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E. E.

PROFESSOR HELIODORO CAPISTRANO DA SILVA


DISCIPLINA GEOGRAFIA - PROFESSORA JACKSANDRA
9°A
ALUNO: MURILO ARAUJO GARCIA

Globalização: A devastação global

No episódio “Calor extremo: por que dias tão quente?” postado ainda no
ano de 2020; o podcast “O assunto”, apresentado por Renata Lo Prete -
jornalista e apresentadora da rede televisora globo - convida especialistas para
discutir o porquê dessa alta temperatura no Brasil e no mundo.

Renata liga para Anne Lottermann, jornalista e apresentadora da


previsão do tempo no “Jornal Nacional”. Anne explica o fenômeno em que
estamos vivendo, aonde houve queda de neve em parte do sul do país e dias
depois registrou-se mais de quarenta graus em cidades no estado de Santa
Catarina e no Paraná.

Esse fenômeno está diretamente ligado a globalização: processo


responsável em avanços tecnológicos; e tendo seu principal foco na área da
comunicação e do transporte, trazendo uma troca massiva e veloz de capitais,
mercadorias, pessoas e informações entre as mais diversas regiões do globo.
Um dos principais problemas da globalização, são os impactos ambientais.
Impulsionados pelo interesse no lucro, fazendeiros ateiam fogo em suas
fazendas de forma ilegal, tal que é proibido por fatores de preservação do
bioma local ou da fauna ameaçada. O método de incendiar do solo é utilizado
para “limpar” o local, tornando-o um lugar viável para a criação e pastagem de
gado.

Atualmente, no Brasil foi queimado 24.944 km 2 da Amazônia apenas em


agosto de 2020 e 14% do Pantanal entre janeiro e agosto de 2020. Esses
biomas são de grande importância e comportam uma rica fauna e flora, que se
encontra animais em perigo de extinção. A Amazônia é responsável por 44 por
cento das chuvas que caem no território brasileiro. Com as queimadas
aumentando, torna-se mais difícil a circulação dessa água entre os estados,
assim tornando o país inteiro em um lugar mais quente, onde foi possível
registrar 44° graus na capital mato-grossense e temperaturas acima de 37°
graus em quase 50% o território brasileiro.

O aumento das queimadas não é um problema apenas no Brasil, onde


isso também foi visível ver nas queimadas na Austrália no começo do ano e
atualmente na California.

De acordo com o físico, professor da USP e integrante do Painel


Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPC) Paulo Artaxo, as ondas
de calor funcionam como um centro de alta pressão que fica parado sobre uma
região, e impede que a unidade e ar frio tenha acesso a essas regiões. Como
foi visto no centro brasileiro, que estava sem acesso as frentes frias e a vinda
do vapor de água da Amazônia.

As florestas tem como sua principal função a fixação do gás carbônico.


Quando ela é desmatada ou queimada há uma perda do gás para a atmosfera,
agravando a situação do efeito estufa.

Os mais prejudicados com isso são as pessoas de baixa renda e idosa,


que sofrem com as altas temperaturas, incêndios, desastres naturais e as
enchentes causadas pelo desmatamento nas florestas que retém a água
(acarretando em perda hídrica), e a economia dos países que são alvos das
queimadas que atingem o local de produção da agricultura, tendo plantações
perdidas ou terrenos invalidados.

Esse aumento de temperatura também pode ser visto em outras partes


do planeta, como os 54° registrados na California, ou os 38° graus na Sibéria.
Com os dados já relatados é possível ver a interligação global do clima, e tudo
isso tem um causador comum; o aquecimento global.

O aquecimento global é o um dos principais problemas originados da


globalização, se não o maior. Ele já vem sido alertado a um bom tempo pelos
estudiosos, mas se para que ele possa parar será necessário a diminuição da
produção da indústria, tornando o que é produzido para visar o lucro, algo
apenas para a necessidade, mas isso não é algo que agrada as pessoas por
trás das grandes empresas. Aonde seus objetivos é o acumulo cada vez mais
de capital. Acarretando em um dos aspectos da globalização, a desigualdade
social; concentrando cada vez mais as riquezas nas mãos dos grandes
empresários e políticos.

O sistema atmosférico está com muito mais energia do que décadas


atrás, e tudo isso é grassas ao aquecimento global. Essa energia de alguma
forma tem que ser desfeita e a maneira que o planeta encontra é através de
grandes ondas de calor, furacões mais frequentes e intensos e com outros
fenômenos naturais extremos. Alguns exemplos para esses eventos são: a
onda de calor recentemente vivida pelos habitantes do Brasil, enchentes na
China, furacões nos Estados Unidos e etc.

O aquecimento global está acelerando cada dia mais o derretimento das


calotas polares, como foi visto na Groelândia com seu recorde de 11 bilhões de
toneladas de gelo derretidos e apenas um dia. Esse derretimento do gelo,
futuramente irá acarretar em cidades submersas, como já é alertado nas
cidades do litoral brasileiro e norte americanas.

Infelizmente esse será o novo normal, tanto nas perdas de cidades pela
água, quanto para o calor, que será mais intenso ao passar dos anos e irá
também aumentar a frequência do mesmo, durante o ano.

Em 2015, foi estabelecido o “Acordo de Paris” com a finalidade de limitar


o aquecimento global as emissões humanas de dióxido de carbono (CO2)
teriam que recuar em cerca de 45% até 2030. Desde que o Acordo de Paris
entrou em vigor em 2016, as temperaturas no planeta Terra já subiram por
volta de 1°C. Para a ONU, ações significantes devem ser tomadas nos
próximos anos para evitar um aquecimento ainda maior. O Acordo de Paris foi
um tratado alcançado entre 195 países do mundo para reduzir gradualmente as
emissões que causam a mudança climática. O objetivo é prevenir um aumento
maior do que 2 graus Celsius na temperatura média global, que poderia
aumentar o nível dos oceanos, provocar grandes secas e causar tempestades
perigosas.

As recomendações que podem ser seguidas para o bem estar da


população durante esses acontecimentos é: ficar em casa durante os dias
quentes, não causar queimadas, se hidratar bastante e ajudar na reflorestação,
plantando arvores que ajudarão no calor e na umidade.
O Brasil deve tomar medidas para minimizar a desigualdade social,
trazendo mais empregos, investindo o PIB de forma correta e de forma indireta
fazendo com que a população sofra menos com os eventos naturais do
planeta, pois terão uma moradia de melhor qualidade e uma alimentação mais
adequada. Além de diminuir a emissão de combustível fóssil para a atmosfera,
assim suavizando o aquecimento global.

Referências bibliográficas:

https://g1.globo.com/podcast/o-assunto/noticia/2020/10/08/o-assunto-
293-calor-extremo-por-que-dias-tao-quentes.ghtml

https://noticias.uol.com.br/meio-ambiente/ultimas-
noticias/redacao/2019/09/03/inpe-fogo-queimou-area-de-34-mi-campos-de-
futebol-na-amazonia-em-agosto.htm

https://veja.abril.com.br/mundo/onu-exige-medidas-ineditas-para-limitar-
crescimento-do-aquecimento-global/

https://www.nationalgeographicbrasil.com/meio-
ambiente/2020/09/queimadas-ja-consumiram-12-do-pantanal-e-tendencia-e-
piorar

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