A Indústria 4.

0 não é um conceito do futuro, mas uma realidade atual, tanto

é uma realidade atual que começa já a ser abordado o conceito de Indústria
5.0

O conceito de “Indústria 4.0” foi pela primeira vez empregue por um grupo
de trabalho de aconselhamento do governo alemão no contexto da
Estratégia de Tecnologia 2020, sendo atualmente um conceito amplamente
difundido à escala global.

“Indústria 4.0” está a ser impulsionada por tecnologias com a IoT, cyber-
physical systems (CPSs), cloud computing, big data analytics (BDA). Recursos
típicos são convertidos em objetos inteligentes para que possam sentir, agir e
se comportar num ambiente inteligente permitindo:

 Aumento da produtividade, devido à otimização dos processos e o

aumento da velocidade de produção;
 novas formas de produção menos caras do que no passado.
 Melhoria nas condições de trabalho, o dia a dia do trabalhador torna-
se mais seguro e menos stressante;
 Personalização de produtos e serviços, indo de encontro à exigência do
cliente;
 Adaptação e flexibilidade ao mercado, uma vez que a informação
obtida através da tecnologia pode ser utilizada para aproveitar ao
máximo as oportunidades do mercado.

Para não perder a oportunidade que representa a denominada Indústria 4.0

as empresas industriais nacionais têm de aceitar que um setor industrial
dinâmico e moderno é um fator essencial para o crescimento da economia e
que a digitalização é também um fator incontornável para o setor.

O desenvolvimento da Indústria 4.0 em Portugal oferecerá novas

oportunidades para contribuirão para aumentar a competitividade do setor
industrial, mas exigirá contribuições tanto de empresas como de
trabalhadores e instituições.

No entanto 99% são PME. Também a nível do número de trabalhadores as

PME concentram quase 80% da força de trabalho. Por isso, é nas PME que
reside a força empresarial de Portugal.

Assim, o aumento do conhecimento e capacitação das empresas, em especial

nas PME, para um mundo cada vez mais assente no Digital de forma a
acelerar a transição para o novo referencial económico, surge como uma
prioridade nacional.

Só uma abordagem integrada poderá contribuir para a aceleração efetiva do

processo de transição Digital e que tire partido da Indústria 4.0 por parte das
PME portuguesas deixando-as mais preparadas para abraçar novos desafios.

 Deverá ser realizado um incremento no investimento em I&D, tanto

pelo estado como pelas empesas.
 A educação e a formação da força de trabalho também serão
fundamentais para o desenvolvimento da indústria 4.0.
 Embora a mão-de-obra da indústria seja mais qualificada do que no
resto da economia, o conjunto de competências necessárias para
 participar nestes novos processos produtivos mudou e as pessoas que
não as têm necessitarão de adquiri-las.
 Maior ênfase em a formação profissional, bem como a colaboração
entre empresas e universidades irão reforçar a implementação destas
novas formas de produção.

A realidade mostra-nos que ainda existe um longo caminho a percorrer para

que efetivamente as empresas, e sobretudo as PME, estejam preparadas
para tirar partido da necessária transição Digital que as economias e as
sociedades estão a viver.

Mesmo assim não nos podemos esquecer que grande parte dos países estão
a fazer o mesmo. Apesar do progresso feito, Portugal está atrás da maioria
dos países europeus.