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Curso de Inventário Florestal

Prof. Fábio Venturoli

• Engenheiro Florestal com mestrado e doutorado em Ciências Florestais (UnB)


• Professor de Inventário Florestal na UFG e de Estatística no Programa de Pós-
Graduação em Agronomia (PPGA/UFG)
• Atuação: Análise Quantitativa e Qualitativa de Vegetação: estudos ao longo do
tempo ou espaço. [Inventário Florestal e suas aplicações]
https://profloresta.agro.ufg.br/
VI turma do curso capacitação em
Inventário Florestal
Programa do curso
I. Situações-problema
II. Definição de inventário florestal e floresta
III. Tipos de inventário florestal
IV. Teoria de amostragem
V. Mensuração florestal
VI. Processos de amostragem
I. Aleatória, sistemática, estratificada
VII. Fitossociologia e Diversidade
VIII. Discussões
I. Situações-problema

• ART
• Marcação das parcelas (vistoria)
• Placas para identificação das espécies
• Aleatorização e sistematização das parcelas
• Acesso: estradas, relevo
• Intensidade amostral 2%?
• Erro amostral: 10% e 20%?
DEMANDA

• Aceitar IFs com


diretrizes técnicas e
estatística básica.
• IBGE 2012,
reconhecido
mundialmente.
• Intensidade
amostral: 2%
DEMANDA

• Amostragem aleatória
versus sistemática
• Limite de inclusão na
amostragem:
• 7cm Cerrado
• 10cm Amazônia
• Método de sorteio da
primeira unidade
amostral
Inventário Florestal Nacional - IFN
Visão geral do sistema de
amostragem do IFN (campo)
2 – Grade contempla pontos amostrais
sobre todos as tipologias florestais
1 –Grade nacional de pontos amostrais
(~20 x 20 km)

3 - Conglomerados são instalados em


cada ponto amostral
Medição dos indivíduos nas
subunidades
• PROCEDIMENTOS GERAIS
Limites de inclusão na amostragem

NÍVEL DIMENSÕES (m) ÁREA (m2) LIMITES DE INCLUSÃO BIOMA

I 0,4 x 0,6 0,24 Plantas herbáceas Todos

Regeneração natural
II 5x5 25 Todos
h ≥ 1,3 m e DAP < 5 cm
Regeneração natural
III 10 x 10 100 Todos
5 cm ≤ DAP < 10 cm
Árvores
IV 20 x 50 1.000 Todos
DAP ≥ 10 cm
Árvores
V 20 x 100 2.000 Amazônia
DAP ≥ 40 cm
II. Inventário Florestal
1. Atividade que visa
informar sobre os
recursos florestais
existentes em uma
determinada área.
II. Inventário Florestal
2. Ramo da ciência florestal
que visa avaliar as
variáveis qualitativas e
quantitativas da floresta
e suas inter-relações,
assim como dinâmicas de
crescimento e sucessão
florestal.
II. Inventário Florestal
3. Qualquer tipo de
levantamento
florestal, porém a
“marca registrada” de
um IF é a sua
representatividade
amostral e sua
validade estatística.
Definição de Floresta
• "floresta" qualquer vegetação que apresente
predominância de indivíduos lenhosos, onde as
copas das árvores se tocam formando um dossel.
– mata, mato, bosque, capoeira, selva...
• Para tratar de florestas no meio acadêmico,
científico e governamental, necessita-se de uma
definição mais técnica e objetiva, que possibilite
a estimativa de área de florestas do país e
também atendam a regulamentos e normas,
nacionais ou internacionais, que não podem
permitir dúvidas de interpretação.
"Floresta - área medindo mais de 0,5ha com árvores
maiores que 5m de altura e cobertura de copa
superior a 10%, ou árvores capazes de alcançar estes
parâmetros in situ. Isso não inclui terra que está
predominantemente sob uso agrícola ou urbano."
III. Tipos de inventários florestais
• Quanto ao detalhamento dos resultados
– Exploratórios/mapeamento
– De reconhecimento
– Detalhados
– IF 100%
• Abordagem da população no tempo
– Temporários
– Contínuos
IV. Teoria de amostragem
• Mensuração florestal
• Tamanho e forma de parcelas
• Representatividade amostral
• Validade estatística
– Média, variância, erro padrão e intervalo de
confiança
Mensuração da árvore
Diâmetro à Altura do Peito - DAP

• DAP: ±1,30m de altura


– Facilita o trabalho e o manuseio de instrumentos
de medida
– Diminui o risco de problemas ergonômicos ao
mensurador
– Padronização mundial da altura de tomada da
medida
– Diameter at breast height (DBH)
Instrumentos para medir o diâmetro
1. SUTA
2. Fita Métrica
𝐶𝐴𝑃
𝐷𝐴𝑃 =
𝜋

• Vantagens
• Baixo custo
• Fácil aquisição, manuseio e transporte no campo.
• Mede-se o perímetro: indicada para estudos de
dinâmica florestal

C𝐴𝑃 = 2. 𝜋. 𝑅aio; 𝐷 = 2. 𝑅𝑎𝑖𝑜 𝑅 → 𝐶𝐴𝑃 = 𝜋𝐷𝐴𝑃 𝑜𝑢


𝐷𝐴𝑃 = 𝐶𝐴𝑃/𝜋
Ponto de medição do DAP
Alturas - H
Instrumentos para medição de alturas
Inferência estatística
• A principal meta de uma análise estatística é
fazer inferência sobre uma população a partir
do exame de uma amostra desta população.
Teoria de amostragem

• Amostragem: ato ou processo de seleção e


escolha dos elementos de uma população para
constituir uma amostra
• Amostra: Subconjunto de uma população por
meio do qual se estabelecem ou estimam as
propriedades e características dessa
população.
Conceitos básicos
• População
– Conjunto de seres da mesma natureza,
que ocupam um determinado espaço em
um determinado tempo.
– Os indivíduos da população diferem com
respeito a uma característica típica ou
atributo, chamado variável.
Variáveis
Variáveis Tipo Exemplo
Gênero:que
• É uma característica macho ou fêmea
pode diferir de uma
Posição no dossel: emergente, dominante,
entidade biológica para outra
Nominal dominada
Qualitativa Qualidade do fuste: reto, ligeiramente torto,
forte tortuosidade, quebrado
Estágio de desenvolvimento: plântula,
Ordinal
arvoreta, árvore
Massa (g)
Densidade de fluxo de fótons (µmol.m-2.s-1)
Contínua
Quantitativa Altura, diâmetro, área basal, volume (m,
cm, m², m³)
Discreta Número de árvores
Conceitos básicos
• Unidade amostral
– Espaço físico sobre o qual são observadas e
anotadas as características quantitativas e
qualitativas da população.
– Área fixa: circulares, quadradas, retangulares,
faixas e pontos amostrais.
– Área variável: Prodan.
População
Mapeamento da área - população
Tamanho e forma de parcelas
TAMANHO

• A dimensão varia em função da estrutura da


vegetação
– O tamanho mínimo deve ser aquele que reflita a
estrutura da comunidade, contendo as variações
florísticas e estruturais da vegetação
• “maquete” da vegetação
– Não dever ser muito grande, dificultando a
repetição e orientação dentro da mesma, nem
muito pequena, que não abranja a variação
florística e estrutural da vegetação.
Tamanho e forma de parcelas
FORMATO

RETANGULARES: Maior efeito de borda, mais longa, capta


melhor os efeitos dos gradientes e facilita a orientação dos
trabalhos nas parcelas.
QUADRADAS: Maior área interna. Protegida do efeito de
borda.
CIRCULARES: Para uma mesma área engloba menor
perímetro.
𝐏𝐚𝐫𝐜𝐞𝐥𝐚𝐬 𝐪𝐮𝐚𝐝𝐫𝐚𝐝𝐚𝐬

600𝑚² = 24,49m
600m²
Cada lado = 24,49m
Perímetro = 4 * 24,49 = 97,97m
𝐏𝐚𝐫𝐜𝐞𝐥𝐚𝐬 𝐫𝐞𝐭𝐚𝐧𝐠𝐮𝐥𝐚𝐫𝐞𝐬

600m² 20m

30m

Área = 30m x 20m = 600m²


Perímetro = 30m + 20m + 30m + 20m = 100m
𝐏𝐚𝐫𝐜𝐞𝐥𝐚𝐬 𝐫𝐞𝐭𝐚𝐧𝐠𝐮𝐥𝐚𝐫𝐞𝐬
1m

600m²

600m

Área = 1m x 600m = 600m²


Perímetro = 600m + 600m + 1m + 1m = 1.202m
𝐏𝐚𝐫𝐜𝐞𝐥𝐚𝐬 𝐜𝐢𝐫𝐜𝐮𝐥𝐚𝐫𝐞𝐬

Área = π.r²

π.r² = 600m²
600m² r² = 600/π = 190,98m
𝑟 = 190,98 = 13,81m

Perímetro (p) = 2 πr
p = 2* π * 13,81m = 86,83m
PRINCÍPIOS BÁSICOS DE AMOSTRAGEM

REPETIÇÃO: usar mais de uma parcela para checar a


variabilidade entre elas;
CASUALIZAÇÃO: as parcelas devem ter a mesma chance de ser
posicionadas em qualquer ponto do universo amostral;
CONTROLE LOCAL: havendo ambientes distintos deve haver
estratificação para refletir a variabilidade e o consequente
esforço amostral.
Intensidade de Amostragem
• Como determinar a quantidade de unidades
amostrais a serem mensuradas?
– Variabilidade da população
– Erro de amostragem admitido
– Probabilidade de confiança
Fração de amostragem - f
Conceitos básicos
– É a razão entre o número de unidades da amostra
(n) e o número total de unidades da população (N)
– Pode ser expressa como a área amostrada (a) em
relação à área total (A)

n a
f  f 
N A
Fração de Amostragem

n
f 
N

1  f   0,98  população_ inf inita


1  f   0,98  população_ finita
População infinita

2 2
t s
n 2
x
E

E  LE * x 
LE  lim ite _ de _ erro _ de _ amostragem
População finita

2 2
Nt s
n x
NE  t s
2 2 2
x

E  LE * x 
LE  lim ite _ de _ erro _ de _ amostragem
População Finita versus População Infinita
Ao considerar o uso de fórmulas matemáticas para o cálculo da
suficiência amostral de um Inventário Florestal, atente-se ao fato de
que os inventários florestais, amostrais, geralmente envolvem o
conhecimento do tamanho da população inventariada. Isso implica
no uso de uma fórmula que considera a população finita, com
vantagens no tamanho da amostra em relação à população infinita.
Se você sabe o tamanho da sua floresta use sempre a fórmula da
população finita, não importando a fração amostral.

Por outro lado, se você está estudando um determinado número de


árvores de uma única espécie dentro de uma floresta, geralmente
você não conhece o tamanho desta população e, neste caso, use
sempre a fórmula do população infinita.

Essa diferença pode representar economia de recursos, tempo de


campo...
Classificação da Amostragem
• Segundo a periodicidade:
– Uma ocasião
– Múltiplas ocasiões – monitoramento da população
• Segundo a estrutura:
– Aleatória – todas as unidades amostrais têm a
mesma chance de serem amostradas.
– Sistemática – distribuição sistemática das
unidades amostrais na população
Amostragem Aleatória Simples
Características
• Requer que todas as combinações possíveis de
unidades amostrais da população tenham
igual chance de participar da amostra.
• A seleção de cada unidade amostral deve ser
livre de qualquer escolha e totalmente
independente da seleção das demais unidades
da amostra.
• Exige o uso de mapas ou imagens para
estabelecer a estrutura de amostragem.
Desvantagens
• É necessário planejar a listagem das unidades
amostrais para selecionar aleatoriamente as
parcelas ou os pontos amostrais;
• Dificuldade de localizar no campo a posição das
unidades amostrais dispersas na população;
• Tempo improdutivo gasto no deslocamento entre
as unidades da amostra;
• Possibilidade de distribuição irregular das
unidades amostrais, resultando em uma
amostragem irregular da população.
Amostragem sistemática
Características

• Processo probabilístico não aleatório – a


aleatorização ocorre apenas com a primeira
unidade amostral
• As unidades amostrais são selecionadas
através de um sistema rígido e pré-
estabelecido de sistematização, com o
propósito de cobrir toda a população
Localização das unidades amostrais
• Mais fácil do que a aleatória
– As unidades são distribuídas segundo a mesma
orientação
• Menor tempo gasto nos deslocamentos
– Menor custo
Vantagens
• Boa estimativa da média e total da População
devido à distribuição uniforme das unidades
amostrais em toda a População.
• Maior rapidez de execução e menor custo do
que a aleatória.
• Deslocamento mais fácil e rápido entre as
unidades amostrais
– Direção fixa e pré-estabelecida
Área florestal dividida em 26 faixas (N), das quais foram amostradas 5
faixas (n), com intervalo de amostragem (k) igual a 5 faixas.

1 2 3 4 5 6 7 8 9 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 2 2 2 2 2 2 2
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 0 1 2 3 4 5 6
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

11 12 13 14 15 16 17 18 19 20

21 22 23 24 25 26 27 28 29 30

31 32 33 34 35 36 37 38 39 40

41 42 43 44 45 46 47 48 49 50

51 52 53 54 55 56 57 58 59 60

61 62 63 64 65 66 67 68 69 70

71 72 73 74 75 76 77 78 79 80

81 82 83 84 85 86 87 88 89 90

91 92 93 94 95 96 97 98 99 100
Amostragem sistemática
em dois estágios
• As unidades amostrais são selecionadas em
duas etapas ou fases de amostragem
Amostragem Estratificada
Por que estratificar?
• Quanto maior a variabilidade de uma
população, maior a intensidade de
amostragem necessária para representá-la.
– Maior a variância da variável mensurada
• A amostragem estratificada é indicada quando
é possível dividir uma população heterogênea
em subpopulações ou estratos homogêneos
O que acontece com a estratificação?
• Reduz a variabilidade entre as unidades
amostrais, o que permite obter estimativas
mais precisas da média a uma intensidade de
amostragem menor.
– Custo menor
– Tempo menor
– Riscos menores
– Menor chance de erro...
Pré-requisitos para a estratificação
• Heterogeneidade
– Topografia
– Tipologia florestal
– Altura do dossel
– Idade
– Densidade (número de árvores)
– Volume
– Cobertura do solo
Procedimentos
• Delimitar o universo amostral
• Delimitar os diferentes estratos
• Realizar uma Amostragem Aleatória Simples ou
Sistemática em cada um dos estratos
• Calcular as médias e as variâncias por estrato
• Calcular as médias e variâncias ponderadas pela
área de cada estrato em relação à área total da
população
• Calcular a intensidade amostral, os erros
amostrais e os intervalos de confiança
Estratificação a posteriori ou pós-
estratificação
Para validar a estratificação: ANOVA
Fonte de G.L SQ QM Teste - F
variação .
Entre estratos L-1 SQe SQe/L-1 QMe/QMd
Dentro de n-L SQd SQd/n-L
estratos
total n-1 SQt SQt/n-1
L L nh
SQe   nh ( xh  xst ) 2 SQd   ( X ih  xh ) 2
h 1 h 1 i 1

L nh
SQt   ( X ih  xst ) 2
h 1 i 1
Parâmetros e Estimativas
• Principais parâmetros da população e suas
estimativas
– Média aritmética

X i
x i 1
n
Variância
• Determina o grau de dispersão da variável de
interesse em relação à sua média.
• Aumentar n diminui a variância.

(X 1  x) 2

S 
2 i 1
n 1
x
Desvio padrão

(X 1  x) 2

Sx  i 1
n 1
Variância da média
• Determina a precisão da média estimada
• Expressa a variância da população considerando
todas as possíveis médias em amostras de
tamanho (n) da população

2
S
S 2
x
x
n
Muito importante!
ERRO PADRÃO
• Expressa a precisão da média amostral na
forma linear e na mesma unidade de medida
• Indica a precisão da média amostral em
relação aos possíveis desvios padrões na
população de tamanho n.

2 Sx
Sx 
Sx
ou Sx 
n n
Coeficiente de Variação - CV
• É uma medida de variabilidade relativa que
permite comparar a variância de duas ou mais
populações ou variáveis.
• Relaciona o desvio padrão com a média e, em
geral, é expresso em percentagem.

Sx
CV 
x
Erro de amostragem - ε
• É a diferença entre a média estimada na
amostra e a média paramétrica da população
(desconhecida), ou seja:

  X x
X  x 
Erro de amostragem - E
• É devido ao processo de amostragem. Devido à
parte não amostrada da população.
• É estimado para um nível de probabilidade (1-α),
como segue: Erro padrão
Erro _ absoluto: Ea  t *S x

t *S x
Erro _ relativo : Er   *100
x
Intervalo de Confiança -IC
• Utiliza-se a distribuição t, que é simétrica em
relação à média.

X  x  = X  x  tsx
ts x  erro _ de _ amostragem _ absoluto

ICX  x  tsx   P

ICx  tsx  X  x  tsx   P


Total da população
• Paramétrico e estimado:

X  i 1 X i  NX Xˆ  Nx
N
Erros não-amostrais
• Causas:
– Negligência na marcação das unidades amostrais;
– Erros de medição causados pelo operador ou
instrumentos;
– Erros de registro das anotações;
– Erros de processamentos;
• Não existe fórmula matemática para calcular a
sua grandeza e a única forma de controlar é
estabelecer supervisão e conferência efetivas de
todas as fases do inventário.
Exemplo
• Determinar o volume de madeira de uma
floresta nativa de 50 hectares sobre latossolo
vermelho escuro.
Procedimentos
1. Definir o universo amostral
• 500 parcelas possíveis com 0,1ha cada.
2. Inventário Piloto
1. Sortear aleatoriamente 16 parcelas de 20m x 50m
2. Calcular as estimativas básicas para o cálculo da
intensidade de amostragem
1. Média e variância
3. Checar a intensidade de amostragem
1. Calcula-se o primeiro n
4. Ajustar a intensidade amostral com o novo valor de
t, mantendo-se as estimativas já calculadas para a
primeira aproximação de n (média e variância)
Volume (m³) por parcela

Árvores 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

1 1,01 0,57 1,24 0,71 1,37 0,65 0,59 1,32 0,73 0,62

2 0,93 1,16 0,98 1,12 1,36 0,82 1,08 1,17 0,63 0,97

3 1,00 1,27 1,39 1,27 0,87 0,66 0,66 1,07 0,70 1,17

4 0,69 1,09 0,69 0,85 0,60 1,29 0,72 1,23 1,39 1,12

5 0,61 0,97 1,12 0,79 0,75 0,56 0,58 1,00 1,24 1,17

6 0,81 0,83 0,72 1,00 1,40 1,38 0,83 1,19 0,81 1,19

7 1,30 0,62 0,88 1,40 0,87 1,39 0,95 1,37 1,06 1,35

8 1,28 1,10 0,73 0,85 1,13 0,67 1,40 0,94 0,73 0,87

9 1,02 1,15 1,19 1,37 1,39 0,89 1,32 0,59 0,92 1,26

10 0,78 1,26 1,22 1,14 0,86 1,04 0,96 0,64 1,09 1,31

11 0,61 1,36 1,10 0,65 1,41 1,26 0,69 1,00 0,86 1,01

12 0,66 0,61 0,92 0,62 0,92 1,11 0,84 0,84 0,96

13 1,25 0,80 1,05 0,91 0,94 0,58 1,32 0,87 0,87

14 1,36 1,08 0,69 1,09 1,03 0,82 1,05 0,82

15 1,36 1,19 1,41 1,08 0,64 0,63

16 0,72 0,64 0,92 1,07 1,01

Total 15,39 12,79 16,14 15,7 17,11 13,33 14,41 11,52 12,92 15,32
Fração de amostragem
10
𝑓= = 0,02
500

1 − 0,02 = 0,98 → 𝑎 𝑝𝑜𝑝𝑢𝑙𝑎çã𝑜 é 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑖𝑑𝑒𝑟𝑎𝑑𝑎 𝑖𝑛𝑓𝑖𝑛𝑖𝑡𝑎

1  f   0,98  população_ inf inita


1  f   0,98  população_ finita
Média
Variância

𝑛 2
𝑖=1𝑋𝑖 − 𝑥
𝑠𝑥2 =
𝑛−1
O valor de t-student com 9 graus de liberdade
(10-1) e 95% de probabilidade é:
𝑡(9;0,05) = 2,262
O valor de t-student com 9 graus de liberdade
(10-1) e 95% de probabilidade é:
𝑡(9;0,05) = 2,262
𝐸 = 0,1 × 14,08 = 1,408𝑚³

A intensidade amostral será dada por:

𝑡 2 𝑠𝑥2 2,2622 𝑥7,0481


𝑛= 2 = = 18,19 𝑝𝑎𝑟𝑐𝑒𝑙𝑎𝑠
𝐸 1,408²
o valor de t será ajustado para 𝑡(17;0,05) =2,11 com 17 graus de
liberdade e com os mesmo 95% de confiabilidade.

𝑡 2 𝑠𝑥2 2,112 × 7,0481


𝑛= 2 = 2
= 15,8 𝑝𝑎𝑟𝑐𝑒𝑙𝑎𝑠
𝐸 1,408

repete-se o cálculo de n considerando 𝑡(14;0,05) = 2,145 com 14


graus de liberdade e 95% de confiança.

𝑡 2 𝑠𝑥2 2,1452 × 7,0481


𝑛= 2 = 2
= 16,3 𝑝𝑎𝑟𝑐𝑒𝑙𝑎𝑠
𝐸 1,408
Parâmetros e Estimativas
• Principais parâmetros da população e suas
estimativas
– Média aritmética
n

X i
estimativa : x  i 1
n
Variância
• Determina o grau de dispersão da variável de
interesse em relação à sua média.
• Aumentar N ou n diminui a variância.
n

 1
( X  x ) 2

s x2  i 1
n 1
ERRO PADRÃO
• Expressa a precisão da média amostral na
forma linear e na mesma unidade de medida
• Indica a precisão da média amostral em
relação aos possíveis desvios padrões na
população de tamanho n.
Erro de amostragem - E
• Erro devido ao processo de amostragem. É
estimado para um nível de probabilidade (1-α),
como segue:
Intervalo de confiança para a média
E se considerarmos a população como
Finita?
Nt 2 s x2
n
NE  t s x
2 2 2

500 ∗ 2,2622 ∗ 7,0481


𝑛=
(500 ∗ 1,408²) + (2,2622 ∗ 7,0481)

= 17,55 𝑝𝑎𝑟𝑐𝑒𝑙𝑎𝑠
t(0,05;16) = 2,120

Nt 2 s x2
n
NE  t s x
2 2 2

500 ∗ 2,1202 ∗ 7,0481


𝑛=
(500 ∗ 1,408²) + (2,1202 ∗ 7,0481)

= 𝟏𝟓, 𝟒𝟖 𝒑𝒂𝒓𝒄𝒆𝒍𝒂𝒔
Fitossociologia e Diversidade
Fitossociologia
• É o estudo das comunidades vegetais
– Ocupa-se da definição e identificação dos
diferentes tipos de vegetação e comunidades
de plantas
• Estrutura
• Classificação
• Relações com o ambiente.
Parâmetros Fitossociológicos
• Freqüência: Probabilidade de encontrar uma
espécie em uma unidade de amostragem. Indica o
número de vezes que a espécie ocorre em um dado
número de amostras.
• Densidade: Número de indivíduos de uma dada
espécie por unidade de área.
• Dominância: Taxa de ocupação do ambiente pelos
indivíduos de uma espécie.
• Índice de Valor de Importância (IVI), revela a
posição sociológica de uma espécie na comunidade
analisada.
Densidade
• Densidade: número de indivíduos em uma unidade de
área (ha)
• Densidade Absoluta:
DA = n/área
• Densidade Relativa
(DR) = (n/N)*100
• É a relação entre o número de indivíduos de uma espécie
e o número de indivíduos de todas as espécies.

• n = número de indivíduos da espécie i.


• N = número total de indivíduos.
Frequência
• Freqüência: Indica a dispersão média de cada
espécie.
• Freqüência Absoluta: FA = pi/P*100
• É a relação entre o número de parcelas em que
determinada espécie ocorre (Pi) e o número total
de parcelas amostradas (P).
• Freqüência Relativa: FR = FAi/FA * 100
• Relação entre (FAi) com a soma das freqüências
absolutas de todas as espécies (FA).
Dominância
• Dominância: Área basal de uma espécie
• Dominância Absoluta: DoA = gi/área
• gi = (DAP2/4)
• Dominância Relativa: DoR = gi/G*100
• Área basal total de uma espécie pela área basal
total de todas as espécies amostradas (G).
• A projeção da área basal à superfície do solo.
Medida eficaz da biomassa.
IVI
• Índice de Valor de Importância (IVI):
• Reflete a importância ecológica das
espécies no local.
• A soma dos IVI’s de todas as espécies
consideradas em um levantamento é 300.
IVI = DR + FR + DoR

EXERCÍCIO NO EXCELL
Questões sobre diversidade de
espécies
• O que é diversidade?
• Quais os seus componentes?
• Para que serve?
• É quantificável?
• Como quantificar?
Conceitos
• Riqueza
– Número de espécies de plantas presentes em uma
determinada área
• Diversidade
– É relativa ao número de espécies e suas
abundâncias em uma comunidade ou habitat
Diversidade Alfa
• É relativa ao número de espécies e suas
abundâncias em uma área determinada ou
uma comunidade.

• Exemplo:
Diversidade de espécies em uma área restrita de
cerrado.
Diversidade Beta
• É a diversidade entre habitats.
• Também é chamada de diversidade de
habitats porque evidencia diferenças na
composição das espécies entre diferentes
áreas.
• Exemplo:
– Diversidade entre matas e cerrado e diversidade
entre áreas de floresta ao longo de um gradiente
de umidade.
Índice de diversidade de Shannon
𝑠

𝐻′ = − 𝑝𝑖 𝑙𝑛𝑝𝑖
𝑖=1

Onde
• s é o número de espécies
• pi é a proporção de indivíduos de cada espécie em relação ao
número total de indivíduos de todas as espécies, ou seja, a
densidade relativa de cada espécie
• ln é log base e.
Exemplo 1
Espécies Área 1 DR Area 2 DR
n % n %
Baru 5 25 1 5
Ipê 5 25 1 5

Pequi 5 25 1 5

Mangaba 5 25 17 85

TOTAL 20 100 20 100


Área 1 Área 2 Área 1 Área 2
n % n % H' H'
Baru 5 0,25 1 0,05 -0,35 -0,15
Ipê 5 0,25 1 0,05 -0,35 -0,15
Pequi 5 0,25 1 0,05 -0,35 -0,15
Mangaba 5 0,25 17 0,85 -0,35 -0,14
20 1 20 1 -1,39 -0,59

𝐻′ = − 0,25 ∗ ln 0,25 + 0,25 ∗ ln 0,25 + ⋯ + 0,25 ∗ ln 0,25 = 1,38

𝐻′ = − 0,05 ∗ ln 0,05 + 0,05 ∗ ln 0,05 + ⋯ + 0,85 ∗ ln 0,85 = 0,58


Diversidade máxima possível
(por área)

𝐻𝑚𝑎𝑥 = ln 𝑠

Equabilidade - J
𝐻′
𝐽=
𝐻𝑚𝑎𝑥
Diversidade máxima possível
(por área)

𝐻𝑚𝑎𝑥 = ln(4) = 1,38

Equabilidade - J
1,38 0,58
𝐽1 = =1 𝐽2 = = 0,42
1,38 1,38
Exercício

Espécies Área 1 Área 2


Baru 99 50
Ipê 1 50
Total 100 100

1. Qual área apresenta a maior riqueza florística?


2. Onde está a maior diversidade?
3. Qual a equabilidade em cada área?
Exercício

Espécies Área 1 Área 2


Baru 0 50
Ipê 5 50
Aroeira 95 0
Total 100 100

Qual área apresenta a maior riqueza florística?


Onde está a maior diversidade?
Qual a equabilidade em cada área?
Diversidade Beta
• Índices de Similaridade
Índice de Jaccard

𝒂
𝑺𝒋 =
𝒂+𝒃+𝒄

• Sj - coeficiente de similaridade
• a - número de espécies comuns em ambas as áreas
• b - número de espécies únicas da área 1
• c - número de espécies únicas da área 2
Índice de Srensen - Ss

𝟐𝒂
𝑺𝒔 =
𝟐𝒂 + 𝒃 + 𝒄

• Sj - coeficiente de similaridade
• a - número de espécies comuns em ambas as áreas
• b - número de espécies únicas da área 1
• c - número de espécies únicas da área 2
Exemplo 1
Espécies Área 1 Área 2
Baru 5 1
𝟐𝒂
Ipê 5 1 𝑺𝒔 =
𝟐𝒂 + 𝒃 + 𝒄

Pequi 5 1
𝟐∗𝟒
𝑺𝒔 = =𝟏
Mangaba 5 17 𝟐∗𝟒+𝟎+𝟎

TOTAL 20 20
Espécies Área 1 Área 2

Baru 5 0

Ipê 10 0

Pequi 5 0

Aroeira 0 10

Bálsamo 0 5

Gonçalo 0 5

Total 20 20
Coeficiente de Czekanowski

Espécies área 1 (X1) Área 2 (X2)


Pouteria torta 5 2
Byrsonima sericea 20 0
Salacia crassifolia 20 10
Inga edulis 5 30
Eugenia sp. 1 0
Enterolobium sp. 1 2
Ouratea hexasperma 2 5
total 54 49
Coeficiente de Czekanowski

Espécies área 1 (X1) Área 2 (X2)


Pouteria torta 5 2
Byrsonima sericea 20 0
Salacia crassifolia 20 10
Inga edulis 5 30
Eugenia sp. 1 0
Enterolobium sp. 1 2
Ouratea hexasperma 2 5
total 54 49
Suficiência Amostral para a
composição florística
Curva espécie-área
Sp. p1 P2 p3 p4 P5 P6 p7 p8 P9
Baru 2 3 0 2 1 0 0 2 2
Aroeira 0 0 3 9 2 0 0 3 4
Angico 5 2 2 8 0 0 2 0 5
Ipe 3 1 6 3 0 6 4 8 2
Cagaita 0 3 15 5 8 6 0 4 0
Jacarandá 0 0 0 0 0 1 1 1 0
Jacaré 0 0 3 8 4 0 5 0 0
Ingá 0 0 6 0 3 7 0 4 5
Copaíba 1 5 3 0 4 9 6 5 6
Jequitibá 0 3 8 0 0 0 0 5 1
mangaba 0 1 0 0 0 5 0 0 4
TOTAL 11 18 46 35 22 34 18 32 29
Softwares utilizados em Inventários Florestais:

MATA NATIVA® – www.matanativa.com.br/

Microsoft Excell® – www.microsoft.com

MVSP® – www.kovcomp.co.uk/mvsp/index.html

PAST® – http://folk.uio.no/ohammer/past/

PC-ORD®–
http://home.centurytel.net/~mjm/pcordwin.htm

O melhor software estatístico é aquele que você sabe utilizar!


Equipamentos e instrumentos de medição:

Haglof – http://www.haglofcg.com/

Elo Forte – www.eloforte.com.br

Forestry Suppliers – www.forestry-suppliers.com

Gardena Store – www.gardenastore.com.br


Sites para conferência de nomes científicos das
espécies:

• http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2012/
• www.ipni.org
• www.tropicos.org
• http://florabrasiliensis.cria.org.br/

Procure sempre o herbário da sua região!


Formação complementar
Curso OnLine de Inventário Florestal
• Turma :
– Inventário Florestal – ProFloresta
• Chave de acesso (autoinscrição):
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Fim
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Favor preencher a ficha de avaliação do curso e


pegar o certificado

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