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Espaços métricos
Subtítulo
Barra do Garças - MT
Setembro de 2019
Título do Trabalho
Subtítulo
Banca examinadora:
iv
Agradecimentos
v
Escreva aqui uma frase.
Nome do autor
texto
vi
Resumo
vii
Abstract
viii
Sumário
Agradecimentos v
Resumo vii
Abstract viii
Lista de figuras xi
Introdução 1
1 Espaço métricos 2
1.1 Espaço métrico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
1.2 Bola e Esferas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
1.3 Espaços vetoriais normados. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
1.3.1 Espaços vetoriais com produto interno . . . . . . . . . . . . . . . . 6
1.4 Produto cartesiano de espaços métricos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
2 FUNÇÕES CONTÍNUAS 9
2.1 Funções Contínuas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
2.2 Transformações Lineares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
ix
4.3.1 Espaços de Banach e contrações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
4.4 Teorema do Ponto Fixo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
Considerações finais 32
Referências bibliográficas 33
Apêndice 34
Anexo 35
x
Lista de Figuras
xi
Introdução
1
Capítulo 1
Espaço métricos
M1) d(x, y) = 0 ⇐⇒ x = y
2
Basta definir a métrica d : M × M → R pondo d(x, x) = 0 e d(x, y) = 1 se x = y.
O espaço métrico que se obtém desta maneira é naturalmente, bastante trivial,
embora seja útil.
Exemplo 1.2 A reta , ou seja, o conjunto R dos números reais , é o exemplo mais
importante de espaço métricos.A distância entre dois pontos x, y ∈ R é dadas por d(x, y) =
|x − y|.
M1) d(x, x) = |x − x| = 0;
M2) Seja x 6= y. Se x > y, então |x − y| = x − y > 0. Para o caso x < y, assim, temos
|x − y| = −(x − y) = y − x > 0;
Exemplo 1.3 O espaço euclidiano de Rn com x = (x1 , ..., xn ) onde cada uma das n
coordenadas xn é um número real.Há três maneiras naturais de definir a distância entre
dois pontos em Rn .
n
1
p X
2 2
d(x, y) = (x1 − y1 ) + ... + (xn − yn ) = | |xi − yi |2 | 2 .
i=1
n
X
d0 (x, y) = |x1 − y1 | + ... + |xn − yn | = |xi − yi |2 .
i=1
3
e
Proposição 1.1 Seja d, d’, d” as métricas definidas no Exemplo anterior.Quais quer que
sejam x, y e Rn , tem-se:
Demonstração: Para todo r > 0 , tal que 1 ≤ r ≤ n tem-se d”(x, y) = |xr − yr |, então
p
d”(x, y) = |xr − yr | = (xr − yr )2 ≤ d(x, y)
v v
u n
u n n
uX
uX X
≤ d(x, y) = t (xi − yi )2 ≤ t (xi − yi )2 + 2. |xi − yi |.|xi − yi |
i=1 i=1 i=j=1
n
X
= |xi − yi | = d0 (x, y).
i=1
Exemplo 1.4 Um espaço de funções. Seja X um conjunto arbitrário. Uma função real
f : X −→ R chama-se limitada quando existe uma constante k > 0 tal que |f (x)| ≤ k
para todo x ∈ X.
4
rias.
d(f, g) = supx∈X |f (x) − g(x)|
Definição 3 Seja a um ponto no espaço métrico M .Dando um número real r > 0, defini-
mos:
A
bola fechada de centro a e raio r é o conjunto B[a; r], formado pelos pontos de M que
estão a uma distância menor do que ou igual a r do ponto a.Ou seja,
B[a; r] = x ∈ M ; d(x, a) ≤ r.
A esfera de centro a e raio r é o conjunto S(a; r), formado pelos pontos x ∈ M tais
que d(x, a) = r.Assim,
S(a; r) = x ∈ M ; d(x, a) = r.
5
1.3 Espaços vetoriais normados.
Definição 4 Seja E uma espaço vetorial real.Uma norma em E é uma função real | |:
E −→ R, que associa a cada vetor x ∈ E o número real |x| ,chamado a norma de x, de
modo a serem cumpridas as condições para quaisquer x, y ∈ E e λ escalar:
qX X
|x| = (xi )2 , |x|0 = |xi e |x|00 = max|xi |.
Outro exemplo de espaço vetorial normado é B(X; R), onde temos ||f || = sup(f (x)).
x∈X
Aqui empregamos o simbolo ||f || para designar a norma da função f , afim de não confundir
com a função |f | : X −→ R, tal que |f |(x) = |f (x)|, denominada "função valor absoluto
de f 00 .
6
As três primeiras propriedades implicam :
h0, yi = 0.
Daí
||v||2 = hv, vi = hw + λu, w + λui = hw, wi + 2λhw, ui + λ2 hu, ui
= ||w||2 + 2λhw, ui + λ2 ||u||2 .
segue que
λ2 ||u||2 ≤ ||v||2 ,
pois
||w||2 + λ2 ||u||2 ≥ λ2 ||u||2 .
Mas
λ2 ||u||2 = hu, vi2 /||u||2 ,
e então,
|hu, vi| ≤ ||u||.||v||.
7
1.4 Produto cartesiano de espaços métricos
Definição 6 Sejam M e N espaços métricos cujas métricas indicaremos com o mesmo
símbolo d.O produto cartesiano M ×N é , como conjunto , formado pelos pares ordenados
Z = (x, y) a Z 0 = (x, y 0 ) como sendo
• d(Z, Z 0 ) =
p
d(x, x0 )2 + d(y, y 0 )2
Proposição 1.3
diam(X) = sup{d(x, y) : x, y ∈ X}
8
Capítulo 2
FUNÇÕES CONTÍNUAS
Exemplo 2.1 Dada f : M → N suponhamos que exista uma constate c > 0 (chamada
constante Lipschitz) tal que d(f (x), f (y)) ≤ c.d(x, y) quaisquer que sejam se x, y ∈ M .
Dizemos então que f é uma aplicação lipschitziana. Neste caso, f é contínua (em cada
ponto a ∈ M ). Com efeito , dado > a, tomemos δ = . Então d(x, a) < ⇒
c
d(f (x), f (a)) ≤ c.d(x, a) < c.δ =
Proposição 2.1 Dada uma função real de variável real f , a condição Lipschitz significa
que |f (x) − f (y)|/|x − y| ≤ c e isto equivale a afirmar que a inclinação de qualquer secante
ao gráfico de f é menor que um valor absoluto ≤ c. Se uma função real f : I → R,
definida num intervalo I, é derivável então |f 0 (x)| ≤ c para todo x ∈ I, então pelo
9
Teorema do Valor Médio, dados x, y ∈ I , quaisquer, existe um ponto z, entre x e y, tal
que f (x) − g(y) = f 0 (z)(x − y) e ,assim |f (x) − f (y)| ≤ c.|x − y|. Deste modo, toda função
com derivada limitada num intervalo, o qual pode ser ilimitado é lipschitziana.
Exemplo 2.2 (Contrações fracas) Se M → N é tal que d(f (x), f (y)) ≤ d(x, y) para
qualquer x, y ∈ M , dizemos que f é uma contração fraca.Neste caso f é lipschitziana
(com c=1) e portanto contínua. A seguir algumas contrações fracas e contínuas:
C2) Num espaço vetorial normado E, a norma || : E → R é uma contração fraca pois
||x| − |y|| = d(x, 0) − d(y, 0) ≤ d(x, y) = |x − y|.
d[Va (f ), Va (g)] = d(f (a), g(a)) ≤ sup d(f (x), g(x)) = d(f, g)
x∈X
10
T2) f (x + y) = f (x) + f (y).
i) f (0) = 0;
Com efeito, para (i) temos que f (0) = f (0 + 0) e como f é uma transformação
linear,
então,
Para (iii), pela linearidade da transformação linear f e pelo item (ii), temos
Exemplo 2.3 A aplicação f : R2 → R2 definida por f (x, y) = (−x, y), é uma transfor-
mação linear.
v + w = (x1 + x2 , y1 + y2 ) ∈ R2
11
. Daí, f (v + w) = f (x1 + x2 , y1 + y2 ), portanto
f (x1 + x2 , y1 + y2 ) = (−(x1 + x2 ), y1 + y2 )
= (−x1 , y1 ) + (−x2 , y2 )
= f (x1 , y1 ) + f (x2 , y2 ).
Assim, f (v, w) = f (v) + f (w). Portanto de 1) e 2), obtemos que f é uma transfor-
mação linear pela Definição 9.
1. f é continua;
2. f é continua em 0 ∈ E;
4. Existe c > 0 tal que ||f (x) − f (y)|| ≤ c||x − y|| para quaisquer x, y ∈ E.
, ou seja, ||x − 0|| < δ ⇒ ||f (x) − f (0)|| < .E como f é linear obtemos,
Assim,
||x|| < δ ⇒ ||f (x)|| < .
12
1
Note que considerando > r, com c > 0, então para x 6= 0 , temos que
x x 1
∈E e || || = < δ,
||x|| ||x||
x 1 1
||f ( )|| = || f (x) = ||f (x)||.
||x|| ||x|| ||x||
x 1
||f ( )|| < 1 ⇒ ||f (x)|| < 1 ⇒ ||f (x)|| < ||x||, ∀ x ∈ E.
||x|| ||x||
(4) ⇒ (1)
Do item (4) temos que ||f (x) − f (y)|| ≤ c||x − y|| para quaisquer x, y ∈ E, o que
significa dizer que f é uma função lipschitziana, logo, f é continua. O que encerra esta
demonstração.
13
Proposição 2.3 Sejam E, F espaços vetorial normados.Para toda aplicação f : E →
F linear e contínua, temos ||f (x)|| ≤ ||f (x)|| · ||x||, ∀ x ∈ E.
E como
y
|| || = 1,
||y||
obtemos
14
Capítulo 3
Definição 11 Considere uma sequência (xn )n∈N em um espaço métrico M .Diremos que
o ponto p ∈ M é limite da sequência (xn ) se , para cada bola B(p, ) que contém p, existe
um interior r > 0 de forma que n ≥, então
xn ∈ B(p, )
d(xm , p) <
15
Demostração. É evidente, pois
Exemplo 3.1 Seja um espaço métrico M com uma sequência estacionária , isto é, uma
sequência (xn ) de pontos de M, tal que xn = p a partir de um certo índice.
Assim, xn → p. Uma vez que xr+1 = xr+2 = · · · = p, para todo > 0,
n −1 1 1
d(xn , 1) = | − 1| = | |= ≤ <
n+1 n+1 n+1 r+1
então para todo > 0, existe r > 0 e s > 0 de modo que, respectivamente, n ≥ r e n ≥ s,
temos
d(xn , p) < e
2
d(xn , q) < .
2
Tomando o índice t = max{r, s} para todo n ≥ t então, pela desigualdade triangular:
d(p, q) ≤ d(p, xn ) + d(xn , q) < + = .
2 2
16
Daí, temos para todo > 0,
≥ d(p, q) ≥ 0,
um subconjunto infinito de N.
Dado um > 0 arbitrário, existe c ∈ N, tal que para todo nk ∈ N temos nk ≥ c,
então
d(xnk , p) < .
Pela hipótese temos que lim xn = p, então dado > 0 qualquer, existe r ∈ N de
maneira que n ≥ r, então
d(xn , p) < .
0
Decorre que existe um c ∈ N de modo que c ≥ r, e então
nk ≥ c ≥ r =⇒ d(xnk , p) < .
Exemplo 3.3 Seja (M, d) um espaço métrico cuja métrica é a "zero-um", mostremos
que uma sequência (xn ) em M converge se, somente se, é estacionária. É claro que se
(xn ) é estacionária, então (xx ) converge. Suponhamos que lim xn = p ∈ M . Tomando
> 0, ≤ 1, então existe um índice r, tal que xr , xr+1 = ... = p.
Definição 12 Considere em um espaço métrico M uma sequência (xn ). Dizemos que (xn )
é limitada se, somente se, o conjunto de seus termos xn for limitada , ou seja
d(x, y) ≥ c, c ∈ R+ , x, y ∈ {xn }.
17
Demostração Por hipótese lim xn converge, com isso temos uma bola B(p, ), onde
= 1, então existe um r > 0 de modo que para todo n ≥ r, temos
xn ∈ B(p, 1).
B(p, ) ⊂ {xn }
18
Capítulo 4
19
Demonstração Seja (xn ) uma sequência de Cauchy no espaço métrico M . Dado
= 1, existe n0 ∈ N tal que m, n > n0 ⇒ d(xm , xn ) < 1.
Logo o conjunto {xn0 +1 , xn0 +2 , ...} é limitada e tem diâmetro ≤ 1.Segue-se que
é limitado.
Observação. Nem toda sequência limitada é de Cauchy. O exemplo mais simples
é dado por (1, −1, 1, ·) na reta. Embora limitada, essa sequência não é de Cauchy pois
d(xn , xn+1 ) = 2 para todo n.
Proposição 4.3 Uma sequência de Cauchy que possui uma subsequência convergente é
convergente (e tem o mesmo limite que a sequência).
20
Proposição 4.5 A reta é um espaço métrico completo.
21
é completo.
Exemplo 4.1 Como vimos R é um espaço métrico completo, e pela observação acima,
temos que Rn é completo.
Demonstração Seja (fn ) uma sequência de Cauchy em B(X; F )). Temos, por
definição, que (fn ) é limitado, isto é, existe c > 0 tal que
sendo (fn ) de Cauchy temos que para todo > 0, existe N ∈ N tal que
Isto mostra que (fm (X0 )) é uma sequência de Cauchy em F , e sendo F completo
,(fm (x0 )) é convergente. Desse modo, pela unicidade do limite, para cada x ∈ E, podemos
associar um único elemento f (x) ∈ F . Isso define uma função f de x em F .
Afirmação: f ∈ B(X; F ) e fm → f .
De fato, fazendo n → +∞ uma equação (4.1), temos ||f (x)|| < c, para todo x ∈ X,
o que implica f ∈ B(X; F ). Agora, fazendo n → +∞ na equação (4.2), obtemos
ou seja,
fm → f em B(X; F ).
22
Portanto, B(X; F ) é um espaço métrico completo.
Exemplo 4.2 Seja E e F espaços vetorial normados, sendo F um espaço métrico com-
pleto, o conjunto
£(E, F ) = {f : E → F },
Exemplo 4.3 Considere M = R com a métrica usual. A função f : [1, +∞] → R definida
√
por f (x) = x é uma contração.
De fato:
√ √
√ √ √ √ | x + y| 1
d(f (x), f (y)) = | x − y| = | x − y|. √ √ = √ √ .|x − y|.
| x + y| | x + y|
23
√ √ 1 1
Como x, y ≥ 1, temos que x+ y ≥ 2, ou ainda, √ √ ≤ , portanto,
x+ y 2
1
d(f (x), f (y)) ≤ |x − y|.
2
Observe que f não é uma contração quando definida no intervalo fechado [0, 1], pois
lim f 0 (x) = +∞.
x→0+
24
4.4 Teorema do Ponto Fixo
Teorema 4.1 (Teorema do Ponto Fixo de Banach) Considere (M, d) um espaço métrico
completo e uma contração f : M → M . Então f possui um único ponto fixo.
e com isso:
Sendo assim,
d(xn , xn+p ) ≤ (k n + k n+1 + · · · + k n+p−1 )d(x0 , x1 ).
25
kn
lim = 0,
n→∞ 1 − k
ou seja,
Assim, concluímos que (xn ) é uma sequência de Cauchy em M. Como (M, d) é um Espaço
Métrico Completo, então (xn ) converge para M . Portanto, tomando o limite na equação
xn+1 = f (xn ) teremos:
(1 − k)d(a, b) ≤ 0.
Como k < 1, então 1 − k < 0, onde concluímos que d(a, b) ≤ 0. Como d(a, b) é um número
real não negativo, segue que d(a, b) = 0, e isso só ocorre se, e somente se, a = b.
Assim , f só possui um único ponto fixo, o que completa a demostração do Teorema.
26
Capítulo 5
5.1 Grafos
Falar sobre os grafos
27
encontradas no primeiro passo, são mais importante? ou relevante? e ordena o resultado.
Deste modo , a forma de ordenar as páginas encontradas é o segredo do sucesso do
Google.
FOTO COMPARATIVA
Sabemos que as páginas se conectam através de links e podemos pensá-las como nós
de um grafo direcionado cuja arestas são dadas pelos links.
Seja G um grafo direcionado, com nós 1, 2, ..., n.Nosso objetivo é, para cada nó i,
atribuir um valor real xi que traduza a relevância do nó i.
Quando j é um nó que aponta para i, chamaremos de link de i para j e denotaremos
por j → i. Se lj é o número de links que saem de j. Assim, vamos definir
X xj
xi =
j→i
lj
Desse modo, definiremos mij como o númerpo de links de j → i , que pode inclusive
ser zero. Com isso, temos o sistema linear
28
continuar nos links.Desse modo, a aplicação que indica o percurso aleatório do internauta
num grafo de n vértice é:
m m12 m1n
1
11
Y1 ···
n l1 l2 ln Y1
1 m21 m22 m2n
···
Y2 Y2
. + (1 − p) l.1
7→ p.
..
n l2 ln .
..
. .. . .. .. ..
. . . . .
m
1
n1 mn2 mnn
Yn ··· Yn
n l1 l2 ln
Podemos escrever , de forma mais simples , como T : Rn → Rn , onde y 7→ pe + (1 +
p)Ay, com
1
n
1
e = n.
..
1
n
Note que a função T é contínua.Se mostrarmos que T é uma contração e, lembrando
que Rn é um espaço métrico completo, o Teorema do ponto fixo de Banach nos garante
que T possui um único ponto fixo , ou seja, que o internauta chega sempre à página
desejada.Para tanto, vejamos que , dados y, z ∈ R. e, notando que
n
X
aij = 1
i=1
temos
n n
!
X X
||T (y) − T (z)|| = ||(1 − p)A(y − z)|| = (1 − p) aij |yj − zj | =
j=1 i=1
n
X
= (1 − p) |yj − zj | = (1 − p)||y − z||.
j=1
29
5.3 Cadeia de Markov
As cadeias de Markov, segundo LAY (1999), são usadas como modelos matemáticos
para analisar situações em diversas áreas como biologia, química, engenharia, etc... Em
cada caso, o modelo é usado para descrever um experimento que é realizado muitas vezes
e da mesma forma, e que o resultado de cada ensaio do experimento pertence a um dentre
alguns resultados possíveis previamente especificados, e ainda, que o resultado de cada
ensaio só depende do ensaio anterior.
O aspecto mais interessante das cadeias de Markov é o estudo do comportamento
a longo prazo dessa cadeia. Por exemplo, quer se saber o que acontecerá, a longo prazo,
com a distribuição da população no exemplo citado anteriormente. Essas noções serão
utilizadas para analisar a seguinte situação. Conforme [LOPES (1995)],supõe-se uma
cidade com uma população total fixa de N habitantes e que, cada habitante, consome
apenas um tipo de artigo entre os artigos A e B, podendo cada habitante mudar de
opinião de um mês para outro.
Supõe-se inicialmente que X0 pessoas consumiam um artigo do tipo A e Y0 pessoas
consumiam um artigo do tipo B e a cada mês é contado o número de pessoas que consomem
cada tipo de artigo.
Indica-se por Xn e Yn o número de pessoas que consomem artigos do tipo A e B,
respectivamente , no n-ésimo mês.
Quer se saber o que acontece , a longo prazo, com as probabilidades
Xn Yn
xn = e yn = . (5.1)
N N
Seja aij o quociente entre o número de pessoas que consomem o artigo i no mês 1 e
consumiam o artigo j no mês 0, pelo número dde pessoas que consumiam o artigo j no
mês 0, para i ∈ {1, 2}, j ∈ {1, 2}, sendo o número 1 associado ao artigo do tipo A e o 2
ao artigo do tipo B.
Com esta notação tem-se que a11 representa o quociente entre o número de pessoas
que consomem o artigo A no mês 1 e consumiam o artigo A no mês 0, pelo número de
pessoas que consumiam o artigo A no mês 0.Do mesmo modo, obtêm-se os quocientes
a12 , a21 e a22 .
X1
Para se obter o consumo (x1 , y1 ) no mês 1 , tem-se x1 = que é o quociente entre
N
30
o número de pessoas que consomem o artigo A no mês 1, pelo número total da população.
Observa-se que o número de pessoas que consomem o artigo A , no mês 1 , é igual a
soma do número de pessoas que consumiam A no mês 0 e continuam consumindo A nos
mês 1 , mais o número de pessoas que consumiam o artigo do tipo B no mês 0 e passam
a consumir A no mês 1.
31
Considerações finais
32
Referências Bibliográficas
33
Apêndice A
Título do Apêndice
34
Anexo A
Título do Anexo
35