.

Derivativos devem ser utilizados apenas para prote•‹o da carteira (hedge) e


para a realiza•‹o de opera•›es compromissadas lastreadas em t’tulos
pœblicos federais.

c.!Renda Fixa Ð Simples

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No m’nimo, 95% do seu patrim™nio l’quido deve ser representado, isolada ou


cumulativamente, por:

¥ T’tulos da d’vida pœblica federal;

¥ T’tulos de renda fixa de emiss‹o ou coobriga•‹o de institui•›es


financeiras que possuam classifica•‹o de risco atribu’da pelo gestor, no
m’nimo, equivalente ˆqueles atribu’dos aos t’tulos da d’vida pœblica federal;

¥ Opera•›es compromissadas lastreadas em t’tulos da d’vida pœblica


federal ou em t’tulos de responsabilidade, emiss‹o ou coobriga•‹o de
institui•›es financeiras de classifica•‹o de risco, no m’nimo, equivalente
ˆquela atribu’da aos t’tulos da d’vida pœblica federal.

d.!Renda Fixa Ð D’vida Externa

Este fundo deve ter, no m’nimo, 80% de seu patrim™nio l’quido representado
por t’tulos representativos da d’vida externa de responsabilidade da Uni‹o. Ao
seu o nome, deve seguir-se o termo ÒD’vida ExternaÓ.

II.! Fundo de A•›es;

a.!De A•›es Ð Simples

O patrim™nio l’quido dos Fundos de A•›es deve ser composto, no m’nimo, em


67% por:

¥ A•›es admitidas em negocia•‹o em bolsa de valores ou mercado de


balc‹o organizado;

¥ B™nus ou recibos de subscri•‹o e certificados de dep—sito de a•›es


admitidas ˆ negocia•‹o nas entidades citadas no item anterior;

¥ Cotas de fundos de a•›es e cotas dos fundos de ’ndice de a•›es


negociadas nas entidades citadas nos itens anteriores;

¥ BDRs dos n’veis II e III;

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¥ BDRs n’vel I, desde que na denomina•‹o do fundo haja a designa•‹o


ÒA•›es Ð BDR N’vel IÓ.

O patrim™nio que exceder tal percentual deve ser aplicado em outros ativos
financeiros.

III.! Fundo Cambial;

Carteira composta por, no m’nimo, 80% em ativos relacionados, ou


sintetizados por derivativos, ˆ

¥ Varia•‹o de pre•os em moeda estrangeira;

¥ Varia•‹o do cupom cambial (diferen•a entre a taxa b‡sica de juros


interna e a varia•‹o cambial).

IV.! Fundo Multimercado.

Devem apresentar pol’tica de investimento que envolva v‡rios fatores de


risco, sem o compromisso de concentra•‹o em nenhum fator em especial,
podendo investir em ativos de diferentes mercados Ð como renda fixa,
c‰mbio e a•›es Ð e utilizar derivativos tanto para alavancagem quanto para
prote•‹o da carteira. Considerados os fundos com maior liberdade de
gest‹o, buscam rendimento mais elevado em rela•‹o aos demais, mas
tambŽm apresentam maior risco, sendo, portanto, compat’veis com objetivos
de investimento que, alŽm de procurar diversifica•‹o, tolerem uma grande
exposi•‹o a riscos na expectativa de obter uma rentabilidade mais elevada.

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OPERA‚ÍES ATIVAS

1.! CRƒDITO CONSIGNADO

Desconto em folha de pagamento ou na sua remunera•‹o dispon’vel dos valores


referentes ao pagamento de emprŽstimos, financiamentos e opera•›es de
arrendamento mercantil concedidos por institui•›es financeiras e sociedades de
arrendamento mercantil, quando previsto nos respectivos contratos.

O mesmo se aplica aos aposentados, que, titulares de benef’cios de aposentadoria


e pens‹o do Regime Geral de Previd•ncia Social, poder‹o autorizar o Instituto
Nacional do Seguro Social Ð INSS a proceder aos descontos referidos.

A Lei 8.112/91 tambŽm prev• o mesmo dispositivo aos funcion‡rios pœblicos, ao


estabelecer que mediante autoriza•‹o do servidor, poder‡ haver consigna•‹o em
folha de pagamento a favor de terceiros, a critŽrio da administra•‹o e com
reposi•‹o de custos, na forma definida em regulamento.

O limite Ž de 35% da renda dispon’vel, sendo que 5% podem ser destinados


exclusivamente para (i) a amortiza•‹o de despesas contra’das por meio de cart‹o
de crŽdito; ou (ii) a utiliza•‹o com a finalidade de saque por meio do cart‹o de
crŽdito.

Importante mencionar que este limite de 35% foi definido em outubro de 2015. AtŽ
ent‹o, o limite era de 30%, sendo que os valores poderiam ser utilizados de acordo
com a vontade do devedor.

PorŽm, em fun•‹o da retra•‹o econ™mica, aumento da inadimpl•ncia e juros


elevados, o limite foi aumentado em 5%, sendo que a utiliza•‹o destes 5%
adicionais deve observar ao menos 1 dos critŽrios acima mencionados.

S‹o obriga•›es do empregador referentes ao crŽdito consignado:

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ü prestar ao empregado e ˆ institui•‹o consignat‡ria, mediante solicita•‹o


formal do primeiro, as informa•›es necess‡rias para a contrata•‹o da opera•‹o
de crŽdito ou arrendamento mercantil;
ü tornar dispon’veis aos empregados, bem como ˆs respectivas entidades
sindicais que as solicitem, as informa•›es referentes aos custos envolvidos; e
ü efetuar os descontos autorizados pelo empregado, inclusive sobre as verbas
rescis—rias, e repassar o valor ˆ institui•‹o consignat‡ria na forma e no prazo
previstos em regulamento.

2.! MICROCRƒDITO

O Programa Nacional de MicrocrŽdito Produtivo Orientado (PNMPO) tem como


objetivo apoiar e financiar atividades produtivas de empreendedores,
principalmente por meio da disponibiliza•‹o de recursos para o microcrŽdito
produtivo orientado.

Ele pode ser destinado ˆs pessoas f’sicas e jur’dicas empreendedoras de atividades


produtivas de pequeno porte, com renda bruta anual de atŽ R$ 200 mil Ð ressalta-
se que este valor foi atualizado em mar•o de 2018, sendo, portanto, uma
atualiza•‹o recente!), atravŽs da disponibiliza•‹o de recursos para o microcrŽdito
produtivo orientado.

Esta forma de crŽdito, propriamente chamada de microcrŽdito produtivo


orientado, Ž concedida para o atendimento das necessidades financeiras de
pessoas f’sicas e jur’dicas empreendedoras de atividades produtivas de pequeno
porte, utilizando metodologia baseada no relacionamento direto com os
empreendedores, admitido o uso de tecnologias digitais e eletr™nicas que possam
substituir o contato presencial.

As institui•›es financeiras autorizadas a operar o PNMPO s‹o:

I. Caixa Econ™mica Federal;

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II. Banco Nacional de Desenvolvimento Econ™mico e Social;


III. bancos comerciais;
IV. bancos mœltiplos com carteira comercial;
V. bancos de desenvolvimento;
VI. Cooperativas centrais de crŽdito;
VII. Cooperativas singulares de crŽdito;
VIII. ag•ncias de fomento;
IX. sociedades de crŽdito ao microempreendedor e ˆ empresa de pequeno
porte;
X. organiza•›es da sociedade civil de interesse pœblico;
XI. agentes de crŽdito constitu’dos como pessoas jur’dicas, nos termos da
Classifica•‹o Nacional de Atividades Econ™micas (CNAE);
XII. fintechs, assim entendidas as sociedades que prestam servi•os financeiros,
inclusive opera•›es de crŽdito, por meio de plataformas eletr™nicas.

Continuando, h‡ que citar a origem dos recursos destinados ao PNMPO. S‹o as


seguintes:

ü Fundo de Amparo ao Trabalhador Ð FAT;

ü Parcela dos recursos de dep—sitos ˆ vista destinados ao microcrŽdito è Os


bancos mœltiplos com carteira comercial, os bancos comerciais e a Caixa
Econ™mica Federal devem manter aplicados, em opera•›es de crŽdito destinadas
ˆ popula•‹o de baixa renda e a microempreendedores, valor correspondente a,
no m’nimo, 2% dos saldos dos dep—sitos ˆ vista captados pela institui•‹o;

ü Or•amento geral da Uni‹o;

ü Fundos Constitucionais de Financiamento do Norte, do Nordeste e do Centro-


Oeste;

ü Outras fontes alocadas para o PNMPO.

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3.! CRƒDITO DIRETO AO CONSUMIDOR

O CDC Ž uma importante modalidade de crŽdito/financiamento presente no


sistema financeiro nacional. ƒ concedido para a aquisi•‹o de bens dur‡veis (novos
ou usados) e servi•os.

O CDC Ž concedido pela institui•‹o financeira, banc‡ria ou n‹o banc‡ria, como


as Financeiras, para a aquisi•‹o de bens dur‡veis.

O grande diferencial das opera•›es de CDC Ž a possibilidade da garantia da


opera•‹o ser o pr—prio bem financiado.

O prazo do CDC est‡ geralmente compreendido entre 3 e 48 meses. No caso de


ve’culos, o prazo pode se estender, em casos especiais, em atŽ 72 meses, sendo
mais comuns as opera•›es de 60 meses. AlŽm disto, o CDC pode financiar entre
67% e 100% da opera•‹o.

Portanto, o CDC pode financiar o valor total do bem ou servi•o adquirido.

4.! CRƒDITO RURAL

O crŽdito Ž modalidade especial de financiamento, concedido por institui•‹o


financeira, destinada exclusivamente ˆs atividades agropecu‡rias com os
seguintes objetivos:

i.!estimular os investimentos rurais para produ•‹o, extrativismo n‹o predat—rio,

armazenamento, beneficiamento e instala•‹o de agroindœstria, sendo esta


quando realizada por produtor rural ou suas formas associativas;

ii.! favorecer o custeio oportuno e adequado da produ•‹o, do


extrativismo n‹o predat—rio e da comercializa•‹o de produtos agropecu‡rios;

iii.! incentivar a introdu•‹o de mŽtodos racionais no sistema de produ•‹o,


visando ao aumento da produtividade, ˆ melhoria do padr‹o de vida das

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popula•›es rurais e ˆ adequada conserva•‹o do solo e preserva•‹o do meio


ambiente;

iv.! propiciar, atravŽs de modalidade de crŽdito fundi‡rio, a aquisi•‹o e


regulariza•‹o de terras pelos pequenos produtores, posseiros e arrendat‡rios e
trabalhadores rurais;

v.! desenvolver atividades florestais e pesqueiras.

vi.! quando destinado a agricultor familiar ou empreendedor familiar rural,


o crŽdito rural ter‡ por objetivo estimular a gera•‹o de renda e o melhor uso
da m‹o-de-obra familiar, por meio do financiamento de atividades e servi•os
rurais agropecu‡rios e n‹o agropecu‡rios, desde que desenvolvidos em
estabelecimento rural ou ‡reas comunit‡rias pr—ximas, inclusive o turismo rural,
a produ•‹o de artesanato e assemelhados.

vii.! quando destinado a agricultor familiar ou empreendedor familiar rural,


o crŽdito rural poder‡ ser destinado ˆ constru•‹o ou reforma de moradias no
im—vel rural e em pequenas comunidades rurais.

Quando destinado a agricultor familiar ou empreendedor familiar rural, o crŽdito


rural: (i) ter‡ por objetivo estimular a gera•‹o de renda e o melhor uso da m‹o-de-
obra familiar, por meio do financiamento de atividades e servi•os rurais
agropecu‡rios e n‹o agropecu‡rios, desde que desenvolvidos em
estabelecimento rural ou ‡reas comunit‡rias pr—ximas, inclusive o turismo rural, a
produ•‹o de artesanato e assemelhados; e (ii) poder‡ ser destinado ˆ constru•‹o
ou reforma de moradias no im—vel rural e em pequenas comunidades rurais.

ƒ um pouco ma•ante decorar todos estes objetivos, mas Ž importante.

Seguindo, o crŽdito rural Ž concedido:

i.! produtor rural (pessoa f’sica ou jur’dica);

ii.! cooperativa de produtores rurais,

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iii.! pessoas f’sicas ou jur’dicas que, embora n‹o conceituadas como


produtores rurais, se dediquem ˆs seguintes atividades de pesquisa ou
produ•‹o de mudas ou sementes fiscalizadas ou certificadas; (a) pesquisa
ou produ•‹o de s•men para insemina•‹o artificial e embri›es; (b)
presta•‹o de servi•os mecanizados, de natureza agropecu‡ria, em
im—veis rurais, inclusive para prote•‹o do solo; (c) presta•‹o de servi•os
de insemina•‹o artificial, em im—veis rurais; (d) medi•‹o de lavouras; (e)
atividades florestais.

O tomador do crŽdito deve ser pessoa id™nea e pass’vel de ser fiscalizado


pela institui•‹o que concede o crŽdito. A libera•‹o do crŽdito deve ser
feita diretamente ao agricultor, ou ˆs institui•›es formais que ele pertence,
tais como as cooperativas. A libera•‹o do crŽdito deve ser realizada em
fun•‹o do ciclo da produ•‹o e da capacidade de amplia•‹o do
financiamento e, por fim, prazos e Žpocas de reembolso devem ser
ajustados ˆ natureza e especificidade das opera•›es rurais, bem como ˆ
capacidade de pagamento e ˆs Žpocas normais de comercializa•‹o dos
bens produzidos pelas atividades financeiras.

iv.! Por fim, resta apenas mais uma caracter’stica importante. O Poder Pœblico
assegurar‡ crŽdito rural especial e diferenciado aos produtores rurais
assentados em ‡reas de reforma agr‡ria

As institui•›es banc‡rias n‹o est‹o obrigadas a ofertar o crŽdito rural. Mas, n‹o o
fazendo, ficam obrigadas a (i) depositar estes valores (25% dos dep—sitos ˆ vista)
compulsoriamente no Banco Central sem qualquer remunera•‹o, ou (ii) repassar
estes recursos no mercado interbanc‡rio ao Banco do Brasil, para que ele possa
conceder o crŽdito rural.

H‡ outras fontes de financiamento ao crŽdito rural, classificados como Controlados


e N‹o Controlados, que seguem abaixo:

Controlados

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i.! os das Opera•›es Oficiais de CrŽdito sob supervis‹o do MinistŽrio da


Fazenda;

ii.! os de qualquer fonte destinados ao crŽdito rural na forma da


regula•‹o aplic‡vel, quando sujeitos ˆ subven•‹o da Uni‹o, sob a
forma de equaliza•‹o de encargos financeiros, inclusive os recursos
administrados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econ™mico
e Social (BNDES);

iii.! os oriundos da poupan•a rural, quando aplicados segundo as


condi•›es definidas para os recursos obrigat—rios;

iv.! os dos fundos constitucionais de financiamento regional;

v.! os do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (FuncafŽ).

N‹o Controlados

vi.! Outros recursos livres, inclusive os captados no exterior.

O conhecimento da origem dos recursos que financiam o crŽdito rural Ž muito


importante, pois definem se o crŽdito rural Ž controlado ou n‹o controlado.

5.! OUTRAS OPERA‚ÍES

CONTAS GARANTIDAS

A conta garantida Ž modalidade de crŽdito representada por uma conta corrente


aberta com valor limite movimentado como se uma conta corrente fosse.

A ideia da conta garantida Ž a seguinte: o cliente da institui•‹o financeira, mesmo


sem possuir crŽdito, pode movimentar uma conta corrente atŽ determinado valor
limite. Ë medida que recursos v‹o sendo recebidos pelo cliente s‹o direcionados
para cobrir o saldo devedor da conta garantida.

Os juros s‹o geralmente cobrados periodicamente (mensalmente) sobre os valores


utilizados nos dias œteis. Adicionalmente, o limite disponibilizado para cada cliente

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banc‡rio depende de sua capacidade de pagamento e necessidades, fatores


pactuados diretamente com a institui•‹o financeira.

O prazo deste tipo de opera•‹o Ž de 12 meses, podendo ser renovada a cada


per’odo.

CAPITAL DE GIRO

CrŽditos para capital de giro s‹o opera•›es comuns para empresas.

As empresas realizam suas opera•›es comerciais geralmente com recebimento a


prazo. Ou seja, a venda e entrega do produto Ž feita anteriormente ao
recebimento dos valores financeiros. Ocorre que, devido a este intervalo de tempo
entre a realiza•‹o da opera•‹o comercial e seu recebimento, as empresas
podem ficar sem recursos para suas obriga•›es de curto prazo (de giro).

Neste contexto podem recorrer a alguma institui•‹o financeira e pactuar um


emprŽstimo de capital de giro, que ir‡ suprir a necessidade de capital das
empresas para as mais diversas finalidades. A amortiza•‹o do capital de giro
emprestado Ž feita periodicamente, mais comumente entre 24 e 36 meses.

Adicionalmente, Ž muito comum o oferecimento de garantias para as opera•›es


de capital de giro, normalmente por duplicatas. O oferecimento de garantias
possibilita a redu•‹o na taxa de juros.

DESCONTO DE TêTULOS

Opera•›es de desconto s‹o caracterizadas como modalidade de crŽdito que


envolve direitos credit—rios.

Imagine que voc• possui uma empresa que vende cestas b‡sicas. Toda e qualquer
venda realizada Ž feita mediante a emiss‹o de boletos com vencimento em 30
dias. Isto Ž, voc• vende a cesta b‡sica hoje com a promessa de receber daqui a
30 dias o valor da venda.

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No entanto, voc• pode precisar destes recursos antes destes 30 dias. Neste caso,
voc• pode se dirigir ao banco e descontar o t’tulo de crŽdito (boleto), que
representa um direito credit—rio, e receber o dinheiro naquele momento com certo
desconto, que Ž a remunera•‹o do banco para a realiza•‹o da opera•‹o.

Nas opera•›es de desconto a institui•‹o financeira concede um emprŽstimo


utilizando como garantia o direito credit—rio. Geralmente, no vencimento do boleto
os recursos s‹o automaticamente direcionados ˆ institui•‹o financeira que realizou
a opera•‹o de desconto.

A diferen•a entre o valor descontado antes do vencimento e o valor recebido


quando do vencimento do boleto Ž a remunera•‹o da institui•‹o financeira.

Resta comentar a possibilidade de realizar opera•›es de desconto com os mais


variados t’tulos de crŽdito, ou seja, t’tulos que representam valores a receber, como
notas promiss—rias e cheques.
A ideia Ž a mesma. Por exemplo, podemos imaginar a assun•‹o de uma d’vida
formalizada atravŽs da emiss‹o de uma nota promiss—ria. O devedor emite a
promessa de pagamento (nota promiss—ria) para determinada data. O credor
pode decidir descontar a nota promiss—ria antes do vencimento; a institui•‹o
financeira realiza o desconto e concede o crŽdito com valor descontado do valor
da nota promiss—ria.
O mesmo acontece com cheque prŽ-datado.
CORPORATE FINANCE

As opera•›es de corporate finance s‹o aquelas destinadas a aumentar o valor das


empresas aos seus acionistas. Os bancos de investimento s‹o os grandes
realizadores deste tipo de servi•o.

Para tanto, Ž necess‡rio prover equil’brio entre as formas de financiamento das


empresas e suas aplica•›es, ou seja, prover um mix de solu•›es atravŽs de uma
combina•‹o de financiamento de capital entre os investimentos em projetos que

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aumentem a rentabilidade a longo prazo da empresa, juntamente com o


pagamento de excesso de caixa sob a forma de dividendos aos acionistas.

HOT MONEY

Hot money, em sua origem, designa fundos aplicados em ativos financeiros, em


diversos pa’ses, que atraem pela possibilidade de ganhos r‡pidos devido a
elevadas taxas de juros ou a grandes diferen•as cambiais. S‹o opera•›es de
curt’ssimo prazo, em que os recursos podem ser deslocados de um mercado para
outro com muita rapidez. Esses recursos s‹o administrados por especuladores no
mercado de c‰mbio e caracterizam-se por alta volatilidade, em oposi•‹o ˆs
aplica•›es de bancos centrais, bancos de investimento ou investidores domŽsticos.
Por essa particularidade, s‹o considerados causadores de turbul•ncias nos
mercados financeiros, em algumas situa•›es.

No Brasil, o termo hot money, amplamente empregado por bancos comerciais, por
extens‹o de sentido aplica-se tambŽm a emprŽstimos de curt’ssimo prazo (de 1 a
29 dias). Esses emprŽstimos t•m a finalidade de financiar o capital de giro das
empresas para cobrir necessidades imediatas de recursos.

COMPROR/VENDOR

O Compror Ž uma linha de crŽdito rotativo, para que a empresa financie o


pagamento de fornecedores.

Ou seja, ao precisar pagar seus fornecedores, a empresa pode recorrer ˆ institui•‹o


financeira para que ela financie esta aquisi•‹o. O valor Ž pago ˆ vista diretamente
ao fornecedor e o cliente assume um emprŽstimo com o banco com um prazo mais
extenso para liquida•‹o.

O Vendor, por sua vez, aplica-se ao vendedor. Ou seja, o Vendor Ž um limite de


crŽdito rotativo que permite o vendedor faturar e receber a vista. ƒ uma opera•‹o
que permite ˆ empresa dar mais prazo para o pagamento das compras de seus

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clientes e dispor do valor ˆ vista por meio da utiliza•‹o de recursos disponibilizados


pelo banco.

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SISTEMA DE PAGAMENTOS BRASILEIRO

A exist•ncia de um Sistema de Pagamentos mitiga o risco de um banco n‹o cumprir


suas obriga•›es, provocando um efeito negativo por toda a cadeia de
pagamento e, desta forma, a exist•ncia de um risco sist•mico.

O gerenciamento dos riscos do atual SPB Ž feito atravŽs da implanta•‹o de sistema


centralizador de transfer•ncia de grandes valores com liquida•‹o bruta e em
tempo real. Este sistema Ž chamado de Sistema de Transfer•ncias de Reservas Ð
STR.

A ideia Ž a seguinte: um sistema que centralize todas as opera•›es de


pagamentos, liquidadas uma a uma pelos seus valores brutos e em tempo real,
permite maior confian•a.

A viabiliza•‹o do STR tem como base a chamada Conta de Reservas Banc‡rias.


Em resumo, consiste em uma conta em que todos os participantes depositam
recursos no in’cio do dia e, com eles, proceda ao pagamento de todas as
opera•›es realizadas no decorrer do dia. Caso os recursos esgotem, as institui•›es
podem fazer opera•›es de redescontos para devolu•‹o no mesmo dia
(redesconto intradia), deixando em garantia t’tulos pœblicos federais, que podem
ser resgatados ao final do dia.

o SPB Ž estruturado da seguinte forma:

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Conta(de(Reservas(Bancárias
Piloto Monitoração;Bacen

Sistema(do(Bacen(
Clearings(Privadas (Liquidação(Bruta(em(
Tempo(Real)
Redecard SELIC
Pagamentos Visanet Compulsórios
Cheques Redesconto
Ativos CETIP Tesouro;(Mercado;Primário)
BM&FBOVESPA Meio;Circulante
Câmbio BM&FBOVESPA Lançamentos;Diversos
Derivativos BM&FBOVESPA

Sistema(de(Mensageria

Instituições(Financeiras

Mercado((Pessoas(Físicas(e(Jurídicas)

Iniciando de baixo para cima, as ordens de pagamento s‹o originadas pelo


mercado (pessoas f’sicas e/ou jur’dicas). Podemos utilizar um simples exemplo de
transfer•ncia banc‡ria para demonstrar os passos do SPB.

Digamos que o indiv’duo A realize uma transfer•ncia no valor de R$ 10 mil ao


indiv’duo B. A ordem Ž dada ˆ institui•‹o financeira que A possui conta corrente. Ë
institui•‹o, verificada a exist•ncia de fundos na conta do cliente, cabe obedecer
a ordem e prosseguir com o andamento da mesma.

Ela envia a ordem de pagamento ao Sistema de Mensageria (cujas fun•›es


veremos adiante). Este, processa a informa•‹o e verifica que se trata de
informa•‹o relativa ao meio circulante, pois recursos ˆ vista est‹o sendo
transferidos de uma conta corrente a outra.

O Sistema de Meio Circulante faz parte do Sistema do Bacen cuja liquida•‹o Ž


realizada pelos valores brutos em tempo real. Desta forma, a informa•‹o passa por
este sistema, o qual envia outra informa•‹o ˆ Conta de Reservas Banc‡rias.

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Esta Conta Ž administrada pelo Bacen e por um indiv’duo (ou equipe de indiv’duos)
chamado de Piloto. Estes (Bacen + Piloto) s‹o respons‡veis por administrar os
recursos depositados pelas institui•›es financeiras para liquidar seus pagamentos
durante o dia.

Assim, a ordem de transfer•ncia chega ˆ Conta de Reservas, que verifica se o


banco pagador possui estes recursos. Caso sim, a ordem Ž processada e liquidada.
A partir deste momento, como afirmado anteriormente, ela se torna irrevog‡vel e
incondicional, n‹o podendo mais ser cancelada.

Caso contr‡rio, n‹o havendo fundos, a institui•‹o financeira pode optar por realizar
uma Opera•‹o de Redesconto Intradia.

J‡ sabemos o que significa redesconto. O Redesconto Intradia Ž a mesma ideia,


pois Ž caracterizado como emprŽstimos para fins de liquida•‹o do Bacen ˆ
institui•‹o financeira, s— que com um detalhe: Ž realizado e pago no mesmo dia,
sem incid•ncia de juros!

Para que a institui•‹o financeira possa acessar o Redesconto Intradia deve colocar
como garantia t’tulos pœblicos federais, que devem ser recomprados ao final do
dia, com a devolu•‹o dos recursos pela institui•‹o financeira. Este conceito Ž muito
importante, e mostra, na pr‡tica, uma fun•‹o exercida diariamente pelo
redesconto: cobrir escassez de liquidez di‡ria de institui•›es financeiras que
participam da liquida•‹o bruta em tempo real no STR.

No entanto, h‡ tambŽm aquelas opera•›es liquidadas de maneira multilateral


l’quida, pelas clearing houses (as que se encontram ao lado esquerdo do
esquema).

Nestas opera•›es a liquida•‹o n‹o Ž feita de maneira bruta e em tempo real. As


opera•›es s‹o liquidadas por seus valores l’quidos e de maneira multilateral. Mas,
o que seria este conceito?

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Diariamente, as institui•›es participantes do SPB que estabelecem negocia•›es


liquidadas pelas clearing houses (c‰mbio, cheques, a•›es, derivativos etc.)
possuem posi•‹o credora ou devedora contra outras institui•›es.

Por exemplo: o Banco do Brasil pode apresentar posi•‹o devedora contra a Caixa
Econ™mica Federal e credora contra o Banco Itaœ, pois contra este recebeu mais
recursos do que pagou e contra aquela, o contr‡rio. Ao invŽs de liquidar opera•‹o
por opera•‹o, ao final de um per’odo, apura-se estas posi•›es de todas as
institui•›es contra todas as demais, liquidando apenas os valores l’quidos.

Assim, caso o Banco do Brasil apresente 3 opera•›es credoras contra a CEF de R$


10 milh›es cada no dia, e outras 2 opera•›es de R$ 5 milh›es cada, a Caixa ir‡
pagar ao BB o valor de R$ 20 milh›es, ou seja, o valor l’quido apurado.

E como este critŽrio Ž feito por todas as institui•›es, o sistema adquire contornos
multilaterais.

Esta Ž a diferen•a entre as opera•›es liquidadas por valores brutos e em tempo


real (lado direito do quadro) e as opera•›es liquidadas multilateralmente por
valores l’quidos (lado esquerdo do quadro).

INFRAESTRUTURAS

No quadro abaixo Ž apresentado esquema com todos os sistema do SPB e as


rela•›es que possuem:

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Em resumo, existem 3 entidades (Bacen, CIP e B3) que administram os sistemas


citados. Por exemplo, a B3 administra a C‰mara BM&FBOVESPA, sistema que opera
pelas sistem‡ticas Òbruta e em tempo realÓ Ð LBTR Ð e Òdiferida l’quidaÓ Ð LDL Ð e tem
como objetivo a liquida•‹o de ativos privados de renda vari‡vel e renda fixa
(a•›es, deb•ntures etc.). O mesmo racioc’nio Ž aplicado aos demais sistemas
apresentados.

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ASPECTOS JURêDICOS

PESSOA FêSICA

A pessoa f’sica Ž definida como homens e mulheres aptos a titularizar direitos e


obriga•›es e autorizados ˆ pr‡tica dos atos jur’dicos em geral.

Muito simples. O direito cria o conceito de que homens e mulheres, em regra,


podem, por si s—, contra’rem direitos e deveres, alŽm de poderem praticar atos
jur’dicos em geral. Da mesma forma, o direito pode retirar estas condi•›es.

Aten•‹o ao termo em regra. As exce•›es a esta regra resultam em casos em que


os indiv’duos n‹o possuem total independ•ncia para a contra•‹o de direitos e
deveres, necessitando de representantes para agirem desta forma.

Isto origina a ideia de que todas as pessoas naturais t•m personalidade, mas nem
todas s‹o capazes. Ou seja, nem todas possuem capacidade (autodetermina•‹o)
na pr‡tica de seus atos de maneira independente.

CAPACIDADE E INCAPACIDADE CIVIL

As pessoas f’sicas, por outras palavras, dividem-se em capazes e incapazes. As


capazes podem praticar os atos e neg—cios jur’dicos sem o aux’lio ou a interven•‹o
de outra pessoa. J‡ as incapazes n‹o podem praticar atos e neg—cios jur’dicos a
n‹o ser com o aux’lio ou a interven•‹o de mais alguŽm.

Assim, a impossibilidade de a pessoa f’sica agir de maneira independente a


contextualiza como incapaz.

A regra geral Ž a capacidade das pessoas f’sicas. Para que um homem ou mulher
seja considerado incapaz, Ž necess‡ria expressa previs‹o legal.

Em resumo, a diferen•a entre ter ou n‹o capacidade diz respeito ˆ media•‹o dos
atos e neg—cios jur’dicos. S— a pessoa capaz pode pratic‡-los imediatamente. O
incapaz s— pode praticar o ato ou neg—cio por meio de seu representante ou

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mediante o aux’lio de seu assistente. Mesmo assim, nas hip—teses delimitadas em lei.
Desta forma, a pr‡tica de atos pelo incapaz Ž mediata, ou seja, Ž indireta (exige a
participa•‹o de terceiro para se concretizar).

¥ Absolutamente incapazes à Homens e mulheres com menos de 16 anos de


idade: AtŽ alcan•ar 16 anos, os humanos s‹o considerados, pelo direito
brasileiro, desprovidos de suficiente maturidade intelectual ou psicol—gica
para decidir sozinhos sobre o que lhes interessa ou n‹o. A pessoa f’sica, atŽ
alcan•ar 16 anos de idade, Ž absolutamente incapaz.

¥ Relativamente incapazes
a) Homens e mulheres com mais de 16 e menos de 18 anos de idade
b) Os Žbrios habituais e os viciados em t—xicos
c) Aqueles que, por causa transit—ria ou permanente, n‹o puderem
exprimir sua vontade
d) Os pr—digos

DOMICêLIO

O domic’lio Ž o lugar em que a pessoa pode ser encontrada para exercer direitos
e responder por obriga•›es.

Quando se trata de pessoa f’sica, regra geral Ž que o domic’lio Ž o lugar em que
reside com ‰nimo definitivo.

Quem possui mais de uma resid•ncia, em que viva alternadamente, tem em


qualquer delas seu domic’lio. Quem, por outro lado, n‹o tiver resid•ncia habitual,
tem o domic’lio no lugar em que for encontrada. Nas rela•›es pertinentes ˆ
profiss‹o, a pessoa f’sica Ž domiciliada onde a exerce.

Domic’lio Ž o lugar em que a pessoa pode ser encontrada para responder por suas
obriga•›es ou exercer os direitos que titulariza. A regra geral para a defini•‹o do
domic’lio Ž o da ampla liberdade. Ou seja, o indiv’duo escolhe livremente o local
do seu domic’lio.

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Mas, como tudo em direito, h‡ exce•›es ˆ regra geral de ampla liberdade:

AlŽm de autoexplicativas, s‹o as seguintes:

ü O incapaz tem o mesmo domic’lio de seu representante ou assistente.

ü O servidor pœblico Ž domiciliado no lugar em que exerce suas fun•›es


permanentemente.

ü O domic’lio do militar depende da For•a a que pertence; sendo do ExŽrcito,


ser‡ onde servir; sendo da Marinha ou da Aeron‡utica, ser‡ o lugar do comando a
que se encontrar imediatamente subordinado.

ü O mar’timo domicilia-se no navio em que for matriculado.

ü O preso, onde estiver cumprindo pena.

PESSOA JURêDICA

A pessoa jur’dica Ž, para o direito, um ser n‹o humano. Existe t‹o somente no plano
dos conceitos jur’dicos com a finalidade de servir ˆ melhor composi•‹o dos
interesses das pessoas naturais que vivem em sociedade.

O instituto da pessoa jur’dica Ž uma tŽcnica de separa•‹o patrimonial. Os membros


dela n‹o s‹o os titulares dos direitos e obriga•›es imputados ˆ pessoa jur’dica. Tais
direitos e obriga•›es formam um patrim™nio distinto do correspondente aos direitos
e obriga•›es imputados a cada membro da pessoa jur’dica.

Como sujeito de direito, a pessoa jur’dica tem aptid‹o para titularizar direitos e
obriga•›es. Por ser personificada, est‡ autorizada a praticar os atos em geral da
vida civil Ñ comprar, vender, tomar emprestado, dar em loca•‹o etc. Ñ,
independentemente de espec’ficas autoriza•›es da lei.

As pessoas jur’dicas classificam-se de acordo com v‡rios critŽrios. Tr•s s‹o os de


maior interesse:

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a)! CritŽrio legal

Subdividem-se em pessoas jur’dicas de direito pœblico ou de direito privado.

O que as distingue n‹o Ž a origem dos recursos empregados em sua constitui•‹o


(pœblicos ou de particulares), mas o regime jur’dico a que se submetem. Cada uma
dessas categorias de pessoa jur’dica est‡ sujeita a um regime espec’fico. O de
direito pœblico caracteriza-se pela supremacia dos interesses titularizados pelas
pessoas a ele sujeitas. ƒ o regime da desigualdade jur’dica, que outorga
prerrogativas ˆs pessoas de direito pœblico, subtra’das das de direito privado.

As pessoas jur’dicas de direito privado, a seu turno, submetem-se ao regime da


igualdade jur’dica. Se a lei tratar diferentemente duas pessoas jur’dicas de direito
privado iguais, ela Ž inconstitucional por afronta ao princ’pio da isonomia. Quando
a lei, assim, concede uma prerrogativa a determinada pessoa jur’dica de direito
privado, isto s— tem validade se for o meio de estabelecer a igualdade na rela•‹o.

b)! Quantidade de fundadores e de membros

Podem ser singulares ou coletivas, de acordo com a quantidade de pessoas que


as constituem.

Singulares s‹o as constitu’das por uma s— pessoa; coletivas, as constitu’das por duas
ou mais.

As autarquias e as sociedades an™nimas subsidi‡rias integrais s‹o singulares.

As associa•›es e demais sociedades s‹o coletivas.

c)! Modo de constitui•‹o

Classificam-se em contratuais ou institucionais.

As primeiras s‹o constitu’das por um contrato entre os seus fundadores. Entre eles
estabelecem-se v’nculos contratuais. Nessa categoria se enquadra a maioria dos
tipos de sociedades (simples, nome coletivo, comandita simples e limitada).

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As pessoas jur’dicas institucionais s‹o constitu’das por manifesta•‹o de vontade de


seus fundadores, mas sem que se vinculem contratualmente.

O ato constitutivo da pessoa jur’dica contratual chama-se contrato social, e o da


institucional, estatuto. S‹o os documentos disciplinares da organiza•‹o da pessoa
jur’dica, bem assim das rela•›es dela com os seus membros.

Agora, podemos passar aos tipos de pessoa jur’dica existentes em nosso regime
jur’dico:

Sociedade:

Configura-se como sociedade um conjunto de pessoas f’sicas que se unem


para a pr‡tica de determinada atividade, visando a obten•‹o de lucros que
dever‹o ser partilhados entre os membros. Segundo a defini•‹o do C—digo
Civil de 2002:

Art. 981. Celebram contrato de sociedade as pessoas que reciprocamente se


obrigam a contribuir, com bens ou servi•os, para o exerc’cio de atividade
econ™mica e a partilha, entre si, dos resultados.

Ressalta-se que existem dois tipos de sociedade: empresarial e simples.

ü Sociedade Empresarial: S‹o pessoas jur’dicas com fins empresariais,


marcadas pelo car‡ter profissional de sua ger•ncia, que visam a busca pelo
lucro. Art. 966. Considera-se empres‡rio quem exerce profissionalmente
atividade econ™mica organizada para a produ•‹o ou a circula•‹o de bens
ou de servi•os.

ü Sociedade Simples: Executam, tambŽm, atividades econ™micas.


PorŽm, se caracterizam pela explora•‹o de atividade de presta•‹o de
servi•os decorrentes de atividade intelectual e de cooperativa. Como previsto
pelo Artigo 966 par‡grafo œnico do CC 2002, as atividades empresariais n‹o se
incluem nas propostas deste tipo de sociedade:

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é importante mencionar que n‹o se considera empres‡rio quem exerce


profiss‹o intelectual, de natureza cient’fica, liter‡ria ou art’stica, ainda com o
concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exerc’cio da profiss‹o
constituir elemento de empresa.

Associa•‹o:

Em geral, contam com um grande nœmero de pessoas, perseguindo fins n‹o


lucrativos, como atividades art’sticas, desportivas ou de lazer.

O estatuto da associa•‹o, documento que a constitui, deve conter:

I - a denomina•‹o, os fins e a sede da associa•‹o;

II - os requisitos para a admiss‹o, demiss‹o e exclus‹o dos associados;

III - os direitos e deveres dos associados;

IV - as fontes de recursos para sua manuten•‹o;

V - o modo de constitui•‹o e funcionamento dos —rg‹os deliberativos e


administrativos;

V Ð o modo de constitui•‹o e de funcionamento dos —rg‹os deliberativos;

VI - as condi•›es para a altera•‹o das disposi•›es estatut‡rias e para a


dissolu•‹o.

VII Ð a forma de gest‹o administrativa e de aprova•‹o das respectivas contas.

Por fim, cabe comentar que os associados devem ter iguais direitos, mas o
estatuto poder‡ instituir categorias com vantagens especiais. A exclus‹o do
associado s— Ž admiss’vel havendo justa causa, assim reconhecida em
procedimento que assegure direito de defesa e de recurso, nos termos
previstos no estatuto.

Funda•‹o:

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Em termos gerais, uma funda•‹o consiste na reserva de determinado


patrim™nio para o atingimento de um interesse humano.

Por isto, para criar uma funda•‹o, o seu instituidor far‡, por escritura pœblica
ou testamento, dota•‹o especial de bens livres, especificando o fim a que se
destina, e declarando, se quiser, a maneira de administr‡-la.

é importante saber que a funda•‹o somente poder‡ constituir-se para fins


religiosos, morais, culturais ou de assist•ncia.

Em rela•‹o ˆs formas de tributa•‹o, temos:

• Lucro Real

Apurado com base em contabilidade real, o lucro resulta da diferen•a da


receita bruta menos as despesas operacionais, mediante r’gidos critŽrios
cont‡beis ou fiscais de escrita, exigindo-se o arquivo de documentos
comprobat—rios de tais receitas e despesas. ƒ o lucro l’quido do per’odo-base,
ajustado pelas adi•›es, exclus›es ou compensa•›es prescritas ou
autorizadas pela lei fiscal. A apura•‹o pelo lucro real Ž obrigat—ria para as
empresas indicadas em lei (Lei n. 9.718/98) e opcional ˆs demais. As obrigadas
s‹o as seguintes:

I - cuja receita total no ano-calend‡rio anterior seja superior ao limite de R$


78.000.000,00 (setenta e oito milh›es de reais) ou proporcional ao nœmero de
meses do per’odo, quando inferior a 12 (doze) meses;

II - cujas atividades sejam de bancos comerciais, bancos de investimentos,


bancos de desenvolvimento, caixas econ™micas, sociedades de crŽdito,
financiamento e investimento, sociedades de crŽdito imobili‡rio, sociedades
corretoras de t’tulos, valores mobili‡rios e c‰mbio, distribuidoras de t’tulos e
valores mobili‡rios, empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de
crŽdito, empresas de seguros privados e de capitaliza•‹o e entidades de
previd•ncia privada aberta;

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III - que tiverem lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior;

IV - que, autorizadas pela legisla•‹o tribut‡ria, usufruam de benef’cios fiscais


relativos ˆ isen•‹o ou redu•‹o do imposto;

V - que, no decorrer do ano-calend‡rio, tenham efetuado pagamento


mensal pelo regime de estimativa;

VI - que explorem as atividades de presta•‹o cumulativa e cont’nua de


servi•os de assessoria credit’cia, mercadol—gica, gest‹o de crŽdito, sele•‹o
e riscos, administra•‹o de contas a pagar e a receber, compras de direitos
credit—rios resultantes de vendas mercantis a prazo ou de presta•‹o de
servi•os (factoring).

VII - que explorem as atividades de securitiza•‹o de crŽditos imobili‡rios,


financeiros e do agroneg—cio.

Com respaldo nesse sistema, as pessoas jur’dicas podem optar pelo


pagamento por estimativa, consistente no pagamento mensal de um valor
do imposto de renda aferido com base em um lucro estimado fixado em lei
(mesmo critŽrio usado para apurar o lucro presumido Ð ver a seguir),
formalizando-se, no final do ano, um ajuste anual, por meio do qual ser‡
abatido o valor que foi pago mensalmente por estimativa durante o ano-
base.

• Lucro Presumido

Trata-se de sistema opcional pela pessoa jur’dica n‹o obrigada por lei ˆ
apura•‹o pelo lucro real. Consiste na presun•‹o legal de que o lucro da
empresa Ž aquele por ela estabelecido com base na aplica•‹o de um
percentual sobre a receita bruta desta, no respectivo per’odo de apura•‹o.
Exemplo: percentual de 16% para presta•‹o de servi•os de transportes
(exceto cargas), 8% para presta•‹o de servi•os de transportes de cargas ou
32% para presta•‹o de servi•os gerais.

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A pessoa jur’dica cuja receita bruta total no ano-calend‡rio anterior tenha


sido igual ou inferior a R$ 78.000.000,00 (setenta e oito milh›es de reais) ou a
R$ 6.500.000,00 (seis milh›es e quinhentos mil reais) multiplicado pelo nœmero
de meses de atividade do ano-calend‡rio anterior, quando inferior a 12
(doze) meses, poder‡ optar pelo regime de tributa•‹o com base no lucro
presumido. A op•‹o pela tributa•‹o com base no lucro presumido ser‡
definitiva em rela•‹o ao todo o ano-calend‡rio.

• Lucro Arbitrado

Decorre da impossibilidade de se apurar o lucro da pessoa jur’dica pelo


critŽrio real ou presumido em raz‹o do n‹o cumprimento de obriga•›es
tribut‡rias acess—rias, tais como: n‹o apresenta•‹o regular dos livros fiscais ou
comerciais; n‹o apresenta•‹o do sistema de escritura•‹o de arquivos de
documentos na forma da lei; e n‹o apresenta•‹o do Livro Cont‡bil Raz‹o.
Resulta, portanto, de imposi•‹o da autoridade fiscal, em face de pr‡tica
irregular do contribuinte. Todavia, desde o advento da Lei n. 8.981/95, Ž
poss’vel ˆ pessoa jur’dica comunicar ao Fisco a impossibilidade de apura•‹o
do imposto de renda pelo lucro real ou presumido, de forma espont‰nea,
optando por sujeitar-se ˆ tributa•‹o do lucro arbitrado no per’odo

• Simples Nacional

O Simples Nacional Ž forma de apura•‹o tribut‡ria diferenciada e favorecida


a ser dispensada ˆs microempresas e empresas de pequeno porte no ‰mbito
dos Poderes da Uni‹o, dos Estados, do Distrito Federal e dos Munic’pios,
especialmente no que se refere:
I - ˆ apura•‹o e recolhimento dos impostos e contribui•›es da Uni‹o, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Munic’pios, mediante regime œnico de
arrecada•‹o, inclusive obriga•›es acess—rias;
II - ao cumprimento de obriga•›es trabalhistas e previdenci‡rias, inclusive
obriga•›es acess—rias;

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III - ao acesso a crŽdito e ao mercado, inclusive quanto ˆ prefer•ncia nas


aquisi•›es de bens e servi•os pelos Poderes Pœblicos, ˆ tecnologia, ao
associativismo e ˆs regras de inclus‹o.

Consideram-se microempresas ou empresas de pequeno porte a sociedade


empres‡ria, a sociedade simples, a empresa individual de responsabilidade
limitada e o empres‡rio, devidamente registrados no Registro de Empresas
Mercantis ou no Registro Civil de Pessoas Jur’dicas, conforme o caso, desde
que:
I - no caso da microempresa, aufira, em cada ano-calend‡rio, receita bruta
igual ou inferior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais);
II - no caso da empresa de pequeno porte, aufira, em cada ano-calend‡rio,
receita bruta superior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) e igual ou
inferior a R$ 4.800.000,00; e

III - microempreendedor individual, que Ž pessoa que trabalha por conta


pr—pria e se legaliza como pequeno empres‡rio optante pelo Simples
Nacional, com receita bruta anual de atŽ R$ 81.000,00. O
microempreendedor pode possuir um œnico empregado e n‹o pode ser s—cio
ou titular de outra empresa.

O Simples Nacional implica o recolhimento mensal, mediante documento


œnico de arrecada•‹o, dos seguintes impostos e contribui•›es:
I - Imposto sobre a Renda da Pessoa Jur’dica - IRPJ;
II - Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI;
III - Contribui•‹o Social sobre o Lucro L’quido - CSLL;
IV - Contribui•‹o para o Financiamento da Seguridade Social - COFINS;
V - Contribui•‹o para o PIS/Pasep;
VI - Contribui•‹o Patronal Previdenci‡ria - CPP para a Seguridade Social, a
cargo da pessoa jur’dica, exceto no caso da microempresa e da empresa de
pequeno porte que se dedique ˆs atividades de presta•‹o de servi•os;

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VII - Imposto sobre Opera•›es Relativas ˆ Circula•‹o de Mercadorias e Sobre


Presta•›es de Servi•os de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de
Comunica•‹o - ICMS;
VIII - Imposto sobre Servi•os de Qualquer Natureza - ISS.

è interessante notar que, enquanto nos forma de tributa•‹o lucro presumido


e lucro real, a apura•‹o de impostos e pagamento Ž feita individualmente
(tributo por tributo), no Simples Nacional ela Ž feita mediante documento
œnico de arrecada•‹o para os tributos acima citados. Isto confere redu•‹o
de burocracias e menor ™nus tribut‡rio ˆs pessoas jur’dicas enquadradas
neste regime.

TêTULOS DE CRƒDITO

PRINCêPIOS

¥ Cartularidade è O exerc’cio dos direitos representados por um t’tulo de


crŽdito pressup›e a sua posse. Somente quem exibe a c‡rtula (isto Ž, o papel
em que se lan•aram os atos cambi‡rios constitutivos de crŽdito) pode
pretender a satisfa•‹o de uma pretens‹o relativamente ao direito
documentado pelo t’tulo. Quem n‹o se encontra com o t’tulo em sua posse,
n‹o se presume credor. Como o t’tulo de crŽdito se revela, essencialmente, um
instrumento de circula•‹o do crŽdito representado, o princ’pio da cartularidade
Ž a garantia de que o sujeito que postula a satisfa•‹o do direito Ž mesmo o seu
titular. C—pias aut•nticas n‹o conferem a mesma garantia, porque quem as
apresenta n‹o se encontra necessariamente na posse do documento original,
e pode j‡ t•-lo transferido a terceiros.

¥ Literalidade è Este princ’pio revela que somente produzem efeitos jur’dicos os


atos lan•ados no pr—prio t’tulo de crŽdito. Atos documentados em instrumentos
apartados, ainda que v‡lidos e eficazes entre os sujeitos diretamente

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envolvidos, n‹o produzir‹o efeitos perante o portador do t’tulo. O princ’pio da


literalidade projeta consequ•ncias favor‡veis e contr‡rias, tanto para o credor,
como para o devedor: nenhum credor pode pleitear mais direitos do que os
resultantes exclusivamente do conteœdo do t’tulo de crŽdito; isso corresponde,
para o devedor, a garantia de que n‹o ser‡ obrigado a mais do que o
mencionado no documento. Se alguŽm deve mais do que a quantia escrita na
cambial, s— poder‡ ser cobrado, com base no t’tulo, pelo valor do documento

¥ Autonomia è Pelo princ’pio da autonomia das obriga•›es cambiais, os v’cios


que comprometem a validade de uma rela•‹o jur’dica, documentada em
t’tulo de crŽdito, n‹o se estendem ˆs demais rela•›es abrangidas no mesmo
documento. As implica•›es do princ’pio da autonomia representam a garantia
efetiva de circulabilidade do t’tulo de crŽdito. O terceiro descontador n‹o
precisa investigar as condi•›es em que o crŽdito transacionado teve origem,
pois ainda que haja irregularidade, invalidade ou inefic‡cia na rela•‹o
fundamental, ele n‹o ter‡ o seu direito prejudicado.

NOTA PROMISSîRIA

A nota promiss—ria Ž uma promessa de pagamento. Sua emiss‹o gera duas


situa•›es jur’dicas distintas: a de quem promete pagar (o sujeito que a emitiu); e a
do benefici‡rio da promessa (credor).

A nota promiss—ria Ž uma promessa do subscritor de pagar quantia determinada


ao tomador, ou ˆ pessoa a quem esse transferir o t’tulo.

S‹o os seguintes os requisitos da nota promiss—ria:

a) a express‹o Ònota promiss—riaÓ, inserta no texto do t’tulo, na mesma


l’ngua utilizada para a sua reda•‹o;

b) b) a promessa incondicional de pagar quantia determinada;

c) c) nome do tomador;

d) d) data do saque;

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e) e) assinatura do subscritor; e

f) f) lugar do saque, ou men•‹o de um lugar ao lado do nome do


subscritor.

Para que produza os efeitos de uma nota promiss—ria, o documento deve atender
a determinados requisitos. Somente se revestido da formalidade prescrita por lei, o
instrumento escrito poder‡ ser transferido e cobrado, sob o regime do direito
cambi‡rio.

Em resumo, todas os requisitos supracitados devem estar presentes na nota


promiss—ria para que ela se configure como tal. Fa•o apenas par•ntese, pois a falta
de men•‹o ˆ Žpoca e local de pagamento n‹o desnatura o documento como
nota promiss—ria, na medida em que, faltando Žpoca do pagamento, reputa-se o
t’tulo ˆ vista; e, faltando o lugar, considera-se pag‡vel no local do saque ou no
mencionado ao lado do nome do subscritor.

DUPLICATA

T’tulo de crŽdito causal, no sentido de que a sua emiss‹o somente se pode dar para
a documenta•‹o de crŽdito nascido de compra e venda mercantil, e de
vincula•‹o obrigat—ria, ou seja, o sacado, quando devedor do sacador, se obriga
ao pagamento da duplicata, ainda que n‹o a assine.

De acordo com a sistem‡tica prevista pela lei Ñ que, hoje, se encontra


parcialmente em desuso Ñ, o comerciante, ao realizar qualquer venda de
mercadorias, deve extrair a fatura ou a nota fiscal-fatura. A duplicata ser‡
emitida com base nesse instrumento.

Emitida a fatura, no mesmo ato poder‡ ser extra’da a duplicata, obedecido o


padr‹o fixado pelo Conselho Monet‡rio Nacional (LD, art. 27; Res. BC n. 102/68) e
atendidos os seguintes elementos:

a) a denomina•‹o ÒduplicataÓ e a cl‡usula Òˆ ordemÓ, autorizando a


circula•‹o do t’tulo por endosso;

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b) data de emiss‹o, que deve ser igual ˆ da fatura;

c) os nœmeros da fatura e da duplicata, que podem ou n‹o coincidir tendo em


vista a obrigatoriedade da primeira e a facultatividade da segunda;

d) data de vencimento ou cl‡usula ˆ vista, sendo vedadas as modalidades de


vencimento a certo termo;

e) nome e domic’lio do vendedor (sacador);

f) nome, domic’lio e nœmero de inscri•‹o no Cadastro de Contribuintes do


comprador (sacado);

g) import‰ncia a pagar, em algarismos e por extenso;

h) local de pagamento;

i) declara•‹o de concord‰ncia, para ser assinada pelo sacado;

j) assinatura do sacador.

Se o t’tulo Ž emitido ˆ vista, o comprador, ao receb•-lo, deve proceder ao


pagamento da import‰ncia devida; se a prazo, ele deve assinar a duplicata, no
campo pr—prio para o aceite, e restitu’-la ao sacador, em 10 dias.

Outro ponto interessante sobre a duplicata Ž o aceite, que n‹o pode ocorrer por
simples vontade do sacado. Disp›e o art. 8¼ da lei das duplicatas que a recusa
deste t’tulo s— pode ocorrer nos seguintes casos: a) avaria ou n‹o recebimento das
mercadorias, quando transportadas por conta e risco do vendedor; b) v’cios,
defeitos e diferen•as na qualidade ou na quantidade; c) diverg•ncia nos prazos
ou pre•os combinados.

As possibilidades de recusa da duplicata pelo devedor implicam que, mesmo com


aceite obrigat—rio, ele n‹o Ž irrecus‡vel. Quando o vendedor n‹o cumpriu
satisfatoriamente suas obriga•›es, o comprador pode se exonerar do cumprimento
das suas. A recusa do aceite cabe nessa situa•‹o e nas demais citadas acima.

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Caso o vendedor cumpra com suas obriga•›es, a falta de aceite Ž motivo de


protesto da duplicata, assim como a devolu•‹o ou falta de pagamento.

CHEQUE

Cheque Ž ordem de pagamento ˆ vista, emitida contra um banco, em raz‹o de


provis‹o (valores depositados) que o emitente possui junto ao sacado (banco
pagador), proveniente essa de contrato de dep—sito banc‡rio (conta corrente, por
exemplo) ou de abertura de crŽdito (limite de crŽdito, por exemplo).

O cheque Ž chamado de t’tulo de crŽdito de modelo vinculado, de modo que s—


pode ser aceitos se emitido no papel fornecido pelo banco sacado (em tal‹o ou
avulso).

Nesse sentido, s‹o essenciais ao cheque:

a) a palavra ÒchequeÓ, escrita no texto do t’tulo, na l’ngua empregada para a


sua reda•‹o;
b) a ordem incondicional de pagar quantia determinada;
c) o nome do banco a quem a ordem Ž dirigida (sacado);
d) data do saque;
e) lugar do saque ou men•‹o de um lugar junto ao nome do emitente;
f) assinatura do emitente (tambŽm chamado de sacador).

Existem 4 modalidades de cheque, sendo 3 delas interessante ao nosso certame:

ü Visado è O cheque visado Ž aquele em que o banco sacado, a pedido do


emitente ou do portador leg’timo, lan•a e assina, no verso, declara•‹o
confirmando a exist•ncia de fundos suficientes para a liquida•‹o do t’tulo.

Somente pode receber visamento o cheque nominativo ainda n‹o endossado


(adiante veremos este conceito).

Ao visar o cheque, o banco sacado deve reservar, da conta de dep—sito do


emitente, numer‡rio bastante para o pagamento do t’tulo, realizando o
lan•amento de dŽbito correspondente.

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ƒ evidente que esta modalidade de cheque confere mais garantias quando ao seu
pagamento, tendo em vista o visamento e provis‹o de fundos realizados.

ü Administrativo è O cheque administrativo Ž o emitido pelo banco sacado,


para liquida•‹o por uma de suas ag•ncias. Nele, emitente e sacado s‹o a mesma
pessoa.

Ou seja, a institui•‹o financeira ocupa, simultaneamente, a situa•‹o jur’dica de


quem d‡ a ordem de pagamento e a de seu destinat‡rio

Serve tambŽm essa modalidade de cheque ao aumento da seguran•a no ato de


recebimento de valores. Afinal, Ž improv‡vel (mas n‹o imposs’vel) que o banco
emita um cheque sem fundos.

ü Cruzado è O cruzamento se realiza pela aposi•‹o, no anverso do cheque,


de dois tra•os transversais e paralelos. Tanto o emitente como qualquer portador
podem cruzar o t’tulo.

H‡ duas espŽcies de cruzamento: o geral (ou Òem brancoÓ), que n‹o identifica
nenhum banco no interior dos dois tra•os; e o especial (ou Òem pretoÓ), em que
certo banco Ž identificado, por seu nome ou nœmero no sistema financeiro, entre
os mesmos tra•os.

O cruzamento se destina a tornar segura a liquida•‹o de cheques ao portador, j‡


que, uma vez cruzado o t’tulo, sempre seria poss’vel, a partir de consulta aos
assentamentos do banco, saber em favor de que pessoa ele foi liquidado

Claro que a utilidade do cruzamento Ž reduzida, no direito brasileiro, em raz‹o da


obrigatoriedade da forma nominativa dos cheques superiores a R$ 100,00.

O cheque com cruzamento geral somente pode ser pago a um banco. Desse
modo, se o tomador concordou em receber cheque cruzado, ou ele pr—prio o
cruzou, dever‡ encaminh‡-lo ao banco no qual mantŽm conta de dep—sito, para
que esse cobre o t’tulo do sacado. J‡, se for especial o cruzamento, o cheque
somente poder‡ ser pago ao banco mencionado no interior dos dois tra•os

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GARANTIAS

AVAL

O aval Ž a forma mais simples e direta das modalidades de garantia.

Ao realizar aval, determinada pessoa (chamada de avalista) se compromete a


pagar um t’tulo de crŽdito qualquer nas mesmas condi•›es que o devedor
(avalizado).

Em geral, o credor do t’tulo considera que o devedor n‹o possui condi•›es certas
de garantir o pagamento do t’tulo de crŽdito, devido a sua situa•‹o econ™mica
inst‡vel, ou a exist•ncia de patrim™nio insuficiente.

Em geral, o avalista garante toda a opera•‹o, mas Ž poss’vel realizar o aval parcial.
Isto Ž, fica estabelecida que o avalista garante apenas parte da opera•‹o.
Utilizando o exemplo acima, o avalista poderia garantir t‹o somente 50% do
emprŽstimo, valor este que seria obrigado a cumprir, caso o avalizado no o fizesse.

ƒ poss’vel atŽ mesmo a realiza•‹o do aval antecipado. Ou seja, a opera•‹o de


crŽdito Ž realizada apenas mediante estabelecimento anterior do avalista.

Continuando, temos que saber as duas principais caracter’sticas do aval:

ü Autonomia: Por autonomia entende-se que a obriga•‹o do avalista Ž


independente da obriga•‹o do avalizado. A partir do momento que o avalista se
constitui como tal, ele passar necessariamente a garantir a opera•‹o,
independentemente das condi•›es do avalizado.

Assim, se credor encontra-se impossibilitado de exercer seu direito contra o


avalizado, por qualquer motivo, isto n‹o se pode inferir contra o avalista.

Vamos citar um exemplo.

O Banco A empresta dinheiro e Jo‹o. Nesta opera•‹o, Pedro, pai de Jo‹o Ž o


avalista. No entanto, digamos que a assinatura de Jo‹o foi falsificada, pelo que o
Banco A n‹o pode cobr‡-lo do cumprimento do crŽdito.

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Mas, como o aval Ž aut™nomo, n‹o se pode alegar o mesmo ao avalista. Desta
forma, mesmo que o credor n‹o possa executar Jo‹o para o pagamento, pode
faz•-lo com Pedro.

A autonomia do aval tambŽm implica que o avalista, quando executado, n‹o


pode se valer de caracter’sticas do avalizado para descumprir sua obriga•‹o. Ele
apenas pode ser valer de suas caracter’sticas, como, por exemplo, o aval parcial.

Portanto, que fique claro: a autonomia caracteriza a obriga•‹o do avalista como


independente da obriga•‹o do avalizado; a exist•ncia, validade e efic‡cia do
aval n‹o est‹o condicionadas ˆ da obriga•‹o avalizada.

ü Equival•ncia: A equival•ncia do aval significa que o avalista Ž devedor do


t’tulo da mesma maneira que a pessoa por ele afian•ada.

O aval pode ser praticado das seguintes formas: (i) assinatura do avalista no verso
ou anverso do t’tulo sob a express‹o Òpor avalÓ, ou outra do mesmo sentido; (ii)
assinatura do avalista no verso ou anverso do t’tulo sob a express‹o Òpor aval de
Jo‹o,Ó ou outra do mesmo sentido.

A primeira situa•‹o Ž conhecida como aval em branco, pois ela n‹o identifica o
devedor (avalizado). Neste caso, cabe ˆ lei definir, para cada t’tulo de crŽdito,
quem Ž o avalizado na opera•‹o.

A segunda situa•‹o Ž conhecida como aval em preto, pois o sujeito avalizado Ž


conhecido. No nosso caso, o avalizado Ž Jo‹o, pois ele Ž devedor do emprŽstimo
concedido pelo Banco A.

FIAN‚A

Como vimos, o aval Ž aut™nomo ˆ obriga•‹o avalizada, enquanto a fian•a Ž


obriga•‹o acess—ria. Isto Ž, caso a obriga•‹o afian•‡vel n‹o possa ser executada
pelo credor, o fiador tambŽm adquire este benef’cio.

Outra diferen•a fundamental entre o aval e a fian•a Ž o chamado benef’cio de


ordem. No aval, o credor pode executar o cumprimento do seu direito de qualquer

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um dos dois Ð avalista e avalizado Ð sem precisar fazer isto primeiramente de um e


depois de outro. Ou seja, o inadimplemento do contrato de crŽdito enseja o direito
de cobran•a ao mesmo tempo tanto do avalista, como do avalizado. O avalista
n‹o pode solicitar que a cobran•a seja feita primeiramente ao avalizado e depois
a ele.

Na fian•a Ž diferente. O fiador (aquele que garante o crŽdito) pode indicar bens e
direitos do afian•ado (devedor), desde que situados no mesmo Munic’pio, livres,
desembara•ados e suficientes ˆ solu•‹o da d’vida, e, com isto, liberar-se da
obriga•‹o assumida.

O contrato de fian•a Ž aquele em que um indiv’duo garante ao credor cumprir


com a obriga•‹o assumida pelo devedor, caso este n‹o a cumpra.

Assim como no aval, o conceito b‡sico da fian•a Ž possibilitar uma garantia contra
eventuais inadimplementos contratuais. A grande distin•‹o entre uma garantia e
outra, como j‡ vimos, Ž a natureza jur’dica da obriga•‹o garantida. Enquanto a
obriga•‹o do fiador Ž acess—ria em rela•‹o ˆ do afian•ado, a obriga•‹o do
avalista Ž aut™noma, independente da do avalizado.

A fian•a deve ser dada por escrito e n‹o admite interpreta•‹o extensiva. Isto quer
dizer, que Ž v‡lido apenas o que est‡ determinado explicitamente no contrato de
fian•a. N‹o Ž v‡lido criar regras, ainda que supostamente de acordo com o
contrato, que n‹o estejam presentes no documento que instituiu a garantia.

Ademais, o contrato de fian•a deve ser formal, ou seja, estabelecido por escrito
para ter validade.

A fian•a pode ser institu’da, ainda que sem o consentimento do devedor ou contra
a sua vontade. Diante dessa regra, percebemos a clara natureza de garantia
contratual da fian•a. Afinal, se ela Ž realizada para trazer seguran•a ao credor em
uma poss’vel situa•‹o de inadimplemento, nada mais justo que n‹o ser necess‡ria,
para a exist•ncia de tal garantia, a anu•ncia do devedor.

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Outra regra Ž que as d’vidas futuras podem ser objeto de fian•a. ƒ necess‡ria a
exist•ncia de obriga•‹o concreta entre o credor e o devedor, para que o fiador,
nesse caso de ter se comprometido num momento em que n‹o havia qualquer
defini•‹o do que era devido, possa ser demandado.

Regra geral, o fiador Ž respons‡vel pela obriga•‹o principal (a d’vida principal) e


pelas obriga•›es acess—rias (que decorram da principal, como multa, taxas
judici‡rias numa poss’vel a•‹o que busque o pagamento, entre outras). Caso esta
n‹o seja a vontade das partes, deve estar formalmente estabelecida no contrato
de fian•a.

A fian•a pode ser de valor inferior ao da obriga•‹o principal e contra’da em


condi•›es menos onerosas. Aqui h‡ caracter’stica semelhante ao aval.

Se as partes estipularem que a garantia dever‡ compreender apenas uma parcela


da obriga•‹o principal (a d’vida total), n‹o h‡ que se falar em incompatibilidade
com o instituto da fian•a. Afinal, o pr—prio C—digo Civil determina tal possibilidade.

Por outro lado, n‹o Ž permitido que a fian•a exceda o valor da d’vida ou seja mais
onerosa que ela. A obriga•‹o n‹o valer‡ sen‹o atŽ o limite da obriga•‹o
afian•ada.

As obriga•›es nulas n‹o s‹o suscet’veis de fian•a, exceto se a nulidade resultar


apenas de incapacidade pessoal do devedor. Entretanto, essa exce•‹o n‹o inclui
o caso de mœtuo feito a menor de idade. Aqui, percebemos a clara distin•‹o, mais
uma vez, entre fian•a e aval. Afinal, a fian•a, exatamente por se tratar de uma
obriga•‹o acess—ria e n‹o aut™noma, caso a obriga•‹o do devedor original se
extinga, tambŽm morrer‡. ƒ o princ’pio do Direito que afirma que Òo acess—rio
segue o principalÓ. PorŽm, n‹o se esque•a da exce•‹o ˆ regra Ð no caso da
obriga•‹o principal se extinguir em raz‹o de incapacidade pessoal do devedor
(menores de 16 anos; enfermo ou deficiente mental; pessoa que transitoriamente
n‹o possa exprimir sua vontade; maior de 16 e menor de 18; Žbrios e viciados em
t—xicos; os excepcionais e, por fim, os pr—digos), o fiador permanece obrigado.

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O credor n‹o Ž obrigado a aceitar qualquer fiador. Caso o fiador apresentado n‹o
(i) seja pessoa id™nea, (ii) n‹o tenha domic’lio no munic’pio onde tenha de prestar
a fian•a, (iii) n‹o possua bens suficientes para cumprir a obriga•‹o e/ou (iv) se torne
insolvente ou incapaz, poder‡ o credor exigir que seja substitu’do.

Se o fiador for demandado para o pagamento da d’vida, o mesmo poder‡ exigir,


atŽ a contesta•‹o da a•‹o, que sejam os bens do devedor os primeiros a serem
executados. ƒ o caso do benef’cio de ordem citado acima. Apenas lembrando
que, em quase todos os contratos de fian•a, o credor exige que o fiador abra m‹o
do benef’cio de ordem, pelo que esta caracter’stica deixa de existir.

A fian•a pode ser dividida entre alguns fiadores. Nesse caso, a fian•a,
conjuntamente prestada, para o pagamento de uma s— d’vida por mais de uma
pessoa, importa o compromisso de solidariedade entre elas, se n‹o houver
declara•‹o de que se beneficiam da divis‹o do dŽbito.

Ou seja, se os fiadores indicados n‹o ratearem a parte do dŽbito por ele garantida,
todos respondem solidariamente pelo dŽbito todo. Do contr‡rio, se tal benef’cio
for estipulado, cada fiador responde unicamente pela parte que, em propor•‹o,
lhe couber no pagamento. Ainda em rela•‹o ˆ hip—tese de uma fian•a conjunta,

Todo o contrato de fian•a deve ser estabelecido por tempo determinado (n‹o
existe fian•a para sempre). Caso contr‡rio, o fiador poder‡ exonerar-se da fian•a
que tiver assinado sem limita•‹o de tempo sempre que lhe for conveniente. Mas,
nesse caso, o mesmo ficar‡ obrigado por todos os efeitos da fian•a durante 60 dias
ap—s a notifica•‹o do credor de tal decis‹o.

Que tal resumirmos as principais caracter’sticas da fian•a?

Segue abaixo:

ü ƒ contrato acess—rio;

ü Permite benef’cio de ordem;

ü Deve estar formalizada por escrito;

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ü Pode ser institu’da sem o consentimento do devedor ou contra a sua vontade;

ü Pode garantir d’vidas futuras;

ü Em regra, o fiador Ž respons‡vel pela obriga•‹o principal e outras acess—rias;

ü Pode haver fian•a parcial;

ü N‹o pode existir fian•a de valor superior ˆ obriga•‹o principal;

ü O credor n‹o necessita aceitar qualquer fiador;

ü A fian•a pode ser divida entre fiadores; importando solidariedade entre eles,
ou a especifica•‹o da obriga•‹o correspondente a cada fiador

ü A fian•a deve ser estabelecida por prazo determinado

PENHOR MERCANTIL

O penhor mercantil Ž modalidade de direito de garantia real. Nesta h‡ vincula•‹o


de determinado bem ˆ satisfa•‹o da obriga•‹o do pagamento.

O penhor mercantil (tambŽm chamado de penhor industrial) Ž constitu’do pela


indica•‹o de bem derivado da atividade industrial ou comercial Ð tais como
m‡quinas, aparelhos, instrumentos ou animais utilizados na indœstria, sal e bens
destinados ˆ explora•‹o de salinas, animais destinados ˆ industrializa•‹o de carne
e derivados Ð para garantir determinado crŽdito.

Na realiza•‹o de penhor mercantil o bem onerado permanece na posse do


devedor, ou seja, mesmo que onerado como garantia da opera•‹o de crŽdito, ele
permanece com o devedor.

O termo tŽcnico utilizado em direito para a entrega do bem do devedor ao


comprador Ž Òtradi•‹oÓ. Desta forma, em regra, n‹o ocorre tradi•‹o no penhor
mercantil, pois a posse do bem permanece com o devedor.

O penhor mercantil ser‡ extinto nas seguintes hip—teses:

ü extinguindo-se a obriga•‹o (por exemplo, como o pagamento do crŽdito);

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ü perecendo a coisa (por exemplo, se foi penhorado animal e o mesmo


pereceu);
ü renunciando o credor;
ü confundindo-se na mesma pessoa as qualidades de credor e dono da coisa;
ü dando-se a adjudica•‹o judicial (quando h‡ a transfer•ncia de titularidade
do bem empenhado em favor do credor Ð o credor, alŽm de possuidor, torna-se
propriet‡rio do bem empenhado; neste caso houve a execu•‹o em ju’zo do bem
penhorado);
ü a remiss‹o (quando a d’vida Ž perdoada pelo credor) ou a venda da coisa
empenhada, feita pelo credor ou por ele autorizada.

AlŽm dessas hip—teses vistas que configuram a extin•‹o do penhor mercantil, temos
ainda que a renœncia por parte do credor tambŽm determina o fim da garantia.
S‹o formas de renœncia: (i) o consentimento do credor na venda particular do
penhor sem reserva de pre•o; (ii) a devolu•‹o da posse do bem ao devedor; e (iii)
a anu•ncia pelo credor ˆ substitui•‹o do bem empenhado por outra garantia.

HIPOTECA

Hipoteca Ž modalidade de direito de garantia real que recai sobre bens im—veis e
outros de valor expressivo, como navios e aeronaves, cuja constitui•‹o se faz
mediante registro formal e n‹o importa a transfer•ncia da posse do bem onerado
para o titular da garantia real.

Vejamos os tipos de bens que podem ser hipotecados:

ü Im—veis: Todo tipo de bem im—vel pode ser gravado por hipoteca, tais como
apartamentos, casas, escrit—rios, lojas, terrenos etc. Os acess—rios do im—vel, como
suas benfeitorias, acess›es, melhoramentos e constru•›es, s‹o tambŽm
abrangidos pelo ™nus, salvo se o documento que disp›e sobre a hipoteca ressalv‡-
los. O contrato de hipoteca Ž feito, na expressiva maioria das vezes, por escritura
pœblica.

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O instrumento pœblico ou privado deve ser registrado no Registro de Im—veis do


munic’pio do bem gravado. Se mais de um im—vel for hipotecado no mesmo
instrumento, ele deve ser levado a registro em todos os cart—rios competentes.
Qualquer dos interessados, tanto o credor, como o devedor hipotec‡rio, tem
legitimidade para, exibindo o t’tulo, requerer o registro do direito real de garantia.

ü Estradas de Ferro: Quando a hipoteca versar sobre vias fŽrreas, ser‡ o Cart—rio
do Registro de Im—veis do Munic’pio em que se encontra a esta•‹o inicial da linha
o competente para registrar a garantia real. Portanto, se recorde: o registro Ž feito
no Registro de Im—veis do munic’pio que se localiza a esta•‹o inicial da linha fŽrrea.

Em raz‹o da import‰ncia do bem onerado para os usu‡rios dos servi•os de


transporte ferrovi‡rio, a lei impede que os credores hipotec‡rios embaracem por
qualquer modo a explora•‹o da linha. Ou seja, mesmo que a estrada de fŽrreo
esteja onerada em hipoteca, n‹o pode haver preju’zo do regular funcionamento
da estrada de ferro.

O devedor hipotec‡rio n‹o pode vender a estrada, suas linhas ou ramais ou parte
consider‡vel do material de explora•‹o do servi•o ferrovi‡rio, nem mesmo
envolver-se em opera•‹o de fus‹o, incorpora•‹o ou cis‹o, se disso puder decorrer
enfraquecimento da garantia real. Para a pr‡tica desses atos Ž necess‡rio obter
antes a anu•ncia do credor hipotec‡rio.

ü Recursos minerais: As jazidas, minas e demais recursos minerais podem ser


onerados por hipoteca, independentemente do solo em que se encontram

ü Navios: O registro da hipoteca incidente sobre navios, inclusive os que se


encontram em constru•‹o, deve ser feito no Tribunal Mar’timo, —rg‹o encarregado
do assentamento da propriedade das embarca•›es nacionais

ü Aeronaves: A hipoteca de aeronave Ž constitu’da pelo registro do contrato


no Registro Aeron‡utico Brasileiro, em que est‡ assentada a propriedade do bem
onerado, alŽm da averba•‹o no correspondente Certificado de Matr’cula.

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Extingue-se a hipoteca pelos seguintes motivos:

ü extin•‹o da obriga•‹o principal (motivada, por exemplo, pelo pagamento


do crŽdito)

ü perecimento do bem hipotecado;

ü renœncia do credor hipotec‡rio;

ü a remi•‹o (ato pelo qual o devedor paga ao credor o valor da obriga•‹o


garantida, liberando o bem do ™nus);

ü arremata•‹o (aquisi•‹o do bem hipotecado em leil‹o por quem oferece o


maior lance);

ü adjudica•‹o (entrega judicial do bem onerado ao credor, como forma de


satisfa•‹o do seu crŽdito); e

ü averba•‹o de cancelamento do registro, feita a pedido do devedor, com a


anu•ncia expressa do credor hipotec‡rio ou a prova da quita•‹o da obriga•‹o
garantida.

ALIENA‚ÌO FIDUCIçRIA

A aliena•‹o fiduci‡ria em garantia Ž contrato pelo qual o devedor (chamado de


fiduciante) transfere ao credor (chamado de fiduci‡rio) a propriedade resolœvel de
bem (pode ser m—vel ou im—vel), conservando a posse direta. O cumprimento da
obriga•‹o garantida pela aliena•‹o fiduci‡ria reserva ao devedor a possibilidade
de recuperar o bem colocado em garantia; o descumprimento transfere a posse
direta do bem ao credor, que o vende e satisfaz o cumprimento do crŽdito.

A aliena•‹o fiduci‡ria pode ainda recair sobre bens im—veis e bens que j‡
pertencem ao devedor. Ou seja, ela n‹o recai t‹o somente sobre bens m—veis e
bens recentemente adquiridos pelo devedor.

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Por fim, necessitamos compreender as modalidades de extin•‹o do contrato de


aliena•‹o fiduci‡ria (destacando que todas estas figuras abaixo j‡ est‹o definidas
em outros momentos da aula):

ü extin•‹o da obriga•‹o;

ü perecimento da coisa alienada fiduciariamente;

ü renœncia do credor;

ü adjudica•‹o judicial,

ü remi•‹o

ü arremata•‹o ou venda extrajudicial;

FUNDO GARANTIDOR DE CRƒDITO

O Fundo Garantidor de CrŽdito (FGC) Ž uma associa•‹o civil sem fins lucrativos,
com personalidade jur’dica de direito privado.

O FGC Ž formado por institui•›es privadas, que contribuem de maneira


compuls—ria para formar o capital do fundo, n‹o possui finalidade lucrativa, alŽm
de possuir natureza privada e estar vedado de exercer qualquer fun•‹o pœblica,
inclusive por delega•‹o.

A principal finalidade do FGC Ž proteger os depositantes e investidores no ‰mbito


do sistema financeiro nacional (dentro dos limites previstos). No entanto outras duas
finalidades destacam-se: contribuir para a manuten•‹o da estabilidade do Sistema
Financeiro Nacional e contribuir para preven•‹o de crise banc‡ria sist•mica.

Os seguintes eventos geram a obriga•‹o do FGC prestar garantia aos depositantes


membros das institui•›es:

ü decreta•‹o da interven•‹o, liquida•‹o extrajudicial ou fal•ncia da


associada; e

ü reconhecimento, pelo Banco Central do Brasil, do estado de insolv•ncia da


associada.

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S‹o institui•›es associadas ao FGC os bancos mœltiplos, os bancos comerciais, os


bancos de investimento, os bancos de desenvolvimento, a Caixa Econ™mica
Federal, as sociedades de crŽdito, financiamento e investimento, as sociedades de
crŽdito, as companhias hipotec‡rias e as associa•›es de poupan•a e emprŽstimo,
em funcionamento no Pa’s, que:

ü recebam dep—sitos ˆ vista, em contas de poupan•a ou dep—sitos a prazo;

ü realizem aceite em letras de c‰mbio;

ü captem recursos mediante a emiss‹o e a coloca•‹o de letras imobili‡rias, de


letras hipotec‡rias, de letras de crŽdito imobili‡rio ou de letras de crŽdito do
agroneg—cio; e

ü captem recursos por meio de opera•›es compromissadas tendo como


objeto t’tulos de emiss‹o de empresa ligada.

Especificamente, os seguintes crŽditos s‹o objeto de garantia desses deposit‡rios:

ü dep—sitos ˆ vista ou sac‡veis mediante aviso prŽvio;

ü dep—sitos de poupan•a;

ü dep—sitos a prazo, com ou sem emiss‹o de certificado;

ü dep—sitos mantidos em contas n‹o moviment‡veis por cheques destinadas


ao registro e controle do fluxo de recursos referentes ˆ presta•‹o de servi•os de
pagamento de sal‡rios, vencimentos, aposentadorias, pens›es e similares;

ü letras de c‰mbio;

ü letras imobili‡rias;

ü letras hipotec‡rias;

ü letras de crŽdito imobili‡rio;

ü letras de crŽdito do agroneg—cio; e

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ü opera•›es compromissadas que t•m como objeto t’tulos emitidos ap—s 8 de


mar•o de 2012 por empresa ligada.

As normas relativas ao FGC tambŽm estabelecem os casos em que n‹o h‡ garantia


por parte do Fundo. S‹o os seguintes:

ü os dep—sitos, emprŽstimos ou quaisquer outros recursos captados ou


levantados

ü os dep—sitos captados de residentes no exterior;

ü as opera•›es relacionadas a programas de interesse governamental


institu’dos;

ü os dep—sitos judiciais;

ü qualquer instrumento financeiro que contenha cl‡usula de subordina•‹o,


autorizado ou n‹o pelo Banco Central do Brasil a integrar o patrim™nio de
refer•ncia de institui•›es financeiras e demais institui•›es autorizadas a
funcionar pela referida Autarquia;

ü os crŽditos:

o de titularidade de institui•›es financeiras e demais institui•›es


autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil, de entidades de
previd•ncia complementar, de sociedades seguradoras, de
sociedades de capitaliza•‹o, de clubes de investimento e de fundos de
investimento; e

o representados por cotas de fundos de investimento ou que representem


quaisquer participa•›es nas entidades referidas na al’nea ÒaÓ ou nos
instrumentos financeiros de sua titularidade.

Atualmente, o valor garantido por CPF/Conta Ž de R$ 250 mil.

Importante notar que o CMN aprovou, em 21 de dezembro de 2017, a altera•‹o


promovida no Regulamento do Fundo Garantidor de CrŽditos (FGC), que

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estabelece teto de R$ 1 milh‹o, a cada per’odo de 4 anos, para garantias pagas


para cada CPF ou CNPJ.

A contagem do per’odo de 4 anos se inicia na data da liquida•‹o ou interven•‹o


em institui•‹o financeira onde o investidor detenha valor garantido pelo FGC,
sendo que permanece inalterado o limite da garantia de R$ 250 mil por CPF/CNPJ
e conglomerado financeiro.

Aos investimentos contratados ou repactuados atŽ 21 de dezembro de 2017, data


da aprova•‹o do CMN, n‹o se aplica o teto de R$ 1 milh‹o a cada per’odo de 4
anos.

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