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E.T.

E Henrique Lage
Alunos: Brenda Granja - n° 6
João Gabriel - n° 18
Fabiana Victória - n° 11
Raíssa Coelho - n° 33
Vinícius do Nascimento - n° 36
Turma: 1131
Prof°: Viviani Ribeiro

Principais NRS de uma obra

NR 12

A NR 12 é uma norma regulamentadora aprovada pela Portaria MTb em 8 de junho de


1978, com o intuito de definir os critérios a serem utilizados em máquinas e equipamentos,
com o foco na promoção da saúde e segurança dos trabalhadores, reduzindo ou eliminando
os riscos do ambiente de trabalho.

As medidas descritas na norma abrangem diversas áreas, tais como:

● Transporte;
● Montagem e instalação das máquinas;
● Ajuste e operações;
● Higienização e manutenção das máquinas e equipamentos;
● Desativação e desmonte das máquinas ou equipamentos.

A NR 12 não é aplicada em:

1. Máquinas movidas por animais ou humanos (carroças, charretes, etc.);


2. Máquinas que estão expostas em parques, feiras e outros eventos;
3. Máquinas que são denominadas como eletrodomésticos;
4. Equipamentos estáticos (bomba d’água, compressor, etc.);
5. Ferramentas ou equipamentos semiestacionários (furadeira de bancada);
6. Máquinas que tenham o certificado do INMETRO.

Todas as máquinas e equipamentos devem possuir medidas de proteção implementadas


pelo empregador, que sejam eficazes ao resguardar a integridade física e a saúde
ocupacional dos trabalhadores.
As medidas de controle adotadas devem ter caráter:

● Coletivo: medidas que atuam em reduzir ou eliminar os riscos do ambiente de


trabalho, proporcionada pelas máquinas ou equipamentos;

● Individual: a utilização de EPIs

● Administrativas: desenvolver e implementar procedimentos padrões de segurança.

A aplicação das medidas de controle e segurança devem levar em consideração as


características das máquinas e equipamentos.

É de responsabilidade dos trabalhadores:

1. Seguir os procedimentos de segurança adotados ao operar máquinas ou


equipamentos;
2. Não modificar as instalações de proteção e dispositivos de segurança;
3. Ao constatar qualquer defeito em dispositivos de segurança, comunicar
imediatamente o superior responsável para que sejam elaboradas medidas
corretivas.
4. Realizar os treinamentos necessários fornecidos pela empresa;

É preciso que sejam adotados cuidados específicos com relação as máquinas e


equipamentos. Esses cuidados são:

● o piso deve ser bem nivelado e resistente às cargas às quais estão sujeitos
diariamente;

● o piso precisa estar sempre limpo, livre de objetos, ferramentas e demais tipos de
materiais que podem aumentar os riscos de acidente no ambiente de trabalho;

● a limpeza diária do piso na região onde estão instaladas máquinas e equipamentos


deve observar principalmente riscos quanto à presença de óleos, graxas e demais
substâncias que tornem o piso escorregadio.

● Todas as máquinas estacionárias, ou seja, aquelas que não produzem movimento


durante seu funcionamento devem apresentar medidas preventivas que garantam a
estabilidade e não sejam desbloqueadas devido a choques, forças externas,
vibrações etc.

● A NR12 estabelece que, para fins de adequações e reparos, é permitida a


movimentação de equipamentos e máquinas fora das dependências da empresa.

● Para evitar os riscos de acidente


de trabalho, é preciso que os espaços ao redor das máquinas e equipamentos sejam
adaptados ao tipo de operação.
● Toda a estrutura elétrica das máquinas e equipamentos precisa ser projetada e
mantida com o intuito de evitar acidentes que podem ser provocados por explosões,
incêndios, choques elétricos etc.

Essa norma estabelece que os condutores de alimentação elétrica atendam a esses


requisitos básicos quanto à segurança:

● serem elaborados por materiais que não propaguem fogo;

● a resistência mecânica deve ser adequada à utilização da máquina;

● não oferecerem riscos adicionais devido à localização da máquina ou equipamento;

● desenvolverem estratégias para facilitar o trânsito de pessoas e materiais e também


facilitar a operação das máquinas;

● deixarem máquinas e equipamentos localizados de maneira que nenhum segmento


esteja em contato com as partes móveis ou cantos vivos;

● terem proteção definida que evite riscos de rompimento mecânico, contato com
lubrificantes, calor, combustíveis e abrasivos.

A norma proíbe nas máquinas e equipamentos:

● a utilização de chave geral como dispositivo de partida e parada;

● a utilização de chaves tipo faca nos circuitos elétricos; e

● a existência de partes energizadas expostas de circuitos que utilizam energia


elétrica.

Os dispositivos de partida, acionamento e parada das máquinas devem ser projetados,


selecionados e instalados de modo que:

● não se localizem em suas zonas perigosas;

● possam ser acionados ou desligados em caso de emergência por outra pessoa que
não seja o operador;

● impeçam acionamento ou desligamento involuntário pelo operador ou por qualquer


outra forma acidental;

● não acarretem riscos adicionais;

● não possam ser burlados.


Os comandos de partida ou acionamento das máquinas devem possuir dispositivos que
impeçam seu funcionamento automático ao serem energizadas.
As máquinas devem ser equipadas com um ou mais dispositivos de parada de emergência,
por meio dos quais possam ser evitadas situações de perigo latentes e existentes.
Os dispositivos de parada de emergência não devem ser utilizados como dispositivos de
partida ou de acionamento.

Meios de Acesso Permanentes

As máquinas e equipamentos devem possuir acessos permanentemente fixados e seguros


a todos os seus pontos de operação, abastecimento, inserção de matérias-primas e retirada
de produtos trabalhados, preparação, manutenção e intervenção constante.

Consideram-se meios de acesso:


● elevadores
● rampas
● passarelas
● plataformas ou escadas de degraus.

Na impossibilidade técnica de adoção dos meios previstos no subitem 12.64.1, poderá ser
utilizada escada fixa tipo marinheiro.

Rampas:

As rampas com inclinação entre 10º e 20º graus em relação ao plano horizontal devem
possuir peças transversais horizontais fixadas de modo seguro, para impedir
escorregamento, distanciadas entre si 40 cm em toda sua extensão quando o piso não for
antiderrapante.

É proibida a construção de rampas com inclinação superior a 20º graus em relação ao piso.
Os meios de acesso, exceto escada fixa do tipo marinheiro e elevador, devem possuir
sistema de proteção contra quedas com as seguintes características:

● ser dimensionados, construídos e fixados de modo seguro e resistente, de forma a


suportar os esforços solicitantes;

● ser constituídos de material resistente a intempéries e corrosão;

● possuir travessão superior de 1,10 m (um metro e dez centímetros) a 1,20 m (um
metro e vinte centímetros) de altura em relação ao piso ao longo de toda a extensão,
em ambos os lados;

● o travessão superior não deve possuir superfície plana, a fim de evitar a colocação
de objetos;

● possuir rodapé de, no mínimo, 0,20 m (vinte centímetros) de altura e travessão


intermediário a 0,70 m (setenta centímetros) de altura em relação ao piso, localizado
entre o rodapé e o travessão superior.

A distância mínima entre máquinas, em conformidade com suas características e


aplicações, deve garantir a segurança dos trabalhadores durante sua operação,
manutenção, ajuste, limpeza e inspeção, e permitir a movimentação dos segmentos
corporais, em face da natureza da tarefa.

Nas máquinas móveis que possuem rodízios, pelo menos 2 deles devem possuir travas.

As passarelas, Plataformas e Rampas devem ter as seguintes características:

● largura útil mínima de 60 cm;


● meios de drenagem, se necessário;
● não possuir rodapé no vão de acesso.

As escadas de degraus sem espelho devem ter


● largura útil mínima de 60 cm;

● degraus com profundidade mínima de 15 cm;

● degraus e lances uniformes, nivelados e sem saliências;

● altura máxima entre os degraus de 25 cm;

● plataforma de descanso com largura útil mínima de 60 cm e comprimento a


intervalos de, no máximo, 3 m de altura;

● projeção mínima de 10 mm de um degrau sobre o outro; e

● degraus com profundidade que atendam à fórmula: 600≤ g +2h ≤ 660 (dimensões
em milímetros), conforme Figura 2 do Anexo III.

As escadas de degraus com espelho devem ter:

● largura útil mínima de 60 cm;

● degraus com profundidade mínima de 20 cm;

● degraus e lances uniformes, nivelados e sem saliências;

● altura entre os degraus de 20 cm a 25 cm ;

● plataforma de descanso com largura útil mínima de 60 cm e comprimento a


intervalos de, no máximo, 3 m de altura.

Manutenção, Inspeção, Ajustes e Reparo


As máquinas e equipamentos devem ser submetidos à manutenção preventiva e corretiva,
na forma e periodicidade determinada pelo fabricante, conforme as normas técnicas oficiais
nacionais vigentes e, na falta destas, as normas técnicas internacionais.

As manutenções preventivas com potencial de causar acidentes do trabalho devem ser


objeto de planejamento e gerenciamento efetuado por profissional legalmente habilitado.

As manutenções preventivas e corretivas devem ser registradas em livro próprio, ficha ou


sistema informatizado, com os seguintes dados:

● cronograma de manutenção;

● intervenções realizadas;

● data da realização de cada intervenção;

● serviço realizado;

● peças reparadas ou substituídas;

● condições de segurança do equipamento;

● indicação conclusiva quanto às condições de segurança da máquina;

● nome do responsável pela execução das intervenções.

As inscrições das máquinas e equipamentos devem:

● ser escritas na língua portuguesa – Brasil;


● ser legíveis.

As inscrições devem indicar claramente o risco e a parte da máquina ou equipamento a que


se referem, e não deve ser utilizada somente a inscrição de “perigo”.

Exceto quando houver previsão em outras Normas Regulamentadoras, devem ser adotadas
as seguintes cores para a sinalização de segurança das máquinas e equipamentos:

● Amarelo: Proteções fixas e móveis – exceto quando os movimentos perigosos


estiverem enclausurados na própria carenagem ou estrutura da máquina ou
equipamento, ou quando tecnicamente inviável.
Componentes mecânicos de retenção, dispositivos e outras partes destinadas à
segurança
e gaiolas das escadas, corrimãos e sistemas de guarda-corpo e rodapé.

● Azul: comunicação de paralisação e bloqueio de segurança para manutenção.


As máquinas e equipamentos fabricados a partir da vigência desta Norma devem possuir
em local visível as informações indeléveis, contendo no mínimo:

● razão social, CNPJ e endereço do fabricante ou importador;


● informação sobre tipo, modelo e capacidade;
● número de série ou identificação, e ano de fabricação;
● número de registro do fabricante ou importador no CREA;
● peso da máquina ou equipamento.

Os serviços em máquinas e equipamentos que envolvam risco de acidentes de trabalho


devem ser precedidos de ordens de serviço – OS – específicas, contendo, no mínimo:

● a descrição do serviço;

● a data e o local de realização;

● o nome e a função dos trabalhadores;

● os responsáveis pelo serviço e pela emissão da OS, de acordo com os


procedimentos de trabalho e segurança.

Profissional Qualificado

Considera-se trabalhador ou profissional qualificado aquele que comprovar conclusão de


curso específico na área de atuação, reconhecido pelo sistema oficial de ensino, compatível
com o curso a ser ministrado.

Profissional Legalmente Habilitado

Considera-se profissional legalmente habilitado para a supervisão da capacitação aquele


que comprovar conclusão de curso específico na área de atuação, compatível com o curso
a ser ministrado, com registro no competente conselho de classe.

A capacitação só terá validade para o empregador que a realizou e nas condições


estabelecidas pelo profissional legalmente habilitado responsável pela supervisão da
capacitação, exceto quanto aos trabalhadores capacitados nos termos do item 12.138.2.

As baterias devem atender aos seguintes requisitos mínimos de segurança:

● localização de modo que sua manutenção e troca possam ser realizadas facilmente
a partir do solo ou de uma plataforma de apoio;
● constituição e fixação de forma a não haver deslocamento acidental;
● proteção do terminal positivo, a fim de prevenir contato acidental e curto-circuito.

Nas máquinas operadas por dois ou mais dispositivos de comando bi manuais, a atuação
síncrona é requerida somente para cada um dos dispositivos de comando bi manuais e não
entre dispositivos diferentes que devem manter simultaneidade entre si.
Nas máquinas e equipamentos cuja operação requeira a participação de mais de uma
pessoa, o número de dispositivos de acionamento simultâneos deve corresponder ao
número de operadores expostos aos perigos decorrentes de seu acionamento, de modo
que o nível de proteção seja o mesmo para cada trabalhador.

Durante a utilização de proteções distantes da máquina ou equipamento com possibilidade


de alguma pessoa ficar na zona de perigo, devem ser adotadas medidas adicionais de
proteção coletiva para impedir a partida da máquina enquanto houver pessoas nessa zona.

Operadores de Máquinas

Os operadores de máquinas e equipamentos devem ser maiores de 18 anos, salvo na


condição de aprendiz, nos termos da legislação vigente.

Motosserras
As motosserras devem dispor dos seguintes dispositivos de segurança:

● freio manual ou automático de corrente;


● pino pega-corrente;
● protetor da mão direita;
● protetor da mão esquerda;
● trava de segurança do acelerador.

É proibido o porte de ferramentas manuais em bolsos ou locais não apropriados a essa


finalidade.

A capacitação de operadores de máquinas automotrizes ou auto propelidas, deve ser


constituída das etapas teórica e prática e possuir o conteúdo programático mínimo e ainda:

● noções sobre legislação de trânsito e de legislação de segurança e saúde no


trabalho;

● noções sobre acidentes e doenças decorrentes da exposição aos riscos existentes


na máquina, equipamentos e implementos;

● medidas de controle dos riscos: EPC e EPI;

● operação com segurança da máquina ou equipamento;

● inspeção, regulagem e manutenção com segurança;

● sinalização de segurança;

● procedimentos em situação de emergência; e

● noções sobre prestação de primeiros socorros.


NR 33

33.1 Objetivo e Definição

3.1.1 Esta Norma tem como objetivo estabelecer os requisitos mínimos para identificação
de espaços confinados e o reconhecimento, avaliação, monitoramento e controle dos riscos
existentes, de forma a garantir permanentemente a segurança e saúde dos trabalhadores
que interagem direta ou indiretamente nestes espaços.

33.1.2 Espaço Confinado é qualquer área ou ambiente não projetado para ocupação
humana contínua, que possua meios limitados de entrada e saída, cuja ventilação existente
é insuficiente para remover contaminantes ou onde possa existir a deficiência ou
enriquecimento de oxigênio.

33.2 Das Responsabilidades

33.2.1 Cabe ao Empregador:


 
a) indicar formalmente o responsável técnico pelo cumprimento desta norma;

b) identificar os espaços confinados existentes no estabelecimento;


c) identificar os riscos específicos de cada espaço confinado;

d) implementar a gestão em segurança e saúde no trabalho em espaços confinados, por


medidas técnicas de prevenção, administrativas, pessoais e de emergência e salvamento,
de forma a garantir permanentemente ambientes com condições adequadas de trabalho;

e) garantir a capacitação continuada dos trabalhadores sobre os riscos, as medidas de


controle, de emergência e salvamento em espaços confinados;

f) garantir que o acesso ao espaço confinado somente ocorra após a emissão, por escrito,
da Permissão de Entrada e Trabalho, conforme modelo constante no anexo II desta NR;

g) fornecer às empresas contratadas informações sobre os riscos nas áreas onde


desenvolverão suas atividades e exigir a capacitação de seus trabalhadores;

h) acompanhar a implementação das medidas de segurança e saúde dos trabalhadores das


empresas contratadas provendo os meios e condições para que eles possam atuar em
conformidade com esta NR;

i) interromper todo e qualquer tipo de trabalho em caso de suspeição de condição de risco


grave e iminente, procedendo ao imediato abandono do local; e

j) garantir informações atualizadas sobre os riscos e medidas de controle antes de cada


acesso aos espaços confinados.

33.2.2 Cabe aos Trabalhadores:


 
a) colaborar com a empresa no cumprimento desta NR;

b) utilizar adequadamente os meios e equipamentos fornecidos pela empresa;

c) comunicar ao Vigia e ao Supervisor de Entrada as situações de risco para sua segurança


e saúde ou de terceiros, que sejam do seu conhecimento; e

d) cumprir os procedimentos e orientações recebidos nos treinamentos com relação aos


espaços confinados.
 

33.3 Gestão de segurança e saúde nos trabalhos em espaços confinados

3.3.1 A gestão de segurança e saúde deve ser planejada, programada, implementada e


avaliada, incluindo medidas técnicas de prevenção, medidas administrativas e medidas
pessoais e capacitação para trabalho em espaços confinados.
 
33.3.2 Medidas técnicas de prevenção:

a) identificar, isolar e sinalizar os espaços confinados para evitar a entrada de pessoas não
autorizadas;

b) antecipar e reconhecer os riscos nos espaços confinados;

c) proceder à avaliação e controle dos riscos físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e


mecânicos;
d) prever a implantação de travas, bloqueios, alívio, lacre e etiquetagem;

e) implementar medidas necessárias para eliminação ou controle dos riscos atmosféricos


em espaços confinados;

f) avaliar a atmosfera nos espaços confinados, antes da entrada de trabalhadores, para


verificar se o seu interior é seguro;

g) manter condições atmosféricas aceitáveis na entrada e durante toda a realização dos


trabalhos, monitorando, ventilando, purgando, lavando ou inertizando o espaço confinado;

h) monitorar continuamente a atmosfera nos espaços confinados nas áreas onde os


trabalhadores autorizados estiverem desempenhando as suas tarefas, para verificar se as
condições de acesso e permanência são seguras;

i) proibir a ventilação com oxigênio puro;


j) testar os equipamentos de medição antes de cada utilização; e
k) utilizar equipamento de leitura direta, intrinsecamente seguro, provido de alarme,
calibrado e protegido contra emissões eletromagnéticas ou interferências de
radIOFrequência.

33.3.2.1 Os equipamentos fixos e portáteis, inclusive os de comunicação e de


movimentação vertical e horizontal, devem ser adequados aos riscos dos espaços
confinados;
 
33.3.2.2 Em áreas classificadas os equipamentos devem estar certificados ou possuir
documento contemplado no âmbito do Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade -
INMETRO.
 
33.3.2.3 As avaliações atmosféricas iniciais devem ser realizadas fora do espaço confinado.
 
33.3.2.4 Adotar medidas para eliminar ou controlar os riscos de incêndio ou explosão em
trabalhos a quente, tais como solda, aquecimento, esmerilha mento, corte ou outros que
liberem chama aberta, faíscas ou calor.
 
33.3.2.5 Adotar medidas para eliminar ou controlar os riscos de inundação, soterramento,
engolfa mento, incêndio, choques elétricos, eletricidade estática, queimaduras, quedas,
escorregamentos, impactos, esmagamentos, amputações e outros que possam afetar a
segurança e saúde dos trabalhadores.
33.3.3 Medidas administrativas:
 
a) manter cadastro atualizado de todos os espaços confinados, inclusive dos desativados, e
respectivos riscos;
b) definir medidas para isolar, sinalizar, controlar ou eliminar os riscos do espaço confinado;
c) manter sinalização permanente junto à entrada do espaço confinado, conforme o Anexo I
da presente norma;
d) implementar procedimento para trabalho em espaço confinado;

33.3.3.1 A Permissão de Entrada e Trabalho é válida somente para cada entrada.


 
33.3.3.2 Nos estabelecimentos onde houver espaços confinados devem ser observadas, de
forma complementar a presente NR, os seguintes atos normativos: NBR 14606 – Postos de
Serviço – Entrada em Espaço Confinado; e NBR 14787 – Espaço Confinado – Prevenção
de Acidentes, Procedimentos e Medidas de Proteção, bem como suas alterações
posteriores.
 
33.3.3.3 O procedimento para trabalho deve contemplar, no mínimo: objetivo, campo de
aplicação, base técnica, responsabilidades, competências, preparação, emissão, uso e
cancelamento da Permissão de Entrada e Trabalho, capacitação para os trabalhadores,
análise de risco e medidas de controle.

33.3.3.4 Os procedimentos de entrada em espaços confinados devem ser revistos quando


da ocorrência de qualquer uma das circunstâncias abaixo:
 
a) entrada não autorizada num espaço confinado;
b) identificação de riscos não descritos na Permissão de Entrada e Trabalho;
c) acidente, incidente ou condição não prevista durante a entrada;
d) qualquer mudança na atividade desenvolvida ou na configuração do espaço confinado;
e) solicitação do SESMT ou da CIPA; e
f) identificação de condição de trabalho mais segura.

33.3.4 Medidas Pessoais


 
33.3.4.1 Todo trabalhador designado para trabalhos em espaços confinados deve ser
submetido a exames médicos específicos para a função que irá desempenhar, conforme
estabelecem as NRs 07 e 31, incluindo os fatores de riscos psicossociais com a emissão do
respectivo Atestado de Saúde Ocupacional - ASO
 
33.3.4.2 Capacitar todos os trabalhadores envolvidos, direta ou indiretamente com os
espaços confinados, sobre seus direitos, deveres, riscos e medidas de controle, conforme
previsto no item 33.3.5.
 
33.3.4.3 O número de trabalhadores envolvidos na execução dos trabalhos em espaços
confinados deve ser determinado conforme a análise de risco.
 
33.3.4.4 É vedada a realização de qualquer trabalho em espaços confinados de forma
individual ou isolada.

33.3.5 – Capacitação para trabalhos em espaços confinados


 
33.3.5.1 É vedada a designação para trabalhos em espaços confinados sem a prévia
capacitação do trabalhador.
 
33.3.5.2 O empregador deve desenvolver e implantar programas de capacitação sempre
que ocorrer qualquer das seguintes situações:
 
a) mudança nos procedimentos, condições ou operações de trabalho;
b) algum evento que indique a necessidade de novo treinamento; e
c) quando houver uma razão para acreditar que existam desvios na utilização ou nos
procedimentos de entrada nos espaços confinados ou que os conhecimentos não sejam
adequados.

33.4 Emergência e Salvamento

33.4.1 O empregador deve elaborar e implementar procedimentos de emergência e resgate


adequados aos espaços confinados incluindo, no mínimo:
 
a) descrição dos possíveis cenários de acidentes, obtidos a partir da Análise de Riscos;
b) descrição das medidas de salvamento e primeiros socorros a serem executadas em caso
de emergência;
c) seleção e técnicas de utilização dos equipamentos de comunicação, iluminação de
emergência, busca, resgate, primeiros socorros e transporte de vítimas;
d) acionamento de equipe responsável, pública ou privada, pela execução das medidas de
resgate e primeiros socorros para cada serviço a ser realizado; e
e) exercício simulado anual de salvamento nos possíveis cenários de acidentes em espaços
confinados.
 
33.4.2 O pessoal responsável pela execução das medidas de salvamento deve possuir
aptidão física e mental compatível com a atividade a desempenhar.
 
33.4.3 A capacitação da equipe de salvamento deve contemplar todos os possíveis cenários
de acidentes identificados na análise de risco.
 
33.5 Disposições Gerais
 
33.5.1 O empregador deve garantir que os trabalhadores possam interromper suas
atividades e abandonar o local de trabalho, sempre que suspeitarem da existência de risco
grave e iminente para sua segurança e saúde ou a de terceiros.
 
33.5.2 São solidariamente responsáveis pelo cumprimento desta NR os contratantes e
contratados.
 
33.5.3 É vedada a entrada e a realização de qualquer trabalho em espaços confinados sem
a emissão da Permissão de Entrada e Trabalho
NR 5
.

DO OBJETIVO

5.1 A CIPA deverá abordar as relações entre o homem e o trabalho, objetivando a constante
melhoria das condições de trabalho para prevenção de acidentes e doenças decorrentes do
trabalho

DA CONSTITUIÇÃO

5.2 A CIPA é obrigatória para as empresas que possuam empregados com vínculo de
emprego. A ampliação das questões relativas à CIPA para as categorias de trabalhadores
que não estão
enquadrados nas formatações dos vínculos de emprego – em especial servidores públicos
– não foi possível face à falta de regulamentação constitucional que defina a quem cabe
regulamentar as questões de segurança para essa categoria de trabalhadores.

5.3 Trabalhadores avulsos são aqueles geralmente ligados ao carregamento de


mercadorias, a
maioria em portos. Nesse caso, considera-se como empresa o sindicato ou o órgão gestor
de mão de obra. A CIPA para as atividades portuárias deve observar o que estabelece a NR
29.

5.4 Revogado pela Portaria SIT n.º 247, de 12 de julho de 2011.

5.5 As empresas instaladas em centro comercial ou industrial estabelecerão, através de


membros de CIPA ou designados, mecanismos de integração com objetivo de promover o
desenvolvimento de ações de prevenção de acidentes e doenças decorrentes do ambiente
e
instalações de uso coletivo, podendo contar com a participação da administração do mesmo

DA ORGANIZAÇÃO

5.6A CIPA terá dimensionamento paritário, a menos que se estabeleça de outra forma em
negociações nacionais submetidas à Comissão Tripartite Paritária Permanente - CTPP,
conforme estabelece a Portaria SSST/MTE nº 9, de 23 de fevereiro de 1999.
5.6.1 Os representantes dos empregadores na CIPA são por ele diretamente designados,
não
havendo eleição.
5.6.2 O empregado, se assim desejar, poderá abster-se de votar na eleição dos
representantes da CIPA.
5.6.3 Caso haja previsão de dimensionamento diferente para setores econômicos em outras
Normas Regulamentadoras, estas têm precedência ao estabelecido na NR 5.

5.6.4 Conforme estabelece o item, qualquer empresa de qualquer ramo de atividade que
não esteja obrigada a constituir CIPA para determinado estabelecimento deverá possuir
nele o designado. Não podem ser escolhidos como designado nem o estagiário nem o
próprio empregador, uma vez que não possuem vínculo celetista com a empresa.

5.7 O mandato dos membros eleitos da CIPA terá a duração de um ano, permitida uma
reeleição.

5.8 É vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa do empregado eleito para cargo de
direção de Comissões Internas de Prevenção de Acidentes desde o registro de sua
candidatura
até um ano após o final de seu mandato.

5.9 Serão garantidas aos membros da CIPA condições que não descaracterizem suas
atividades normais na empresa, sendo vedada a transferência para outro estabelecimento
sem a sua anuência, ressalvado o disposto nos parágrafos primeiro e segundo do artigo
469, da CLT.

5.10 Este item garante a representação dos indicados do empregador, os quais, ainda que
sob
consulta, pois também são empregados, devem encaminhar adequadamente as questões
negociadas na CIPA

5.11 O empregador designará entre seus representantes o Presidente da CIPA, e os


representantes dos empregados escolherão entre os titulares o Vice-Presidente.
5.12 Quando não houver mandato anterior, a posse ocorrerá em data estabelecida no edital
de convocação para as eleições

5.13 A anuência do empregador só se faz necessária se o secretário não for membro da


CIPA. Será, entretanto, de bom princípio a comunicação ao empregador sobre quem será o
secretário, em função das atribuições que lhe serão delegadas

5.14 A documentação referente ao processo eleitoral da CIPA, incluindo as atas de eleição


e de
posse e o calendário anual das reuniões ordinárias, deve ficar no estabelecimento à
disposição
da fiscalização do Ministério do Trabalho e Emprego. (Alterado pela Portaria SIT n.º 247, de
12 de julho de 2011)

5.14.1 A norma prevê a possibilidade de os sindicatos solicitarem ao empregador a


documentação referente ao processo eleitoral da CIPA, as atas de eleição e de posse e o
calendário anual de reuniões ordinárias. Nesse sentido, constitui-se obrigação do
empregador
apresentar os documentos quando solicitado pelo sindicato da categoria de seus
empregados.

5.14.2 O empregador deve fornecer cópias das atas de eleição e posse aos membros
titulares e
suplentes da CIPA, mediante recibo. (Inserido pela Portaria SIT n.º 247, de 12 de julho de
2011)
5.15 A CIPA não poderá ter seu número de representantes reduzido, bem como não poderá
ser desativada pelo empregador, antes do término do mandato de seus membros, ainda que
haja redução do número de empregados da empresa, exceto no caso de encerramento das
atividades do estabelecimento

DAS ATRIBUIÇÕES

5.16 A CIPA terá por atribuição:

a) identificar os riscos do processo de trabalho, e elaborar o mapa de riscos, com a


participação do maior número de trabalhadores, com assessoria do SESMT, onde
houver;

b) elaborar plano de trabalho que possibilite a ação preventiva na solução de


problemas de
segurança e saúde no trabalho;
c) participar da implementação e do controle da qualidade das medidas de prevenção
necessárias, bem como da avaliação das prioridades de ação nos locais de trabalho;

d) realizar, periodicamente, verificações nos ambientes e condições de trabalho


visando a
identificação de situações que venham a trazer riscos para a segurança e saúde dos
trabalhadores;

e) realizar, a cada reunião, avaliação do cumprimento das metas fixadas em seu plano
de
trabalho e discutir as situações de risco que foram identificadas;

f) divulgar aos trabalhadores informações relativas à segurança e saúde no trabalho;


g) participar, com o SESMT, onde houver, das discussões promovidas pelo
empregador, para
avaliar os impactos de alterações no ambiente e processo de trabalho relacionados à
segurança e saúde dos trabalhadores;

h) requerer ao SESMT, quando houver, ou ao empregador, a paralisação de máquina


ou setor onde considere haver risco grave e iminente à segurança e saúde dos
trabalhadores;

i) colaborar no desenvolvimento e implementação do PCMSO e PPRA e de outros


programas
relacionados à segurança e saúde no trabalho;

j) divulgar e promover o cumprimento das Normas Regulamentadoras, bem como


cláusulas de
acordos e convenções coletivas de trabalho, relativas à segurança e saúde no
trabalho;

l) participar, em conjunto com o SESMT, onde houver, ou com o empregador da


análise das
causas das doenças e acidentes de trabalho e propor medidas de solução dos
problemas
identificados;
m)requisitar ao empregador e analisar as informações sobre questões que tenham
interferido na segurança e saúde dos trabalhadores;

n) requisitar à empresa as cópias das CAT emitidas;


o) promover, anualmente, em conjunto com o SESMT, onde houver, a Semana Interna
de Prevenção de Acidentes do Trabalho – SIPAT;

p) participar, anualmente, em conjunto com a empresa, de Campanhas de Prevenção


da AIDS.

5.17 tempo e os meios necessários para o desempenho das funções, previstas no Plano de
Trabalho da CIPA, deverão ser garantidas pelo empregador.

5.18 Cabe aos empregados:

a) participar da eleição de seus representantes; Quanto mais atuante for a CIPA, mais se
estimula a participação dos empregados nas questões de saúde e segurança do trabalho e,
consequentemente, no processo eleitoral de escolha dos representantes dos trabalhadores
na CIPA.

b) colaborar com a gestão da CIPA;

c) indicar à CIPA, ao SESMT e ao empregador situações de riscos e apresentar


sugestões
para melhoria das condições de trabalho; Os trabalhadores precisam participar
ativamente da gestão da CIPA, não apenas relatando problemas que eventualmente surjam
no ambiente de trabalho, mas devem participar das reuniões e cobrar a resolução dos
problemas identificados, bem como sugerir melhorias nas condições de trabalho.

d) observar e aplicar no ambiente de trabalho as recomendações quanto à prevenção de


acidentes e doenças decorrentes do trabalho.

5.19 Cabe ao Presidente da CIPA:

a) convocar os membros para a reunião da CIPA;

b) coordenar as reuniões da CIPA, encaminhando ao empregador e ao SESMT,


quando houver, as decisões da comissão;

c) manter o empregador informado sobre os trabalhos da CIPA;

d) coordenar e supervisionar as atividades de secretaria;

e) delegar atribuições ao Vice-Presidente.

5.20 Cabe ao Vice-Presidente:

a) executar atribuições que Ihe forem delegadas;

b) substituir o Presidente nos seus impedimentos eventuais ou nos seus afastamentos


temporários.

5.21 O Presidente e o Vice-Presidente da CIPA, em conjunto, terão as seguintes


atribuições:
a) cuidar para que a CIPA disponha de condições necessárias para o desenvolvimento de
seus
trabalhos;

b) coordenar e supervisionar as atividades da CIPA, zelando para que os objetivos


propostos
sejam alcançados;

c) delegar atribuições aos membros da CIPA;


d) promover o relacionamento da CIPA com o SESMT, quando houver;

e) divulgar as decisões da CIPA a todos os trabalhadores do estabelecimento;

f) encaminhar os pedidos de reconsideração das decisões da CIPA;


g) constituir a comissão eleitoral.

5.22 O Secretário da CIPA terá por atribuição:


a) acompanhar as reuniões da CIPA, e redigir as atas apresentando-as para aprovação e
assinatura dos membros presentes;

b) preparar a correspondência;

c) outras que lhe forem conferidas.

DO FUNCIONAMENTO

5.23 A CIPA terá reuniões ordinárias mensais, de acordo com o calendário


preestabelecido.

A CIPA deverá seguir o calendário previamente estabelecido, sendo que o não cumprimento
injustificado é passível de autuação, no caso de a fiscalização comparecer ao
estabelecimento na hora marcada e verificar que não haverá reunião. Entretanto, caso a
CIPA não possa observar o calendário, por motivos justificados, a empresa deverá
encaminhar comunicação contra recibo aos membros da CIPA e guardá-los para
apresentação oportuna à fiscalização.

5.24 As reuniões ordinárias da CIPA serão realizadas durante o expediente normal da


empresa e em local apropriado.

Entende-se como expediente normal da empresa aquele em que trabalham o maior número
de empregados do estabelecimento. Caso a reunião ocorra fora do horário de trabalho do
empregado membro da CIPA, o tempo da reunião deve ser considerado como de trabalho
efetivo.
5.25 Os comprovantes de entrega de cópia das atas a todos os membros da CIPA deverão
ficar à disposição dos Auditores-Fiscais do Trabalho.

5.26 As atas devem ficar no estabelecimento à disposição da fiscalização do Ministério do


Trabalho e Emprego. (Alterado pela Portaria SIT n.º 247, de 12 de julho de 2011)

5.27 Reuniões extraordinárias deverão ser realizadas quando:

a) houver denúncia de situação de risco grave e iminente que determine aplicação de


medidas corretivas de emergência;
Denúncias provenientes da CIPA e dos trabalhadores. As situações podem também se
relacionar a eventos da natureza ou de situações no entorno que possam afetar o
estabelecimento. Podemos citar, como exemplos, a suspeita de rompimento de barragem, a
ocorrência iminente de inundação, entre outros.

b) ocorrer acidente do trabalho grave ou fatal;


A reunião extraordinária, no caso de acidente fatal, deve se dar o mais cedo e, sempre que
possível, antes das modificações do local onde o acidente ocorreu.
c) houver solicitação expressa de uma das representações.

5.28 As decisões da CIPA serão preferencialmente por consenso.

5.28.1 Não havendo consenso, e frustradas as tentativas de negociação direta ou com


mediação, será instalado processo de votação, registrando-se a ocorrência na ata da
reunião.

5.29 O pedido de reconsideração relativo às decisões pode ser de iniciativa do empregador,


de um trabalhador ou de grupo deles, devendo ser encaminhado à CIPA.

5.29.1 O pedido de reconsideração será apresentado à CIPA até a próxima reunião


ordinária,
quando será analisado, devendo o Presidente e o Vice-Presidente efetivar os
encaminhamentos necessários.

5.30 O membro titular perderá o mandato, sendo substituído por suplente, quando
faltar a
mais de quatro reuniões ordinárias sem justificativa.

5.31 A vacância definitiva de cargo, ocorrida durante o mandato, será suprida por
suplente,
obedecida a ordem de colocação decrescente que consta na ata de eleição, devendo
os
motivos ser registrados em ata de reunião. (Alterado pela Portaria SIT n.º 247, de 12
de julho
de 2011)
5.31.1 No caso de afastamento definitivo do presidente, o empregador indicará o
substituto, em dois dias úteis, preferencialmente entre os membros da CIPA

5.31.2 No caso de afastamento definitivo do vice-presidente, os membros titulares da


representação dos empregados, escolherão o substituto, entre seus titulares, em dois
dias
úteis.

5.31.3 Caso não existam suplentes para ocupar o cargo vago, o empregador deve
realizar
eleição extraordinária, cumprindo todas as exigências estabelecidas para o processo
eleitoral, exceto quanto aos prazos, que devem ser reduzidos pela metade. (Inserido
pela Portaria SIT n.º 247, de 12 de julho de 2011)

5.31.3.1 O mandato do membro eleito em processo eleitoral extraordinário deve ser


compatibilizado com o mandato dos demais membros da Comissão. (Inserido pela
Portaria SIT n.º 247, de 12 de julho de 2011)

5.31.3.2 O treinamento de membro eleito em processo extraordinário deve ser


realizado no
prazo máximo de trinta dias, contados a partir da data da posse. (Inserido pela
Portaria SIT n.º247, de 12 de julho de 2011)

DO TREINAMENTO

5.32 A empresa deverá promover treinamento para os membros da CIPA, titulares e


suplentes, antes da posse.
5.32.1 O item se refere ao primeiro mandato da CIPA no estabelecimento. É ponto de vista
administrativo que o período de trinta dias valha também para a formação do presidente
substituto quando esse não fizer parte da CIPA.

5.32.2 As empresas que não se enquadrem no Quadro I, promoverão anualmente


treinamento
para o designado responsável pelo cumprimento do objetivo desta NR.

5.33 O treinamento para a CIPA deverá contemplar, no mínimo, os seguintes itens:


O treinamento da CIPA teve seu escopo transformado, visando a que o trabalhador
compreenda o processo produtivo e seus principais riscos.

a) estudo do ambiente, das condições de trabalho, bem como dos riscos originados
do
processo produtivo;

O item tem o objetivo de fazer com que os trabalhadores compreendam o ambiente e as


condições de trabalho da empresa, inclusive, quanto aos critérios relacionados à
organização do trabalho.

b) metodologia de investigação e análise de acidentes e doenças do trabalho;

É importante que o método escolhido seja participativo e que se proponha a buscar causas
intervenientes, com o objetivo de eliminá-las ou de inserir barreiras protetoras, e não com o
objetivo de classificar de forma simplória o acidente, que é sempre complexo, e, muito
menos, de buscar configurar culpados.

c) noções sobre acidentes e doenças do trabalho decorrentes de exposição aos


riscos existentes na empresa;

Estudo dos casos clássicos de acidentes que tenham ocorrido na empresa ou em similares.
O
estudo das possibilidades de acidentes também se faz promissor.

d) noções sobre a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida – AIDS, e medidas de


prevenção;

e) noções sobre as legislações trabalhista e previdenciária relativas à segurança e


saúde no
trabalho;

Noções básicas das Normas Regulamentadoras e Acordos e Convenções Coletivas


relacionados à segurança e saúde. Estudos básicos da legislação previdenciária, em
especial os itens que tratam do Acidente de Trabalho.

f) princípios gerais de higiene do trabalho e de medidas de controle dos riscos;


O estudo pode se fundamentar no PPRA e em outros programas de saúde e segurança no
trabalho adotados na empresa. Esse estudo é fundamental para instruir os membros da
CIPA no acompanhamento dos programas de saúde e segurança da empresa, visando sua
efetiva
implementação.

c. organização da CIPA e outros assuntos necessários ao exercício das atribuições da


Comissão.

5.34 O treinamento terá carga horária de vinte horas, distribuídas em no máximo oito
horas
diárias e será realizado durante o expediente normal da empresa.

5.35 O treinamento poderá ser ministrado pelo SESMT da empresa, entidade patronal,
entidade de trabalhadores ou por profissional que possua conhecimentos sobre os
temas ministrados.

5.36 A CIPA será ouvida sobre o treinamento a ser realizado, inclusive quanto à
entidade ou
profissional que o ministrará, constando sua manifestação em ata, cabendo à
empresa escolher a entidade ou profissional que ministrará o treinamento.

5.37 Quando comprovada a não observância ao disposto nos itens relacionados ao


treinamento, a unidade descentralizada do Ministério do Trabalho e Emprego12
determinará a complementação ou a realização de outro, que será efetuado no prazo
máximo de trinta dias, contados da data de ciência da empresa sobre a decisão.

DO PROCESSO ELEITORAL

5.38 Compete ao empregador convocar eleições para escolha dos representantes dos
empregados na CIPA, no prazo mínimo de 60 (sessenta) dias antes do término do
mandato em curso.

5.38.1 A empresa estabelecerá mecanismos para comunicar o início do processo


eleitoral ao
sindicato da categoria profissional.

5.39 O Presidente e o Vice Presidente da CIPA constituirão dentre seus membros, no


prazo
mínimo de 55 (cinqüenta e cinco) dias antes do término do mandato em curso, a
Comissão
Eleitoral – CE, que será a responsável pela organização e acompanhamento do
processo
eleitoral.

5.39.1 Nos estabelecimentos onde não houver CIPA, a Comissão Eleitoral será
constituída pela empresa.

5.40 O processo eleitoral observará as seguintes condições:

a) publicação e divulgação de edital, em locais de fácil acesso e visualização, no


prazo mínimo de 45 (quarenta e cinco) dias antes do término do mandato em curso;
b) inscrição e eleição individual, sendo que o período mínimo para inscrição será de
quinze dias;

As inscrições devem ser individuais e mantidas abertas por pelo menos quinze dias, de
forma a garantir a possibilidade de participação de todos os empregados que assim o
desejarem.

c) liberdade de inscrição para todos os empregados do estabelecimento,


independentemente de setores ou locais de trabalho, com fornecimento de
comprovante;

Conforme estabelece o item, as inscrições devem ser livres com fornecimento de


comprovante, que deve conter a data da efetivação do ato e a assinatura de quem a
recebeu

d) garantia de emprego para todos os inscritos até a eleição;

Como o artigo 10º dos ADCT define que a garantia de emprego deve ser a partir da
inscrição, é
implícito que ficam garantidos, transitoriamente, os empregos de todos os candidatos, pois,
antes da eleição não se sabe quem vai ser eleito.

e) realização da eleição no prazo mínimo de 30 (trinta) dias antes do término do


mandato da
CIPA, quando houver;

f) realização de eleição em dia normal de trabalho, respeitando os horários de turnos


e em
horário que possibilite a participação da maioria dos empregados.

As eleições devem respeitar os turnos de trabalho, quando houver. No caso de empresas


onde
os trabalhadores não permanecem nos estabelecimento, é possível a utilização de urnas
“itinerantes” de forma a garantir maior participação.

g) voto secreto;

h) apuração dos votos, em horário normal de trabalho, com acompanhamento de


representante do empregador e dos empregados, em número a ser definido pela
comissão eleitoral;

i) faculdade de eleição por meios eletrônicos;

j) guarda, pelo empregador, de todos os documentos relativos à eleição, por um


período mínimo de cinco anos

5.41 Havendo participação inferior a cinqüenta por cento dos empregados na


votação, não
haverá a apuração dos votos e a comissão eleitoral deverá organizar outra votação
que ocorrerá no prazo máximo de dez dias.

5.42 As denúncias sobre o processo eleitoral deverão ser protocolizadas na unidade


descentralizada do MTE13, até trinta dias após a data da posse dos novos membros
da CIPA.

5.42.1 Compete à unidade descentralizada do Ministério do Trabalho e Emprego14,


confirmadas irregularidades no processo eleitoral, determinar a sua correção ou
proceder a anulação quando for o caso

5.42.2 Em caso de anulação a empresa convocará nova eleição no prazo de cinco


dias, a
contar da data de ciência, garantidas as inscrições anteriores.
5.42.3 Quando a anulação se der antes da posse dos membros da CIPA, ficará
assegurada a prorrogação do mandato anterior, quando houver, até a
complementação do
processo eleitoral.

5.43 Assumirão a condição de membros titulares e suplentes, os candidatos mais


votados.

5.44 Em caso de empate, assumirá aquele que tiver maior tempo de serviço no
estabelecimento.

5.45 Os candidatos votados e não eleitos serão relacionados na ata de eleição e


apuração, em ordem decrescente de votos, possibilitando nomeação posterior, em
caso de vacância de
suplentes.
DAS CONTRATANTES E CONTRATADAS

5.46 Quando se tratar de empreiteiras ou empresas prestadoras de serviços,


considera-se
estabelecimento, para fins de aplicação desta NR, o local em que seus empregados
estiverem exercendo suas atividades.

5.47 Sempre que duas ou mais empresas atuarem em um mesmo estabelecimento, a


CIPA ou designado da empresa contratante deverá, em conjunto com as das
contratadas ou com os designados, definir mecanismos de integração e de
participação de todos os trabalhadores em relação às decisões das CIPA existentes
no estabelecimento.

5.48 A contratante e as contratadas, que atuem num mesmo estabelecimento,


deverão
implementar, de forma integrada, medidas de prevenção de acidentes e doenças do
trabalho, decorrentes da presente NR, de forma a garantir o mesmo nível de proteção
em matéria de segurança e saúde a todos os trabalhadores do estabelecimento.

5.49 A empresa contratante adotará medidas necessárias para que as empresas


contratadas,
suas CIPA, os designados e os demais trabalhadores lotados naquele
estabelecimento recebam as informações sobre os riscos presentes nos ambientes
de trabalho, bem como sobre as medidas de proteção adequadas.

5.50 A empresa contratante adotará as providências necessárias para acompanhar o


cumprimento pelas empresas contratadas que atuam no seu estabelecimento, das
medidas de segurança e saúde no trabalho.

DISPOSIÇÕES FINAIS
5.51 Revogado pela Portaria SIT n.º 247, de 12 de julho de 2011.

NR 6

O Equipamento de Proteção Individual é todo dispositivo ou produto, de uso individual


utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a
segurança e a saúde no trabalho.
Os EPI’s só podem ser vendidos com a indicação do Certificado de Aprovação – CA.
Importante sempre se atentar a validade do CA para garantir a qualidade do equipamento e
a proteção de quem está usando. Lembrando que é proibido comercializar um EPI que
esteja com a validade do CA vencido.
Todas as empresas devem oferecer este equipamento para cada empregado de forma
gratuita. Mas, obviamente, antes é preciso identificar quais são os equipamentos
necessários e adequados para exercer as atividades profissionais.
A NR 6 determina todos os requisitos sobre o Equipamento de Proteção Individual. Entre
eles está a responsabilidade do empregador, empregado e também do fabricante de EPI’s,
seja um fabricante nacional ou um EPI importado. Caso seja importado, o fabricante
também deve cumprir e respeitar as normas de segurança para garantir a eficiência do
equipamento de proteção e proteger o usuário.
Responsabilidades do empregador
Em relação ao EPI, é dever do empregador:
● Adquirir o adequado ao risco de cada atividade;
● Exigir seu uso;
● Fornecer ao trabalhador somente o aprovado pelo órgão nacional competente em
matéria de segurança e saúde no trabalho;
● Orientar e treinar o funcionário sobre o uso adequado, guarda e conservação;
● Substituir imediatamente, quando o danificado ou extraviado;
● Responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica;
● Comunicar ao MTE ( Ministério do Trabalho) qualquer irregularidade observada;
● Registrar o seu fornecimento ao trabalhador, podendo ser adotados livros, fichas ou
sistema eletrônico.
Responsabilidade do empregado
● Apenas usando para finalidade a que se destina;
● Responsabilizar-se pela guarda e conservação;
● Comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para uso;
● Cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado.
Responsabilidade dos fabricantes nacionais ou internacionais
● Cadastrar-se junto ao órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde
no trabalho;
● Solicitar a emissão do CA;
● Solicitar a renovação de CA quando vencido o prazo de validade estipulado pelo
órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde do trabalho;
● Requerer novo CA quando houver alteração dos especificações do equipamento
aprovado;
● Responsabilizar-se pela manutenção da qualidade do EPI que deu origem ao CA;
● Comercializar ou colocar à venda somente o EPI, portador de CA;
● Comunicar ao órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no
trabalho quaisquer alterações dos dados cadastrais fornecidos;
● Comercializar o EPI com instruções técnicas no idioma nacional, orientando sua
utilização, manutenção, restrição e demais referências ao seu uso;
● fazer constar do EPI o número de lote de fabricação;
● providenciar a avaliação da conformidade do EPI no âmbito do SINMETRO (Instituto
Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia), quando for o caso;
● Fornecer as informações referentes aos processos de limpeza e higienização de
seus EPI, indicando quando for o caso, o número de higienizações acima do qual é
necessário proceder à revisão ou à substituição do equipamento, a fim de garantir
que os mesmos mantenham as características de proteção original.
● Promover adaptação do EPI detentor de Certificado de Aprovação para pessoas com
deficiência.
Certificado de Aprovação – CA
Para fins de comercialização o CA concedido aos EPI terá validade de 5 anos, para aqueles
equipamentos com laudos de ensaio que não tenham sua conformidade avaliada no âmbito
do SINMETRO. O prazo vinculado à avaliação da conformidade no âmbito do SINMETRO,
quando for o caso.

Como escolher o Equipamento de Proteção Individual (EPI) adequado?


Ter ciência dos riscos do trabalho é essencial para a escolha adequada do equipamento de
proteção individual. Por conta disso, entender como é realizada cada atividade do ambiente
irá facilitar na hora de definir o EPI de forma correta.
Primeiro, é necessário saber os tipos de riscos ambientais existentes nos locais de trabalho.
Para isso se existe o Mapa de Riscos, que tem o objetivo de informar e conscientizar os
riscos existentes no local de trabalho. Nele se encontra os seguintes riscos:
● Risco Físico;
● Risco Químico;
● Risco Biológico;
● Risco Ergonômico;
● Risco de Acidentes;
Reconhecer, analisar e avaliar os agentes ambientais é fundamental para a definição dos
EPI’s. Para cada tarefa e/ou processo de trabalho, deve realizar a análise do risco e o nível
de exposição para poder ser possível ver qual o equipamento mais adequado para a
situação. Lembrando que o equipamento não irá mudar a dimensão do risco, a função dele
é eliminar ou reduzir a ação do agente no corpo do trabalhador. É importante que todos
saibam o porquê de estarem usando tal equipamento, assim como também, saber a forma
correta de se utilizar o EPI para garantir a eficiência do produto e a segurança dos
colaboradores.
Treinamento
Evitar os acidentes de trabalho e as doenças ocupacionais é cuidar da saúde dos
trabalhadores. De acordo com a NR 1 – Disposições Gerais, é a função do empregador
cumprir e fazer cumprir todas as normas regulamentadoras. Por conta disso, o treinamento
é essencial para que os trabalhadores tenham conscientização e a promoção da saúde e
segurança do trabalho.
Tipos de EPI
O mercado de EPI’s cresce de forma constante. A cada ano, a tecnologia traz
novidades e novas soluções para a proteção do trabalhador e a segurança do trabalho.
Existem equipamentos de formas diversas para proteger o trabalhador, um para cada tipo
de risco e tem equipamento para cada parte do corpo do usuário.
Abaixo cada tipo de equipamento e qual seria a melhor adequação, seguindo a Norma
Regulamentadora 24:
1- Capacete
a) capacete para proteção contra impactos de objetos sobre o crânio;
b) capacete para proteção contrachoques elétricos;
c) capacete para proteção do crânio e face contra agentes térmicos.
2- Capuz ou balaclava
a) capuz para proteção do crânio e pescoço contra riscos de origem térmica;
b) capuz para proteção do crânio, face e pescoço contra agentes químicos;
c) capuz para proteção do crânio e pescoço contra agentes abrasivos e escoriantes;
d) capuz para proteção da cabeça e pescoço contra umidade proveniente de operações
com uso de água.
3- Óculos
a) óculos para proteção dos olhos contra impactos de partículas volantes;
b) óculos para proteção dos olhos contra luminosidade intensa;
c) óculos para proteção dos olhos contra radiação ultravioleta;
d) óculos para proteção dos olhos contra radiação infravermelha;
e) óculos de tela para proteção limitada dos olhos contra impactos de partículas volantes.
4- Protetor facial
a) protetor facial para proteção da face contra impactos de partículas volantes;
b) protetor facial para proteção da face contra radiação infravermelha;
c) protetor facial para proteção dos olhos contra luminosidade intensa;
d) protetor facial para proteção da face contra riscos de origem térmica;
e) protetor facial para proteção da face contra radiação ultravioleta.
5- Máscara de Solda
a) máscara de solda para proteção dos olhos e face contra impactos de partículas volantes,
radiação ultravioleta, radiação infravermelha e luminosidade intensa.
6- EPI para proteção auditiva
a) protetor auditivo circum-auricular para proteção do sistema auditivo contra níveis de
pressão sonora superiores ao estabelecido na NR-15, Anexos n.º 1 e 2;
b) protetor auditivo de inserção para proteção do sistema auditivo contra níveis de pressão
sonora superiores ao estabelecido na NR-15, Anexos n.º 1 e 2;
c) protetor auditivo semi-auricular para proteção do sistema auditivo contra níveis de
pressão sonora superiores ao estabelecido na NR-15, Anexos n.º 1 e 2.
7- EPI para proteção respiratória
Respirador purificador de ar não-motorizado:
a) peça semifacial filtrante (PFF1) para proteção das vias respiratórias contra poeiras e
névoas;
b) peça semifacial filtrante (PFF2) para proteção das vias respiratórias contra poeiras,
névoas e fumos;
c) peça semifacial filtrante (PFF3) para proteção das vias respiratórias contra poeiras,
névoas, fumos e radionuclídeos;
d) peça um quarto facial, semifacial ou facial inteira com filtros para material particulado tipo
P1 para proteção das vias respiratórias contra poeiras e névoas; e ou P2 para proteção
contra poeiras, névoas e fumos; e ou P3 para proteção contra poeiras, névoas, fumos e
radionuclídeos;
e) peça um quarto facial, semifacial ou facial inteira com filtros químicos e ou combinados
para proteção das vias respiratórias contra gases e vapores e ou material particulado.
Respirador purificador de ar motorizado:
a) sem vedação facial tipo touca de proteção respiratória, capuz ou capacete para proteção
das vias respiratórias contra poeiras, névoas, fumos e radionuclídeos e ou contra gases e
vapores;
b) com vedação facial tipo peça semifacial ou facial inteira para proteção das vias
respiratórias contra poeiras, névoas, fumos e radionuclídeos e ou contra gases e vapores.
Respirador de adução de ar tipo linha de ar comprimido:
a) sem vedação facial de fluxo contínuo tipo capuz ou capacete para proteção das vias
respiratórias em atmosferas com concentração de oxigênio maior que 12,5%;
b) sem vedação facial de fluxo contínuo tipo capuz ou capacete para proteção das vias
respiratórias em operações de jateamento e em atmosferas com concentração de oxigênio
maior que 12,5%;
c) com vedação facial de fluxo contínuo tipo peça semifacial ou facial inteira para proteção
das vias respiratórias em atmosferas com concentração de oxigênio maior que 12,5%;
d) de demanda com pressão positiva tipo peça semifacial ou facial inteira para proteção das
vias respiratórias em atmosferas com concentração de oxigênio maior que 12,5%;
e) de demanda com pressão positiva tipo peça facial inteira combinado com cilindro auxiliar
para proteção das vias respiratórias em atmosferas com concentração de oxigênio menor
ou igual que 12,5%, ou seja, em atmosferas Imediatamente Perigosas à Vida e a Saúde
(IPVS).
Respirador de adução de ar tipo máscara autônoma
a) de circuito aberto de demanda com pressão positiva para proteção das vias respiratórias
em atmosferas com concentração de oxigênio menor ou igual que 12,5%, ou seja, em
atmosferas Imediatamente Perigosas à Vida e a Saúde (IPVS);
b) de circuito fechado de demanda com pressão positiva para proteção das vias
respiratórias em atmosferas com concentração de oxigênio menor ou igual que 12,5%, ou
seja, em atmosferas Imediatamente Perigosas à Vida e a Saúde (IPVS).
Respirador de fuga
a) respirador de fuga tipo bocal para proteção das vias respiratórias contra gases e vapores
e ou material particulado em condições de escape de atmosferas Imediatamente Perigosas
à Vida e a Saúde (IPVS)
8- EPI para proteção de tronco
Vestimentas
a) vestimentas para proteção do tronco contra riscos de origem térmica;
b) vestimentas para proteção do tronco contra riscos de origem mecânica;
c) vestimentas para proteção do tronco contra agentes químicos;
d) vestimentas para proteção do tronco contra riscos de origem radioativa;
e) vestimenta para proteção do tronco contra umidade proveniente de precipitação
pluviométrica; (NR)
f) vestimentas para proteção do tronco contra umidade proveniente de operações com uso
de água.
g) Colete à prova de balas de uso permitido para vigilantes que trabalhem portando arma de
fogo, para proteção do tronco contra riscos de origem mecânica.
9- EPI para membros superiores
Luvas
a) luvas para proteção das mãos contra agentes abrasivos e escoriantes;
b) luvas para proteção das mãos contra agentes cortantes e perfurantes;
c) luvas para proteção das mãos contrachoques elétricos;
d) luvas para proteção das mãos contra agentes térmicos;
e) luvas para proteção das mãos contra agentes biológicos;
f) luvas para proteção das mãos contra agentes químicos;
g) luvas para proteção das mãos contra vibrações;
h) luvas para proteção contra umidade proveniente de operações com uso de água;
i) luvas para proteção das mãos contra radiações ionizantes
Creme protetor
a) creme protetor de segurança para proteção dos membros superiores contra agentes
químicos.
Manga
a) manga para proteção do braço e do antebraço contrachoques elétricos;
b) manga para proteção do braço e do antebraço contra agentes abrasivos e escoriantes;
c) manga para proteção do braço e do antebraço contra agentes cortantes e perfurantes;
d) manga para proteção do braço e do antebraço contra umidade proveniente de operações
com uso de água;
e) manga para proteção do braço e do antebraço contra agentes térmicos;
f) manga para proteção do braço e do antebraço contra agentes químicos.
Braçadeira
a) braçadeira para proteção do antebraço contra agentes cortantes;
b) braçadeira para proteção do antebraço contra agentes escoriantes.
Dedeira
a) dedeira para proteção dos dedos contra agentes abrasivos e escoriantes.
10- EPI para proteção de membros inferiores
Calçado
a) calçado para proteção contra impactos de quedas de objetos sobre os artelhos;
b) calçado para proteção dos pés contra agentes provenientes de energia elétrica;
c) calçado para proteção dos pés contra agentes térmicos;
d) calçado para proteção dos pés contra agentes abrasivos e escoriantes;
e) calçado para proteção dos pés contra agentes cortantes e perfurantes;
f) calçado para proteção dos pés e pernas contra umidade proveniente de operações com
uso de água;
g) calçado para proteção dos pés e pernas contra agentes químicos.
Meia
a) meia para proteção dos pés contra baixas temperaturas.
Perneira
a) perneira para proteção da perna contra agentes abrasivos e escoriantes;
b) perneira para proteção da perna contra agentes térmicos;
c) perneira para proteção da perna contra agentes químicos;
d) perneira para proteção da perna contra agentes cortantes e perfurantes;
e) perneira para proteção da perna contra umidade proveniente de operações com uso de
água.
Calça
a) calça para proteção das pernas contra agentes abrasivos e escoriantes;
b) calça para proteção das pernas contra agentes químicos;
c) calça para proteção das pernas contra agentes térmicos;
d) calça para proteção das pernas contra umidade proveniente de operações com uso de
água.
e) calça para proteção das pernas contra umidade proveniente de precipitação
pluviométrica. (NR)
11- EPI para proteção do corpo inteiro
Macacão
a) macacão para proteção do tronco e membros superiores e inferiores contra agentes
térmicos;
b) macacão para proteção do tronco e membros superiores e inferiores contra agentes
químicos;
Vestimenta de corpo inteiro
a) vestimenta para proteção de todo o corpo contra riscos de origem química;
b) vestimenta para proteção de todo o corpo contra umidade proveniente de operações com
água;
c) vestimenta condutiva para proteção de todo o corpo contrachoques elétricos.
d) vestimenta para proteção de todo o corpo contra umidade proveniente de precipitação
pluviométrica. (NR)
12- EPI para proteção contra quedas com diferença de nível
Cinturão de segurança com dispositivo trava-queda
a) cinturão de segurança com dispositivo trava-queda para proteção do usuário contra
quedas em operações com movimentação vertical ou horizontal.
Cinturão de segurança com talabarte
a) cinturão de segurança COM TALABARTE para proteção do usuário contra riscos de
queda em trabalhos em altura;
b) cinturão de segurança COM TALABARTE para proteção do usuário contra riscos de
queda no posicionamento em trabalhos em altura.
Os Equipamentos de Proteção Individual são capazes de proteger o trabalhador em
diversas situações. Basta, compreender o tipo de risco que o usuário está exposto durante
a jornada de trabalho. Por isso, é preciso da avaliação de um profissional da área de Saúde
e Segurança do Trabalho (SST) para avaliar a necessidade do uso do EPI ou não

NR 24

O que é a NR 24?
A NR 24 é uma norma regulamentadora que se refere das condições de higiene e conformo
no trabalho, isto é, fazer com que os trabalhadores tenham condições dignas no ambiente
de trabalho. Estabelece as condições mínimas sejam observadas pelas organizações.
A norma não faz com que as empresas deem algo de muita grandeza para seus
funcionários. O seu objetivo, na verdade, é fazer que as empreses não façam com que os
empregados estejam em condições precárias e que assim não fiquem doentes por conta
desses abusos.
Tendo o mínimo de conforto e higiene pode-se evitar:
● Contaminação e doenças causadas por germes e bactérias prejudiciais a saúde;
● Esforço imoderado que seja capaz de causar doenças de médio e longo prazo;
● Desconforto que reduz o foco e gera acidentes de trabalho;
Esta NR vai muito além dos banheiros, ela se aplica em todos os pontos que dizem a
respeito da necessidade de ter higiene e conforto dos funcionários. Incluindo:
Instalações sanitárias
Todo estabelecimento deve ser fadado de instalação sanitária formada por uma bacia
sanitária sifonada, dotada de assento com tampo, ter lavatório e lavatório. A NR 24 traz
diretrizes que se deve seguir para regularizar as instalações sanitárias. Algumas são
específicas para certos tipos de empresa, enquanto outras são voltadas para instalações
construídas recentemente.
Todas as instalações devem ter:
● Bacias sanitárias e lavatórios suficientes para o número de funcionários;
● Sistema de água e esgoto;
● Piso e revestimento íntegros, impermeáveis e laváveis
● Ventilação apropriada;
● Descarte adequado de papéis e lixo;
Nos locais devem ser atendida a proporção mínima de instalação sanitária para cada grupo
de 20 trabalhadores ou fração, sendo elas separadas por sexo.
É exigido um lavatório para cada 10 trabalhadores nas atividades com exposição e
manuseio de material infectante, substâncias tóxicas, irritantes, poeiras acumuladas, que se
fixem na pele ou roupa do trabalhador.
Em um resumo bem sucinto, podemos dizer apenas que o banheiro deve ser limpo e digno,
que qualquer pessoa se sinta à vontade para usar e que tenha privacidade.
Vestiário
Caso a empresa obrigue que os funcionários troquem o uniforme no local de trabalho, o
local precisa ter um chuveiro no vestiário. E, diante disso, a NR 24 dá instruções claras
sobre o que fazer.
Primeiramente, o vestiário, como todos os outros aspectos, deve ser dimensionado
respeitando a quantidade de funcionários. Além disso, há outros requisitos importantes, que
são:
● Limpos e bem conservados;
● Revestidos de materiais impermeáveis e laváveis;
● Ventilação;
● Equipamentos com bancos impermeáveis e laváveis suficientes para os
funcionários;
● Armários individuais ou duplos que possam ser trancados.
Não pode e não basta ter um espaço qualquer para ser utilizado como vestiário, não é o
suficiente. É importante calcular o tamanho da sala, seu revestimento e até mesmo o
tamanho e tipo de cada armário.
Cozinha
Se por algum acaso o estabelecimento tiver cozinha, a mesma deve seguir alguns
procedimentos de conforto e higiene, tais como:
● Ter piso e parede revestidos com material impermeável e lavável;
● Precisa ser ligada de forma direta aos refeitórios;
● Ventilação adequada;
● Ter áreas de higiene para os que trabalham na cozinha;
● Local para descartar o lixo de forma apropriada;
● Contar com os sanitários exclusivo dos trabalhadores que manipulam alimentos,
separados por sexo.
Além de tudo, se a cozinha tiver frigorífico, é importante que ele possa ser aberto por
dentro, mesmo que tenha sido trancado por fora, como medida de segurança. O mesmo
vale para recipientes de gás, que devem ser instalados do lado de fora da cozinha.
Refeitório
É obrigatório que todas as empresas ofereçam locais adequados para os trabalhadores
tomem suas refeições nos horários de pausa concedidos enquanto esteja no trabalho. Mas
existem regras específicas para empresas com mais ou menos de 30 funcionários.
É permitida a divisão de turno dos trabalhadores, em grupos para a tomada de refeições,
para assim de organizar o fluxo e facilitar o conforto dos funcionários no refeitório, podendo
garantir o intervalo para alimentação e repouso.
Os locais para tomada de refeições para atender até 30 (trinta) trabalhadores devem ser
destinados a este fim; ser arejados e apresentar boas condições de conservação, limpeza e
higiene; e possuir assentos e mesas, balcões ou similares para todos os usuários
atendidos.
Alojamento
As normas para alojamentos são muito pertinentes para o setor da construção, já que não é
novidade precisar desse tipo de recurso em obras maiores.
Seguindo a norma regulamentadora 24, há algumas exigências:
● Quartos e instalações sanitárias proporcionais ao número de pessoas;
● Sanitários separados por sexo;
● Camas com colchões certificados pelo INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia,
Qualidade e Tecnologia)
● Ventilação natural que pode ser complementada por artificial, dependendo do clima;
● Roupa de cama limpa e bom estado;
● Coleta de lixo diária;
● Estrutura para lavar e secar roupas diariamente, ou serviço de lavanderia;
● Armários com trancas.
Vestimenta de trabalho
É considerado vestimenta de trabalho toda peça ou conjunto de peças de vestuário,
destinada a atender exigências de certas atividades ou condições de trabalho que
impliquem contato com sujeira, agentes químicos, físicos ou biológicos ou para permitir que
o empregado seja bem visualizado.
A vestimenta não é só o EPI e nem o substitui. A empresa deve dar os dois gratuitamente.
A quantidade oferecida tem de levar em conta a necessidade de lavagem e caso a roupa
estrague a empresa deve fornecer outra.
NR 21

A NR21 faz parte do conjunto de Normas Regulamentadoras de saúde e segurança do


trabalho, atuando de forma direta nas atividades a céu aberto – não se aplicando apenas a
canteiros de obra, mas englobando outras atividades como: trabalhos rurais ou regiões
pantanosas.
Além disso, é necessário ressaltar que, para um suporte maior a realização dessas
atividades, a NR21 seja aliada às demais Normas.

Mas qual a finalidade da NR21?

Ela serve para definir requisitos técnicos e medidas de controle para qualquer atividade
executada a céu aberto, promovendo a saúde ocupacional e prevenindo acidentes de
trabalho.
Toda atividade realizada a céu aberto expõe o trabalhador a condições insalubres, como o
calor excessivo, o contato direto com os raios solares, chuvas, umidades, entre outros.
Desse modo, determina-se quais as principais medidas para um controle das situações,
garantindo, então, uma atividade saudável e segura para os trabalhadores.

Objetivos da NR21:

Ela tem como objetivo controlar os riscos ambientais presentes em atividades a céu
aberto, fazendo com que os riscos estejam dentro de um nível de tolerância.
Dentre os riscos nessas atividades, podemos considerar diversas origens, sendo elas:
físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e de acidente. Podendo ser apresentados nas
seguintes formas.

1. Calor e exposição excessiva ao Sol;


2. Chuvas e umidade;
3. Animais peçonhentos, vírus, bactérias e protozoários;
4. Ruídos e radiação ionizante;
5. Fumaça, fumos e poeira;
6. Rotinas de trabalho desgastante, com excesso de movimentos repetitivos.
Resumo da NR21
Todas as atividades realizadas em locais a céu aberto deverão conter abrigo apropriado,
destinado ao repouso dos trabalhadores e a proteção de intempéries.
Portanto, devem ser adotadas medidas de proteção contra chuvas, insolação, umidade e
demais fatores que possam afetar os trabalhadores.
A empresa deverá fornecer a todos os trabalhadores que residem no local, os devidos
alojamentos, garantindo que os mesmos estejam com condições sanitárias adequadas.
As atividades realizadas em locais alagadiços ou pantanosos devem adotar as
medidas de profilaxia de endemias, de acordo com as normas de saúde pública.
Sobre o local de trabalho
O local de trabalho deverá atender as exigências sanitárias, sendo necessária a
adequação do ambiente de acordo com a atividade.
Sempre que o morador receber moradia para si e sua família, o empregador deverá
garantir as devidas condições sanitárias do local.
É proibido moradia coletiva de família. As residências devem conter:
1. Ventilação e iluminação;
2. Paredes e pisos construídos com material impermeável;
3. Tamanho suficiente e adequado para a quantia de pessoas que habitarão ao local.
A residência deve ser construída em locais arejados, e com distâncias mínima de 50
metros de pontos de criações de animais, como currais, estábulos e etc.
A residência deve possuir dispositivos capazes de trancar portas, janelas e frestas,
quando necessário.
A presença de poços de água artesianos deve possuir proteção contra contaminações.
Sendo assim, os poços devem possuir cobertura composta por material impermeável,
imputrescível e não combustível.
Em todas as residências, devem ser construídas com cozinha, compartimento sanitário e
dormitórios.

Fossas Sanitários
As fossas negras (fossas sanitárias) devem ser alocadas a uma distância mínima de 15
metros dos poços de água artesiana, e de 10 metros da residência, sendo o local livre de
enchentes e jusante de poço.
Os locais destinados a evacuação humana (privadas) devem possuir ventilação adequada,
boas condições sanitárias e protegido contra infestações de pragas, como ratos, animais ou
insetos.

NR 35

Os trabalhos realizados em altura estão presentes em quase todos os setores e áreas do


ambiente de trabalho.
Acidentes ocorridos em trabalhos em altura, ao envolver um trabalhador, tem um potencial
de causar lesões gravíssimas, debilitações físicas permanentes ou, em casos piores, óbito.

Desta forma, a implementação desta NR tem o intuito de reduzir e minimizar


qualquer possível dano causado pelos acidentes do trabalho em altura. É imprescindível
que as atividades sejam tratadas como um dos principais riscos da frente de trabalho, e
deve ter atenção e foco total dos trabalhadores, principalmente dos técnicos e engenheiros
de segurança do trabalho.

Para que serve esta Norma?

Ela serve para definir e orientar sobre quais são os requisitos mínimos legais para
que possam ser realizadas atividades em altura elevada. A partir dela, definem-se critérios
para planejamento, organização e execução do trabalho em altura.

Também define quais os treinamentos exigidos para que sejam realizadas as


atividades, quais os exames devem ser constados no PCMSO (Programa de Controle
Médico de Saúde Ocupacional) para garantir que o trabalhador esteja apto para realizar
suas atividades em alturas elevadas, quais medidas de proteção (individual e coletiva)
devem ser tomadas, e outras informações e requisitos legais.

Quais as atividades que precisam da NR35?

Todas as atividades feitas em níveis acima do solo, ou do nível regular do piso, com
uma elevação igual ou maior que 2 metros, representando desta forma, riscos de acidentes
e quedas com potencial de causar lesões e/ou danos graves a saúde do trabalhador,
algumas vezes levando a óbito

Responsabilidades

De acordo com o artigo 3.5.2.1 desta NR, é de obrigação do empregador:

​ Implementar medidas adequadas de proteção sempre que houver a realização de


atividades em altura;

​ Emitir a Permissão de Trabalho e a ART;

​ Criar e implementar um procedimento operacional para atividades em altura


realizadas frequentemente na empresa:

​ Treinar e qualificar todos os trabalhadores que realizem atividades em altura,


garantindo que os mesmos estejam cientes dos riscos da atividade e das medidas
de controle implementadas;
​ Garantir que o local aonde será realizado as atividades seja analisado, criado um
plano de execução e implementado as medidas de controle previamente a execução
das atividades;
​ Todas as atividades em altura só devem ser iniciadas após a adoção das medidas
de controle previstas na NR 35;
​ Suspender as atividades sempre que constatado condição de risco não prevista, e
que não seja possível neutralizá-la ou eliminá-la imediatamente;
​ Todos os trabalhos devem ser supervisionados, e a sua forma de execução deve ser
baseada na análise dos riscos presentes na atividade;
​ Armazenar todas as documentações referidas na NR 35, para fins de fiscalização.

Já os itens do artigo 3.5.2.2 nos trazem as responsabilidades do trabalhador, sendo


elas:
​ Cumprir com todos os requisitos para a realização segura das atividades em altura,
inclusive procedimentos expedidos pelo empregador;
​ Colaborar para a implementação das medidas de controle e disposições da NR 35;
​ Zelar pela segurança comum das pessoas, incluindo a si mesmo, que possam ser
afetadas pelas suas ações durante a execução da atividade

​ Treinamentos e Cursos da NR35

Toda a atividade em altura deve ser realizada por um profissional devidamente


qualificado. Desta forma, como descrito no art. 35.3.2 da NR35, é considerado um
trabalhador qualificado, aquele que foi submetido e aprovado em treinamento teórico e
prático, com carga mínima de 8 (oito) horas e, cujo conteúdo deve incluir, no mínimo:
Normas de segurança para atividades em altura; análise das condições de risco presentes
na atividade, e seus impeditivos; riscos potenciais da atividade, suas medidas de controle e
prevenção, e sua aplicação; procedimentos de proteção coletiva, incluindo sistemas e
equipamentos; seleção, inspeção e conservação de EPIs para trabalhos em altura; análise
dos acidentes típicos ocorridos em altura; e técnicas de resgate e primeiros socorros, bem
como noções de como se conduzir em situações de emergência.

Já o artigo 35.3.6 estabelece que todos os treinamentos devem ser ministrados por
instrutores com proficiência comprovada no assunto, sob a responsabilidade de um
profissional qualificado em segurança do trabalho.

Resumo da NR35

A norma estabelece que as realizações das atividades sejam realizadas por


profissionais devidamente capacitados, seja realizado uma análise de risco (AR) e que toda
a atividade seja supervisionada.

Os trabalhadores que executam atividades em altura devem manter um registro de


saúde ocupacional atualizado, com seus exames sendo parte integrante do PCMSO da
empresa. E os exames e avaliações devem ser realizados periodicamente, de acordo com o
agendamento do PCMSO. As aptidões devem ser registradas na ASO do trabalhador.

Os trabalhos em altura devem considerar as influências externas que possam alterar


as condições de trabalho já previstas na Análise de Risco.
O planejamento das atividades deve sempre seguir a ordem de:

utilizar outros métodos de trabalho, sempre que possível, evitando a realização das
atividades em altura;

implementar medidas de controle que anulem totalmente o risco de queda, e na sua


impossibilidade, que minimizem as consequências das quedas;
Em todas as atividades em altura, é obrigatório o uso de proteção contra quedas. O
sistema deve possuir características, das quais:

​ Ser adequado e implementado de acordo com a tarefa que será executada;


​ Considerar os riscos adicionais que o trabalhador esteja exposto, bem como os da
natureza da atividade, e que estejam descritos na Análise de Risco;
​ Possuir características que suportem uma queda, através da resistência para
suportar a força máxima aplicável.
​ Atender as normas de segurança nacionais, e caso não exista uma especificada
norma, seguir as normativas de segurança internacionais;
​ Realizar uma inspeção sistemática em todos os elementos compatíveis.

NR 18

A NR 18 estabelece diretrizes de ordem administrativa, de planejamento e organização.


Que objetivam a implementação de medidas de controle e sistemas preventivos de
segurança nos processos, nas condições e no meio ambiente de trabalho na indústria da
construção.
Como consta na NR 18, é vedado o ingresso ou a permanência de trabalhadores no
canteiro de obras, sem que estejam assegurados pelas medidas previstas nesta Norma
Regulamentadora e compatíveis com a fase da obra.

Principais Objetivos da NR 18:


● Garantir a saúde e a integridade dos trabalhadores;
● Definir atribuições e responsabilidades às pessoas que administram;
● Fazer previsão dos riscos que derivam do processo de execução de obras;
● Determinar medidas de proteção e prevenção que evitem ações e situações de
risco;
● Aplicar técnicas de execução que reduzem ao máximo os riscos de doenças e
acidentes.
Principais tópicos da NR 18:

1 – Elevadores

As medidas a serem observadas no que tange ao uso de elevadores nas obras estão
delineadas no item 18.14 na NR 18, que trata da “Movimentação e transporte de materiais e
pessoas”.
Em primeiro lugar a norma denota a importância da qualificação dos profissionais
envolvidos no dimensionamento, montagem, desmontagem, manutenção e operação dos
equipamentos de movimentação e transporte.
Só profissionais devidamente habilitados ou qualificados podem ser designados para cada
uma destas tarefas.
A operação destes equipamentos deve constar inclusive como função anotada na Carteira
de Trabalho do respectivo operário.

2 – Torres de elevadores

O subitem da Norma Regulamentadora 18 – 18.14.21 trata exclusivamente de “Torres de


elevadores”.
Ressalta que as torres de elevadores devem ser dimensionadas conforme as cargas a que
estarão sujeitas.
Devem ser montadas e desmontadas por trabalhadores qualificados, o mais próximo
possível da edificação.E estar distantes de redes elétricas ou isoladas conforme normas da
concessionária.
Também a base onde se instalará a torre e o guindaste deve ser única, de concreto,
nivelada e rígida.
Quanto aos elementos estruturais – laterais e contraventos – devem estar em perfeito
estado.
Para elevadores de caçamba, a torre deve ter dispositivos que mantenham o equilíbrio na
caçamba.

3 – Transporte de materiais

O subitem da NR 18 – 18.14.22 trata de “Elevadores de transporte de materiais”.


O subitem ressalta que não devem ser transportadas pessoas nos elevadores de
materiais.
Informação que deve estar em placa no interior do elevador, junto com a informação da
carga máxima suportada pelo elevador.
O guincheiro – profissional responsável pela operação do elevador – deve ter seu posto de
trabalho bem protegido contra queda de materiais e dimensionado conforme as normas de
ergonomia.

Quanto aos sistemas de segurança, os elevadores de materiais devem ter:

● Frenagem automática

● Segurança eletromecânica no limite superior (2 metros abaixo da viga superior da


torre).

● Além do freio motor, deve dispor de trava de segurança que o mantenha parado em
altura, e também um interruptor de corrente que impeça sua movimentação com
portas ou painéis abertos.

● Além disso, para evitar queda livre da cabina, deve haver dispositivo de tração na
subida e descida.

● Painéis fixos devem ser dispostos nas laterais, com altura de um metro, nas demais
faces deverá haver painéis ou portas removíveis.

● E a cobertura deve ser fixa, basculável ou removível.

Quanto à comunicação para acionamento do elevador, cada pavimento deve ser provido
de botão que acione sinal luminoso ou sonoro junto ao guincheiro, de forma que haja
comunicação única.
Qualquer problema no elevador, de manutenção ou funcionamento, deve ser anotado pelo
operador em livro próprio e comunicado por escrito ao responsável da obra.

4 – Transporte de Passageiros

O subitem da NR 18 – 18.14.23 trata de “Elevadores de passageiros”.


Estabelece que nos edifícios em construção com mais de doze pavimentos ou altura
equivalente é obrigatória a instalação de pelo menos um elevador de passageiros que
alcance toda a extensão vertical da obra.
Da mesma forma, em edifícios com mais de oito pavimentos ou altura equivalente e caso o
canteiro possua número de trabalhadores maior ou igual a 30, deve ser instalado o elevador
a partir da execução da 7ª laje.
O elevador de passageiros somente pode ser utilizado para o transporte de cargas e
materiais se este transporte não for simultâneo.
Nesse caso o comando do elevador deve ser externo, e no interior do elevador deve haver
sinalização que indique de forma clara e visível a proibição do uso simultâneo para
transporte de cargas e passageiros.
Sendo o elevador de passageiros o único da obra, e sendo usado para transporte de
materiais – não simultaneamente, o mesmo deve ser instalado a partir do pavimento térreo,
obrigatoriamente.

Como dispositivos de segurança, o elevador deve ter:

● interruptor nos fins de curso superior e inferior com freio automático eletromecânico,
● sistema de frenagem automática – que evite queda livre da cabina em qualquer
situação,
● sistema de segurança que impeça o choque da cabina com a viga superior da torre,
● interruptor de corrente que impeça funcionamento com portas abertas,
● freio manual na cabina interligado ao interruptor de corrente, que desligue o motor
quando acionado.
● A cabina deve ser metálica, com porta, deve ter iluminação e ventilação natural ou
artificial e indicação do número máximo de passageiros e carga máxima suportável.
● O elevador deve ter um livro de inspeção, no qual o operador diariamente anotará as
condições de funcionamento e manutenção do mesmo.

Este livro deve ser visto e assinado semanalmente pelo responsável pela obra.

5 – Andaimes
O item 18.15 da NR 18 estabelece as condições a serem observadas para a instalação e
uso de andaimes nas obras.
Ressalta primeiramente que os mesmos devem ser dimensionados por profissional
legalmente habilitado.
O dimensionamento e construção dos andaimes devem considerar devidamente as cargas
a suportar.
Os materiais utilizados na confecção dos andaimes devem ser de boa qualidade, sem
quaisquer defeitos que possam comprometer a sua resistência.
O piso de trabalho deve ter forração completa, antiderrapante, ser nivelado e fixado com
segurança e resistência.
Nenhum dispositivo de segurança dos andaimes pode ser retirado nem anulado.
Dentre estes dispositivos constam o guarda-corpo e rodapé, inclusive nas cabeceiras, em
todo o perímetro exceto na face de trabalho.
O acesso aos andaimes também deve ser devidamente seguro.
Ressalta-se que nenhum tipo de escada ou meio para se atingir lugares mais altos deve
ser instalado sobre os andaimes.
A Norma Regulamentadora 18 elenca vários tipos de andaimes encontrados nas obras,
conforme o tipo de fixação.

São os seguintes:
● simplesmente apoiados,
● fachadeiros, móveis, em balanço, suspensos mecânicos e motorizados
● as plataformas de trabalho.

6 – Andaimes simplesmente apoiados

Este tipo de andaimes devem ser apoiados por meio de sapatas, sobre base sólida capaz
de resistir aos esforços solicitantes e cargas transmitidas.
Proíbe-se o trabalho em andaimes apoiados sobre cavaletes com altura superior a 2
metros e largura inferior a 0,9 metro.
Também é proibido o trabalho em andaimes na periferia da edificação sem que haja
proteção adequada fixada à estrutura da mesma.
Da mesma forma, não deve-se deslocar as estruturas dos andaimes com trabalhadores
sobre os mesmos.
Devem haver escadas ou rampas em andaimes cujos pisos de trabalho estejam a mais de
1,50 metro de altura.
Qualquer aparelho de içar materiais deve ser instalado de modo a não comprometer a
estabilidade e segurança do andaime.
Andaimes de madeira não podem ser utilizados em obras com mais de 3 pavimentos, ou
altura equivalente.

7 – Andaimes fachadeiros

Em primeiro lugar, observa-se que tais andaimes devem ser carregados seguindo
estritamente as observações do fabricante dos mesmos.
As cargas não devem ser superiores às especificações, e devem ser distribuídas de modo
uniforme.
Conforme a resistência da forração da plataforma de trabalho e de modo a não obstruir a
circulação de pessoas.
O acesso vertical ao andaime deve ser feito por meio de escada incorporada à estrutura
ou torre de acesso.
Na montagem ou desmontagem deve-se utilizar cordas ou meio próprio de içamento para
efetuar a movimentação vertical de acessórios e componentes.
Os encaixes dos montantes dos andaimes, bem como os painéis destinados a suportar
pisos ou funcionar como travamento.
E ainda as peças de contraventamento devem ser fixados por meio de parafusos,
contrapinos, braçadeiras ou similares.
De modo que assegurem a estabilidade e a rigidez necessárias ao andaime.
Por fim, os andaimes fachadeiros devem ser protegidos, desde a primeira plataforma até
pelo menos 2 metros acima da última plataforma de trabalho.
Por tela de arame galvanizado ou material de resistência e durabilidade equivalentes.
8 – Andaimes móveis

Sobre este tipo de andaimes a norma estabelece que devem ser providos de travas que
evitem deslocamentos acidentais.
Outrossim, somente poderão ser utilizados em superfícies planas.

9 – Andaimes em balanço

Tais andaimes devem ser fixados à estrutura da edificação, por sistema capaz de suportar
a 3 vezes os esforços solicitantes.
Para evitar oscilações de quaisquer tipos, também devem ser contraventadas e ancoradas
adequadamente.

10 – Andaimes suspensos mecânicos

Os andaimes suspensos mecânicos devem ter projeto elaborado e acompanhado por


profissional legalmente habilitado, no que tange aos sistemas de fixação, sustentação e as
estruturas de apoio.
A instalação e a manutenção devem ser feitas por profissional qualificado, devidamente
supervisionado.
Deverá também ser afixada placa de identificação no andaime, em local visível,
identificando a carga máxima de trabalho permitida.
Entre os equipamentos de segurança obrigatórios aos trabalhadores nesse tipo de
andaime, constam:

● cinto de segurança
● tipo pára-quedista
● ligado ao trava-quedas de segurança,
● este ligado a cabo-guia fixado em estrutura independente da estrutura do andaime.
Quanto à sustentação dos andaimes, a norma estabelece que deve-se dar por meio de:
● vigas,
● afastadores
● outras estruturas metálicas de resistência equivalente a no mínimo 3 vezes o maior
esforço solicitante
Bem como deverão ser apoiadas somente em elemento estrutural da obra. Caso tal
sustentação tenha de ser feita sobre platibanda ou beiral da edificação.
Deverá ser precedida de verificação estrutural sob responsabilidade de profissional
legalmente habilitado.
E tal verificação e as especificações técnicas dessa sustentação deverão permanecer no
local de realização dos serviços.
A norma proíbe a sustentação dos andaimes por meio de sacos com areia, pedras ou
qualquer material similar como contrapeso para a fixação da estrutura do andaime.
Para o sistema de contrapeso, as especificações exigem que o mesmo seja invariável,
fixado à estrutura de sustentação dos andaimes.
Seja de concreto, aço ou outro sólido não granulado, com peso conhecido e identificado na
peça, e ter contraventamentos que impeçam deslocamento horizontal.
Proíbe-se também o uso de cabos de fibras naturais ou artificiais para sustentar os
andaimes suspensos.
Os cabos devem trabalhar na vertical e o estrado na horizontal.
Os dispositivos de suspensão devem ser verificados diariamente antes do início dos
trabalhos, pelos usuários e pelo responsável da obra, devidamente treinados para efetuar
esta verificação.

Quanto aos cabos de aço dos guinchos tipo catraca dos andaimes.
Deve-se observar para que o comprimento seja suficiente para que na posição mais baixa
do estrado ainda restem pelo menos 6 voltas sobre cada tambor; e para que os cabos
passem livremente na roldana.
Proíbe-se acrescentar trechos em balanço ao estrado dos andaimes, bem como interligar
andaimes para a circulação de pessoas ou execução de tarefas.
Sobre eles deve haver somente materiais para uso imediato, bem como se proíbe o uso
para transporte de pessoas ou materiais que não estejam vinculados ao serviço em
execução.
Devem haver dispositivos para a fixação de sistema guarda-corpo e rodapé nos quadros
dos guinchos de elevação.
O estrado do andaime deve estar fixado aos estribos de apoio e o guarda-corpo ao seu
suporte.
Quanto ao guincho de elevação para acionamento manual.
Deve-se observar a existência de dispositivo que impeça o retrocesso do tambor para
catraca.
O acionamento deve ser por meio de alavancas, manivelas ou automaticamente, na
subida e descida do andaime, e deve haver segunda trava de segurança e capa de
proteção para catraca.
Quanto às dimensões, a largura mínima útil da plataforma dos andaimes será de 0,65
metros, e a largura máxima útil – quando usado um guincho em cada armação – será de
0,90 metros.
Em qualquer ponto a plataforma de trabalho deve resistir a uma carga pontual de 200 Kgf.
O estrado pode ter comprimento máximo de 8,0 metros.
Observa-se ainda que quando utilizado apenas um guincho de sustentação por armação é
obrigatório o uso de um cabo de segurança adicional de aço.
Ligado a dispositivo de bloqueio mecânico automático, observando a sobrecarga indicada
pelo fabricante.

11 – Andaimes suspensos motorizados

A norma determina que nesse tipo de andaime sejam instalados:


● Cabos de alimentação de dupla isolação
● Plugs e/ou tomadas blindadas
● Aterramento elétrico
● Dispositivo Diferencial Residual (DR)
● Fim de curso superior e batente.

O conjunto motor deve possuir dispositivo mecânico de emergência, automaticamente


acionado em caso de pane elétrica.
De forma a manter a plataforma parada em altura bem como permitir a descida segura até
o ponto de apoio inferior, quando acionado.
Também deve haver dispositivo que impeça a movimentação sob inclinações superiores a
15º C, mantendo assim nivelada a plataforma no ponto de trabalho.
O equipamento deve ser desligado e protegido quando fora de serviço
 

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