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22. Qual o período de prescrição das ações administrativas punitivas que visa
apurar infrações da ordem econômica? Qual o início da contagem deste prazo?
Informar os casos de Interrupção e suspensão.
As infrações da ordem econômica prescrevem em 5 anos, contados da data da prática
do ilícito ou, no caso de infração permanente ou continuada, do dia em que tiver cessada a
prática do ilícito.
A interrupção da prescrição se dará por qualquer ato administrativo ou judicial que
tenha por objeto a apuração da infração contra a ordem econômica, bem como a notificação
ou a intimação da pessoa investigada.
Já a suspensa, se dará durante a vigência do compromisso de cessação ou do acordo
em controle de concentrações.
23. Quem são os sujeitos legitimados para ingressar em juízo para defesa de seus
interesses para obtenção da cessação da prática de infração da ordem econômica?
São legitimados para ingresso em juízo os prejudicados, por si, ou pelo Ministério
Público, pela União, os Estados, os Municípios e o Distrito Federal, pelas entidades e órgãos
da Administração Pública, direta ou indireta e pelas associações legalmente constituídas há
pelo menos um ano e que incluam entre seus fins institucionais a defesa dos interesses e
direitos protegidos pela lei.
30. Qual o prazo para o Cade realizar o controle prévio dos atos de
concentração? Este prazo pode ser dilatado? Explique.
O prazo é de 1 ano, a contar da respectiva data de consumação. No entanto, esse prazo
poderá ser dilatado em duas ocasiões: por até 60 dias, improrrogáveis, mediante requisição
das partes envolvidas na operação e por até 90 dias, mediante decisão fundamentada do
Tribunal, em que sejam especificados as razões para extensão, o prazo da prorrogação, que
será não renovável e as providências cuja realização sejam necessária para o julgamento do
processo.
33. Indicar quais são os crimes contra a Ordem Econômica prevista na Lei
8137/90.
São crimes contra a ordem econômica, precedidos de seus respectivos artigos:
art. 63. Omitir dizeres ou sinais ostensivos sobre a nocividade ou periculosidade de
produtos, nas embalagens, nos invólucros, recipientes ou publicidade;
art. 64. Deixar de comunicar à autoridade competente e aos consumidores a
nocividade ou periculosidade de produtos cujo conhecimento seja posterior à sua colocação
no mercado;
art. 65. Executar serviço de alto grau de periculosidade, contrariando determinação de
autoridade competente;
art. 66. Fazer afirmação falsa ou enganosa, ou omitir informação relevante sobre a
natureza, característica, qualidade, quantidade, segurança, desempenho, durabilidade, preço
ou garantia de produtos ou serviços;
art. 67. Fazer ou promover publicidade que sabe ou deveria saber ser enganosa ou
abusiva;
art. 68. Fazer ou promover publicidade que sabe ou deveria saber ser capaz de induzir
o consumidor a se comportar de forma prejudicial ou perigosa a sua saúde ou segurança;
art. 69. Deixar de organizar dados fáticos, técnicos e científicos que dão base à
publicidade;
art. 70. Empregar na reparação de produtos, peça ou componentes de reposição
usados, sem autorização do consumidor;
art. 71. Utilizar, na cobrança de dívidas, de ameaça, coação, constrangimento físico ou
moral, afirmações falsas incorretas ou enganosas ou de qualquer outro procedimento que
exponha o consumidor, injustificadamente, a ridículo ou interfira com seu trabalho, descanso
ou lazer;
art. 72. Impedir ou dificultar o acesso do consumidor às informações que sobre ele
constem em cadastros, banco de dados, fichas e registros;
art. 73. Deixar de corrigir imediatamente informação sobre consumidor constante de
cadastro, banco de dados, fichas ou registros que sabe ou deveria saber ser inexata;
art. 74. Deixar de entregar ao consumidor o termo de garantia adequadamente
preenchido e com especificação clara de seu conteúdo.
34. Explicar o que é a Delação Premiada constante no Artigo 169 da Lei 8137/90.
Tal artigo não existe na referida lei.
Delação premiada consiste na redução de pena (podendo chegar, em algumas
hipóteses, até mesmo a total isenção de pena) para o delinquente que delatar seus comparsas,
concedida pelo juiz na sentença final condenatória, desde que sejam satisfeitos os requisitos
que a lei estabelece.
A delação premiada, a despeito da ausência de previsão legal, deve ser voluntária, isto
é, produto da livre manifestação pessoal do delator, sem sofrer qualquer tipo de pressão física,
moral ou mental, representando, em outras palavras, intenção ou desejo de abandonar o
empreendimento criminoso, sendo indiferentes as razões que o levam a essa decisão.
O instituto da delação premiada possui previsão legal em inúmeras normas penais,
estando prevista tanto no código penal, quanto em legislação esparsa.
Além da previsão legal da referida lei, a delação premiada possui previsão no código
penal – no artigo 159 § 4º – Se o crime é cometido em concurso, o concorrente que o
denunciar à autoridade, facilitando a libertação do sequestrado, terá sua pena reduzida de um
a dois terços.