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1 INTRODUÇÃO
2 DESENVOLVIMENTO
A Peste foi basicamente o resultado de uma manifestação de resistência do
autor que em vida participou dos acontecimentos históricos mais prementes de sua
época. Escrever um romance sobre o tema do exílio e da separação, e o inerente
problema do mal foi, para Camus, uma maneira de combater a alienação e
expressar sua revolta através da arte narrativa.
O esgotamento humano na obra do escritor Camus, associa os sofrimentos
da humanidade, mas também retrata a solidariedade, compaixão, companheirismo
que se manifestam justamente em momentos extremos, onde a peste não escolhe
suas vítimas, mas é coabitada pela fraternidade e pela desigualdade.
“A peste, obra-prima de Albert Camus, é de 47, e pode ser lida como a
súmula de um prometeísmo estóico e ao mesmo tempo fraterno: no perigo coletivo
de uma epidemia o homem descobre que a sua solidão é a solidão de cada um, logo
de todos” (BOSI, 2002, p. 127).
As crises sempre vêm trazendo degradações de maneira econômica, déficit
na educação e saúde. A pandemia veio composta de transtornos graves para toda
humanidade, e ataca de maneira indiferente todas as classes sociais, todas as
profissões e gêneros.
A peste se mostra como uma ferramenta de estudo em conseqüência de
outras doenças ou epidemias, sendo assim, há produção de textos filosóficos e
literários por ela gerados.
A peste de Camus não é uma epidemia clássica, assim como constam nos
manuais de medicina. Talvez não haja mais epidemias clássicas, assim
como não há mais guerras clássicas, da declaração das hostilidades até o
tratado de paz. Mas salientando esse momento de imprevisibilidade e
inevitabilidade, Camus escreveu o livro clássico sobre a peste do nosso
tempo. Clássico também é o estilo da obra, 33 contrastando vivamente com
a atmosfera angustiosa na cidade assediada e isolada do mundo. As
discussões têm caráter de ensaios elaborados. Camus é, como Broch ou
Musil, romancista-ensaísta (CARPEAUX, 2014, p. 2816).
3 CONCLUSÃO
4 REFERÊNCIAS
QUADROS, A. Introdução. In: CAMUS, A. Estado de sítio. São Paulo: Abril Cultural,
1979.
TODD, O. Albert Camus: uma vida. Tradução de Monica Stahel. Rio de Janeiro:
Record, 1998.