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LÍNGUA PORTUGUESA
1 Desde que a TV surgiu, nos anos 40, fala-se do seu poder de causar dependência. Os educadores dos
2 anos 60 bradaram palavras acusando-a de “chupeta eletrônica”. Os militantes políticos creditavam a ela a
3 alienação dos povos. Era um demônio que precisava ser destruído. Continuou a existir, e quem cresceu vendo
4 desenhos animados, enlatados americanos e novelas globais não foi mais imbecilizado – ao menos não por
5 esse motivo. Ponto para a televisão, que provou também ser informativa, educativa e (por que não?) um ótimo
6 entretenimento. Com exceção da qualidade da programação dos canais abertos, tudo melhorou. Mas também
7 começaram as preocupações em relação aos telespectadores que não conseguem dormir sem o barulho
8 eletrônico ao fundo. Ou aos que deixam de ler, sair com os amigos e até de namorar para dedicar todo o tempo
9 livre a ela, ainda que seja pulando de um programa para outro. “Nada nem ninguém me faz sair da frente da
10 TV, quando volto do trabalho”, afirma a administradora de empresa Vânia Sganzerla.
11 Muitos telespectadores assumem esse comportamento. Tanto que um grupo de estudiosos da
12 Universidade de Rutgers, nos Estados Unidos, por meio de experimentos e pesquisas, concluiu que a velha
13 história do vício na TV não é só uma metáfora. “Todo comportamento compulsivo ao qual a pessoa se apega,
14 para buscar alívio, se fugir do controle, pode ser caracterizado como dependência.” Explica Robert Kubey,
15 diretor do Centro de Estudos da Mídia da Universidade de Rutgers.
16 Os efeitos da televisão sobre o sono variam muito. “Quando tenho um dia estressante, agitado, não durmo
17 sem ela”, comenta Maurício Valim, diretor de programas especiais da TV Cultura e criador do site Tudo sobre
18 TV. Outros, como Martin Jaccard, sonorizador de ambientes, reconhecem que demoram a pegar no sono após
19 uma overdose televisiva. “Sinto uma certa irritação, até raiva, por não ter lido um bom livro, namorado ou ouvido
20 uma música, mas ainda assim não me arrependo de ver tanta TV, não. Gosto demais.” É uma das mais
21 prosaicas facetas desse tipo de dependência, segundo a pesquisa do Centro de Estudos da Mídia. As pessoas
22 admitem que deveriam maneirar, mas não se incomodam a ponto de querer mudar o hábito. Sinal de que tanto
23 mal assim também não faz.
01. Para convencer o leitor do seu ponto de vista, a autora A) Só por que não cultivamos bons hábitos, acabamos
do texto nos tornando escravos da televisão.
A) preocupou-se apenas com a clareza da mensagem. B) Sem saber por que, a criança se torna dependente da
B) levou em consideração a opinião da maioria dos televisão.
telespectadores. C) Por que será que a televisão tem tanto poder de
C) demonstrou conhecer bem o assunto e já ter lido o causar dependência?
que os outros pensaram sobre ele. D) As razões por que a televisão vicia não estão muito
D) empregou, basicamente, argumentos universalmente claras.
aceitos. E) Precisamos descobrir por que não conseguimos viver
E) provou com dados estatísticos que seu sem a televisão.
posicionamento estava correto.
05. O elemento coesivo “... ainda que...” (linha 9)
02. A palavra “prosaicas” (linha 21) pode ser substituída, A) insere uma conclusão em relação ao enunciado
sem causar prejuízo para o entendimento do texto, por anterior.
A) exageradas. B) decisivas. B) introduz uma justificativa de haver quem dedique todo
C) triviais. D) específicas. o tempo livre à televisão.
E) assustadoras. C) enfraquece a afirmação de que há os que dedicam
todo o tempo livre à televisão.
03. Assim como em “... creditavam a ela...” (linha 2), o D) introduz uma correção do que está dito no enunciado
acento indicador de crase não deve ser empregado em anterior.
A) Muitos professores aprenderam a usar a TV como E) fortalece o argumento anterior, isto é, reforça a
recurso educativo. afirmação de haver quem dedique todo tempo livre à
B) A medida que os telespectadores assistem a seus televisão.
programas favoritos na TV, muitas das preocupações
diárias desaparecem. 06. A oração “... se fugir do controle...” (linha 14) exprime
C) Em nossa sala, a televisão ficava a esquerda da A) a causa do que se declara na oração principal.
mesa de jantar. B) um fato contrário ao da oração principal.
D) A discussão sobre os malefícios da TV foi levada até C) uma condição necessária, para que se realize o fato
as últimas consequências. expresso na oração principal.
E) Quando voltei a casa dos meus pais, o único ruído D) o tempo em que ocorre o fato expresso na oração
que se ouvia provinha da TV. principal.
E) a finalidade daquilo que se afirma na oração principal.
04. A expressão “por que”... (linha 5) não foi corretamente
empregada em
07. A expressão “... um grupo de estudiosos...” (linha 11) é o D) na Europa, a Revolução Industrial modificou a
sujeito da forma verbal “concluiu” (linha 12) que, paisagem agrícola: tornou-a qualificada, mecanizada,
conforme as regras de concordância verbal, poderia intensiva e autossuficiente.
estar flexionada no plural (concluíram). E) na Ásia monçônica, a rizicultura continua como
Em uma das opções, as duas formas verbais indicadas cultura de altos rendimentos, pois utiliza modernas
no parêntese podem preencher a lacuna. tecnologias e mão de obra barata.
A) Nem você nem eu ____________ sem televisão
(viverei, viveremos). 12. Em relação à indústria, é correto afirmar-se que
B) Algum de nós _____________ sem televisão A) a indústria de bens de produção ou de bens de
(sobreviverá, sobreviveremos). capital produz calçados e alimentos, denominados de
C) Mais de um telespectador ____________ a televisão bens duráveis.
(condena, condenam). B) os bens de capital que servem de matéria-prima ou
D) Nenhum adulto, nenhuma criança, nenhum idoso insumos básicos para outras indústrias são
____________ sem televisão (vive, vivem). classificados como intermediários.
E) Não só o adulto mas também a criança ___________ C) a indústria têxtil faz parte do setor de bens duráveis,
a televisão (aprecia, apreciam). porque suas mercadorias têm ciclo de reposição
longo.
08. A vírgula que aparece no trecho “Continuou a existir, e D) a indústria automobilística faz parte do setor de bens
quem cresceu...” (linha 3) de equipamento.
A) separa uma oração subordinada adverbial da E) o Brasil se caracteriza por exportar bens primários
principal. minerais, como ferro, carvão, petróleo e enxofre, e
B) isola uma oração adjetiva explicativa. importar produtos químicos e suas manufaturas.
C) indica que uma palavra está elíptica, ou seja, foi
suprimida. 13. A situação da economia chinesa, na atualidade, está
D) separa um termo deslocado de sua posição normal melhor representada pelo(a)
na oração. A) existência de grande mercado consumidor e potencial
E) separa uma oração coordenada aditiva de outra aumento do consumo per capita.
também coordenada cujos sujeitos são diferentes. B) predomínio da população urbana, elevando a oferta
de trabalhadores e diminuindo os custos da mão de
09. A autora menciona o recurso estilístico metáfora (linha obra.
13). C) expansão industrial em zonas econômicas especiais,
Essa figura de linguagem está presente em com a presença majoritária do capital privado
A) Ao telespectador, a televisão não lhe causa danos. nacional.
B) O Rei do Futebol assiste, com frequência, à D) controle total do Estado sobre a agricultura e
programação esportiva nos canais de TV por crescente expansão da mecanização no campo.
assinatura. E) mão de obra abundante, sindicatos atuantes e
C) Ao pé da TV, muitas famílias brasileiras almoçam e elevados níveis salariais.
jantam todos os dias.
D) A TV, na opinião dos seus detratores, é um demônio 14. O Oriente Médio é um dos conjuntos regionais da Ásia.
de metal. Com relação a países dessa região, é correto afirmar-se
E) A televisão pode ser uma bênção ou uma maldição que
para a sociedade brasileira. A) o território do Iraque é limitado por tradicionais rivais,
como o Irã, a Jordânia e o Líbano.
10. Sobre os gêneros literários, é incorreto afirmar-se que B) o país mais extenso e mais importante da região,
A) através das rubricas, o autor da peça teatral indica graças à produção de petróleo, é o Egito.
como devem comportar-se os atores que vão C) embora parte de seu território esteja localizado na
representar os papéis de cada personagem. Europa, a Turquia, por sua religião, tradição histórica
B) nas obras líricas, há o predomínio dos sentimentos, e valores culturais, é considerada integrante do
da emoção de um eu - poético. Oriente Médio.
C) as epopeias são textos em prosa que contam feitos D) os rios Tigre e Eufrates estabelecem os limites do
heroicos de um povo. Iraque com o Irã e com a Arábia Saudita,
D) a crônica é uma modalidade narrativa que se respectivamente.
caracteriza por enlatar fatos do cotidiano. E) os países árabes registram os mais altos índices de
E) no gênero lírico, predomina a função expressiva da renda per capita do mundo, o que justifica o elevado
linguagem. padrão da população.
DE MASI afirma, em sua obra “O ócio criativo”, que “o trabalhador não é máquina”.
PROPOSTA
Tomando por base o que afirma DE MASI, elabore um texto dissertativo-argumentativo, a partir de suas
próprias reflexões sobre o assunto em pauta, de modo que seu ponto de vista fique claro.
OBSERVAÇÕES:
1) Total de escores: 100.
2) Número de linhas – mínimo: 25 e máximo: 30.
3) Serão descontados dois pontos para cada erro de escrita, três para cada erro de gramática e quatro para cada
erro de texto.
4) Se a redação não atingir o limite mínimo, serão descontados três pontos por linha em branco.
5) A fuga ao tema implica nota ZERO.
6) Não faça citação.