Você está na página 1de 77

Breve Introdução a Grafos e Redes Complexas

Parte II

Marcia Paiva

Laboratório de Telecomunicações - LabTel


Universidade Federal do Espı́rito Santo

II Jornada de Atualização em Computação, Elétrica e Eletrônica - JACEE


Vitória, 13 de novembro de 2014

Marcia Paiva (LabTel - UFES) marcia.paiva@ufes.br 1 / 54


Sumário

1 Introdução

2 Teoria Espectral de Grafos

3 Modelos de Redes Complexas


Grafos Aleatórios
Grafos Mundo Pequeno
Grafos Sem Escala

4 Aplicação: Conectividade algébrica em redes complexas

5 Ferramentas para lidar com redes complexas

6 Referências

Marcia Paiva (LabTel - UFES) marcia.paiva@ufes.br 2 / 54


Introdução

Sumário

1 Introdução
2 Teoria Espectral de Grafos
3 Modelos de Redes Complexas
Grafos Aleatórios
Grafos Mundo Pequeno
Grafos Sem Escala
4 Aplicação: Conectividade algébrica em redes complexas
5 Ferramentas para lidar com redes complexas
6 Referências

Marcia Paiva (LabTel - UFES) marcia.paiva@ufes.br 3 / 54


Introdução

Primeiro capı́tulo . . .

Conceitos:
grafo G = G (V , E )
Métricas ou invariantes:
caminho, ciclo
n: número de vértices ou nós
ponte, articulação
m: número de arestas ou enlaces
conectividade de vértices
d(v ), v ∈ G
conectividade de arestas
δ(G ): grau mı́nimo
árvore
∆(G ): grau máximo
grafo simples
< d >G : grau médio
grafo regular
distG (u, v ), u, v ∈ V
grafo conexo
diam(G ): diâmetro
grafo 2-conexo
< dist >G : distância média
grafo euleriano
grafo hamiltoniano
Marcia Paiva (LabTel - UFES) marcia.paiva@ufes.br 4 / 54
Introdução

Backbone da RNP

Marcia Paiva (LabTel - UFES) marcia.paiva@ufes.br 5 / 54


Introdução

Backbones versus Redes Complexas

Marcia Paiva (LabTel - UFES) marcia.paiva@ufes.br 6 / 54


Teoria Espectral de Grafos

Sumário

1 Introdução
2 Teoria Espectral de Grafos
3 Modelos de Redes Complexas
Grafos Aleatórios
Grafos Mundo Pequeno
Grafos Sem Escala
4 Aplicação: Conectividade algébrica em redes complexas
5 Ferramentas para lidar com redes complexas
6 Referências

Marcia Paiva (LabTel - UFES) marcia.paiva@ufes.br 7 / 54


Teoria Espectral de Grafos

Um grafo G

Marcia Paiva (LabTel - UFES) marcia.paiva@ufes.br 8 / 54


Teoria Espectral de Grafos

Um grafo G

G é um grafo com:
8 vértices

Marcia Paiva (LabTel - UFES) marcia.paiva@ufes.br 8 / 54


Teoria Espectral de Grafos

Um grafo G

G é um grafo com:
8 vértices
10 arestas

Marcia Paiva (LabTel - UFES) marcia.paiva@ufes.br 8 / 54


Teoria Espectral de Grafos

Um grafo G

G é um grafo com:
8 vértices
10 arestas

G tem:
4 vértices com grau 2

Marcia Paiva (LabTel - UFES) marcia.paiva@ufes.br 8 / 54


Teoria Espectral de Grafos

Um grafo G

G é um grafo com:
8 vértices
10 arestas

G tem:
4 vértices com grau 2
4 vértices com grau 3

Marcia Paiva (LabTel - UFES) marcia.paiva@ufes.br 8 / 54


Teoria Espectral de Grafos

Matriz de adjacências de G

Matriz de adjacências de G:

0 1 1 0 0 0 0 0
 
 1 0 0 1 0 0 0 0 
 
 1 0 0 1 1 0 0 0 
 
 0 1 1 0 0 1 0 0 
A(G ) =  0 0 1 0

 0 1 1 0 

 0 0 0 1 1 0 0 1 
 
 0 0 0 0 1 0 0 1 
0 0 0 0 0 1 1 0

Marcia Paiva (LabTel - UFES) marcia.paiva@ufes.br 9 / 54


Teoria Espectral de Grafos

Matriz diagonal dos graus de G

Matriz diagonal dos graus dos vértices


de G :
2 0 0 0 0 0 0 0
 
 0 2 0 0 0 0 0 0 
 
 0 0 3 0 0 0 0 0 
 
 0 0 0 3 0 0 0 0 
D(G ) = 
 0 0 0 0 3 0 0 0 

 
 0 0 0 0 0 3 0 0 
 
 0 0 0 0 0 0 2 0 
0 0 0 0 0 0 0 2

Marcia Paiva (LabTel - UFES) marcia.paiva@ufes.br 10 / 54


Teoria Espectral de Grafos

Matriz laplaciana de G

A matriz laplaciana L(G ) de um grafo G é definida por


L(G ) = D(G ) − A(G ),
onde A(G ) é sua matriz de adjacências, e D(G ) é a
matriz diagonal dos graus de seus vértices.

Marcia Paiva (LabTel - UFES) marcia.paiva@ufes.br 11 / 54


Teoria Espectral de Grafos

Matriz laplaciana de G

Matriz laplaciana de G :

L(G ) = D(G ) − A(G )

2 0 0 0 0 0
 
−1 −1
 −1 2 0 −1 0 0 0 0 

 −1 0 3 −1 −1 0 0 0 

0 −1 −1 3 0 −1 0 0
L(G ) = 
 
 0 0 −1 0 3 −1 −1 0 

 0 0 0 −1 −1 3 0 −1 
0 0 0 0 0 2
 
−1 −1
0 0 0 0 0 −1 −1 2

Marcia Paiva (LabTel - UFES) marcia.paiva@ufes.br 12 / 54


Teoria Espectral de Grafos

Espectro da matriz laplaciana

Espectro da matriz laplaciana L(G) de um grafo G com n nós


Vetor cujos elementos são todos os autovalores de L(G ) ordenados
em ordem não-crescente.

Marcia Paiva (LabTel - UFES) marcia.paiva@ufes.br 13 / 54


Teoria Espectral de Grafos

Espectro da matriz laplaciana

Espectro da matriz laplaciana L(G) de um grafo G com n nós


Vetor cujos elementos são todos os autovalores de L(G ) ordenados
em ordem não-crescente.

Assim, se µ1 ≥ . . . ≥ µn são os autovalores de L, então seu espectro é:

(µ1 , µ2 , . . . , , µn−1 , µn ).

Marcia Paiva (LabTel - UFES) marcia.paiva@ufes.br 13 / 54


Teoria Espectral de Grafos

Espectro da matriz laplaciana

Espectro da matriz laplaciana L(G) de um grafo G com n nós


Vetor cujos elementos são todos os autovalores de L(G ) ordenados
em ordem não-crescente.

Assim, se µ1 ≥ . . . ≥ µn são os autovalores de L, então seu espectro é:

(µ1 , µ2 , . . . , , µn−1 , µn ).

No espectro da matriz laplaciana:


O maior autovalor é denominado ı́ndice;
O segundo menor autovalor é denominado conectividade algébrica.

Marcia Paiva (LabTel - UFES) marcia.paiva@ufes.br 13 / 54


Teoria Espectral de Grafos

Espectro da matriz laplaciana de G

Espectro de L(G ):

(5.414, 4, 3.414, 2.586, 2, 2, 0.586, 0)

Marcia Paiva (LabTel - UFES) marcia.paiva@ufes.br 14 / 54


Teoria Espectral de Grafos


Um grafo G

Marcia Paiva (LabTel - UFES) marcia.paiva@ufes.br 15 / 54


Teoria Espectral de Grafos


Um grafo G


G é um grafo com:
8 vértices

Marcia Paiva (LabTel - UFES) marcia.paiva@ufes.br 15 / 54


Teoria Espectral de Grafos


Um grafo G


G é um grafo com:
8 vértices
10 arestas

Marcia Paiva (LabTel - UFES) marcia.paiva@ufes.br 15 / 54


Teoria Espectral de Grafos


Um grafo G


G é um grafo com:
8 vértices
10 arestas


G também tem:
4 vértices com grau 2

Marcia Paiva (LabTel - UFES) marcia.paiva@ufes.br 15 / 54


Teoria Espectral de Grafos


Um grafo G


G é um grafo com:
8 vértices
10 arestas


G também tem:
4 vértices com grau 2
4 vértices com grau 3

Marcia Paiva (LabTel - UFES) marcia.paiva@ufes.br 15 / 54


Teoria Espectral de Grafos


Espectro da matriz laplaciana de G

Espectro de L(G ):

(4.988, 4.434, 3.501, 2.729, 2.315, 1.426, 0.608, 0)

Marcia Paiva (LabTel - UFES) marcia.paiva@ufes.br 16 / 54


Teoria Espectral de Grafos

Comparando os espectros. . .
Espectro de L(G ):
(5.414, 4, 3.414, 2.586, 2, 2, 0.586, 0)

Espectro de L(G ):
(4.988, 4.434, 3.501, 2.729, 2.315, 1.426, 0.608, 0)


G G

Marcia Paiva (LabTel - UFES) marcia.paiva@ufes.br 17 / 54


Teoria Espectral de Grafos

Questões

O espectro da matriz laplaciana traz alguma


informação útil para o problema?

Marcia Paiva (LabTel - UFES) marcia.paiva@ufes.br 18 / 54


Teoria Espectral de Grafos

Questões

O espectro da matriz laplaciana traz alguma


informação útil para o problema?

Os autovalores tem alguma relação com


métricas de desempenho, proteção, etc do
sistema modelado?

Marcia Paiva (LabTel - UFES) marcia.paiva@ufes.br 18 / 54


Modelos de Redes Complexas

Sumário

1 Introdução
2 Teoria Espectral de Grafos
3 Modelos de Redes Complexas
Grafos Aleatórios
Grafos Mundo Pequeno
Grafos Sem Escala
4 Aplicação: Conectividade algébrica em redes complexas
5 Ferramentas para lidar com redes complexas
6 Referências

Marcia Paiva (LabTel - UFES) marcia.paiva@ufes.br 19 / 54


Modelos de Redes Complexas Grafos Aleatórios

Grafos aleatórios - Modelo de Erdös-Rényi (1959)

Gp (n) é um grafo aleatório com n vértices onde cada uma das


possı́veis Cn,2 arestas ocorre independentemente das demais com
probabilidade p.

Marcia Paiva (LabTel - UFES) marcia.paiva@ufes.br 20 / 54


Modelos de Redes Complexas Grafos Aleatórios

Grafos aleatórios - Modelo de Erdös-Rényi (1959)

Gp (n) é um grafo aleatório com n vértices onde cada uma das


possı́veis Cn,2 arestas ocorre independentemente das demais com
probabilidade p.

Mais precisamente, Gp (n) é uma famı́lia de grafos, com número


variável de arestas.

Marcia Paiva (LabTel - UFES) marcia.paiva@ufes.br 20 / 54


Modelos de Redes Complexas Grafos Aleatórios

Um grafo aleatório

Marcia Paiva (LabTel - UFES) marcia.paiva@ufes.br 21 / 54


Modelos de Redes Complexas Grafos Aleatórios

Grafos aleatórios - Modelo de Erdös-Rényi (1959)

Todas as ligações são igualmente


prováveis.
A média dos graus dos vértices é
< k >= p(n − 1).

Marcia Paiva (LabTel - UFES) marcia.paiva@ufes.br 22 / 54


Modelos de Redes Complexas Grafos Aleatórios

Grafos aleatórios - Modelo de Erdös-Rényi (1959)

Todas as ligações são igualmente


prováveis.
A média dos graus dos vértices é
< k >= p(n − 1).

Como seria a distribuição de frequência


dos graus dos vértices?

Marcia Paiva (LabTel - UFES) marcia.paiva@ufes.br 22 / 54


Modelos de Redes Complexas Grafos Aleatórios

Grafos aleatórios - Modelo de Erdös-Rényi (1959)

Todas as ligações são igualmente


prováveis.
A média dos graus dos vértices é
< k >= p(n − 1).

Como seria a distribuição de frequência


dos graus dos vértices?

Marcia Paiva (LabTel - UFES) marcia.paiva@ufes.br 22 / 54


Modelos de Redes Complexas Grafos Aleatórios

Um grafo aleatório

Marcia Paiva (LabTel - UFES) marcia.paiva@ufes.br 23 / 54


Modelos de Redes Complexas Grafos Mundo Pequeno

Modelo de Watts-Strogatz (1998)

Modelo de Watts-Strogatz (1998)


Necessidade de um modelo topológico ” mais adequado ” para
estudar as redes reais, que se situe entre:
grafos regulares
grafos aleatórios

Marcia Paiva (LabTel - UFES) marcia.paiva@ufes.br 24 / 54


Modelos de Redes Complexas Grafos Mundo Pequeno

Um grafo mundo pequeno com n = 20

Marcia Paiva (LabTel - UFES) marcia.paiva@ufes.br 25 / 54


Modelos de Redes Complexas Grafos Mundo Pequeno

Distância média (L) versus Coef. clusterização (C )

Tipicamente:
Em redes regulares, L cresce linearmente com n, e C é alto; e
Em redes aleatórias, L cresce logaritmicamente com n, e C é baixı́ssimo.

n = 1000, < k >= 10


Marcia Paiva (LabTel - UFES) marcia.paiva@ufes.br 26 / 54
Modelos de Redes Complexas Grafos Mundo Pequeno

Algumas crı́ticas ao modelo

Por exemplo:
É considerado fixo o número de vértices da rede.
As arestas são distribuı́das aleatoriamente.

Marcia Paiva (LabTel - UFES) marcia.paiva@ufes.br 27 / 54


Modelos de Redes Complexas Exemplo

Exemplo: A rede WWW (World Wide Web)

Grafo direcionado, onde:


os vértices representam documentos; e
as arestas representam os links (URLs) que
apontam de um documento para outro.

Marcia Paiva (LabTel - UFES) marcia.paiva@ufes.br 28 / 54


Modelos de Redes Complexas Exemplo

Exemplo: A rede WWW (World Wide Web)

Grafo direcionado, onde:


os vértices representam documentos; e
as arestas representam os links (URLs) que
apontam de um documento para outro.

O diâmetro da rede é o menor número de links que


devem ser seguidos para navegar de um documento
a outro qualquer.

Marcia Paiva (LabTel - UFES) marcia.paiva@ufes.br 28 / 54


Modelos de Redes Complexas Exemplo

A rede WWW

Tamanho estimado da rede em 1999: 8x108 documentos.

Marcia Paiva (LabTel - UFES) marcia.paiva@ufes.br 29 / 54


Modelos de Redes Complexas Exemplo

A rede WWW

Tamanho estimado da rede em 1999: 8x108 documentos.

Crescimento descontrolado: qualquer indivı́duo ou instituição


pode criar um website com qualquer quantidade de
documentos e links.

Marcia Paiva (LabTel - UFES) marcia.paiva@ufes.br 29 / 54


Modelos de Redes Complexas Exemplo

A rede WWW

Tamanho estimado da rede em 1999: 8x108 documentos.

Crescimento descontrolado: qualquer indivı́duo ou instituição


pode criar um website com qualquer quantidade de
documentos e links.

É importante ter um modelo que represente bem esta rede?

A topologia deste grafo influencia, por exemplo, a facilidade


de localizar informações na rede.

Marcia Paiva (LabTel - UFES) marcia.paiva@ufes.br 29 / 54


Modelos de Redes Complexas Exemplo

Um grafo aleatório modela bem a rede WWW?

Qual é a probabilidade de existir um link entre:


dois documentos no mesmo website?
dois documentos escolhidos aleatoriamente na rede?

Marcia Paiva (LabTel - UFES) marcia.paiva@ufes.br 30 / 54


Modelos de Redes Complexas Exemplo

Um grafo aleatório modela bem a rede WWW?

Qual é a probabilidade de existir um link entre:


dois documentos no mesmo website?
dois documentos escolhidos aleatoriamente na rede?

Todos os documentos estão relacionados (em média) à mesma


quantidade de outros documentos?

Ou seja, todos os documentos são igualmente relevantes para a


rede, ou alguns serão muito mais referenciados que outros?

Marcia Paiva (LabTel - UFES) marcia.paiva@ufes.br 30 / 54


Modelos de Redes Complexas Exemplo

Um grafo aleatório modela bem a rede WWW?

Experimento realizado em 1999 por


Albert-Laszlo Barabasi, H. Jeong e Reka Albert
A distribuição dos graus dos vértices desta rede segue uma lei de potência:

P(k) ∼ k −γ , onde 2 < γ < 3.

(Diversos experimentos posteriores mostraram resultados semelhantes!)

Marcia Paiva (LabTel - UFES) marcia.paiva@ufes.br 31 / 54


Modelos de Redes Complexas Exemplo

Um grafo aleatório modela bem a rede WWW?

Experimento realizado em 1999 por


Albert-Laszlo Barabasi, H. Jeong e Reka Albert
A distribuição dos graus dos vértices desta rede segue uma lei de potência:

P(k) ∼ k −γ , onde 2 < γ < 3.

(Diversos experimentos posteriores mostraram resultados semelhantes!)

Marcia Paiva (LabTel - UFES) marcia.paiva@ufes.br 31 / 54


Modelos de Redes Complexas Exemplo

A rede WWW

O experimento mostrou ainda que < dist > cresce


proporcionamente a log (n).

Marcia Paiva (LabTel - UFES) marcia.paiva@ufes.br 32 / 54


Modelos de Redes Complexas Exemplo

A rede WWW

O experimento mostrou ainda que < dist > cresce


proporcionamente a log (n).

Em média, 19 links separam dois documentos escolhidos


aleatoriamente na rede, a partir de um conjunto com 8x108
documentos.

Por isso, a rede WWW foi considerada como um grafo


mundo pequeno.

Marcia Paiva (LabTel - UFES) marcia.paiva@ufes.br 32 / 54


Modelos de Redes Complexas Exemplo

A rede WWW

O experimento mostrou ainda que < dist > cresce


proporcionamente a log (n).

Em média, 19 links separam dois documentos escolhidos


aleatoriamente na rede, a partir de um conjunto com 8x108
documentos.

Por isso, a rede WWW foi considerada como um grafo


mundo pequeno.

Assim, um aumento de 1000% no tamanho da rede


aumentaria de 19 para apenas 21 a distância média da rede.

Marcia Paiva (LabTel - UFES) marcia.paiva@ufes.br 32 / 54


Modelos de Redes Complexas Grafos Sem Escala

Modelo de Barabási-Albert (1999)

Em 1999, Barabási e Albert propuseram um novo modelo de


grafos, baseado em um mecanismo dinâmico.

Caracterı́sticas principais:
Ligação preferencial
Surgimento de hubs

Marcia Paiva (LabTel - UFES) marcia.paiva@ufes.br 33 / 54


Modelos de Redes Complexas Grafos Sem Escala

Modelo de Barabási-Albert (1999)

Experimento:
Inicie a rede com um pequeno conjunto de nós;
A cada etapa, acrescente um novo nó com m ligações
preferenciais.

Marcia Paiva (LabTel - UFES) marcia.paiva@ufes.br 34 / 54


Modelos de Redes Complexas Grafos Sem Escala

Modelo de Barabási-Albert (1999)

Resultado:
Independentemente do valor de m, a rede inicial evolui para uma
rede sem escala, com P(k) ∼ k −3 .

Marcia Paiva (LabTel - UFES) marcia.paiva@ufes.br 35 / 54


Modelos de Redes Complexas Grafos Sem Escala

Um grafo sem escala

Marcia Paiva (LabTel - UFES) marcia.paiva@ufes.br 36 / 54


Modelos de Redes Complexas Grafos Sem Escala

Algumas crı́ticas ao modelo

Por exemplo:
Frequentemente, arestas são adicionadas a
vértices existentes.
Vértices ou arestas podem desaparecer.

Marcia Paiva (LabTel - UFES) marcia.paiva@ufes.br 37 / 54


Modelos de Redes Complexas Exemplo

Modelos de Redes Complexas

(a) (b) (c) (d)

Marcia Paiva (LabTel - UFES) marcia.paiva@ufes.br 38 / 54


Modelos de Redes Complexas Exemplo

Grafos aleatórios versus grafos sem escala

Marcia Paiva (LabTel - UFES) marcia.paiva@ufes.br 39 / 54


Modelos de Redes Complexas Exemplo

Robustez contra falhas:


grafos aleatórios versus grafos sem escala

Marcia Paiva (LabTel - UFES) marcia.paiva@ufes.br 40 / 54


Aplicação: Conectividade algébrica em redes complexas

Sumário

1 Introdução
2 Teoria Espectral de Grafos
3 Modelos de Redes Complexas
Grafos Aleatórios
Grafos Mundo Pequeno
Grafos Sem Escala
4 Aplicação: Conectividade algébrica em redes complexas
5 Ferramentas para lidar com redes complexas
6 Referências

Marcia Paiva (LabTel - UFES) marcia.paiva@ufes.br 41 / 54


Aplicação: Conectividade algébrica em redes complexas

Conectividade algébrica em redes complexas

”Quanto maior é a conectividade algébrica, mais difı́cil


é separar o grafo em componentes independentes”

Marcia Paiva (LabTel - UFES) marcia.paiva@ufes.br 42 / 54


Aplicação: Conectividade algébrica em redes complexas

Conectividade algébrica em redes complexas

”Quanto maior é a conectividade algébrica, mais difı́cil


é separar o grafo em componentes independentes”

On the relationship between the algebraic connectivity


and graph’s robustness to node and link failures.
Jamakovic e Uhlig (2007)

Marcia Paiva (LabTel - UFES) marcia.paiva@ufes.br 42 / 54


Aplicação: Conectividade algébrica em redes complexas

Conectividade algébrica em redes complexas

Marcia Paiva (LabTel - UFES) marcia.paiva@ufes.br 43 / 54


Aplicação: Conectividade algébrica em redes complexas

Conectividade algébrica em redes complexas

Marcia Paiva (LabTel - UFES) marcia.paiva@ufes.br 44 / 54


Ferramentas para lidar com redes complexas

Sumário

1 Introdução
2 Teoria Espectral de Grafos
3 Modelos de Redes Complexas
Grafos Aleatórios
Grafos Mundo Pequeno
Grafos Sem Escala
4 Aplicação: Conectividade algébrica em redes complexas
5 Ferramentas para lidar com redes complexas
6 Referências

Marcia Paiva (LabTel - UFES) marcia.paiva@ufes.br 45 / 54


Ferramentas para lidar com redes complexas

Ferramentas para lidar com redes complexas

Identificação de estrutura (e ”comportamento”)


distribuição de frequência dos graus
medidas de clusterização (Identificação de comunidades)
medidas de centralidade (Identificação de nós/arestas ”importantes”)

Marcia Paiva (LabTel - UFES) marcia.paiva@ufes.br 46 / 54


Ferramentas para lidar com redes complexas

Ferramentas para lidar com redes complexas

Medidas de clusterização
Por exemplo:
aglomeração
assortatividade
modularidade

Marcia Paiva (LabTel - UFES) marcia.paiva@ufes.br 47 / 54


Ferramentas para lidar com redes complexas

Ferramentas para lidar com redes complexas

Medidas de clusterização
Por exemplo:
aglomeração
assortatividade
modularidade

Medidas de centralidade
Por exemplo:
grau
centralidade de autovetor
closeness
betweenness

Marcia Paiva (LabTel - UFES) marcia.paiva@ufes.br 47 / 54


Ferramentas para lidar com redes complexas

Ferramentas para lidar com redes complexas

Métricas ou invariantes
densidade
Matrizes grau, < d >, δ, ∆
Por exemplo: diâmetro, < dist >
Adjacência ı́ndice de Wiener
Laplaciana transmissão
Laplaciana sem sinal energia
Laplaciana normalizada entropia
Distância conectividade algébrica
Num. caminhos disjuntos centralidade de autovetor
Resistência closeness, betweenness
modularidade
etc
Marcia Paiva (LabTel - UFES) marcia.paiva@ufes.br 48 / 54
Ferramentas para lidar com redes complexas

Ferramentas para lidar com redes complexas

Geração, visualização, e cálculo de invariantes


PAJEK
Gephi
NetworX (Python)
igraph (R)
Constellation

Marcia Paiva (LabTel - UFES) marcia.paiva@ufes.br 49 / 54


Ferramentas para lidar com redes complexas

Ferramentas para lidar com redes complexas

The netscience graph solution found by Constellation while maximizing


modularity (19 clusters).
Marcia Paiva (LabTel - UFES) marcia.paiva@ufes.br 50 / 54
Ferramentas para lidar com redes complexas

Ferramentas para lidar com redes complexas

The netscience graph solution found by Constellation while maximizing


modularity with strong Radicchi conditions (17 clusters).
Marcia Paiva (LabTel - UFES) marcia.paiva@ufes.br 51 / 54
Ferramentas para lidar com redes complexas

Ferramentas para lidar com redes complexas

Marcia Paiva (LabTel - UFES) marcia.paiva@ufes.br 52 / 54


Referências

Sumário

1 Introdução
2 Teoria Espectral de Grafos
3 Modelos de Redes Complexas
Grafos Aleatórios
Grafos Mundo Pequeno
Grafos Sem Escala
4 Aplicação: Conectividade algébrica em redes complexas
5 Ferramentas para lidar com redes complexas
6 Referências

Marcia Paiva (LabTel - UFES) marcia.paiva@ufes.br 53 / 54


Referências

Principais referências:

Collective dynamics of ’small-world’ networks


D. J. Watts, S. H. Strogatz. Nature, Vol. 393, Junho de 1998.
Diameter of the World-Wide Web
R. Albert, H. Jeong, A. L. Barabási. Nature, Vol. 401, Setembro de 1999.
The physics of the Web
A. L. Barabási. Physics World, Julho de 2001.
Scale-free networks
A. L. Barabási, E. Bonabeau. Scientific American, Maio de 2003.
The Architecture of Complexity
A. L. Barabási. IEEE Control Systems Magazine, Agosto de 2007.
A Visual Environment to Study and Find Communities in Networks
G. Caporossi, S. Perron. Les Cahiers du GERAD, Outubro de 2011.

Marcia Paiva (LabTel - UFES) marcia.paiva@ufes.br 54 / 54

Você também pode gostar