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FATORES ABIÓTICOS

Bianca Obes Corrêa


CONCEITO DE
DOENÇA

“É o mal funcionamento de células e


tecidos do hospedeiro, que resulta da sua
contínua ação por um agente patogênico,
e que conduz ao desenvolvimento de
sintomas” (Agrios, 1988)
Características

Fenômeno biológico;

Interfere nos processos fisiológicos da planta;

É uma interferência prejudicial à planta;

É um processo contínuo (difere de injúria).


CAUSAS

FATORES BIÓTICOS FATORES ABIÓTICOS


• Fungos • Chuva
• Bactérias
•Vírus
• Nematoides
X• Vento
• Granizo
• Poluentes da atmosfera
TRIÂNGULO DE DOENÇAS

Ambiente (Fatores abióticos)

Patógeno Hospedeiro
HOSPEDEIRO
São as plantas que estão sendo cultivadas ou aquelas que
estão presentes no ambiente, e que podem abrigar o agente
patogênico causador da doença.

PATÓGENO
É o organismo que causa a doença. Pode ter origem fúngica,
bacteriana, viral, etc...

AMBIENTE
Se refere ao local onde está sendo conduzida a cultura alvo.
Pode ser uma lavoura, um jardim, uma estufa, etc...

Ambiente aéreo X ambiente de solo


FATORES ABIÓTICOS

Atuação direta
sobre o patógeno
AMBIENTE

Temperatura;
Umidade;
Nutrientes e pH;
Predisposição ou
Luz resistência do
hospedeiro
CICLO DA DOENÇA
O que observar em doenças
abióticas?
- Não há evolução dos sintomas;
- padrão de distribuição dos sintomas;
- distribuição constante dos sintomas nas plantas;
- estádio fenológico;
- tempo de aparecimento;
- velocidade de desenvolvimento (dentro de 24h);
- práticas culturais;
- simetria da distribuição dos sintomas nas plantas e na
cultura.
TEMPERATURA
Atuação
• Sobrevivência do inóculo;
• Germinação e penetração; Altas temperaturas
• Infecção; suprimem formação de
• Esporulação; fitoalexinas;
• Dispersão do inóculo;
Frio em sementes recém
• Predisposição ou resistência das
germinadas influência
plantas;
vigor;
• Interações com microrganismos.
Bloqueio de compostos
fenólicos.

T° muito baixas: Café, citros e florestais X Alternaria, Botrytis e Phoma


T° amenas: Batata X Phytophtora infestans
T° altas: Soja X Phakopsora pachyrhizi
COMPORTAMENTO EM RELAÇÃO À TEMPERATURA

Batata
X
Phytophtora infestans

Soja X Phakopsora pachyrhizi


TEMPERATURA x ESPORULAÇÃO E PERÍODO LATENTE
Número de pústulas ou período latente

40 % de pustulas Período latente


35
30
Conforme
25 aumenta a
20
temperatura há
redução do
15 período latente e
10 aumento de
pústulas
5
esporulantes
0
14 16 18 20 22 24 26 28 30
Temperatuta (°C)

Patossistema: Feijão x Uromyces appendiculatus


Adaptado de KATSURAYAMA, 1990
TEMPERATURA x ESPORULAÇÃO
180
160
140 Após período latente
as plantas de
Soros totais

120
100 eucalipto
80 apresentaram
60
número de soros
40
totais superior a
20°C.
20
0
101 2
15
3
20
4
25
5
30
Temperatura (°C)
Temperatura °C

Patossistema: Eucalipto x Puccinia psiddii


Adaptado de RUIZ, 1988
UMIDADE

 Germinação e penetração;
TEMPERATURA
 Dispersão do inóculo;
 Predisposição das plantas; X
 Interações com microrganismos. UMIDADE

Que tipo de umidade??? umidade relativa do ar; molhamento


foliar; umidade do solo; água de chuvas e de irrigação.
MOLHAMENTO X PENETRAÇÃO
MOLHAMENTO X SEVERIDADE

50

40
Severidade %

Progresso da
30 severidade do
mofo cinzento
20 conforme
aumento do
molhamento
10
dos botões de
rosa
0
1 10 2 20 3 30 4 40
Duração do molhamento (h)

Patossistema: Rosa x Botrytis cinerea


UMIDADE X PERÍODO LATENTE
70

60
Período latente (dias)

50

40

30

20

10

0
ABR MAI JUN JUL AGO SET DEZ JAN FEV MAR

Plantas inoculadas: câmara úmida por 48h campo


Plantas inoculadas levadas diretamente ao campo

Café x Hemileia vastatrix


Adaptada de Vale et al., 2000
pH

Alterações na sobrevivência,
germinação, penetração e Patógenos de solo
reprodução de patógenos

Acidez AÇÃO DIRETA SOBRE


Alcalinidade O PATÓGENO

A ACIDEZ DO SOLO FUNGOS


NEUTRALIDADE OU LIGEIRA ALCALINIDADE BACTÉRIAS
NUTRIENTES

• Crescimento e suscetibilidade do hospedeiro;


Predisposição
• Multiplicação e atividade do patógeno;
do hospedeiro
• Interação patógeno x hospedeiro.

Nitrogênio: excesso aumenta suculência dos tecidos e prolonga período vegetativo


deficiência provoca subdesenvolvimento
Fósforo: é um macronutriente com comportamento variável

Potássio: dificulta estabelecimento e desenvolvimento do patógeno


NUTRIENTES x SUSCETIBILIDADE

Excesso N
Trigo x Blumeria graminis f. sp. tritici

Excesso N
Trigo x Puccinia triticina
NUTRIENTES
Tabela 1- Efeito de nutrientes em doenças do algodoeiro

Doença-patógeno N
P K Ca
NO3 NH4

Murcha - + +/- -/0 -


F. oxysporum f.sp. vasinfectum
Murcha + - - - +
Verticillium albo-atrum
Podridão radicular + - + - +
Phymatotrichum omnivorum

+: aumentou; -: reduziu; 0:sem efeito


NUTRIENTES x SUSCETIBILIDADE

Nitrato (NO3)
Batata x Streptomyces scabies

Nitrato (NO3)
Trigo x Gaeumannomyces graminis var. tritici
LUZ
• Esporulação
AÇÃO
• Germinação
DIRETA
• Liberação SOBRE O
PATÓGENO
• Viabilidade

Tomate x Fusarium solani


INTERRELAÇÕES DOS FATORES ABIÓTICOS

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