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GUIA BÁSICO:

REGULARIZAÇÃO
FUNDIÁRIA POR
USUCAPIÃO
O que precisa saber para proceder com a
regularização do imóvel rural ou urbano.
ISENÇÃO DE RESPONSABILIDADE
Todas as informações contidas neste guia são provenientes das experiências do
corpo técnico da GNSS Engenharia em Regularização Fundiária ao longo de inúmeros
serviços prestados e soluções desenvolvidas.

Este guia foi gerado e lançado no dia 20/05/2019, portanto os prazos e


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SOBRE A GNSS ENGENHARIA
Somos uma Empresa criada em 2017 por Engenheiros Agrimensores e Cartógrafos
inconformados com a falta de protagonismo das empresas da área no Brasil.

A GNSS Engenharia se caracteriza pelas influências do empreendedorismo e a


constante busca pela inovação na área em que atua. Chegamos com a missão de
transformar a gestão e planejamento territorial através da aplicação de técnicas de
Engenharia.

Atuamos na área de Cadastro Territorial Urbano e Rural gerando soluções em


geotecnologia para Prefeituras Municipais, Órgãos públicos em geral e proprietários
de imóveis rurais e urbanos.

Contamos com a experiência de uma equipe técnica de Mestres e Doutores em


Engenharia, munidos dos melhores equipamentos tecnológicos do mercado. Esta
configuração faz com que a empresa ofereça a prestação de serviços com qualidade
inigualável e o melhor custo benefício possível.

A GNSS Engenharia visa tornar-se referência em Cadastro Territorial no Brasil em 3


anos.
O QUE É USUCAPIÃO?
Usucapião é um direito adquirido por certo cidadão quando há posse de um imóvel
ou móvel por determinado tempo, podendo ser aplicado desde que o referido imóvel
não seja público.

Observa-se que o modo de aquisição do imóvel está totalmente atrelado ao tempo e


alguns requisitos legais. Portanto listamos os principais requisitos para o usucapião
e abaixo as categorias de Usucapião de acordo com tempo e as legislações que as
regem.

PRINCIPAIS
REQUISITOS PARA O
USUCAPIÃO

• Posse com intenção de dono (animus


domini).

•Posse mansa e pacífica: Importante que


não haja nenhuma contestação do
proprietário legítimo na justiça da imóvel
a ser objeto do usucapião.

• Lapso Temporal: A posse deverá ser


contínua, sem interrupção: Cada espécie
de usucapião estabelece um prazo mínimo
de posse para aquisição do direito
à propriedade por usucapião.

• Função social da propriedade: o imóvel


precisa ser utilizado, necessitando ter uma
finalidade, por isso deve cumprir funções
de moradia, emprego, educação ou fins
comerciais.
PRINCIPAIS CATEGORIAS DE USUCAPIÃO:

USUCAPIÃO EXTRAORDINÁRIO – 15 ANOS


(ART. 1.238 DO CÓDIGO CIVIL)
Essa categoria corresponde aos casos de 15 anos de posse no Imóvel, não havendo
qualquer tipo de interrupção ou oposição; não sendo necessário justo título* para
conferir o direito de propriedade. Logo pode-se solicitar ao juiz que o declare por
sentença, servindo de título para realizar o registro no Cartório de Imóveis.

USUCAPIÃO EXTRAORDINÁRIA
HABITACIONAL - 10 ANOS (ART. 1.238,
ÚNICO DO CÓDIGO CIVIL)
Quando possuidor realiza construções no interior do imóvel para moradia ou efetua
serviços de caráter produtivo, o prazo para o Usucapião Extraordinário passa a
reduzir para 10 anos, se configurando como Usucapião Extraordinário Habitacional.

USUCAPIÃO ORDINÁRIA - 10 ANOS (ART.


1.242 E 1.379 DO CÓDIGO CIVIL)
Configura-se quando possuidor utiliza a área durante 10 anos de forma contínua, sem
que antigo proprietário ou qualquer outra pessoa venha a contestar. Necessário justo
título e boa-fé.
USUCAPIÃO ORDINÁRIA HABITACIONAL -
5 ANOS (ART. 1.242, ÚNICO DO CÓDIGO
CIVIL)
Se imóvel foi adquirido implicando em gastos, ou seja, de forma onerosa com base no
registro do respectivo cartório, cancelado posteriormente e que possuidor tenha
estabelecido sua moradia ou ter aplicado investimentos de interesse social e
econômico, o prazo para o Usucapião Ordinário passa a reduzir para 5 anos, se
ajustando em categoria como Usucapião Ordinário Habitacional.

USUCAPIÃO CONSTITUCIONAL RURAL - 5


ANOS (ART. 1.239 DO CÓDIGO CIVIL E
ART. 191 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL)
Específica para imóveis Rurais com áreas não superiores a 50 hectares. Esta categoria
é caracterizada também pela posse contínua e sem oposição durante o período de 5
anos, sendo o posseiro morador do imóvel e que o mesmo não seja proprietário de
utro imóvel (urbano ou rural).

USUCAPIÃO CONSTITUCIONAL URBANA -


5 ANOS (ART. 1.240 DO CÓDIGO CIVIL E
ART. 183 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL)
Específica para imóveis urbanos com áreas não superiores a 250 m². Esta categoria é
caracterizada também pela posse contínua e sem oposição durante o período de 5
anos, sendo o posseiro morador do imóvel e que o mesmo não seja proprietário de
outro imóvel (urbano ou rural).
ESPECIAL URBANA COLETIVA - 5 ANOS
(ART. 10, LEI 10.257/01 - ESTATUTO DA
CIDADE E ART. 79, LEI 13.465/2017 )
Específica para áreas urbanas, Os núcleos urbanos informais existentes sem oposição
há mais de 5 anos e cuja área total dividida pelo número de possuidores seja inferior a
250 m² por possuidor são suscetíveis de serem usucapidos coletivamente, desde que
os possuidores não sejam proprietários de outro imóvel urbano ou rural.

ESPECIAL FAMILIAR OU ESPECIAL


URBANA POR ABANDONO DO LAR -
2 ANOS (ART. 1.240-A, CÓDIGO CIVIL)
A posse necessita ser exclusiva, ininterruptamente, por 2 anos, imóvel urbano de até
250m². Ex-cônjuge ou ex-companheiro ter abandonado o lar, possuir a utilização para
moradia própria ou de sua família e não ser proprietário de outro imóvel.

RESUMO DAS ESPÉCIES DE USUCAPIÃO.


QUAIS DOCUMENTOS PRECISO?
QUEM PODE FAZER?
Para dar entrada em um processo desse nível é necessário procurar profissionais
qualificados e que estão rotineiramente envolvidos no mercado. Abaixo uma lista
completa que descreve cada documento necessário, juntamente com o profissional
capacitado e órgãos envolvidos:

1. Requerimento de Usucapião: Documento utilizado para obter um bem (deve ser


assinado e realizado por advogado);

2. Documentos Pessoais (requerente): CPF do Requerente, RG do Requerente, CPF


do cônjuge (se casado), RG do cônjuge (se casado), original ou cópia autenticada da
Certidão de Nascimento ou Casamento;

3. Procuração Outorgada: Documento formal e legal podendo ser realizada em


cartório e outorgado ao advogado;

4. Ata Notarial: Instrumento capaz de atestar o tempo de posse do requerente


relatando fielmente vários fatos que comprovem a existência, deve ser lavrada por
tabelião de notas;

5. Laudo Técnico para Usucapião: Deve apresentar planta do imóvel, memorial


descritivo do imóvel e documento de Responsabilidade Técnica emitida e
reconhecida junto ao Órgão de Classe do profissional legalmente habilitado para
executar o serviço. É sugerido que sejam adicionadas fotografias diversas da
propriedade para complemento do Laudo Técnico.

*********DICA DO ESPECIALISTA*********
"Em casos de IMÓVEIS RURAIS, sugere-se que o proprietário rural contrate
um profissional credenciado junto ao INCRA para realizar a construção do
Laudo Técnico para Usucapião. Nesse caso, os levantamentos do imóvel,
seguindo as Normas Técnicas para Georreferenciamento de Imóveis
Rurais/INCRA, poderão ser utilizados posteriormente para a certificação
(SIGEF) do imóvel rural que poderá ser solicitada pelo oficial de registro."
*********DICA DO ESPECIALISTA*********
"Em caso de imóvel Usucapiendo sem matricula, é necessário apresentar
Certidão para fins de usucapião, na qual o posseiro irá preencher um
requerimento padrão reconhecendo sua assinatura como verdadeira (na
presença de um tabelião).

6. Certidões negativadas (Cíveis e Criminais): Documento que confirma não haver


pendências financeiras ou processuais; pode ser emitido por qualquer órgão do
governo. Atualmente é prática a solicitação das Certidões Negativadas via
internet, através do site do Tribunal Regional Federal.
http://www.cjf.jus.br/cjf/certidao-negativa

7. Justo Título: Comprovante de uma relação negocial, com finalidade de


demonstrar origem, continuidade, natureza, tempo de posse e principalmente boa-
fé. O justo título pode ser valido em uma escritura de compra e venda, carta de
arrematação ou outro instrumento desde que este possua aparência de legítimo e
válido a ponto de induzir qualquer pessoa atenciosa a cometer um equívoco,
referente a real situação jurídica.

8. Certidões de Registro de Imóveis: Neste documento devem-se encontrar


informações do imóvel devendo ser apresentado mesmo que não tenha sido levado
ao Tabelião de Notas para lavratura da ata notarial; podem ser solicitadas
juntamente ao cartório. Em caso de imóvel Usucapiendo sem matricula, é
necessário apresentar Certidão para fins de usucapião, na qual o posseiro irá
preencher um requerimento padrão reconhecendo sua assinatura como verdadeira
(na presença de um tabelião).

9.Certidão de natureza urbana ou rural do imóvel: Certidão de Natureza Rural do


Imóvel, emitida pelo INCRA ou Prefeitura .

10.Declarações especiais: Este documento tem sua necessidade exclusivamente


para os casos de requisitos específicos como, por exemplo, o Usucapião
Constitucional rural. Alguns cartórios disponibilizam o modelo para esta
declaração, em caso de dúvidas consulte seu advogado.

11.Demais documentos: O advogado poderá apresentar outros documentos que


julgar necessário, objetivando o bom desempenho do processo de Usucapião.
USUCAPIÃO EXTRAJUDICIAL
Uma mudança muito importante que o novo Código de Processo Civil (NCPC) em 2015
e a edição da Lei nº 13.465 de 2017 proporcionou foi a possibilidade de realizar
usucapião juntamente ao cartório, que vem a ser a usucapião extrajudicial.

PARA QUE SERVE?


É possível adquirir o domínio da propriedade com toda segurança jurídica desse
processo de uma forma bem mais rápida.

Pode haver a redução de custos, pois não arcará com os custos judiciais, sendo
somente pago as taxas obrigatórias dos cartórios. Desse modo você pode se ver como
dono legal e regular do imóvel em menos tempo e com menores custos.

*********DICA DO ESPECIALISTA*********
Atenção: Está ocorrendo uma LENDA URBANA sobre o Usucapião EXTRAJUDICIAL.

O Usucapião Extrajudicial não é um novo usucapião, mas sim um novo procedimento


que o requerente pode utilizar, este que é realizado juntamente ao cartório, desta
maneira, o procedimento extrajudicial se adapta a qualquer espécie de usucapião já
existente.
COMO FUNCIONA? QUAIS DOCUMENTOS
NECESSÁRIOS?
O artigo 1.071 do NCPC sobre usucapião extrajudicial determina que o pedido pode
ser realizado no cartório de registro de imóveis da comarca em que está localizado o
bem, sendo necessário a presença de um advogado especialista para que venha
acompanhar o procedimento.

VOCÊ DEVERÁ APRESENTAR OS


SEGUINTES DOCUMENTOS:
› Ata notarial lavrada pelo tabelião, confirmando o tempo de posse do
requerente e dos antecessores, se houver;

› Planta e memorial descritivo assinada por profissional legalmente


habilitado, com prova de anotação de responsabilidade técnica;

› Certidões negativadas do imóvel;

› Documentos para provar o justo título, comprovando a boa-fé (veja no


item 7, nos documentos necessários para Usucapião, os documentos que
podem vim a ser considerados como justo título).

*********DICA DO ESPECIALISTA*********
Fique ligado pois o cartório intimará todos os vizinhos e o Estado para se manifestar sobre
seu pedido, verificando se existem fatos que impeçam a usucapião. Caso não se
manifestem ou concordem é dado seguimento onde o tabelião averbará a aquisição do
bem na matrícula ou será dado abertura a uma nova, finalizando o processo.
PROCEDIMENTOS DE ANUÊNCIA DOS
CONFRONTANTES.
A manifestação dos confrontantes é um procedimento importante no processo de
usucapião os confrontantes são na verdade os  vizinhos que possuem imóvel em volta
daquele que está sendo objeto de usucapião.

Esta anuência dos vizinhos poderá vir a ser feita por meio de um documento, a
Declaração de Confrontantes,  este documento com firma reconhecida pode evitar a
necessidade de comparecimento em audiência ou habilitação nos autos.

Caso haja ausência das anuências o cartório realizará a notificação dos confrontantes,
segue exemplo de fluxograma de notificação pelos Cartórios.

Caso os confrontantes  não manifestem consentimento, será considerado a sua inércia


como concordância.
*********DICA DO ESPECIALISTA*********
Durante os últimos anos, muitos cartórios foram privatizados, modificando também
muitos titulares de cartórios de notas e registros de todo o Brasil, como o procedimento
extrajudicial também foi normatizado nos últimos anos, torna-se necessário que o
requerente e seus pares conversem com os titulares dos cartórios para o entendimento das
duas partes sobre os novos procedimentos e a possibilidade e viabilidade de seu pedido.

LEGISLAÇÃO APLICADA.
• Artigo 216-A a Lei nº 6.015/1973
• Artigos 1.238 e seguintes, 1.243 e 1.207 do Código Civil Brasileiro
• Lei 13.465, de 11/07/2017
• Provimento 65, de 14/12/2017
• Verificar também os dispositivos pertinentes ao Código de Normas Extrajudicial de
seu Estado.

*********DICA DO ESPECIALISTA*********
Os cartorários precisam de todas as informações possíveis
do imóvel rural a ser objeto da usucapião. Com isso, o mesmo
poderá tomar a uma decisão rápida e efetiva. Recomenda-se
a contratação de profissionais que estejam atentos e
alinhados com todos os requisitos técnicos estabelecidos
pelo cartório de registro de imóveis da comarca do imóvel
rural, proporcionando agilidade ao processo.
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