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Assinado de forma MARTINS

LEONARDO
digital por JOSE
MILENA DA SILVA CARDOSO
GABRIEL DA
SILVA:82440808920

ESTUDO DE BACIA HIDROGRÁFICA

Palhoça
2020
INTRODUÇÃO

O presente instrumento tem a finalidade de abranger conhecimentos e práticas


necessárias para execução de projetos de Engenharia no que diz respeito aos conceitos de
vazões máximas e de cheia das mais diversas bacias hidrográficas. Para evitar futuras
complicações, é necessário estar a par de todos os requisitos e necessários para iniciar a obra
dentro dos parâmetros estabelecidos em projeto. A partir disso, criamos este artifício para
trazer informações precisas e claras sobre uma bacia localizada em Florianópolis/SC,
mostrando possíveis variações de resultados que poderiam estar sendo usadas dentro de um
projeto.

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BACIA HIDROGRÁFICA
(Florianópolis – SC)

Figura 01: Área total da bacia (149,099ha)

Fonte: dos Autores.

Figura 02: Comprimento total do talvegue (4691,281m)

Fonte: dos Autores.

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MEMORIAL DE CÁLCULO
Método Racional (𝑇𝑅 = 6 𝑎𝑛𝑜𝑠)

Tendo em vista a escolha de uma bacia na região de Florianópolis, com os dados coletados
através do software QGIS, chegamos aos seguintes cálculos considerando 𝑇𝑅 = 6 𝑎𝑛𝑜𝑠
através do Método Racional:

• Declividade do talvegue:
215
𝑑𝑡𝑎𝑙𝑣𝑒𝑔𝑢𝑒 = → 𝑑𝑡𝑎𝑙𝑣𝑒𝑔𝑢𝑒 = 0,046 𝑚/𝑚 = 4,60%
4691,281

• Tempo de concentração:
𝑡𝐶 = 3,989 . 4,690,77 . 0,046−0,385 → 𝑡𝐶 = 43 𝑚𝑖𝑛𝑢𝑡𝑜𝑠

• Intensidade de Precipitação:
1625,5 . 60,23
𝑖= → 𝑖 = 70,42 𝑚𝑚/ℎ
(43 + 33)0,82

• Área 01: florestas, (87% = 129,72ℎ𝑎).


𝐶1 − 0,02 70,42 − 25
= → 𝐶1 = 0,07
0,10 − 0,02 100 − 25

• Área 02: pastagens cultivadas, (12% = 17,89ℎ𝑎).


𝐶2 − 0,02 70,42 − 25
= → 𝐶2 = 0,11
0,17 − 0,02 100 − 25

• Área 03: urbanizada, (1% = 1,49ℎ𝑎).


Segundo Wilken (1978), temos: 𝐶3 = 0,20

• Coeficiente de escoamento superficial:


(𝐶1 𝐴1 ) + (𝐶2 𝐴2 ) + (𝐶3 𝐴3 ) (0, 07. 129,72) + (0,11 . 17,89 ) + (0,20 . 1,49)
𝐶= =
𝐴𝑇𝑂𝑇𝐴𝐿 149,099
𝐶 = 0,08

• Vazão Máxima:
𝐶. 𝑖. 𝐴 0,08 .70,42 .149,099
𝑄𝑀𝐴𝑋 = → 𝑄𝑀𝐴𝑋 = → 𝑄𝑀𝐴𝑋 = 2,33 𝑚3 /𝑠
360 360

Assim sendo, para a bacia escolhida concluímos que para 𝑇𝑅 = 6 𝑎𝑛𝑜𝑠, teremos uma vazão
máxima 𝑄𝑀𝐴𝑋 = 2,33 𝑚3 /𝑠.
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MEMORIAL DE CÁLCULO
Método Racional (𝑇𝑅 = 10 𝑎𝑛𝑜𝑠)

Tendo em vista a escolha de uma bacia na região de Florianópolis, com os dados coletados
através do software QGIS, chegamos aos seguintes cálculos considerando 𝑇𝑅 = 10 𝑎𝑛𝑜𝑠
através do Método Racional:

• Declividade do talvegue:
215
𝑑𝑡𝑎𝑙𝑣𝑒𝑔𝑢𝑒 = → 𝑑𝑡𝑎𝑙𝑣𝑒𝑔𝑢𝑒 = 0,046 𝑚/𝑚 = 4,60%
4691,28

• Tempo de concentração:
𝑡𝐶 = 3,989 . 4,690,77 . 0,046−0,385 → 𝑡𝐶 = 43 𝑚𝑖𝑛𝑢𝑡𝑜𝑠

• Intensidade de Precipitação:
1625,5 . 100,23
𝑖= → 𝑖 = 79,20 𝑚𝑚/ℎ
(43 + 33)0,82

• Área 01: florestas, (87% = 129,72ℎ𝑎).


𝐶1 − 0,02 79,20 − 25
= → 𝐶1 = 0,08
0,10 − 0,02 100 − 25

• Área 02: pastagens cultivadas, (12% = 17,89ℎ𝑎).


𝐶2 − 0,02 79,20 − 25
= → 𝐶2 = 0,13
0,17 − 0,02 100 − 25

• Área 03: urbanizada, (1% = 1,49ℎ𝑎).


Segundo Wilken (1978), temos: 𝐶3 = 0,20

• Coeficiente de escoamento superficial:


(𝐶1 𝐴1 ) + (𝐶2 𝐴2 ) + (𝐶3 𝐴3 ) (0,08 . 129,72) + (0,13 . 17,89 ) + (0, 20. 1,49)
𝐶= =
𝐴𝑇𝑂𝑇𝐴𝐿 149,099
𝐶 = 0,09

• Vazão Máxima:
𝐶. 𝑖. 𝐴 0,09 .79,20 .149,099
𝑄𝑀𝐴𝑋 = → 𝑄𝑀𝐴𝑋 = → 𝑄𝑀𝐴𝑋 = 2,95 𝑚3 /𝑠
360 360

Assim sendo, para a bacia escolhida concluímos que para 𝑇𝑅 = 10 𝑎𝑛𝑜𝑠, teremos uma vazão
máxima 𝑄𝑀𝐴𝑋 = 2,95 𝑚3 /𝑠.
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MEMORIAL DE CÁLCULO
Método da Precipitação

Tendo em vista a escolha de uma bacia na região de Florianópolis, com os dados coletados
através do software QGIS, temos seguintes cálculos através do método estatístico da
precipitação:

Tabela 01: Dados Históricos

Fonte: dos Autores (precipitação adaptada de INMET)

Através da tabela de dados históricos da região de Florianópolis, temos:


𝑥̅ = 1715,76 → 𝑆𝑥 = 380,47 → 𝑛 = 10

• Determinação de 𝑦̅𝑛 e 𝑆𝑛 :
Tabela 02: Valores esperados da média e desvio padrão em função do número de dados.

Fonte: Villela, 1975

Considerando 𝑛 = 20 na Tabela 02, temos que:


𝑦̅𝑛 = 0,52 → 𝑆𝑛 = 1,06
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• Moda dos valores extremos:
𝑦̅𝑛 0,52
𝑥𝑓 = 𝑥̅ − 𝑆𝑥 ( ) → 𝑥𝑓 = 1715,76 − 380,47 ( ) → 𝑥𝑓 = 1529,11
𝑆𝑛 1,06

• Determinação da variável reduzida (𝑦):


Tabela 03: Variável reduzida, Probabilidade e Período de Retorno.

Fonte: Villela, 1975

Considerando um período de retorno (𝑇𝑅 = 5 𝑎𝑛𝑜𝑠), extraímos da tabela 𝑆 o valor da variável


reduzida 𝑦 = 1,50 . Já para 𝑇𝑅 = 10 𝑎𝑛𝑜𝑠, temos 𝑦 = 2,25 .

• Vazão de Cheia:
- Para 𝑇𝑅 = 5 𝑎𝑛𝑜𝑠, temos:
𝑆𝑥 380,47
𝑄𝐶𝐻𝐸𝐼𝐴 = 𝑥𝑓 + 𝑦 ( ) = 1529,11 + 1,50 ( ) → 𝑄𝐶𝐻𝐸𝐼𝐴 = 2067,51 𝑚3 /𝑠
𝑆𝑛 1,06
- Para 𝑇𝑅 = 10 𝑎𝑛𝑜𝑠, temos:
𝑆𝑥 380,47
𝑄𝐶𝐻𝐸𝐼𝐴 = 𝑥𝑓 + 𝑦 ( ) = 1529,11 + 2,25 ( ) → 𝑄𝐶𝐻𝐸𝐼𝐴 = 2336,71 𝑚3 /𝑠
𝑆𝑛 1,06

Assim sendo, para a bacia escolhida concluímos que para 𝑇𝑅 = 5 𝑎𝑛𝑜𝑠, teremos uma vazão
de cheia 𝑄𝐶𝐻𝐸𝐼𝐴 = 2067,51 𝑚3 /𝑠. Já para 𝑇𝑅 = 10 𝑎𝑛𝑜𝑠, teremos uma vazão de cheia
𝑄𝐶𝐻𝐸𝐼𝐴 = 2336,71 𝑚3 /𝑠.

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CONCLUSÃO

O ciclo hidrológico tanto pode ser estudado em escala global como em porções
territoriais limitadas que permitem controle maior das variáveis envolvidas. A porção mais
indicada para essa finalidade é a bacia hidrográfica, entidade geográfica ideal para estudo dos
processos hidrológicos. Por definição, bacia hidrográfica é uma área natural limitada por
divisores de água e drenada por um sistema conectado de cursos de água, de modo que toda a
vazão efluente seja descarregada por uma única saída ou exutório (também denominada foz
ou desembocadura).

Por simplicidade, pode-se assumir que todo o processo hidrológico toma lugar na
unidade geográfica denominada bacia hidrográfica. Como os fenômenos meteorológicos que
acionam o ciclo das águas podem ser considerados como exógenos (fatores internos da bacia
não os afetam), o regime hídrico de uma bacia será condicionado pelas suas características
físicas, como área, relevo, forma, padrão/densidade de drenagem e solos, entre outras. A
identificação dessas características pode fornecer muitos indícios de qual deve ser o
comportamento hidrológico de uma certa bacia. O caso mais simples do uso de uma
característica física é quando se infere o volume de água de um rio pela área de contribuição a
esse rio. Evidentemente, em uma região com regime pluviométrico uniforme, quanto maior a
bacia hidrográfica maior o volume de água esperado em sua foz. No entanto, desvios desse
comportamento são frequentes, pois outras características podem intervir de modo mais
acentuado.

7
REFERÊNCIAS

• http://ciram.epagri.sc.gov.br/
• http://www.inmet.gov.br/
• https://www.ibge.gov.br/
• http://geoseuc.ima.sc.gov.br/

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