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FICHAMENTO DE CONTEÚDO 2º BIMESTRE

UNIDADE 4

INSTALAÇÕES EETRICAS E HIDRAULICAS PREDIAIS

Instalações Elétricas Prediais


No projeto de instalações elétricas são representados os pontos de luz, tomadas,
comandos e acionamentos, as passagens dos condutores, quadro elétrico, etc.A
instalação da residência parte do quadro de instalação (QD), onde estão os
disjuntores para proteção dos circuitos, o disjuntor geral e os barramentos das
fases, neutros e terra (aterramento). O QD recebe a energia elétrica do medidor,
através do circuito de alimentação principal, por meio de fios (condutores da
corrente elétrica).
Circuito: Conjunto de fios (ou cabos) encarregados de transportar a corrente
elétrica, organizados no interior dos eletrodutos, que podem abrigar mais de um
circuito. Um circuito não acumula a função de alimentar luminárias e tomadas,
para evitar sobrecarga e isso facilitar manutenções. Cada circuito deve ser
identificado e deve ser previsto um dispositivo de proteção. Alguns
equipamentos, devido a sua elevada carga, demandam um circuito exclusivo, é o
caso do chuveiro. Deve ser previsto o aterramento dos circuitos e aparelhos
contra descargas atmosféricas e curtos-circuitos.
Os eletrodutos são passados pelos tetos e paredes, aos pontos de iluminação,
tomadas e acionamentos, são conectados às caixas de passagem ao mudar de
direção e nos terminais onde estarão as luminárias, tomadas e acionamentos. As
caixas de passagem são elementos embutidos nas paredes e forros, onde chegam
os eletrodutos e servem para organizar a distribuição dos cabos mudanças de
direção do caminhamento dos mesmos pela rede interna. São passados os fios e
cabos necessários, são feitas as conexões e, então, instalados os acabamentos:
tampas das caixas, luminárias e lâmpadas, etc. Na iluminação dos ambientes, os
dispositivos de acionamento mais comuns são os interruptores.
Nos edifícios, geralmente, os eletrodutos segue um caminho preferencial,
chamado de prumada.

Antenas de TV
Em edifícios, são afixadas ao topo antenas para recepção do sinal de TV aberta,
de onde partem as prumadas e, em cada pavimento, os apartamentos derivam,
através de cabos coaxiais, a ligação até o aparelho de TV. No caso de TV a cabo
(sinal fechado), o funcionário da operadora contratada pode utilizar a caixa de
inspeção da prumada, passar a sua tubulação específica e levá-la até o interior do
apartamento.

Telefonia
A telefonia integra as ligações de internet e TV a cabo. A entrada telefônica se dá
por meio de um poste particular (ou caixa quando entrada é subterrânea). Na
fachada, instala-se uma caixa de passagem que recebe a tubulação de entrada e
distribui para a caixa geral de distribuição que alimenta as prumadas, e terminam
na caixa de saída (onde se conecta o telefone)

Instalações Hidrossanitárias
As instalações hidrossanitárias de uma edificação contemplam os sistemas de
água fria, água quente, incêndio, esgotos e águas pluviais, que devem estar
separados entre si, para evitar contaminação. Essas instalações são compostas por
tubulações, equipamentos, reservatórios e pontos de utilização, etc.
Abastecimento de água
A água que vem da concessionária abastece os reservatórios de água fria, água
quente e incêndio, através do ramal de predial. O sistema de abastecimento mais
comum das unidades é o indireto com bombeamento, no qual há um reservatório
inferior e um superior. Este último recebe água do anterior por meio de uma
bomba e alimenta o prédio por gravidade. Do reservatório, parte a rede de
distribuição, constituída pelos tubos e conexões que levam a água até os
terminais de consumo (torneiras, por exemplo) e os pontos são alimentados por
prumadas (para cozinhas, banheiros, etc.). No alto dos prédios, fica o barrilete,
composto pelo reservatório e as tubulações que dele se originam.
É importante que o gestor de uma construção, bem como os demais
encarregados, saiba ler o projeto a fim de garantirem a correta execução do
serviço na obra.

COBERTURA
A laje da cobertura é um dos últimos elementos a ser concretado na obra, pois é o
ponto mais elevado. A cobertura recebe diversos elementos, tais como caixa
d’água, boilers do sistema de aquecimento, placas solares ou fotovoltaicas,
barrilete hidráulicos, etc. Tudo deve estar previsto em projeto e considerado pelo
calculista para não gerarem sobrecarga sobre as estruturas. A cobertura de uma
edificação é bastante importante, pois protege a área interna contra as intempéries
e insolação.
Drenagem: São necessários dispositivos de drenagem, tais como ralos e
condutores, a fim de se evitar acúmulo de água, e adoção de um sistema de
impermeabilização, para impedir a passagem de água pela estrutura.
Conforto térmico: A espessura leva em conta o conforto térmico da área interna
da edificação. A espessura mínima requerida, em lajes maciças de concreto para
coberturas, é de 7 cm e a flecha máxima não pode ultrapassar L/250, em que L é
o comprimento do vão.
As coberturas podem ser:
 Com telhado
Sobre a laje assenta-se uma estrutura, geralmente em madeira ou metálica, sobre
a qual são instaladas telhas, que podem ser: cerâmicas, zinco, alumínio, PVC,
sanduíches, etc. Nas coberturas sem telhado, é importante dar atenção especial à
impermeabilização e declividade da laje, uma vez que não há as telhas para
direcionar a água para as calhas. Neste caso, o sistema de drenagem da
cobertura, no lugar das calhas, os ralos posicionados na laje, captado a água para
não empoçar, destinando às caixas e lançando na rede.
As lajes sem telhado deverão possuir camada isolante térmica. Sem o
sombreamento proporcionado pelas telhas, a própria laje recebe o calor do sol e
está sujeita a maior deformação causada pela variação térmica. Nos edifícios e
construções com estilo mais moderno a laje da cobertura tem sido aproveitada
para posicionamento de sistemas de aquecimento e geração de energia a partir do
sol, ou sendo usado como telhado ecológico, que é revestido com vegetação.
 Sem telhado
A própria laje é o último elemento e requer atenção especial, tanto na etapa de
projetos, como na execução, principalmente no que diz respeito à proteção contra
acúmulo de água e insolação. Para apoio das telhas, são comuns estruturas
metálicas ou madeira. A ligação entre essas peças se dá por parafusos, pregos,
chapas e cantoneiras metálicas, entalhes, etc. A estrutura de um telhado em
madeira é composta pela tesoura, caibros, terças, cumeeiras e ripas. As ripas
recebem diretamente as telhas e se apoiam nos caibros; esses são afixados nas
cumeeiras e terças; todos, juntos, se ligam às tesouras.
A escolha do tipo de telha leva em conta aspectos econômicos, facilidade de
transporte e instalação, inclinação, barulho, conforto térmico e acústico, etc.
As telhas mais comuns no mercado, principalmente em residências unifamiliares,
são as de cerâmicas, apoiadas em estruturas de madeira. Nas construções
comerciais, é mais comum a estruturação do telhado com peças metálicas e telhas
de PVC, galvanizadas, etc.
As telhas termoacústicas (sanduíche), fabricadas com uma dupla camada de
alumínio preenchida poliestireno ou poliuretano, tem destaque por proporcionar
maior conforto térmico e acústico, e como possuem acabamento em pintura, pode
ser utilizada sobre cobertura sem laje ou forro.
Além do conforto térmico, é imprescindível garantir a estanqueidade das
coberturas, com sistemas de drenagem e direcionamento da água da chuva. Nos
telhados, devem ser posicionadas calhas para coleta da água que escorre do
telhado durante as chuvas.

É importante que o projeto considere também possibilidade de acesso à


cobertura, para eventuais manutenções, tanto nos sistemas posicionados lá, como
na própria cobertura e telhado. Esse acesso se dá normalmente, por alçapões,
com portas metálicas e escada marinheiro, seguindo-se sempre as disposições de
segurança constantes no Projeto do Corpo de Bombeiros. É cada vez maior a
preocupação com a sustentabilidade nas escolhas construtivas. Essa também deve
ser uma preocupação a ser implementada em estruturas de cobertura.

Impermeabilização, revestimentos e pintura


Com a finalização da estrutura e instalações, executa-se a impermeabilização das
lajes e paredes; realiza-se o acabamento com revestimentos nas paredes e pisos, e
a pintura de paredes e tetos.
Impermeabilização
As edificações precisam ter suas superfícies impermeabilizadas, e as mais
comuns que requerem impermeabilização são: muros de arrimo, lajes e paredes
em subsolos, áreas molhadas nas residências, jardineiras e coberturas,
reservatórios e piscinas, calhas, etc. Esse serviço tem início, normalmente, após
a conclusão das estruturas e/ou reboco das paredes. Os sistemas de
impermeabilização podem ser rígidos ou flexíveis. Os flexíveis possuem certa
capacidade de absorver a movimentação da superfície, já os outros, não.
Os flexíveis podem ser moldados no local ou pré-formados, como as mantas e
membranas. E os rígidos são os cimentos e argamassas poliméricos.
As mantas são pré-formadas e podem ser asfálticas, poliméricas (PVC ou
PEAD), elastoméricas (butílicas, Hypalon, EPDM) ou plásticas e sua espessura é
fixa. As membranas são moldadas no local e podem ser asfálticas (a quente, a
frio ou solução asfáltica), poliméricas, elastoméricas (Neoprene ou Hypalon) ou
acrílicas (com ou sem adição de cimento) e sua espessura é variável, semelhante
à de uma tinta e, por isso, permite a construção de camadas.
Na impermeabilização flexível, sobre a base (concreto), executa-se a
regularização, normalmente através de argamassa; aplica-se o material
impermeabilizante (manta asfáltica, manta líquida, etc.), e sobre esse a proteção
mecânica (camada de argamassa).
Na impermeabilização rígida é usualmente aplicada diretamente sobre a base e
não demanda outras camadas.
Revestimentos
O revestimento final depende do tipo de regularização da superfície dos blocos
das alvenarias: sobre o reboco, emassa-se e pinta-se; sobre cerâmica ou pedra,
executa-se o emboço em paredes e contrapiso nos pisos. Para paredes com
acabamentos em cerâmica, porcelanato ou pedra, sobre o chapisco, aplica-se o
emboço. O lançamento pode ser feito com a colher de pedreiro ou rolado e tem a
função de melhorar a aderência entre o bloco e a argamassa seguinte. Para o seu
preparo, adiciona-se a mistura de areia e cimento, um componente colante, tal
como Bianco ou cola branca (PVA), que melhora sua aderência à superfície. Esse
mesmo procedimento é aplicável ao reboco.
Devem ser respeitados os tempos de cura das argamassas entre uma camada e
outra. Para o chapisco, recomenda-se 7 dias de cura. Emboço e reboco possuem
tempo de cura de 28 dias. Após o tempo de cura do emboço, o mesmo está
pronto para receber o revestimento cerâmico, porcelanato ou pedra. Nos pisos, o
equivalente ao reboco é o contrapiso, contudo se trata de uma argamassa com
menor teor de água e, por isso, mais seca. É utilizada nos enchimentos
necessários em piso antes do revestimento escolhido, que pode ser piso cerâmico,
porcelanato, granito, etc. O assentamento dos revestimentos cerâmicos ou em
pedras tem início com a limpeza da superfície e aplicação da argamassa de
assentamento sobre a superfície.
O rejunte ocorre após 3 dias.
O procedimento deve obedecer às especificações de cada material quanto ao tipo
de argamassa de assentamento, largura das juntas (espaço entre as peças), cor da
argamassa de rejunte, paginação das peças com padrão decorativo.

Pintura
Quando o acabamento final é pintura, ou textura, executa-se o reboco, uma massa
com acabamento de melhor qualidade.
As tintas, esmaltes e vernizes protegem as superfícies onde são aplicadas contra a
ação dos agentes externos. Nas alvenarias protegem contra mofo, absorção de
umidade e acúmulo de sujeira e contribuem com a estética da edificação como
um todo.
Com a completa cura do reboco, após 28 dias, o início se dá com o lixamento do
reboco tornando-o mais liso. Em seguida, aplica-se o líquido selador para
melhorar o desempenho da pintura e diminuir a permeabilidade da superfície da
parede. Depois, aplica-se pelo menos duas camadas de massa corrida para
nivelamento e regularização, bem como auxílio do acabamento final. Entre uma
camada e outra, aguarda-se a secagem e lixa-se para perfeita regularização. Ao
final desse processo, aplica-se a tinta com rolo de algodão.
Uma alternativa ao reboco, em paredes internas, é o gesso liso. Nesse serviço,
opta-se por revestir a alvenaria com gesso e sobre ele, após sua completa
secagem, aplica-se a pintura. Sua única restrição é quanto à umidade, por isso, é
mais usual em paredes internas em áreas não sujeitas à molhagem.

Entrega da obra
Depois das etapas finais da obra, pintura, instalação dos acabamentos de
instalação elétrica e hidráulica, limpeza e proteção dos revestimentos, solicita-se
a baixa de habite-se junto à prefeitura, em caso de novas construções. O
assentamento dos revestimentos cerâmicos ou em pedras tem início com a
limpeza da superfície e aplicação da argamassa de assentamento sobre a
superfície.
O rejunte ocorre após 3 dias.
O procedimento deve obedecer às especificações de cada material quanto ao tipo
de argamassa de assentamento, largura das juntas (espaço entre as peças), cor da
argamassa de rejunte, paginação das peças com padrão decorativo.

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