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Número de referência
ABNT NBR 8205:2014
24 páginas
© ABNT 2014
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Sumário Página
Prefácio ...............................................................................................................................................iv
1 Escopo ................................................................................................................................1
2 Referência normativa .........................................................................................................1
3 Simbologia ..........................................................................................................................1
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Anexo
Anexo A (normativo) Tabelas e figuras .............................................................................................15
Figuras
Figura 1 – Divisão de acionamento dos transportadores de correia ...........................................13
Figura A.1 – Transportadores horizontais e ascendentes .............................................................21
Figura A.2 – Transportadores descendentes não regenerativos ..................................................22
Figura A.3 – Transportadores descendentes regenerativos .........................................................23
Figura A.4 – Coeficiente C em função de L.....................................................................................24
Tabelas
Tabela A.1 – Valores de f ...................................................................................................................15
Tabela A.2 – Valores de Ky para avaliação inicial das forças ........................................................16
Tabela A.3 – Valores dos coeficientes Y1 e Y2 .................................................................................18
Prefácio
Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras da Diretiva ABNT, Parte 2.
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) chama atenção para a possibilidade de que
alguns dos elementos deste documento podem ser objeto de direito de patente. A ABNT não deve ser
considerada responsável pela identificação de quaisquer direitos de patentes.
Esta segunda edição cancela e substitui a edição anterior (ABNT NBR 8205:1988), a qual foi tecnica-
mente revisada.
Scope
This Standard establishes the procedures for obtaining the required power on the belt conveyor from
loading conditions and their resistance to movement.
In systems with lower complexity settings, from the calculation methodology presented in this standard,
we obtain satisfactory values of forces and powers that are critical in the selection of the belt, the drums
and the definition of sets of continuous conveyors drives.
This Standard does not apply to conveyors that have high complexity, containing mixed profile, drive
at various points, horizontal curves or average strength greater than 70 000 N.
1 Escopo
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Esta Norma não se aplica aos transportadores que apresentam elevada complexidade, contendo perfil
misto, acionamento em vários pontos, curvas horizontais ou força média maior que 70 000 N.
2 Referência normativa
Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento. Para
referências datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas, aplicam-se
as edições mais recentes do referido documento (incluindo emendas).
3 Simbologia
Nesta Norma são utilizadas as simbologias abaixo:
η rendimento
4 Termos e definições
Para os efeitos deste documento, aplicam-se os seguintes termos e definições.
4.1
resistências distribuídas
FD
resistências devido à rotação dos roletes e flexão da correia
4.1.1
resistência rotacional dos roletes de carga
FD1
resistência devido ao atrito dos rolamentos, vedações e agitação do lubrificante dos rolos. Inclui
também o atrito da correia nos rolos, devido a imprecisões de montagem
4.1.2
resistência ao movimento
FD2
resistência resultante da flexão da correia e do material ao passar sobre os rolos
4.2
resistências localizadas
FL
resistências localizadas devido à aceleração do material, atrito do material nas paredes das guias
laterais, mancais dos tambores, flexão da correia nos tambores, raspadores e limpadores
4.2.1
resistência devido à aceleração do material
FL1
resistência devido à aceleração do material na região de carregamento
4.2.2
resistência devido ao atrito do material nas paredes das guias laterais
FL2
resistência devido ao atrito do material nas paredes das guias laterais na região de carregamento
4.2.3
resistência dos mancais e flexão da correia nos tambores
FL3
resistência dos mancais dos tambores acionados e resistência devido à flexão da correia nos tambores
4.2.4
resistência devido ao atrito em raspadores e limpadores
FL4
resistência devido ao atrito entre correia, raspadores e limpadores
4.3
resistências especiais distribuídas
FED
resistências devido à inclinação dos roletes e atrito nas guias laterais em toda a extensão
do transportador
4.3.1
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4.3.2
resistência devido ao atrito nas guias laterais em toda a extensão do transportador
FED2
resistência devido ao atrito do material nas guias laterais, quando estiverem presentes em toda
a extensão do transportador
4.4
resistências especiais localizadas
FEL
resistências devido aos desviadores, trippers e inversão da correia no retorno
4.4.1
resistência devido ao atrito de desviadores
FEL1
resistência devido ao atrito de desviadores contra material e correia
4.4.2
resistência devido ao tripper
FEL2
resistência devido à existência de tripper
4.4.3
resistência devido à inversão da correia no retorno
FEL3
resistência devido à existência de inversão da correia no retorno
4.5
resistência de elevação
FH
resistência devido à variação de nível do material em transportadores inclinados
5 Requisitos gerais
A resistência total ao movimento de um transportador de correia é o somatório de diversas resistências,
que podem ser classificadas em cinco grupos:
A resistência de elevação pode ser positiva, negativa ou nula, dependendo da inclinação do transpor-
tador. Pode também apresentar-se de uma maneira contínua ao longo do transportador ou somente
em certos trechos.
6 Requisitos específicos
6.1 Determinações das resistências
6.1.1 Resistências distribuídas – FD
Kx = Kxc + Kxr
onde
f
K xc = 0, 00068 (qc + qm ) +
ac
Kxr = 0,015 qc
6.1.1.3 Na parcela Kxr está também incluída a resistência devido à flexão da correia sobre
os rolos de retorno:
FD1 = Kx . g(N/m)
6.1.1.4 Valores médios de f podem ser obtidos na Tabela A.1. O valor de qm é calculado por:
Q
qm = m (kg/m)
v
6.1.1.5 A resistência devido à flexão da correia e do material sobre os roletes de carga é calculada
pela equação:
NOTA Na Tabela A.21 podem ser encontrados valores aproximados de Ky, em função do comprimento
e da inclinação do transportador, bem como da carga unitária transportada.
Estes valores são úteis como primeira aproximação, permitindo uma avaliação inicial das tensões.
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6.1.1.7 Os valores de Y1 e Y2 podem ser calculados por equações exponenciais. Para valores
de força média entre 10 kN e 70 kN, são válidas as expressões abaixo, referidas ao espaçamento
dos roletes de carga ac, onde Tmk é a força em quilonewtons (kN):
6.1.1.9 As resistências distribuídas (FD) são o somatório das parcelas FD1 e FD2 multiplicadas pelo
comprimento do transportador:
FD = (FD1 + FD2) L
6.1.2.1 As resistências inerciais e de atrito interno FL1 durante a aceleração do material em cada
ponto de transferência são calculadas pela equação:
6.1.2.2 A resistência devido ao atrito do material nas guias laterais na região de aceleração para
cada ponto de transferência é calculada pela equação:
onde
Para roletes triplos com rolos iguais de inclinação (λ), o hs pode ser determinado pela seguinte equação:
onde
2
bg = ⋅ b
3
6.1.2.3 A resistência localizada FL3 engloba as resistências dos mancais dos tambores e a flexão
de correias sobre eles. Estes valores são apresentados na Tabela A.4, para cada tambor instalado.
6.1.2.4 A resistência devido ao atrito entre correia e cada raspador é calculada pela equação:
6.1.3.1 A resistência devido à inclinação dos roletes de carga FED1 é calculada pela fórmula:
onde
6.1.3.2 A resistência devido à inclinação dos roletes de retorno duplos é calculada pela equação:
Tendo em vista que qualquer inclinação dos roletes acarreta consumo adicional de energia, que
pode ser significativo, este recurso só deve ser utilizado quando se esgotarem outros métodos
de alinhamento da correia (nivelamento/alinhamento da estrutura, rolete autoalinhante etc.).
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6.1.3.3 A resistência devido ao atrito nas guias laterais – FED3, quando presentes em toda a exten-
são do transportador, é calculada por:
NOTA A simbologia é a mesma utilizada na equação de cálculo de FL2 (5.1.2.2), substituindo-se Lg por L.
FEL = Ka . b (N)
onde
6.1.4.2 A resistência devido ao tripper (FEL2) provido de acionamento próprio é levada em conside-
ração computando-se as resistências de todos os tambores envolvidos neste equipamento.
6.1.4.3 Para determinação da resistência devido à inversão da correia no retorno (FEL3), devem ser
consideradas as resistências dos tambores envolvidos, sendo que, nos mancais do tambor de entrada
do virador de correia, pode ser considerado esforço na razão de 2:1.
FH = qm . H . g (N)
6.1.6.1 O valor da força periférica Te pode resultar positivo, negativo ou nulo. Quando negativos,
os transportadores são designados regenerativos, pois o motor de acionamento passa a gerar ener-
gia, em vez de absorvê-la, e necessita de frenagem externa, além do efeito da drenagem do motor.
é necessário refazer o cálculo, alterando o valor dos coeficientes principais, como a seguir:
NOTA Transportadores regenerativos podem também ter sua força periférica requerida no tambor
de acionamento com cálculo aproximado:
2
Te = (F D + F L + F ED + F EL ) + F H(N )
3
6.1.6.3 As equações propostas para o cálculo da força periférica somente são aplicáveis aos trans-
portadores carregados uniforme e continuamente.
6.1.6.4 Para transportadores com perfil muito ondulado, com diversas inclinações e para os quais
o carregamento parcial da correia é frequente, o cálculo deve ser efetuado considerando diversas
hipóteses de carregamento e de regime de operação, como:
a) transportador vazio;
6.1.6.5 A maior força periférica em valor absoluto encontrada desta maneira deve ser utilizada no
cálculo da potência necessária.
6.2.1 A potência necessária para movimentar o transportador resulta de força periférica, aplicada no
tambor de acionamento:
T ⋅v
Na = e (kW )
1000
6.2.2 A potência necessária no eixo do motor é obtida aplicando-se a anterior o rendimento dos
equipamentos instalados entre motor e tambor de acionamento, incluindo os mancais dos tambores
acionados.
6.2.3 Nos casos regenerativos, por motivos de segurança, é conveniente considerar rendimento
unitário;
N
Nm = a
η
6.3.1 Generalidades
6.3.1.1 As forças induzidas na correia variam ao longo de todo o transportador. Seus valores dependem:
a) do perfil do transportador;
6.3.1.2 As forças devem ser as mais baixas possíveis, para que não seja necessário empregar com-
ponentes (correia, tambores etc.) mais robustos que o necessário.
6.3.1.3 Entretanto, para uma operação segura do equipamento, é indispensável que as forças na
correia satisfaçam duas condições:
b) as forças em qualquer ponto do lado de carregamento devem ser suficientes para reduzir a flecha
da correia entre roletes a um valor máximo de 2 %.
6.3.2.1 Para transmissão da força periférica de um tambor de acionamento para a correia, como
mostrado nas Figuras A.1 a A.3, é necessário aplicar no lado em que a correia se afasta do tambor
uma força T2 mínima, calculada pela equação:
1
T2 > Te ⋅
μ ⋅ φ
(N )
e −1
6.3.2.2 O ângulo de abraçamento φ, em radianos, está compreendido de acordo com as condições
geométricas, entre:
φ = 3,14 a 7,33 rad (α = 180° – simples, 240° – com tambor de abraçamento e 420° – duplo)
6.3.2.3 O coeficiente de atrito, μ, entre o tambor e a correia pode ser determinado utilizando-se
a Tabela A.5.
6.3.2.5 A força T2 é consequência do conjugado necessário ou da força mínima exigida pelo transpor-
tador, tomando-se o maior valor.
6.3.3.1 A força mínima para limitar a flecha da correia entre dois roletes, é calculada pela equação:
a2 (q + qm )
Tmín = c c ⋅ g (N )
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8H
6.3.3.2 A flecha indicada para o lado de carregamento é no máximo de 2 % do espaçamento entre
roletes (valor de referência nas Tabelas A.2 e A.3). Neste caso tem-se:
a2 (q + qc )
Tmín = c m ⋅ g (N )
0,16
6.3.3.3 A força mínima é obtida aplicando-se uma carga adequada no conjunto de esticamento.
O espaçamento dos roletes de retorno depende desta força, de maneira a assegurar uma flecha má-
xima de correia entre roletes de 3 %.
NOTA Quando for utilizado esticador por parafuso, o valor (L + k) deve ser acrescido em 20 %, a fim
de manter a força necessária, mesmo que ocorra o alongamento da correia em operação.
6.3.4.2 Na maioria dos casos esta é a força máxima, de regime; entretanto, às vezes, localiza-se
em outros pontos e depende de cada perfil particular, como descrito em 6.3.6.
6.3.4.3 Durante a partida ou por ocasião de frenagens, com o transportador carregado, as forças
atingem valores maiores. Estes devem ser determinados mediante o cálculo das forças necessárias
à aceleração das massas, que são colocadas em movimento.
Média aritmética das forças entre os tambores extremos de um transportador ou entre os pontos
extremos do trecho analisado, no lado de carregamento.
6.3.6.1 Somente podem ser determinadas as forças nos diversos pontos de um transportador
conhecendo-se as variações de seu perfil e a localização dos tambores, além dos dados que figuram
nas equações já descritas.
6.3.6.2 Outras forças, que não as principais, precisam ser determinadas, forças estas em quaisquer
pontos, por exemplo, para o cálculo da carga do conjunto de esticamento, ou para dimensionamento
de tambores e estruturas.
6.3.6.3 O método de cálculo de todas as forças de transportadores foge ao objetivo desta Norma,
mesmo porque somente seria exequível considerando-se casos particulares.
6.3.6.4 Nas Figuras A.1, a A.3, são apresentadas as equações para cálculo das forças, normalmente
6.3.6.5 Com o propósito de reduzir as equações a três grupos, são utilizados artifícios:
b) a cota La refere-se à distância entre o tambor de retorno e o ponto médio entre os tambores
de desvio do conjunto do acionamento.
NOTA Quando o acionamento estiver localizado no tambor de retorno, La é igual a zero; quando estiver
localizado no tambor de descarga, é igual a L.
6.3.6.6 As peculiaridades do conjunto de acionamento podem ser tais que seja necessário decompor
as coordenadas La e Ha, considerando cada trecho em particular. Os mesmos critérios devem ser
adotados ao serem atribuídos valores às coordenadas Lx e Hx de um ponto qualquer.
6.3.7.1 Para anteprojetos e cálculos estimativos, pode ser utilizado o sistema de cálculo simplificado
da força periférica. Entre as parcelas de força periférica, as duas primeiras FD e FL são abrangidas
por todos os transportadores. Analisando-as, chegou-se à conclusão, para transportadores com 80 m
ou mais de comprimento, que ambas também podem ser mutuamente relacionadas por um coeficiente
C, que corresponde à razão:
FD + FL
C=
FD
NOTA O cálculo da força periférica da maioria dos transportadores fica reduzido ao de duas parcelas:
Te = C.FD ± FH (N)
6.3.7.1 O gráfico da Figura A.4, indica valores do coeficiente C, como uma função do comprimento
L do transportador, sendo que os valores foram obtidos através de ensaios em vários transportado-
res. O gráfico mostra que, no cálculo com o coeficiente C, valores confiáveis somente podem ser
obtidos quando o comprimento do transportador é superior a 80 m. Explica-se a não confiabilidade
do coeficiente C para comprimentos menores, pela predominância das resistências localizadas nestas
instalações. As linhas pontilhadas da curva não representam limites e servem apenas para indicar
que nesta área deve-se evitar a utilização do coeficiente, sendo preferível efetuar o cálculo completo
em vez do simplificado.
6.3.8 Contrarrecuo
⎣ 2 ⎥⎦
onde
O dimensionamento deve ser feito considerando o torque do motor, independentemente dos atritos
e força para elevação do material. Deve ser considerada possibilidade de ocorrências de travamento
da correia e grande sobrecarga no transportador durante a partida.
T1r
Tpr
Tir
T2r
Tir
Tsr
onde
Ppr
Kp ⋅ +1
— se Ppr/Psr > Ppi/Psi, teremos: Kr = Psr
Ppr
+1
Psr
Ppr
Te ⋅ Te
Tpr = Psr Tsr =
Ppr Ppr
+1 +1
Psr Psr
onde
f) Etapa 6 – determinar as tensões principais reais (T1r,T2r e Tir) com base nos dados calculados
anteriormente:
T2r = Te . Kr