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SOL 681 – GEOPROCESSAMENTO APLICADO A PEDOLOGIA

UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA


DEPARTAMENTO DE SOLOS

Bacias hidrográficas,
Atributos do terreno e
Interpoladores

Elpídio Inácio Fernandes Filho


Eliana de Souza
Maola Monique Faria

Viçosa- MG
Novembro – 2012
SOL681 – Geoprocessamento Aplicado a Pedologia

INDICE

1. Modelo digital de elevação e bacias hidrográficas ............................................................... 1

2. Download de imagem SRTM ................................................................................................. 2

3. Mosaico de imagens .............................................................................................................. 3

4. Recorte de imagem ............................................................................................................... 4

5. Conversão do sistema de coordenadas................................................................................. 6

6. Eliminação de erros sistemáticos da imagem SRTM ............................................................. 7

7. Obtenção de Modelo digital de elevação hidrologicamente consistente .......................... 12

8. Delimitação das bacias hidrográficas .................................................................................. 13

9. Extração do MDE ................................................................................................................. 17

10. Delimitação das sub-bacias ................................................................................................. 17

10.1. Obtenção da drenagem numérica ................................................................................. 19

10.2. Definição da ordem da drenagem ................................................................................. 20

10.3. Regionalizando a rede de drenagem ............................................................................. 22

11. Delimitando as sub-bacias segundo a ordem da drenagem ............................................... 24

12. Conversão da drenagem numérica para vetorial ................................................................ 25

13. Apresentação do mapa de drenagem ................................................................................. 26

13.1. Apresentação da drenagem baseada na ordem ........................................................... 26

13.2. Apresentação da drenagem baseada na ordem (escala grande) .................................. 28

13.3. Generalizando a drenagem – apresentação para toda a bacia ..................................... 29

14. Obtenção de índices morfométricos ................................................................................... 31

14.1. Convertendo a drenagem de raster para vetor ............................................................ 31

14.2. União de tabelas com base na localização espacial - Spatial join ................................. 32

14.3. Cálculo do comprimento da drenagem ......................................................................... 33

14.4. União de tabelas com base em atributos(Join) ............................................................. 36

14.5. Calcúlo de índices morfométricos ................................................................................. 38

Atributos do terreno ................................................................................................................... 42

15. Sombreamento do relevo ................................................................................................... 43

ii
SOL681 – Geoprocessamento Aplicado a Pedologia

16. Modelo digital de elevação ................................................................................................. 45

17. Declividade .......................................................................................................................... 48

18. Reclassificação de dados no formato raster ....................................................................... 51

19. Radiação solar ..................................................................................................................... 53

20. Curvas de nível .................................................................................................................... 55

21. Obtendo o mapa de curvatura ............................................................................................ 59

22. Aspecto (face de eXposição do relevo) ............................................................................... 62

23. Perfil topográfico ................................................................................................................. 65

24. Elaboração de layout ........................................................................................................... 68

Interpolação ................................................................................................................................ 72

25. Interpoladores ..................................................................................................................... 73

26. Interpolação de dados do IBGE ........................................................................................... 73

27. Orientação da hidrografia ................................................................................................... 74

28. TIPOS DE Interpoladores ..................................................................................................... 77

A. Topo to Raster ....................................................................................................................... 77

B. TIN – Triangular Irregular Network ....................................................................................... 78

29. Interpolação de dados do SRTM ......................................................................................... 82

30. Recorte de imagem raster com base em limite vetorial ..................................................... 82

31. Convertendo os valores do MDE do formato floating para inteiros ................................... 83

32. Convertendo os valores de altitude de um arquivo raster para o formato shapefile ........ 83

33. Interpoladores ..................................................................................................................... 85

A. IDW - Inverso do quadrado da distância ............................................................................... 85

B. KRIGING ................................................................................................................................. 86

C. Natural Neighbor ................................................................................................................... 89

D. Spline ..................................................................................................................................... 90

E. Spline with barries ................................................................................................................. 92

F. Topo to Raster ....................................................................................................................... 93

G. TIN (Triangular Irregular Network) ........................................................................................ 94

34. Avaliação visual dos modelos obtidos para a interpolação dos dados do IBGE ................. 95

iii
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35. Avaliação Visual dos Modelos obtidos para a interpolação dos dados do SRTM ............... 98

36. Avaliação quantitativa da exatidão dos modelos obtidos pelos interpoladores .............. 102

iv
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1. MODELO DIGITAL DE ELEVAÇÃO E BACIAS


HIDROGRÁFICAS

A prática modelo digital de elevação e bacias hidrográficas tem como objetivo gerar
um modelo digital de elevação e extrair deste: a drenagem numérica, bacias e sub-bacias,
índices morfométricos da bacia, densidade de drenagem e índice de circularidade.
Para tanto serão utilizadas imagens SRTM que após tratadas darão origem ao modelo
digital de elevação, do qual serão derivadas a rede de drenagem, bacias e sub-bacias
hidrográficas.
A bacia hidrográfica selecionada para realizar esta prática é a do Rio Doce localizada
nos Estados de Minas Gerais e Espírito Santo.
A base de dados utilizada é composta pela rede de drenagem mapeada pelo IBGE e
por imagens STRM correspondentes ao território da bacia em questão.
Os procedimentos executados são: aquisição de imagens SRTM, elaboração de
mosaico, eliminação de erros sistemáticos das imagens SRTM a saber: células sem dado e
depressões espúrias, delimitação de bacias hidrográficas, recorte de imagens raster,
obtenção de modelo digital de elevação hidrologicamente consistente, mapeamento da
drenagem numérica, hierarquia dos canais segundo a ordem de drenagem, delimitação de
bacias e sub-bacias, determinação de índices morfométricos de bacias hidrográficas e
elaboração de layouts.

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2. DOWNLOAD DE IMAGEM SRTM


Inicialmente, devemos baixar as imagens correspondentes à área de trabalho no site do
Grupo Americano em Pesquisa e Agricultura Internacional.
<http://srtm.csi.cgiar.org/SELECTION/inputCoord.asp>.

As imagens SRTM cobrem toda a área continental, cada imagem SRTM é definida por
uma quadrícula de cinco graus de latitude e cinco de longitude. A seleção e a aquisição das imagens
podem ser feitas a partir do valor das coordenadas geográficas da área de interesse (graus decimal
ou graus/minutos/segundo) ou por seleção de acordo com a posição. Para tanto se deve marcar a
opção de seleção em “SRTM Data Selection Options”.

Em alguns casos a área de interesse abrange mais de uma cena, como para a área da
Bacia do Rio Doce, que tem área abrangendo três cenas. As imagens serão adquiridas com base na
posição das quadrículas, a partir dos valores do eixo Y e X: A) 28-16, B) 28-17 e C) 29-16. Ao passar o
mouse sobre o mapa os valores de Y e X mudam.

Para realizar o download das imagens no formato TIFF, deve-se clicar no Box “Click here
Begin Search” (Figura 1).

Figura 1. Página para download. Em destaque as cartas selecionadas para download dos arquivos SRTM e link
para iniciar o mesmo.

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Após selecionar as imagens para download informações sobre cada uma das imagens
SRTM são apresentadas numa janela (Figura 2).

Figura 2. Apresentação das informações da imagem selecionada.

Faça o Download das imagens clicando em DATA Download (Ftp). Salve os documentos
compactados no diretório de trabalho que deve ser criado <C:\usuario\SOL681\bacias>. Em seguida
descompacte os arquivos.

3. MOSAICO DE IMAGENS
A área de estudo abrange três cenas, por isso é necessário fazer o mosaico das imagens
obtendo um único arquivo, facilitando, assim, os processamentos posteriores. Para isso inicie um
projeto novo no ArcGIS e adicione os arquivos descompactados das SRTM.

1. No Arctoolbox, selecione Data Management Tools  Raster  Raster dataset Mosaic


to New Raster,
2. No campo Input Rasters adicione as imagens SRTM,
3. No campo Output location selecione uma pasta para salvar o arquivo mosaico,
4. Em Raster dataset name with extension dê um nome para o arquivo que será gerado
(mosaico),
5. Em pixel type selecione 16_bit_signed,
6. Em Number of Bands coloque 1. Clique em OK (Figura 3).

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Figura 3. Configuração para gerar o masaico.

4. RECORTE DE IMAGEM
Esse mosaico ultrapassa os limites da bacia e pode ser reduzido de modo que haja um
processamento mais rápido nas etapas seguintes. O recorte da imagem será feito a partir da
conversão para um novo arquivo da cena da imagem apresentada na tela.
O corte necessita de conhecimento dos limites da área. Caso não seja possível
estabelecer os limites da área sem incorrer em erro opte por trabalhar com todo o mosaico.
Nesse estudo os limites da área de trabalho estão inseridos no retângulo apresentado
na Figura 4a. Clique em zoom in e faça um retângulo selecionando a área de modo que essa
seja apresentada na tela em sua extensão máxima (Figura 4b).

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A
B
Figura 4. Delimitação da área que onde se insere a bacia.

Após a seleção da área clique com o botão direito sobre o layer mosaico e selecione 
DataExport Data. Configure o arquivo de saída (Figura 5).

1. No campo extent selecione “data frame (current)” para criar um arquivo com a extensão
selecionada,
2. Em “name” dê o nome de saida (mosaico_RD),
3. Em “location” selecione o local onde o arquivo será salvo,
4. Em “Format”, selecione o formato como GRID,
5. Clique em save.

Figura 5. Tela da ferramenta “Export Data”, utilizada para exportar somente a parte de
interesse do mosaico em um novo arquivo.

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5. CONVERSÃO DO SISTEMA DE COORDENADAS


A área da bacia está contida em mais de um fuso UTM com sua maior parte no fuso 23. Neste
caso, sendo uma pequena parte da área contida em outro fuso, pode-se fazer uma extrapolação
projetando toda a área para o fuso 23 e datum SAD 69.

1. No ArcGis faça a conversão do sistema de coordenadas,


2. Abra o ArcTolbox, dê um duplo clique em Data Manegement Tools → Projections and
Transformations → Define Projection,
3. No campo Input Dataset or Feature Class selecione o arquivo de entrada (mosaico_RD). No
campo Coordinate System selecione o sistema Geographic Coordinate Systems→ South
America→ South American Datum 1969 (Figura 6)

Figura 6. Configuração do sistema de coordenadas do mosaico.

O sistema de coordenadas das imagens SRTM é o sistema geográfico, com coordenadas em


graus decimais e o Datum é o WGS84. No entanto, para extrair a drenagem e obter medidas de
comprimento de rios, áreas de bacia, bem como para derivar o mapa de declividade é preciso que o
modelo de elevação esteja em coordenadas métricas, desse modo devemos realizar a conversão do
sistema de coordenadas geográficas para o métrico. Faça a projeção do mosaico do sistema
Geográfico para o sistema UTM (Figura 7).

1. Em Data Management Tools → Projections and Transformations → Raster → Project raster


2. No campo Input raster selecione o arquivo mosaico_rd,
3. No campo Output raster Dataset selecione C:\usuario\SOL681\bacias\mosaico_RD e
mude-o para C:\usuario\SOL681\bacias\mosaico_WGS.

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4. No campo Output Coordinate System selecione o sistema de coordenadas de saída. Clique


em Select→Project Coordinate System→UTM→South American→WGS 1984→Southern
Hemisphere→ WGS 1984 UTM Zone 23S.prj
5. No campo Geographic Transformation (optional) selecione SAD_1969_To_WGS_1984_14.
6. No campo Output Cell Size defina como 90 o tamanho das células.

Figura 7. Configuração das opções para conversão do sistema de projeção.

6. ELIMINAÇÃO DE ERROS SISTEMÁTICOS DA


IMAGEM SRTM

A partir de agora vamos trabalhar com o arquivo em coordenadas métricas do sistema


UTM, o arquivo mosaico_WGS. Para isso, abra um novo projeto e adicione o arquivo mosaico_WGS,
dessa a forma a frame terá coordenadas métricas.
Observe que há valores negativos contidos no raster, os quais são caracterizados como
ruídos e ocorre por falhas no sistema de aquisição da mesma. Os ruídos geralmente estão localizados
em regiões próxima a espelhos d´água e/ou áreas de relevo montanhoso/escarpado. A correção de
tais erros é necessária para gerar o modelo digital de terreno hidrologicamente consistente. Para
eliminar os pixels com valor negativo vamos utilizar um filtro de preenchimento das células com
valores médio das células que estão num raio de alcance que comprende três células. Antes é
necessário configurar o diretório de saída. Desse modo todos os arquivos gerados serão gravados
nessa pasta.

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1. Vá em GEOPROCESSSING→ Environment → Workspace. Em Current Workspace e


em Scratch Workspace configure o diretórios de saída para
C:\usuario\SOL681\bacias (Figura 8).

Figura 8. Configuração do diretório de saída do Spatial Analyst.

Para eliminar os pixels com valor negativo:

1. Ative a barra de ferramenta Spatial Analyst. Abra o ArcToolbox dê um duplo


clique em Spatial Analyst Tools→ Map Algebra→ Raster Calculator. Clique em
raster calculator e utilize a fórmula abaixo. Essa fórmula faz com que todas as células
com valor negativo tornem-se nulas (no data).

SetNull("mosaico_wgs" <= 0,"mosaico_wgs")


Em que:
datanull é o nome do arquivo que será gerado;
[mosaico_wgs] <= 0 é a condição para anulidade e
[mosaico_wgs] é a condição para manter o resto dos dados originais.

Para evitar problemas na configuração da fórmula, caso esteja utilizando arquivos com
outro nome, copie e cole a fórmula na calculadora e substitua o nome do arquivo, bastando
selecionar o nome do arquivo na fórmula e no campo Layer dar um duplo clique no nome daquele

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que deve ser usado. No caso de preferir digitar o nome do arquivo, observe que é necessário usar
espaço entre os nomes e os sinais das operações (Figura 9).

Figura 9. Fórmula para transformação de pixels com valores negativos em NO DATA.

As células com valor NO DATA serão preenchidas com o valor da média dos valores das 3
células mais próximas, considerando um círculo com centro na célula a ser preenchida. Para tanto
abra novamente o Raster Calculator e adicione a seguinte fórmula (Figura 10):
preench01 = Con(IsNull("rastercalc"),
FocalStatistics(Raster(r"rastercalc"), NbrCircle(3,"CELL"), "MEAN",
""),"rastercalc")

Figura 10. Preenchimento das células com NO DATA.

Esse procedimento deve ser repetido enquanto existir células com valores NO DATA no
mapa. Para verificar a necessidade de repeti-lo faça uma análise visual na imagem, mudando a cor de

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apresentação dos valores nulos. Para tanto clique no nome da layer e selecione Properties. Na aba
Symbology e no campo “Display NoDaTa as” selecione a cor vermelho ou branco que apresentará
alto contraste entre os valores NO DATA e a imagem (Figura 11).

Figura 11. Seleção de cor para apresentação dos valores NO DATA.

Na Figura 12 é apresentada na cor branca a localização de valores NO DATA na imagem


SRTM antes dessa passar pelo primeiro preenchimento. Nesse caso serão repetidas as funções de
preenchimento até que todas as células em área de continente recebam valor de altitude.

Figura 12. Área na cor vermelha com células sem valor No Data.

Na segunda vez que realizar a operação, substitua o nome do arquivo gerado para
preench02 e na fórmula mude o nome do arquivo no qual será feito as operações, considerando o
último arquivo obtido pelo preenchimento, nesse caso o arquivo “preench 01” (Figura 13).

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Figura 13. Segundo preenchimento de células sem valor (No Data).

Na imagem utilizada nesse tutorial realizou o preenchimento três vezes, assim as


fórmulas foram as seguintes:
1. preench01 = Con(IsNull("rastercalc"),
FocalStatistics(Raster(r"rastercalc"),
NbrCircle(3,"CELL"), "MEAN", ""),"rastercalc")

2.  preench02 = Con(IsNull("rastercalc1"),
FocalStatistics(Raster(r"rastercalc1"),
NbrCircle(3,"CELL"), "MEAN", ""),"rastercalc1")

3.  preench03 = Con(IsNull("rastercalc2"),
FocalStatistics(Raster(r"rastercalc2"),
NbrCircle(3,"CELL"), "MEAN", ""),"rastercalc2")

Na Figura 14 são mostradas as imagens obtidas na evolução dos preenchimentos das


células com valor nulo. O último grid obtido, nesse caso o preench03, é aquele que será utilizado
para prosseguir os procedimentos para obtenção do modelo digital de elevação, a partir do qual
serão extraídas as informações morfométricas para as sub-bacias do Rio Doce.

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B
A

D
C
Figura 14. Imagens geradas a partir do processametno para eliminar áreas, na cor branca onde
células que apresentam-se sem valor (NoData). A) imagem setnull, B) primeiro pereechimento, C)
segundo preenchimento, D) terceiro preenchimento.

7. OBTENÇÃO DE MODELO DIGITAL DE ELEVAÇÃO


HIDROLOGICAMENTE CONSISTENTE

Uma vez eliminado os valores negativos do SRTM a etapa seguinte é a eliminação de


valores espúrios (errôneos), de modo que ao mapear a hidrografia, os cursos dágua sigam a direção
correta de escoamento, indo da célula de maior para a de menor valor de altitude. Para tanto vamos
utilizar o comando “Fill”.
1. No Arctoolbox, clique em Spacial Analyst Tools  Hidrology  Fill,
2. No campo “input surface raster” selecione o último raster preenchido (preenche03),
3. No campo Output surface raster dê o nome de saída srtm_fill,
4. Clique em OK (Figura 15).

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Figura 15. Preenchimento de células espúrias “Fill”.

O modelo obtido a partir do preenchimento das depressões espúrias pelo comando Fill,
é o modelo digital de elevação hidrologicamente consistente, a partir do qual serão derivados o
mapa da bacia e o das sub-bacias, bem como todos os demais mapas de atributos do terreno como
declividade, curvas de nível, radiação solar, curvatura dentre outros.

8. DELIMITAÇÃO DAS BACIAS HIDROGRÁFICAS

A delimitação de grandes bacias, como é o caso da Bacia do Rio Doce, é realizada a partir
do comando basin. As bacias são delimitadas com base na direção do escoamento (Flow Direction)
da rede de drenagem.
1. No Arctoolbox, clique em Spatial Analyst Tools  Hidrology  Flow direction,
2. No campo “input surface raster”, selecione o raster corrigido (srtm_fill),
3. No campo “output flow direction” selecione o nome de saída (FlowDir_srtm),
4. Clique em OK (Figura 16).

Figura 16. Obtenção do fluxo acumulado da drenagem.

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O mapa flow direction define para cada célula do grid a direção do escoamento com
base na altitude do mapa. A direção é definida considerando que a água pode seguir uma das oito
direções dada pelas células vizinhas em uma matriz 3 x 3. Assim o mapa com a direção corretamente
definida deve assumir uma das oito direções da matriz (Figura 17). Caso o modelo de elevação
apresente valores de altitude espúrios, não será possível obter o mapa de direção do escoamento.

Direção do escoamento da drenagem

Figura 17. Direção do escoamento da drenagem.

A partir da direção do escoamento vamos obter o mapa de bacias:


1. No Arctoolbox, clique em Spatial Analyst Tools  Hidrology  Basin,
2. No campo input flow direction selecione o raster com a direção da drenagem
“FlowDir_srtm”,
3. No campo Output raster dê o nome de saída “bacias_srtm”,
4. Clique em OK (Figuras 18).

Figura 18. Delimitação das bacias.

As bacias foram delimitadas considerando a direção do fluxo de água em cada segmento


da rede de drenagem ou à sua foz. Na área utilizada para delimitação das bacias, a Bacia do Rio Doce

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é a que apresenta maior limite (Figura 19). O mapa de bacias gerado está no formato raster e cada
cor de cinza na imagem representa uma bacia ou uma parte desta.

Figura 19. Delimitação das bacias hidrográficas.

O formato raster é muito prático para realizar processamentos de análise, porém, para a
apresentação em mapas (Layouts) é melhor utilizar o formato vetor. Vamos realizar a conversão do
formato matricial para vetorial obtendo um arquivo em formato shapefile.

1. No Arctoolbox Conversion Tools From raster Raster to Polygon


2. No campo input raster selecione “bacias_srtm”,
3. No campo field selecione value,
4. No campo output polygon features de o nome de saída “bacias.shp”
5. Clique em OK (Figura 20).

Figura 20. Conversão das bacias do formato matricial para vetorial.

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O formato vetor é mais fácil para realizar a seleção de feições e edições na tabela de
conteúdo. Vamos selecionar a feição correspondente à Bacia do Rio Doce e convertê-la para um
arquivo que irá conter apenas essa feição.
1. Use o ícone de seleção “select features by retangle” e clique em cima da feição
correspondente à Bacia do Rio Doce, a qual aparece no centro da imagem (Figura
21).

Figura 21. Select features by rectangle.

2. Clique com o botão direito no nome da layer “bacias.shp”  Data  Export Data,
3. Em output shapefile dê o nome de saída “bacia_rio_doce”,
4. Clique em OK (Figura 22).

Figura 22. Exportando a feição correspondente à bacia do Rio Doce.

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9. EXTRAÇÃO DO MDE

1. Clique em Spatial Analyst Tools  Extraction  Extract by Mask,

2. No campo Input raster selecione “srtm_fill”,


3. No campo Input raster or feature mask data selecione “bacia_rio_doce”,

4. No campo “Output raster” escolha o nome do arquivo de saída “mde_rd”,

5. Clique em OK (Figura 23).

Figura 23. Extract by mask.

10. DELIMITAÇÃO DAS SUB-BACIAS


A delimitação das sub-bacias será feita utilizando o comando Watershed. Para tanto é
necessário obter o mapa de fluxo de escoamento acumulado “flow Accumulation” para mapear a
rede de drenagem definida por células de maior fluxo de água.
1. Clique em Spatial Analyst Tools  Hidrology  flow direction,
2. No campo Input Flow direction selecione “mde_rd”,
3. No campo “Output direction raster” escolha o nome do arquivo de saída
“flowdir_rd”,
4. Clique em OK (Figura 24).

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Figura 24. Derivando o mapa de direção de escoamento.

5. Clique em Spatial Analyst Tools  Hidrology  flow Accumulation,


6. No campo Input Flow direction selecione “flowDir_rd”,
7. No campo “Output accumulation raster” escolha o nome do arquivo de saída
“flowacc_rd”,
8. Clique em OK (Figura 25).

Figura 25. Derivando o mapa de fluxo de escoamento.

No mapa de fluxo de escoamento gerado observe que as células com maior acúmulo de
água estão ao longo do canal de drenagem. A partir desse mapa vamos definir qual o número de
células que contribuem para formar a hidrografia e então salvar um arquivo que contenha apenas as
células que formam a drenagem, ou seja, extrair do mapa de fluxo de drenagem o mapa de
hidrografia.

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10.1. OBTENÇÃO DA DRENAGEM NUMÉRICA

A definição da linha de drenagem é feita por tentativas até se obter um número de


células que forme a drenagem mais próxima do real. O processo deve ser feito utilizando um mapa
que contenha a rede de drenagem já mapeada para a comparação. Para a rede de drenagem da
Bacia do Rio Doce, o mapa utilizado para comparação foi composto por um mosaico de cartas
planialtimétricas elaboradas pelo IBGE, nas escalas de 1:50.000 e 1:100.000. Esse mapa
“hidro_rio_doce_ibge” se encontra no diretório c:\usuario\sol681\bacias.
A visualização da drenagem pode ser feita a partir da classificação do mapa “flow
acumulation” em duas classes onde os valores variam do mínimo até um valor aleatoriamente
escolhido como o máximo de células contribuintes para cada classe de drenagem, e o restante dos
valores atribuídos a outra classe. Em seguida pode-se comparar a drenagem real com a numérica a
partir da sobreposição das duas classes definidas anteriormente e apresentadas em cores
contrastantes como azul e vermelho.
A rede de drenagem numérica deve possuir o menor número de artefatos possível, os quais
são falsos canais de drenagem. Portanto, foram realizados testes com diferentes números de células
e feito a comparação com a drenagem mapeada pelo IBGE.

1. Na barra de ferramentas “Spatial Analyst” vá em Map Algebra clique em Raster


Calculator, e entre com a equação:

Dren10 = Con("FlowAcc_rd" >= 10,1)

Em que “dren10” é o nome do arquivo a ser gerado, cuja drenagem é composta por
células que recebem a contribuição de mais do que 10 células. E “con” é a condição para seleção de
células que acumulam o fluxo vindo de mais de 10 células. Repita o mesmo procedimento para 20,
30, 40, 50 e 60 células de contribuição.
Na Figura 26 é apresentada a rede de drenagem formada com 10, 20, 30, 40, 50 e 60
células de contribuição, aquela com 50 células de contribuição foi tida como a mais representativa
para a área (Figura 26-E).

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A B

C D

E F

Figura 26. Comparação entre a drenagem real mapeada pelo IBGE em azul, e, a drenagem numérica com
diferente número de células de contribuição em cor vermelha: A)10, B)20, C)30, D)40, E)50, F) 60.

10.2. DEFINIÇÃO DA ORDEM DA DRENAGEM


Uma característica das bacias hidrográficas comumente utilizadas para análise é a
ordem de drenagem da bacia. Esta ordem é obtida a partir da hierarquização dos canais sendo
importante, também, para generalizar a rede de drenagem para fins de apresentação em mapas que
não exijam muito detalhe (pequena escala).
A obtenção da ordem da drenagem é feita como se segue:
1. No Arc Toolbox clique em Spatial Analyst Tools  Hidrology Stream order,
2. No campo Input stream raster selecione a layer “dren50”,
3. No campo Input flow direction selecione a layer “flowDir_rd” ,
4. No campo Output raster dê o nome de saída “dren_orden”,

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5. No campo Method of stream ordering selecione “Strahler”,


6. Clique em OK (Figura 27).

Figura 27. Obtenção da ordem da drenagem.

A ordem da drenagem sempre inicia com o valor um (1), atribuído ao primeiro canal que
forma o curso d’água a montante da bacia. A maior ordem é atribuída ao canal que recebe maior
fluxo de água, situado mais a jusante da bacia (Figura 28).

Figura 28. Mapa de ordem da bacia.

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10.3. REGIONALIZANDO A REDE DE DRENAGEM


O mapa de ordem da drenagem foi gerado com todos os canais de drenagem agrupados em
uma mesma classe sem, contudo, ser possível fazer a seleção de um segmento individual. No
entanto, para delimitar as bacias com base em determinada ordem é preciso fazer a individualização
dos canais, já que a delimitação da bacia não é baseada em uma única ordem, mas em um conjunto
de ordens que compõem diferentes bacias no espaço geográfico da área de trabalho. A
regionalização da drenagem é feita utilizando-se o comando region group.

1. No Arc Toolbox clique em Spatial Analyst Tools Generalization Region group


2. No campo Input raster utilize a layer “dren_orden”,
3. No campo “number of neighbors” utilize “eight”,
4. No campo “Zone grouping method” use “within” ,
5. No campo Output raster dê o nome de saída “dren_region”,
6. Clique em OK (Figura 29).

Figura 29. Regionalização da rede de drenagem.

Na tabela de atributos da layer “dren_region” é criado um campo com o nome “Link”,


no qual a ordem da drenagem aparece individualizada para cada canal de drenagem (Figura 30).
Nesse campo o valor é sempre iniciado com o número 1 (um) que está ligado a canais de primeira
ordem e o valor máximo definido pela ordem superior da bacia.

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Figura 30. Tabela de atributos do mapa de drenagem mostrando o campo LINK, o qual contém os valores de
hierarquia dos canais.

Para delimitarmos as sub-bacias devemos selecionar no campo Link a ordem de


drenagem para a qual se quer delimitar as bacias. A seleção deve ser feita para ordem de valor igual
ou maior a ordem que se desejada delimitar. Nessa prática o exemplo será feito para delimitação de
bacias de ordem seis.
1. Clique com o botão direito do nome na layer “dren_region”  “open attribute
table”.
2. Na tabela de atributo clique em options select by atributes.
3. Como exemplo selecione todas as ordens igual ou maior do que seis (Figura 31).

Figura 31. Seleção da ordem da drenagem para delimitação das sub-bacias.

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11. DELIMITANDO AS SUB-BACIAS SEGUNDO A ORDEM DA


DRENAGEM
Para cada mapa de sub-bacias que se queira criar deve-se fazer a seleção da ordem
da bacia antes de realizar o processamento da delimitação da mesma. A partir da seleção
feita para canais de ordem maior do que seis (6) será feita a delimitação das bacias com base
nessa ordem. No caso de querer delimitar bacias maiores ou menores deve-se realizar uma
nova seleção. Bacias maiores são definidas por ordens maiores do que aquela que se deseja
mapear, e, vice e versa.

1. No Arc Toolbox clique em Spatial Analyst Tools  Hidrology  Watershed,


2. No campo Input flow direction selecione a layer “flowDir_rd” ,
3. No campo Input raster or feature pour point data selecione “dren_region” com a
seleção feita anteriormente de canais de ordem igual ou maior que seis (6),
4. No campo pour point field selecione value,
5. No campo Output raster nomeie o arquivo de saída “bacias_ordem6”,
6. Clique em OK (Figura 32).

Figura 32. Delimitação das sub- bacias segundo a ordem.

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Na Figura 33 são apresentadas bacias com diferentes ordens de drenagem.

A B

C D

Figura 33. Mapas de sub-bacias de ordem de drenagem igual ou maior que: A)5ª ordem, B)6ª ordem, C)7ª
ordem e D)8ª ordem.

12. CONVERSÃO DA DRENAGEM NUMÉRICA PARA VETORIAL


As redes de drenagem no formato raster serão convertidas para o formato vetorial
(linhas) para que, de forma mais fácil, possamos elaborar o mapa com a drenagem da bacia do Rio
Doce, bem como calcular algumas características morfométricas da bacia como, por exemplo, a
densidade de drenagem e o fator de forma.

1. No Arc Toobox clique em Spatial Analyst Tools  Hidrology  Stream to feature,


2. No campo input stream raster selecione o arquivo de ordem da drenagem
“dren_orden”,
3. No campo input flow direction entre com “flowDir_rd” ,
4. No campo output polyline feature dê o nome de saída “drenagem_rd,

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5. Clique em OK (Figura 34).

Figura 34. Conversão da drenagem do formato raster para vetor.

13. APRESENTAÇÃO DO MAPA DE DRENAGEM


A partir dos valores da ordem da drenagem, os quais variam de um a nove, podemos
apresentar o mapa de drenagem com todos os canais ou de forma generalizada, com os canais
principais. Para apresentar a drenagem para toda a bacia pode-se excluir as de menor ordem. Já a
apresentação para uma região da bacia pode ser feita utilizando o mapa completo como mostrado a
seguir.

13.1. APRESENTAÇÃO DA DRENAGEM BASEADA NA ORDEM


Essa forma de apresentação é apropriada para uma pequena área do mapa em grande
escala, pois estará apresentando todos os canais de drenagem.
1. Clique com o botão direito no nome da layer drenagem_rd properties
“symbology”,
2. No quadro show clique em “Categories”,
3. No campo Value Field “GRID_CODE”,
4. Clique em Add All values,
5. Pressione a tecla “ctrl” selecione com o mouse os símbolos das ordens 1, 2, 3, e 4
clique com o botão direito do mouse e selecione Group values, em seguida faça o
mesmo para as ordens 5 e 6, e depois para as ordens 7, 8 e 9,
6. Clique sobre cada um dos símbolos dos três grupos de drenagem e escolha a
espessura da linha e a cor do rio (sugestão: espessura 1 para o 1º grupo; 1,6 para o
2º e 2,5 para o 3º grupo),
7. Clique em OK (Figura 35),
8. Faça a apresentação do mapa de drenagem (Figura 36).

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Figura 35. Apresentação da drenagem por agrupamento de classes.

Figura 36. Mapa com recorte da rede de drenagem da bacia do Rio Doce baseado na ordem.

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13.2. APRESENTAÇÃO DA DRENAGEM BASEADA NA ORDEM


(ESCALA GRANDE)

1. Clique com o botão direito no nome da layer “drenagem_rd” properties 


“symbology”,
2. No quadro show clique em “quantities”  “graduated symbols”,
3. No quadro “fields” no campo value selecione “grid_code”,
 Após o passo anterior caso seja mostrada a mensagem da Figura 37, clique
em OK,
 Clique em classify Sampling  aumente o número de registro  OK
(Figura 38),

Figura 37. Mensagem de solicitação de alteração do número máximo de registros apresentado no mapa.

Figura 38. Alteração do número de apresentação de registros no mapa.

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4. No quadro “classification” no campo classe digite o número três (3),


5. Em “Template” selecione a cor azul para representar a drenagem,
6. Clique em OK (Figura 39).
7. Apresente o mapa de drenagem em um layout.

Figura 39. Alteração do número de classes de apresentação de registros no mapa.

13.3. GENERALIZANDO A DRENAGEM – APRESENTAÇÃO PARA


TODA A BACIA
Para a visualização dos principais cursos d’água na bacia, vamos eliminar os canais
menores e agrupar alguns de tamanho médio como se segue:

1. Clique com o botão direito no nome da layer drenagem_rd properties 


“symbology”,
2. No quadro show: clique em “Categories”,
3. No campo Value Field selecione “GRID CODE”
4. Clique em Add All values,
5. Pressione a tecla “ctrl” selecione com o mouse os símbolos das ordens 1, 2, 3, 4 e 5
clique com o botão direito do mouse e seleciona Remove Value(s),
6. Pressione a tecla “ctrl” selecione com o mouse os símbolos das ordens 7 e 8, clique
com o botão direito do mouse e selecione Group Values,

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7. Clique sobre cada linha de símbolos dos três grupos de drenagem e escolha a
espessura da linha e a cor do rio (sugestão: espessura 1 para o 1º grupo; 1,6 para o
2º e 2,5 para o 3º grupo).
8. Deixe desativado o box <all other values>
9. Clique em OK (Figura 40),

Figura 40. Alteração do número de apresentação de registros no mapa.

10. Apresente o mapa em um layout (Figura 41).

Figura 41. Mapa de drenagem da bacia do Rio Doce com base nos canais de 4ª ordem ou maior.

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Outra forma seria a conversão da drenagem para outro arquivo eliminando os canais de
ordem inferior a seis (6). Para tanto, na tabela de atributo da layer “drenagem_rd” faça uma seleção
por atributo para ordem maior ou igual a seis (Figura 42).

Figura 42. Fazendo uma seleção para criar um novo arquivo de drenagem.

Converta a seleção para um novo arquivo gerando um mapa de rios de ordem maior do
que seis. Clique com o botão direito no nome da layer Data  Export Data  dê o nome
“drenagem_rd_ordem6”.
O novo arquivo gerado é menor, com menos de cinco mil campos tornando mais rápido
os processamentos seguintes bem como o desenho do mapa na tela torna-se mais rápido. A
apresentação do mapa pode ser feita para toda a bacia utilizando um dos dois métodos mostrados
anteriormente, com base na categoria, ordem, ou baseado no valor da categoria dos canais.

14. OBTENÇÃO DE ÍNDICES MORFOMÉTRICOS


Para o cálculo das características morfométricas da bacia utiliza-se a rede de drenagem
com todos os canais. Para tanto se deve converter a layer “bacias_ordem6” do formato raster para o
formato vetor. A densidade de drenagem será calculada para as bacias geradas com ordem de
drenagem de valor maior ou igual a seis.

14.1. CONVERTENDO A DRENAGEM DE RASTER PARA VETOR

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1. No Arc Toobox clique em Convertion Tools  From raster  Raster to Polygon,


2. No campo Input raster entre com “bacias_ordem6”,
3. Em Output polygon features dê o nome de saída “bacias_ordem6_rd”,
4. Clique em OK (Figura 43).

Figura 43. Fazendo conversão das bacias de ordem 6 do formato raster para o formato vetor.

14.2. UNIÃO DE TABELAS COM BASE NA LOCALIZAÇÃO


ESPACIAL - SPATIAL JOIN

Para o cálculo da densidade de drenagem precisamos obter em uma mesma tabela a


soma do comprimento total dos rios de cada bacia. Para tanto, devemos realizar procedimentos de
união espacial de atributos das tabelas de hidrografia e das bacias.

1. No Arc Toobox clique em  Analysis Tools  OverlaySpatial Join,


2. No campo Target Features entre com o arquivo de drenagem no formato vetor
“drenagem_rd_ordem6”,
3. No Campo Join Features entre com “bacias_ordem6_rd”,
4. Em Output Feature class dê o nome de saída “spatial_join_dren_bacia_rd”,
5. Clique em OK (Figura 44).

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Figura 44. Realizando a união espacial entre atributos da drenagem e da bacia.

O arquivo de drenagem obtido após a união espacial possui na tabela de atributos, um


campo com o identificador de cada bacia. Então podemos calcular o comprimento da drenagem em
km, e em seguida, pedir para fazer a soma da drenagem por bacia. A tabela resultante desse
procedimento será unida a tabela de atributo das bacias, para então fazermos a divisão do
comprimento total de cursos d’água por área da bacia.

14.3. CÁLCULO DO COMPRIMENTO DA DRENAGEM

1. Clique com o botão direito do nome da layer “spatial_join_dren_bacia_rd” Open


attribute table  Options  Add Field  Dê nome ao campo (compriment) e
selecione o tipo Double com precisão de 12 dígitos (Figura 45).

Figura 45. Adicionando campo numérico à tabela de atributos.

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Depois de criado o campo, calcule o comprimento da drenagem em km. Clique com o


botão direito do mouse sobre o nome do campo (compriment)  “calculate geometry”. Clique em
Yes na mensagem da Figura 46.

Figura 46. Mensagem de alerta durante a edição da tabela, dizendo que o procedimento não poderá ser
desfeito.

O campo “property” automaticamente mostrará a opção de cálculo do comprimento


(Lenght). Em unidades selecione “km” e clique em OK (Figura 47).

Figura 47. Cálculo do comprimento dos canais da drenagem.

Para obter o somatório da drenagem por bacia na tabela de atributos da layer


“spatial_join_dren_bacia_rd”, clique com o botão direito sobre o nome do campo “ID”, que é o
identificador das bacias e vá até Summarize.
6. No campo 1 select a fild irá aparecer o nome “ID”,
7. No Campo 2 choose one or more summary selecione para “compriment” a opção
“Sum”,
8. No campo 3 selecione o diretório de saída e dê nome ao arquivo (soma_rios_bacia).
 Clique em OK (Figura 48).

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Figura 48. Configuração da opção de somatório da drenagem para cada bacia.

Ao final do processamento será perguntado se deseja adicionar a tabela no Arc Map,


Clique em sim (Figura 49).

Figura 49. Mensagem de adição de tabela no ArcMap.

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A tabela poderá ser visualizada na barra de conteúdo “Source” (Figura 50)

Figura 50. Tabela de conteúdos para acesso dos arquivos de tabela.

Clicando com o botão direito sobre o nome da layer  open attribut table  observe
que na tabela o campo “ID” contém o identificador de cada bacia, e, o campo “Sum Compriment”
com a soma dos rios de cada bacia (Figura 51).

Figura 51. Tabela de conteúdos mostrando o o comprimento total da rede de


drenagem de cada bacia.

14.4. UNIÃO DE TABELAS COM BASE EM ATRIBUTOS(JOIN)


A união dos conteúdos das tabelas da layer de rios e de bacia será feita utilizando o
comando (Join), o qual faz a união de tabelas tendo como referência um campo comum em ambas as
tabelas.

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1. Na tabela de conteúdo clique com o botão direito do mouse sobre o nome da layer
“bacias_ordem6_RD”  em seguida em Joins and Relates Join
2. No campo “1. Choose the Field in this layer that the join will be based on:” e
selecione “ID”,
3. No Campo “2. Choose the table to join tho this layer, or load the table from disk”,
selecione “soma_rios_bacia_rd”,
4. Clique em OK (Figura 52).

Figura 52. União de atributos das tabelas da drenagem e sub-bacias.

Após a aplicação do comando Join, observe na tabela de atributos da layer


“bacias_orden6_RD” os valores de comprimento da drenagem para cada bacia. Para obter o índice
de circularidade e a densidade de drenagem devem-se inserir na tabela quatro campos numéricos
com os nomes: área, perímetro, densidade de drenagem e índice de circularidade (Figura 53).

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Figura 53. Tabela de atributos do mapa de bacias mostrando os valores de: área, densidade
de drenagem, índice de circularidade, perímetro e soma do comprimento dos canais de
drenagem por bacia.

14.5. CALCÚLO DE ÍNDICES MORFOMÉTRICOS

Iremos calcular alguns índices morfométricos para as sub-bacias de ordem 6 da bacia do


Rio Doce. Para calculá-los utilize a calculadora Field Calculator (figura 54) da tabela de atributos do
shapefile “bacias_ordem6_RD”.
A densidade de drenagem é determinada com base na equação:

Onde: Dd é a densidade de drenagem (km/km2), Lt comprimento total de todos os canais


de drenagem (km) e A área de drenagem (km2).

O índice de circularidade é obtido a partir da seguinte equação:

Onde: IC é o índice de circularidade, A área de drenagem (m2) e P o perímetro (m).

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Figura 54. Calculando a densidade de drenagem.

Após o cálculo da área, alguns polígonos podem apresentar erro no cálculo. Para
eliminá-los devemos utilize a ferramenta “eliminate”.

1. Abra a tabela de atributos da layer “bacias_ordem6_rd” e selecione os arquivos


“<Null>”.
2. No Arc Toobox clique em  Data Management Tools 
Generalizationeliminate,
3. No campo Input layer entre com o arquivo bacias_ordem6_rd,
4. No Campo Output Feature Class dê um nome de saída para o arquivo
“bacias_ordem6_eli” (Figura 55).

Figura 55. Eliminando pequenas áreas.

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A partir dos valores da tabela pode se apresentar em mapa o índice de circularidade (Figura
56) e a densidade de drenagem (Figura 57).

Figura 56. Mapa de índice de circularidade das bacias de ordem seis.

Figura 57. Mapa de densidade de drenagem das bacias de ordem seis.

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Atributos do terreno

Viçosa- MG
Setembro – 2012

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ATRIBUTOS DO TERRENO

Essa prática tem como objetivo obter mapas de atributos do terreno derivados de um modelo digital
de elevação para a área da Bacia Hidrográfica do Rio Doce localizada nos Estados de Minas Gerais e
Espírito Santo, bem como, a elaboração de layout de mapa para auxilio em trabalho de levantamento
de solos.

Defina o diretório de trabalho criando a seguinte estrutura de pastas


<C:\usuario\SOL681\atrib_terreno>. Copie para o diretório os seguintes mapas obtidos na prática
de bacias hidrográficas: limite da bacia do Rio Doce “bacia_rio_doce”, mapa de hidrografia com rios
de ordem igual ou maior do que cinco “drenagem_rio_doce_ordem6”, e, o modelo digital de
elevação “mde_rd”. Copie também a pasta base cartográfica, a qual contém mapas de hidrografia,
estrada, sede e limite municipal, os quais serão usados na elaboração do layout.

Iremos nessa prática obter mapas derivados do MDE: sombreamento do relevo, curvas de nível,
radiação solar, declividade, face de exposição da vertente, curvatura e perfil topográfico. Ao final
serão os mapas configurados serão apresentados em layouts.

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15. SOMBREAMENTO DO RELEVO


O mapa de sombreamento ressalta as características de textura e de formas do relevo permitindo
identificar áreas homogêneas, onduladas, com falhas, com escarpas, dentre outras.

Na análise visual do terreno essas características são de grande importância para a interpretação
pedogeomorfológica diferenciando solos com diferentes fases de relevo. Outro emprego do mapa de
sombreamento ocorre em conjunto com mapas temáticos, o que permite uma visualização mais
próxima do real, com a apresentação em três dimensões dos temas com a forma do relevo.

O mapa de sombreamento “hillshade” apresenta em três dimensões a superfície do terreno. Nele


observamos características da rugosidade do relevo.

1. No Arc Toolbox → Spatial Analyst Tools → surface → Hillshade,


2. No campo Input raster entre com “mde_rd”,
3. No campo Output raster dê o nome de saída “hillshade_rd”,
4. Clique em Ok (Figura 58).

Figura 58. Configuração para derivar o modelo de sombreamento do relevo (HillShade).

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3
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Figura 59. Sombreamento do relevo “hillshade” nas áreas: 1)área escarpada com hidrografia e curvas de nível,
2)área com pontos montanhosos e escarpados, 3) área com diferentes padrões de hidrografia sob relevo
homogêneo e ravinado.

O mapa de relevo “hillshade” será apresentado em conjunto com os demais mapas temáticos
derivados do MDE sendo estes sobrepostos ao modelo de sombras com uma transparência de 30 %.

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Assim, além do tema principal apresentado no mapa, serão mostradas as características do relevo
podendo fazer associações dos temas com o relevo.

16. MODELO DIGITAL DE ELEVAÇÃO

Para configurar a apresentação do modelo digital de elevação clique com o botão direito do mouse
sobre o nome da layer “mde_rd” e na janela de properties configure como se segue:

1. Na aba simbology defina cinco classes de altitude, e, no campo “Classify”, na aba Method
escolha intervalos regulares “Quantile” (Figura 60),

2. Configure os valores das classes definidas anteriormente redefinindo os números com final
zero. A redefinição é feita de forma manual digitando os valores no campo Break values. O
método mudará de Quantile para Manual. Esse procedimento permite diferenciar os
intervalos de altitude de forma rápida (Figura 61),

3. No campo “Color Ramp” escolha a paleta de cor “Elevation#1”, própria para a apresentação
dos dados de altitude. Nessa paleta a cor branca que aparece representando as áreas de
maior altitude deve ser trocada pela cinza, pois o branco sugere ausência de dado (Figura
62).

Figura 60. Configurando o número de classes no MDE pelo método Quantile.

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Figura 61. Configurando o número de classes no MDE pelo método Manual.

Figura 62. Seleção da paleta de cor para o MDE.

4. Na aba Display, no campo Transparency defina 30% de transparência no mapa (Figura 63).
Desse modo na apresentação do mapa de elevação o relevo será evidenciado. O mapa de
sombreamento do relevo (hillshade) será obtido no tópico seguinte.

5. Elaborar o layout do modelo digital de elevação com a sobreposição da rede hidrográfica


(Figura 64).

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Figura 63. Configuração da transparência no MDE.

Figura 64. Sombreamento do relevo hillshade.

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17. DECLIVIDADE

O mapa de declividade pode ser gerado em grau ou percentagem. Para gerar o mapa de declividade
em percentagem as coordenadas do mapa devem estar em unidades métricas (UTM).
Gerar o mapa de declividade conforme apresentado a seguir:

1. No Arc Toolbox → Spatial Analyst Tools → surface → Slope,


2. No campo Input raster entre com “mde_rd”,
3. No campo Output raster dê o nome “Slope_rd_perc”,
4. No campo Output measurement selecione“PERCENT_RISE”,
5. Clique em OK (Figura 65).

Figura 65. Configuração para derivar o mapa de declividade.

Para a interpretação de classes de solo, comumente utiliza o mapa de declividade em percentagem,


classificado em seis classes de relevo conforme proposto pela EMBRAPA. Para tanto, na aba
simbology no campo Classes defina seis classes, e, em Classify defina os intervalos no campo break
values (Figura 66). Use a paleta de cor Slope no campo Color Ramp (Figura 67). Na aba display
determine uma transparência de 30% (Figura 68) e apresente mapa de declividade sobre o modelo
hillshade em um layout (Figura 69).

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Figura 66. Configuração dos valores das classes de declividade.

Figura 67. Configuração da paleta de cor para o mapa de declividade.

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Figura 68. Definindo transparência para apresentação do mapa de declividade.

Figura 69. Mapa de declividade.

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18. RECLASSIFICAÇÃO DE DADOS NO FORMATO


RASTER
A informação apresentada no mapa de declividade assim como no modelo digital de elevação é de
caráter numérico. Nesses mapas cada célula do mapa possui um valor, o que torna a apresentação
discreta dos valores confusa para o rápido entendimento. Para melhor visualizar os dados faz-se a
apresentação do mapa em classes de intervalo de valores agrupados que podem ser reclassificados
como se segue:

1. No Arc Toolbox → Spatial Analyst Tools → Reclass → Reclassify ,


2. No campo Input raster entre com “Slope_rd_perc”,
3. Em reclassification automaticamente será atribuído um valor para cada classe do mapa,
4. No campo Output raster dê o nome “slope_classe”,
5. Clique em OK (Figura 70).

Figura 70. Reclassificando as classes de declividade.

O mapa reclassificado terá sempre um total de seis classes, não sendo, portanto necessário definir os
intervalos das classes todas as vezes que o mapa for adicionado no programa. Assim, a legenda pode
ser apresentada utilizando o modo unique Values, que atribui uma simbologia para cada classe
(Figura 71). No campo Count da tabela de atributos estão armazenados o número de células de cada

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classe (Figura 72), bastando multiplicar esse número pela área da célula (8100 m2) para obter a área
total de ocorrência de cada classe de declividade.

Figura 71. Classes de declividade do terreno.

Figura 72. Tabela de atributos do mapa de declividade.

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19. RADIAÇÃO SOLAR


A radiação solar pode ser quantificada como radiação direta, radiação difusa, duração da radiação e
radiação global. A última pode ser para o intervalo de um dia, um mês ou um ano.
1. No Arc Toolbox → Spatial Analyst Tools → Solar radiation→ Area Solar radiation,
2. No campo Input raster entre com “mde_rd”,
3. No campo Output global solar radiation dê o nome de saída “rad_solar_rd”,
4. No campo Latitude dê um valor de latitude da área (-19),
5. No campo Time configuration selecione whole year with monthly interval,
6. Clique em OK (Figura 73).

Figura 73. Configuração para derivar o mapa de radiação solar global.

No mapa de radiação global anual gerado, cada célula apresenta valor em Watt hora por metro
quadrado ano (Wh/m2 ano). Os valores de radiação nessa unidade apresentam valores altos para
serem interpretados numa visualização rápida. Portanto sugerimos realizar a divisão dos valores por
106. Para tanto, utilize a calculadora de mapas disponível na barra de ferramentas Spatial Analyst
com a seguinte formula "rad_solar_rd” / 1000000” (Figura 74).

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Figura 74. Dividindo os valores radiação solar de Wh/m2 para MWh/m2.

A apresentação do mapa pode ser feita pelo modo classified dividindo os valores em classes de
acordo com a intensidade da radiação área, pode também utilizar o modo Stretched (Figura 75), o
qual utiliza uma gradação de cor variando conforme a intensidade o valor radiação.

Figura 75. Configuração da apresentação do mapa de radiação solar.

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Figura 76. Mapa de radiação solar global em MWh/m2 ano.

20. CURVAS DE NÍVEL


As curvas de nível derivadas do MDE devem ter eqüidistância baseada na escala dos dados utilizados
para a elaboração do MDE. É comum definir a eqüidistância das curvas como sendo a metade da
célula da resolução do grid. Assim para MDE obtido de imagens SRTM, cuja resolução é de
aproximadamente 90 metros, as curvas foram derivadas com 50 metros de eqüidistância.
O tempo gasto para derivar as curvas para a área de toda a bacia do Rio Doce foi de
aproximadamente 15 horas. Portanto, deve-se planejar o processamento deixando o programa em
execução no período da noite, por exemplo, ou quando o computador não estiver em uso, já que o
processamento consome grande parte da memória do mesmo. Para derivar as curvas faça como se
segue:

1. No Arc Toolbox → Spatial Analyst Tools → surface → Contour,


2. No campo Input raster entre com “mde_rd”,
3. No campo Output polyline features dê o nome de saída “curvas_rd”,

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4. No campo Contour interval digite o valor 50 (50 metros de eqüidistâncias das curvas),
5. Clique em OK (Figura 77).

Figura 77. Configuração para derivar do MDE o mapa de curvas de nível.

Na tabela de atributos da layer curvas de nível no campo CONTOUR é armazenado os valores das
cotas de altitude (Figura 78). A apresentação das curvas é normalmente feita na cor sépia (marrom-
cinza) que é definido conforme o sistema “RGB” e “HSV” com os valores do Quadro 1.

Quadro 1. Sistema de cor para curva de nível

Sistema Valor do matiz

RGB (112, 66, 20)


HSV (30°, 82%, 4%)

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Figura 78. Tabela de conteúdo das curvas de nível.

A cor das curvas é definida clicando sobre o nome da layer curva de nível →properties → na aba
simbology →campo Symbol→clique sobre a linha de símbolo da curva de nível e em seguida no
campo options →Color →more colors →na janela color selector digite os valores da cor no sistema
RGB ou CSV (Figura 79).

Figura 79. Configuração da cor das curvas de nível.

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A apresentação do mapa de curvas de níveis pode ser feita colocando os valores de altitude nas
curvas como um label em algumas linhas. Na janela layer properties na aba label selecione o campo
CONTOUR, o qual contém os valores curva e em seguida clique sobre a curva que se deseja rotular.
Marque o box do campo Label feature in this layer para que os labels sejam colocados sobre as
curvas automaticamente. Neste caso os nomes (labels) serão dispostos aleatoriamente sem a
sobreposição dos mesmos. A cor e tamanho da letra podem ser também configurados nesta janela
(Figura 80).

Figura 80. Configurando os labels - tipo e tamanho de letra das curvas de níveis.

Figura 81. Mapa de curvas de nível.

Os valores das curvas colocados de forma automática pode não contemplar todas as posições
desejadas, assim, para colocar um único label em uma dada curva de nível selecione o menu label na
barra de ferramentas de desenhos Draw (Figura 82) e clique sobre a curva.

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Label

Figura 82. Barra de ferramenta de desenho – seleção do menu para inserir label.

Na janela Label Tool Options pode selecionar a opção Place label at position clicked para que o label
seja posicionado no local definido, do contrário ele seria colocado na posição que o programa julgar
mais adequada. A opção Use properties set for the feature layer define o uso da configuração de
cor, tamanho e tipo de letra, etc, previamente definido na aba label da janela de propriedades da
layer (Figura 83).

Figura 83. Configurando opções para o posicionamento manual do label no mapa.

21. OBTENDO O MAPA DE CURVATURA


O mapa de curvatura gerado foi reclassificado em duas classes. Os valores negativos até o valor zero
foram considerados como áreas côncavas e os valores positivos como áreas convexas.

 No Arc Toolbox → Spatial Analyst Tools → surface → Curvature,


 No campo Input raster entre com “mde_rd”,
 No campo Output raster dê o nome de saída “curvatura_rd”,
 Clique em Ok (Figura 84).

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Figura 84. Configuração para derivar o mapa de curvatura.

O mapa de curvatura pode ser classificado em três classes, quais sejam: áreas côncavas, convexas e
planas. Uma primeira aproximação de divisão dos valores entre as classes mencionadas pode ser
obtida com a classificação em três classes pelo método “Quantile”. Em seguida ajustam-se os valores
tendo como orientação o mapa de curvas de nível e hidrografia, sobrepostos ao mapa de curvatura.
Outra sugestão é classificar o mapa em duas classes (Figura 85) com valores até zero sendo áreas
planas e côncavas e valores maiores do que zero sendo áreas convexas (Figura 86). Nesse caso as
áreas planas devem ser subtraídas desse mapa a partir do mapeamento das mesmas com base em
outro método de classificação do relevo. Defina o sombreamento no mapa (Figura 87) e faça a
apresentação do mesmo (Figura 88).

Figura 85. Configuração do número de classes do mapa de curvatura.

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Figura 86. Configuração do intervalo de valores das classes de curvatura.

Figura 87. Configuração sombreamento.

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Figura 88. Recorte do mapa de curvatura da bacia do Rio Doce.

22. ASPECTO (FACE DE EXPOSIÇÃO DO RELEVO)


1. No Arc Toolbox → Spatial Analyst Tools → surface → Aspect,
2. No campo Input raster entre com “mde_rd”,
3. No campo Output raster dê o nome de saída “Aspect_rd”,
4. Clique em Ok (Figura 89).

Figura 89. Derivando do MDE o mapa de aspecto.

O mapa gerado apresenta dez (10) classes, compreendendo todas as posições cardeais,
quais sejam: norte, nordeste, leste, sudeste, sul e sudoeste com 45 graus de ângulo cada uma. A
classe norte aparece com duas classes de 292,5 a 337,5 e de 0 a 22,5 graus, portanto será feito uma

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reclassificação do mapa agrupando essas duas classes, de modo que todas as classes tenha valor
idêntico de 45 graus.

1. No Arc Toolbox → Spatial Analyst Tools → Reclass → Reclassify ,


2. No campo Input raster entre com “aspect_rd”,
3. Em Classify defina os intervalos no campo break values (Figura 90).
4. Em reclassification automaticamente será atribuído um valor de 1 a 10 para cada classe do
mapa, os quais deverão ser trocados para os novos valores apresentados no Quadro 2,
5. No campo Output raster dê o nome do mapa que será gerado “aspect_class” ,
6. Clique em Ok (Figura 91).

Figura 90. Configuração dos valores das classes de declividade.

Quadro 2. Classes de face de exposição-relevo (aspecto)


Posição Ângulo Valor ângulo Posição ID -classe ID - reclassificação
Flat -1 Plano 1 0
Norte 45 0-45 Norte 2 1
Nordeste 45 45-90 Leste 3 2
Noroeste 45 90-135 Leste 4 2
Sudeste 45 135-180 Sul 5 3
Sul 45 180-225 Sul 6 3
Sudoeste 45 225-270 Oeste 7 4
Oeste 45 270-315 Oeste 8 4
Noroeste 45 315-360 Norte 9 1

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Figura 91. Reclassificação do mapa de face de exposição.

O mapa gerado conterá cinco classes: 0-plano, 1-norte, 2-leste, 3-sul e 4-oeste. A apresentação do
mapa pode ser feita utilizando a opção Unique Values com a paleta de cor Aspect (Figura 92).

Figura 92. Configuração das cores e nome das classes do mapa de face de exposição.

Na aba display defina a transparência de 30% e faça a apresentação do mapa (Figura 93)

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Figura 93. Mapa de radiação solar bacia do rio Doce.

23. PERFIL TOPOGRÁFICO


O perfil topográfico é obtido a partir de um segmento de linha definido sobre o modelo digital de
elevação.
A barra de ferramenta 3D Analyst deve esta ativada com a layer do modelo digital de elevação
ativado (Figura 94).
Create Line of Sight Interpolate Point

Interpolate Line Create Profile Graph

Figura 94. Menus para criação do perfil topográfico - Barra de ferramenta 3D Analyst.

Para desenhar o segmento de linha do qual pretende apresentar o perfil topográfico clique no ícone
interpolate line, em seguida desenhe o segmento e ao final dê dois cliques com o botão esquerdo do

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mouse para fechar o segmento. Em seguida clique no ícone Create Profile Graph para ser
desenhado o perfil (Figura 95).
O gráfico do perfil gerado pode ser configurado e convertido para uma figura. Para mudar o título e
as unidades clique com o botão direito do mouse e selecione properties. Para salvar clique com o
botão direito e selecione export.

Figura 95. Perfil topográfico definido por um segmento de linha curva.

Em Title dê o nome do gráfico (Perfil topográfico do Médio Rio Doce). Em Footer (pé de página)
escreva as unidades do eixo x e y (Altitude (m) /Distância (m)). Outros elementos do gráfico podem
ser configurados nos demais campo da janela configuração e na aba Series (Figura 96).

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Figura 96. Configurando elementos do gráfico “perfil topográfico”.

Figura 97. Exportando o gráfico do perfil topográfico para formato de figura.

O perfil pode ser construído para uma reta determinada por dois pontos definidos sobre o MDE.
Utilize o ícone Interpolate Point para definir a posição dos pontos sobre a imagem. Em seguida
clique no menu Create Line of Sight e ligue os dois pontos. A definição do início e final do perfil e
feito com o primeiro clique no ponto inicial e o outro no ponto final do segmento. Para visualizar o
gráfico do perfil clique em Create Profile Graph. Esta opção de construção de perfil o segmento não
pode ser curvo, apenas linhas retas são construídas (Figura 98).

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Figura 98. Perfil topográfico definido por um segmento de reta.

24. ELABORAÇÃO DE LAYOUT


A escala de impressão de um mapa limita-se ao maior tamanho do papel da impressora disponível.
No Departamento de Solos comumente imprime-se na ploter um tamanho máximo definido pela
dimensão A0 (84,1 x 118,88 cm - formato retrato), embora a capacidade da mesma seja de
aproximadamente dois metros e meio na horizontal e de tamanho indeterminado na vertical.
Nessa prática para uma boa visualização dos elementos cartográficos os mapas serão elaborados
para impressão em papel Ao, e, em escala de 1:100.000. Com essa configuração a Bacia do Rio Doce
precisa ser segmentada em três quadrículas, conforme mostrado na Figura 99.

Figura 99. Divisão da Bacia do Rio Doce em quadrículas para apresentação da área contida no Estado de minas
Gerais em escala de 1:100.000.

Configure os elementos cartográficos para apresentação dos mapas de declividade e modelo digital
de elevação em escala de 1:100.000 (Figuras 100 e 101) para as áreas 1, 2 e 3 definidas na Figura 99.
Utilize os shapefiles disponíveis no diretório <c:usuario\sol681\atrib_terreno\basecartografica> para
a construção dos mapas. Defina tamanho de letras e símbolos conforme apresentado na Figura 100.

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Figura 100. Mapa de declividade das quadrículas da parte mineira da Bacia do Rio Doce.

Figura 101. Modelo digital de elevação das quadrículas da parte mineira da Bacia do Rio Doce.

Figura 102. Configuração dos elementos cartográficos do mapa de Modelo Digital de Elevação das quadrículas
da parte mineira da Bacia do Rio Doce.

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D
Figura 103. Sombreamento do relevo “hillshade” sob os mapas temáticos: A) curvas de nível, B) declividade, C)
radiação solar e D) Aspecto.

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Interpoladores

Viçosa- MG
Setembro – 2012

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INTERPOLAÇÃO
Interpolar significa, de maneira geral, determinar valores desconhecidos ou não amostrados
de um atributo dentro de um intervalo de valores conhecidos ou amostrados. Para tanto, a
interpolação está diretamente relacionada à estatística clássica e espacial, descrevendo medidas
como média, desvio padrão e variância, assim como identificando, no conjunto de dados, a
localização dos valores máximos e mínimos prováveis.
A interpolação pode ser dividida em duas partes: na primeira reconhece quais pontos podem
ser considerados vizinhos confiáveis e na segunda definem-se os métodos que calcularão os valores
desconhecidos. A escolha de um modelo apropriado, expresso por uma função matemática, é
essencial para se obter resultados razoáveis. Estas funções estatísticas podem ser utilizadas para
modelar superfícies, gerando, por exemplo, modelos digitais de elevação, que em ambiente de SIG,
derivam modelos cartográficos com relativa precisão, a depender do interpolador e da escala e/ ou
resolução da base de dados utilizada.
O software ArcGis 10 disponibiliza diferentes algoritmos de interpolação, assim, essa prática
tem como objetivo avaliar a exatidão de modelos digitais de elevação obtidos pelo mapeamento
topográfico do IBGE e pelas imagens obtidas pelo radar SRTM, assim como realizar uma avaliação
dos modelos obtidos pelos interpoladores.
A área selecionada para estudo corresponde ao município de viçosa, sendo utilizado o limite
do município para a interpolação com os dados do IBGE e por um retângulo de 4.444 km2, o qual
abrange o município.
A base de dados compreende os mapas de curvas de nível, hidrografia e limite do município
para a interpolação dos dados do IBGE e o modelo digital de elevação obtido de imagens SRTM e
limite retangular para a interpolação dos dados do SRTM. Para a avaliação dos modelos interpolados
serão utilizados pontos de altitude e mapa de curva de nível e mapas de hidrografia do IBGE.
Os procedimentos empregados serão: conversão de valores de altitude de arquivo raster
para formato ponto, interpolação de dados pontuais, avaliação qualitativa e quantitativa dos
resultados da interpolação e elaboração de layouts.
Nesta prática será executada a interpolação utilizando dados do IBGE e dados obtidos pelo
radar SRTM. O diretório de trabalho será <c:\usuario\sol681\interpoladores\IBGE_vicosa> para o
processamento da interpolação com dados do IBGE e
<c:\usuario\sol681\interpolacao\SRTM_vicosa> para o processamento da interpolação com os
dados do SRTM.

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25. INTERPOLADORES
O ArcGis 10 possibilita em sua interface o uso de vários interpoladores quais sejam: IDW,
Kriging, Natural Neighbor, Spline, Spline with barriers, Top to Raster, Top to Raster by File, Trend e
TIN. A escolha do interpolador mais adequado depende dos objetivos do trabalho, sendo que testes
de exatidão dos dados interpolados devem ser feitos, sendo amplamente discutidos na literatura.
Todos os interpoladores, com exceção do TIN podem ser executados a partir do ArcTool Box
→Spatial Analyst Tools → Interpolation (Figura 104). Já o TIN pode ser acessado pela barra de tarefa
3D Analyst (Figura 105).

Figura 104. Caminho para executar os interpoladores disponíveis no ArcToolbox.

Figura 105. Caminho para executar o interpolador TIN.

26. INTERPOLAÇÃO DE DADOS DO IBGE

Abra um projeto do ArcGis e adicione as seguintes shapefiles disponivéis no diretório


<c:\usuario\sol681\interpolacao\IBGE_vicosa>:
 Curvas de nível – Desta layer o interpolador extrai a informação altimétrica,
 Limite territorial do município de Viçosa MG – delimita a área para a qual se quer interpolar
os dados (Figura 106).

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 Hidrografia – Este é um arquivo crítico já que necessita estar com a direção do escoamento
orientado para que seja possível fazer a interpolação construindo modelo hidrologicamente
consistente.

Figura 106. Limite da área definida para interpolar o MDE gerado com dados do IBGE.

27. ORIENTAÇÃO DA HIDROGRAFIA


Para orientar a rede de drenagem mude a simbologia da linha clicando com o botão direito do
mouse sobre o símbolo abaixo da layer de hidrografia “hidro_orientada_vicosa”. Na janela Symbol
Selector selecione a simbologia de linha com seta para o final da direção “Arrow at end” (Figura
107).

Figura 107. Seleção da linha para com seta para no final para verificar a orientação da hidrografia.

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A simbologia de linha com seta apontando para o final da linha mostra o sentido da
drenagem indo da nascente em direção à foz. Dessa forma os segmentos de menor ordem se
direcionam para os segmentos de maior ordem e o fluxo total no ponto de menor elevação do
terreno. Na figura (Figura 108) são mostrados alguns canais de drenagem com o sentido do
escoamento invertidos.
A verificação da orientação de cada segmento é feita visualmente. Devendo ser feito uma

varredura na imagem utilizando as ferramentas de ZOOM e para mover a ferramenta “Pan”


para mover. Para melhor identificar o sentido do escoamento utilize um modelo digital de elevação
sob a drenagem e observe que os canais seguem o sentido de maior para menor altitude.

Figura 108. Rede hidrográfica mostrando a orientação da drenagem destacando alguns pontos com a
orientação incorreta.

A mudança na orientação da drenagem é feita colocando a layer de hidrografia


“hidro_orientada_vicosa” em edição. Para tanto ative a barra de ferramenta Editor. Nesta barra
clique em Start Editing e selecione a layer “hidro_orientada_vicosa”. Ainda nesta barra clique
sobre o ícone Edit Tool e depois sobre o segmento que deseja modificar. Na barra de
ferramenta Editor clique sobre o ícone Edit Vertices (Figura 109). Após a seleção, a linha exibirá
os pontos de cada um dos seus vértices. Com o botão direito do mouse clique sobre a linha e
selecione a opção Flip para mudar a direção da seta (Figura 110). Após terminar de orientar
todas as linhas no sentido da foz, clique em Save Edits e depois em Stop Editing.

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Figura 109. Ferramenta para edição da orientação da rede de drenagem.

Figura 110. Correção da orientação da hidrografia.

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28. TIPOS DE INTERPOLADORES

A. Topo to Raster
Essa técnica de interpolação foi definida com o objetivo específico de converter dados
vetoriais em modelos de elevação de terreno hidrologicamente corretos. O método utiliza a
eficiência computacional da interpolação local, como ponderação do inverso da distância, sem
perder a continuidade superficial dos métodos globais de interpolação, como Krigagem e Spline.
O método permite que os arquivos curvas de nível, cursos de rios, limites de lagos e bacias
sejam utilizados durante a interpolação, diminuindo os possíveis erros que venham a ser cometidos
na interpolação do modelo. Para realizar a interpolação utilizando o algoritmo Topo to raster faça
como se segue:
1) Abra a janela de configuração do interpolador em: ArcTool Box→ 3D Analyst Tools→ Raster
Interpolation → Topo to Raster
2) Para a layer hidro_orientada_vicosa no campo Type selecione Stream,
3) Para a layer IBGE_vicosa selecione Altitude no campo Field e no campo Type selecione
Contour,
4) Para a layer limite_vicosa no campo Type selecione Boundary,
5) No campo Output surface raster selecione o diretório de saída e de o nome “toraster_ibge”,
6) Output cell size selecione 10 (equivalente à metade do intervalo da eqüidistância das curvas
de nível),
7) Clique em OK (Figura 111),

Figura 111. Configurando o interpolador “Topo to Raster”.

8) Apresente o mapa em um layout conforme a figura Figura 112.

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Figura 112. MDE gerado pelo Topo to Raster.

B. TIN – Triangular Irregular Network


O modelo de rede triangular irregular é muito utilizado para modelar superfícies contínuas usando
dados vetoriais. O modelo TIN, usa pontos de elevação espaçados para formar uma rede de faces
triangulares, assim, a conexão de quaisquer três pontos de elevação forma um triângulo, o qual
possui os pontos dos vértices definidos por valores reais de altitude.
Para executar a interpolação utilizando o algoritmo TIN serão utilizados os mapas de curvas de nível,
hidrografia e limite de viçosa. Faça como se segue:
1) Abra a janela de configuração do interpolador na barra ferramentas: ArcTool Box→ 3D
Analyst Tools → TIN Management→ Create TIN (Figura 113).

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Figura 113. Configuração para utilizar o interpolador TIN.

2) Configure cada layer após selecionar os arquivos de curvas de nível, hidrografia e limite
Viçosa.
3) Para a layer curvas, no campo height_field, selecione ALTITUDE (campo da tabela que
armazena as informações de elevação) e no campo SF_type selecione mass point.
(Figura 114).

Para a layer hidrografia no campo height_field selecione ELEVATION e no campo SF_type


selecione hardline como método de interpolação. (Figura 114).

Para a layer Limite no campo height_field selecione AREA e no campo SF_type selecione soft
clip. (Figura 114).

4) No campo Output TIN selecione o diretório de saída e de o nome “”. Clique em OK (Figura
114).

5) Apresente o mapa em um layout (Figura 115).

Figura 114. Configuração para o limite da área utilizada pelo interpolador TIN.

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Figura 115. Recorte do MDE gerado a partir do interpolador TIN.

O mapa gerado pela interpolação pelo TIN (Figura 114) é comumente utilizado para a visualização do
relevo, no entanto. Para extrair informação quantitativa do terreno de modelo derivado por esse
algoritmo é preciso converter o modelo triangular em um modelo retangular. A conversão do MDE
para o formato Raster é feita utilizando a Barra de ferramenta 3D Analyst Tools como se segue:

1. 3D Analyst Tools→ Conversion→ Fron TIN → TIN to Raster (Figura 116).

Figura 116. Caminho para executar TIN to Raster no ArcToolbox.

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2. No campo Input TIN entre com o arquivo intepolado tin_vico_ibge,


3. No campo Output Raster de o nome de saída grid_vico_tin,
4. No campo Sampling Distance defina CELLSIZE 20 metros para o tamanho de células,
5. Clique OK (Figura 117).

Figura 117. Conversão do modelo de elevação do formato TIN para Raster.

Figura 118. Modelo digital de elevação gerado pelo interpolador TIN e convertido para Raster.

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29. INTERPOLAÇÃO DE DADOS DO SRTM


Devido ao tempo de processamento gasto no processo de interpolação para uma área de
tamanho como a da bacia do Rio Doce optou-se por fazer um recorte no MDE da bacia utilizando um
limite que abrange o município de Viçosa. A área foi delimitada utilizando um retângulo de modo
que não ocorra problema de borda durante a interpolação. A ausência de dados para interpolar os
dados das áreas limítrofes ocorre quando os dados são recortados utilizando o mesmo limite que
será definido para a interpolação.
Dentre os interpoladores disponíveis apenas o Topo to raster e do TIN utilizam o limite como
arquivo de entrada. A hidrografia é utilizada por esses dois interpoladores, assim como pelo Spline
with barries.
No diretório de trabalho <c:\usuario\sol681\interpolacao\SRTM_vicosa> contém o limite da
área a ser interpolada “limite”, definido como um retângulo que abrange o município de Viçosa
(Figura 119). Para esse diretório deve ser copiado o modelo digital de elevação obtido na prática de
bacias e utilizado na prática de atributos do terreno “mde_rd”. Inicie uma nova seção do ArcMap e
adicione os arquivos mde_rd e o limite para iniciar a interpolação.

Figura 119. Área delimitada pelo retângulo vermelho para interpolar o MDE derivado de imagens do SRTM.

30. RECORTE DE IMAGEM RASTER COM BASE EM


LIMITE VETORIAL
Utilizando o limite definido faça o recorte como se segue:
No Arc Toolbox → Spatial Analyst Tools → Extraction → Extract by Mask,
1. No campo Input raster entre com “mde_rd”,
2. No campo Input raster or feature mask data entre com “limite”,
3. No campo Output raster dê o nome de saída “mde_vicosa”,
4. Clique em Ok para iniciar o processamento de recorte (Figura 120).

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Figura 120. Configuração para recortar o MDE da área da bacia.

31. CONVERTENDO OS VALORES DO MDE DO


FORMATO FLOATING PARA INTEIROS

Os valores de altitude do MDE são do tipo de floating e devem ser convertidos para o formato inteiro
unsigned interger como se segue:
1. No Arc Toolbox → 3D Analyst Tool → Raster Math → Int
2. Na janela “Int” em Input raster or constante value selecione “mde_vicosa”
3. No campo Output raster de o nome do arquivo de saída “mde_vico_int”
4. Clique em ok (Figura 121).

Figura 121. Conversão do SRTM de viçosa para valores inteiros.

32. CONVERTENDO OS VALORES DE ALTITUDE DE


UM ARQUIVO RASTER PARA O FORMATO SHAPEFILE

Os interpoladores disponíveis no ArcGis utilizam dados no formato ponto. Portanto, é preciso


converter os valores do MDE, arquivo raster, para o formato shapefile, arquivo de pontos.
1. No Arc Tool Box → Conversion Tools → From raster → Raster to point,
2. Na janela “raster to Point” em Input raster selecione “mde_vico_int”,

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3. No campo Output point features de o nome do arquivo de saída “point_alt.shp”,


4. Clique em ok (Figura 122).

Figura 122. Conversão dos valores de altitude do MDE para valores o formato pontos.

Essa conversão cria um ponto para cada célula preservando o valor da altitude da mesma em
números inteiros (Figura 123).

Figura 123. Pontos com os valores de altitude derivados do MDE.

Na tabela de atributos do arquivo de pontos gerado “point_alt” o campo “GRID_CODE”, armazena os


valores de elevação. Para a área de trabalho foram gerados 10207958 pontos como mostra na tabela
de atributos da layer (Figura 124).

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Figura 124.Tabela de atributos dos pontos de altitude derivados do MDE.

O arquivo de pontos será o arquivo base para realizar a interpolação com os algoritmos
disponíveis no programa. Para cada interpolador utilizado inicie uma nova seção do ArcMap e salve
um novo projeto.

33. INTERPOLADORES

A. IDW - Inverso do quadrado da distância


O modelo baseia-se na dependência espacial, isto é, supõe-se que quanto mais próximo
estiver um ponto do outro, maior será a correlação desse ponto com seus vizinhos. Dessa forma
atribui-se maior peso para os indivíduos mais próximos do que para os mais distantes do ponto a ser
interpolado.

1. Adicione o arquivo de pontos “point_altitude” na Data Frame e prossiga como se segue:


2. No ArcTool Box→ 3D Analyst Tool → Raster Interpolation → IDW.
3. Abra uma nova seção do ArcMap e adicione o arquivo de pontos SRTM (point_alt).
4. Na janela IDW adicione no campo Input point features a layer point_alt,
5. No campo Z value Field selecione GRID_CODE,
6. Para o arquivo de saída Output raster selecione o nome “idw”,
7. Configure o tamanho de célula Output cell size para 20 metros,
8. Clique em OK (Figura 125).

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Figura 125. Janela de configuração do IDW

Figura 126. Recorte do Modelo digital de elevação gerado com dados SRTM pelo interpolador IDW.

B. KRIGING
A Krigagem, é entendida como um estimador que se baseia numa série de técnicas de análise
de regressão, sejam essas lineares ou não. O modelo elaborado pelo Engenheiro de Minas Daniel G.

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Krige é tido como o melhor estimador linear não tendencioso, pois procura minimizar o erro residual
médio e almeja a minimização da variância dos erros.
Abra a janela de configuração do interpolador em: ArcTool Box →Spatial Analyst Tools →
Interpolation → Kriging. Abra uma nova seção do ArcMap e adicione o arquivo de pontos SRTM
(point_altitude).

1. Na janela Kriging, adicionar no campo Input point features a layer point_altitude,


2. No campo Z value Field selecione GRID_CODE,
3. Para o arquivo de saída (Output raster) selecione o nome “kriging”,
4. No campo Semivariogram properties a opção Kriging method varia entre “Ordinary” e
“Universal” resultando em diferentes modelos no campo Semivariogram model,
como apresentado na Figura 127. Selecione “Ordinary” e o modelo “Spherical”, e
depois repita as etapas anteriores para elaborar outro modelo de interpolação, no
qual será selecionado a opção “Universal” e o modelo “linear witch linear drift” como
na Figura 127.
5. Configure o tamanho de célula (Output cell size) para 20 metros,
6. Clique em OK (Figura 128).

Figura 127. Variação do Kriging method em Ordinary e Universal.

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Figura 128. Configuração para execução do interpolador Kriging.

Figura 129. Recorte do Modelo digital de elevação gerado com imagens SRTM pelo interpolador Kriging.

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C. Natural Neighbor
Abra a janela de configuração do interpolador em: ArcTool Box →Spatial Analyst Tools →
Interpolation → Natural Neighbor. Abra uma nova seção do ArcMap e adicione o arquivo de pontos
SRTM (point_altitude). Para as demais configurações siga o default e em seguida clique em OK
(Figura 134).
1. Na janela Natural Neighbor, adicionar no campo Input point features a layer
point_altitude,
2. No campo Z value Field selecione GRID_CODE,
3. Para o arquivo de saída (Output raster) selecione o nome “Natural_neigb”,
4. Configure o tamanho de célula (Output cell size) para 20 metros,
5. Clique em OK (Figura 130).

Figura 130. Configuração para execução da interpolação utilizando o Natural Neigbhor.

Figura 131. Recorte do Modelo digital de elevação gerado com imagens SRTM pelo interpolador Natural
Neighbor.

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D. Spline
Abra a janela de configuração do interpolador em: ArcTool Box →Spatial Analyst Tools →
Interpolation → Spline (Figura 131). Abra uma nova seção do ArcMap e adicione o arquivo de pontos
SRTM (point_altitude). Para as demais configurações siga o default.
1. Na janela Spline, adicionar no campo Input point features a layer point_altitude,
2. No campo Z value Field selecione GRID_CODE,
3. Para o arquivo de saída (Output raster) selecione o nome “Spline_point1”,
4. Configure o tamanho de célula (Output cell size) para 20 metros,
5. No campo Spline type selecione REGULARIZED (Figura 132),
6. Clique OK e faça o layout.
7. Depois faça os passos novamente, porém modifique no campo Spline type para
TENSION (Figura 133). Clique em Ok novamente e elabore o layout.

Figura 132. Configuração para executar a interpolação pelo Spline (REGULARIZED).

Figura 133. Configuração para execução do interpolador Spline (TENSION).

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Figura 134. Recorte do Modelo digital de elevação gerado com imagens SRTM pelo interpolador Spline
Regularized.

Figura 135. Recorte do Modelo digital de elevação gerado com imagens SRTM pelo interpolador Spline
Tension.

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E. Spline with barries

Abra a janela de configuração do interpolador em: ArcTool Box →Spatial Analyst Tools →
Interpolation → Spline with barries (Figura 136). Abra uma nova seção do ArcMap e adicione o
arquivo de pontos SRTM (point_altitude). Para as demais configurações siga o default.
É utilizado quando se tem feições como drenagem (hidrografia) lagos para orientar a modelagem do
relevo.

1. Na janela Spline with Barriers, adicionar no campo Input point features a layer
point_altitude,
2. No campo Z value Field selecione GRID_CODE,
3. Para o arquivo de saída (Output raster) selecione o nome “spline_barrie”,
4. Configure o tamanho de célula (Output cell size) para 20 metros,
5. Clique OK e faça o layout.

Figura 136. Tela de configuração do interpolador Spline.

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Figura 137. Recorte do Modelo digital de elevação gerado com imagens SRTM pelo interpolador Spline with
Barriers.

F. Topo to Raster
Abra a janela de configuração do interpolador em: ArcTool Box →Spatial Analyst Tools →
Interpolation → Topo to Raster. Abra uma nova seção do ArcMap e adicione os arquivos: pontos
SRTM (point_altitude) e limite. Para as demais configurações siga o default e em seguida clique em
OK (Figura 138).

Figura 138. Configuração para interpolação pelo Topo to raster.

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Figura 139. Modelo digital de elevação gerado com imagens SRTM pelo interpolador Topo to raster.

G. TIN (Triangular Irregular Network)


Para utilizar o modelo TIN de interpolação, abra a janela de configuração do interpolador na
barra ferramentas 3D Analyst → TIN Management → Create TIN . Adicione os arquivos: pontos
SRTM point_altitude e limite. Configure as layers point_altitude e limite como indicado no campo
“Settings for selected layer” da Figura 140.

Figura 140. Configuração dos pontos de altitude e limite para interpolação pelo TIN.

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Figura 141. Recorte do Modelo digital de elevação gerado com imagens SRTM pelo interpolador TIN.

34. AVALIAÇÃO VISUAL DOS MODELOS OBTIDOS


PARA A INTERPOLAÇÃO DOS DADOS DO IBGE
Para a avaliação qualitativa do MDE gerado com dados do IBGE, deve se derivar os arquivos de curva
de nível e hidrografia para cada um dos modelos interpolados e comparar os temas obtidos com os
dados gerados pelo IBGE relativos a curvas de nivel e hidrografia.
As curvas de nível devem ser derivadas com equidistância de 20 metros. Para tanto utilize a extensão
Spatial analyst →Surface →Contour . Para derivar a hidrografia proceda como realizado no tutorial
de bacias hidrográfica, obtendo o mapa de flow acumulation e então a drenagem numérica. Para
cada um dos modelos faça um layout com a sobreposição dos temas avaliados conforme mostrado
nas Figuras 142, 143, 144 e 145.

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Figura 142. Comparação entre as curvas de nível do IBGE com aquelas derivadas do interpolador TIN.

Figura 143. Comparação entre a hidrografia do IBGE com aquelas derivadas do interpolador TIN.

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Figura 144. Comparação entre a hidrografia do IBGE com aquelas derivadas do interpolador Topo to raster.

Figura 145. Comparação entre as curvas de nível do IBGE com aquelas derivadas do interpolador Topo to
raster.

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35. AVALIAÇÃO VISUAL DOS MODELOS OBTIDOS


PARA A INTERPOLAÇÃO DOS DADOS DO SRTM

A hidrografia derivada do modelo será comparada com aquela mapeada pelo IBGE, disponível no
diretório de trabalho. As curvas de nível devem ser derivadas com equidistância de 100 metros. Para
tanto utilize a extenção Spatial analyst →Surface Analises →Contour (Figura 146, 147, 148, 149,
150, 151, 152 e 153) .

Figura 146. Comparação entre a hidrografia do IBGE com aquelas derivadas do interpolador IDW para o
modelo obtido pela imagem SRTM.

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Figura 147. Comparação entre a hidrografia do IBGE com aquelas derivadas do interpolador krigien ordinary
para o modelo obtido pela imagem SRTM.

Figura 148. Comparação entre a hidrografia do IBGE com aquelas derivadas do interpolador Natural Neighbor
para o modelo obtido pela imagem SRTM.

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Figura 149. Comparação entre a hidrografia do IBGE com aquelas derivadas do interpolador Spline with barries
para o modelo obtido pela imagem SRTM.

Figura 150. Comparação entre a hidrografia do IBGE com aquelas derivadas do interpolador Spline Regularized
para o modelo obtido pela imagem SRTM.

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Figura 151. Comparação entre a hidrografia do IBGE com aquelas derivadas do interpolador Spline Tension
para o modelo obtido pela imagem SRTM.

Figura 152. Comparação entre a hidrografia do IBGE com aquelas derivadas do interpolador Topo to raster para
o modelo obtido pela imagem SRTM.

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Figura 153. Comparação entre a hidrografia do IBGE com aquelas derivadas do interpolador TIN para o modelo
obtido pela imagem SRTM.

36. AVALIAÇÃO QUANTITATIVA DA EXATIDÃO DOS


MODELOS OBTIDOS PELOS INTERPOLADORES
A avaliação pode ser feita de forma qualitativa e quantitativa. Para o primeiro caso realiza
comparações visuais entre curvas de nível e hidrografia utilizada para fazer a interpolação e as curvas
de nível e hidrografia derivadas do modelo obtido por interpolação. A avaliação quantitativa e feita
comparando a exatidão de pontos de altitudes conhecidas em relação à altitude dos mesmos pontos
definidos nos modelos de elevação interpolados.
Para a avaliação quantitativa vamos utilizar um arquivo de pontos de altitude
”pontos_cota_validar”, os quais foram extraídos da carta topográfica do IBGE. Esses dados serão
utilizados para calcular a exatidão dos modelos interpolados por meio do calculo do quadrado médio
do erro. Para tanto será calculada a diferença entre valores de altitude conhecidos, definidos como
aqueles do arquivo de curvas do IBGE e pontos de altitude estimada por cada um dos interpoladores.
O quadrado médio do erro é calculado conforme mostrado na seguinte equação:

Em que:
h é a altitude das cotas IBGE
h’ é a altitude interpolada no MDE

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n é número de pontos utilizados.


Para extrair os valores de altitude do modelo faça como se segue:
1. Arc Toolbox → Spatial Analyst Tools → Extraction → Extract values to point
2 .No Campo Input point features entre com o arquivo de pontos que contém as os
valores de altimetria para comparação ”pontos_cota_validar”,.
3. No campo Input raster, entre com o raster que se deseja comparar,
4. Em Output point feature de um nome de saída “validar_toporaster”
5 .Clique em ok (Figura 154).

Figura 154. Extração dos valores de altitude do mde obtido pela interpolação com o topo to raster.

Na tabela de atributos do arquivo “pontos_cota _validar” aparece apenas um campo com o


nome cota_ibge, o qual contém os valores de elevação para cada um dos pontos (Figura 155). Após
extrair os valores do MDE interpolado é gerada uma nova tabela de atributos que armazena os
valores da tabela de entrada e outro campo com os valores do MDE que será avaliado (Figura 156).

Figura 155. Tabela de atributos dos pontos de altitude utilizados para computar o RMS dos MDE’s.

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Figura 156. Tabela de atributos dos pontos de altitude (IBGE) e pontos extraídos do MDE obtido para a
interpolação dos dados do IBGE pelo Topo to raster.

Utilizando o Excel faça a análise de exatidão dos modelos obtidos na interpolação com os
dados do IBGE e do SRTM. Os resultados obtidos para os interpoladores testados são apresentados
na tabela que se segue. (Quadro 3)

Quadro 3. Resultados de EMQ dos interpoladores

IBGE RMS SRTM RMS


Tin 14,54 Topogrid 18,59
Topogrid 11,24 Tin 19,73
Natural Neighbor 20,17
IDW 21,94
Spline Tension 18,94
Spline with Barries 19,02
Spline Regularized 18,83
Krigen 27,38

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