Avaliação Disponibilidades Hídricas e Índice Escassez WEI

AVALIAÇÃO DAS DISPONIBILIDADES HÍDRICAS
ACTUAIS E FUTURAS E APLICAÇÃO DO ÍNDICE

DE ESCASSEZ WEI+
Rodrigo Proença de Oliveira

Bluefocus / Técnico – U.Lisboa
APA, 7 de Dezembro de 2021 1

Objetivos do projeto
• Avaliação das disponibilidades de água (superficiais e subterrâneas):
‒ “Situação atual” em regime natural
‒ Cenários futuros de alterações climáticas
• Avaliação das necessidades de água dos vários setores:
‒ Usos, volumes utilizados, eficiências, volume captados e retornos
• Modelação da alocação e uso da água:
‒ Garantias de disponibilidades em regime modificado
‒ Modelação do armazenamento, alocação e uso da água
• Cálculo do índice de escassez WEI+
Principais resultados
• Disponibilidades de água em regime natural (1930/31-2015/16)
• Cenários de alteração climática (RCP 4.5 e RCP 8.5, 2011-2100)
• Necessidades de água dos vários sectores utilizadores
• Disponibilidades de água “atuais”, em regime modificado
• Disponibilidades de água futuras
• Índice de escassez hídrica WEI+
• Plataforma de informação e modelação para aperfeiçoamento futuro das

estimativas apresentadas

Avaliação das disponibilidades de água
em regime natural
APA, 7 de Dezembro de 2021

4
Recolha, validação e preenchimento de dados
Estações de precipitação
Fontes: Fonte # estações P # estações T
SNIRH 775 104
IPMA 59 39
AEMET 3594 295
TOTAL 4428 438
Validação de dados: Testes estatísticos

Preenchimento de falhas: Regressão múltipla
Estações de temperatura
Interpolação espacial: IDW

(testado TPS, krigging e krigging com deriva ext.)
Resultados:
• Vars: Precipitação, Temperatura e ETP
• Resolução: 1 km x 1 km
• Período: 1930/31 – 2015/16

Disponibilidades de dados Percentagem de falhas dos valores da
precipitação mensal
Nº de valores de precipitação mensal disponíveis 1961-1980
1941-1960
por ano hidrológico em Portugal
1981-2000 2001-2019
A monitorização da precipitação iniciou-se em 1900 e

esse investimento aumentou até 1995. A partir dessa
data o desinvestimento é evidente, tendo atingido níveis
extremamente baixos por volta de 2010.
Resultados:
Período de tempo: Foram geradas mais de 300 superfícies mensais das principais
1930/31 – 2015/16: varáveis do balanço hídrico. As imagens mostram os valores anuais
Resolução temporal: médios dessas variáveis e constituem uma atualização dos mapas do
Séries mensais Atlas do Ambiente dos anos 1980.
Resolução temporal:
1 km x 1 km
Precipitação anual média Temperatura do ar média anual Evapotranspiração potencial anual média

Precipitação mensal média Temperatura do ar média mensal
out nov dez out nov dez
jan fev mar

jan fev mar
abr mai jun

abr mai jun

jul ago set 8
Resultados: Precipitação anual
Não há anos
Não há anos húmidos
húmidos
Não há anos
Não há anos húmidos
húmidos

Precipitação anual
RH1- Minho e Lima

RH2 - Cávado, Ave e Leça
RH3 – Douro
RH4A – Mondego, Vouga e Lis
RH5A – Tejo e ribeiras do Oeste
RH6 – Sado e Mira
RH7 - Guadiana
RH8 – Ribeiras do Algarve
Os valores representam a variação da precipitação anual média entre os períodos 1945/46-1980/81 e 1981/82-2015/16

Precipitação anual
A precipitação anual média nos anos húmidos e médios tem vindo a diminuir.

Modelação hidrológica
Modelo de Temez
P, Precipitação ETP, Evapotranspiração portencial
ETR, Evapotranspiração real
INTERPOLAÇÃO ESPACIAL INTERPOLAÇÃO ESPACIAL
PREC PREC
Xt, excedente
max
ETP U Ut-1 Ht=Xt-It, Escoamento superficial
ETP
Rt, Recarga Tt, Esc.fluvial

Zona não saturada
INTEGRAÇÃO NO ESPAÇO
MODELAÇÃO HIDROLÓGICA Zona saturada
DISTRIBUIDA Vt-1
ESC
Gt, Escoamento subterraneo
Parâmetros do modelo
MODELAÇÃO HIDROLÓGICA
• C – Coeficiente de escoamento
INTEGRAÇÃO NO ESPAÇO
PSEUDO DISTRIBUIDA • Po – Retenção inicial
• Umax – Capacidade de retenção de água na bacia
• Rmax– Recarga mensal máxima
Resultados
DISTRIBUIÇÃO NO ESPAÇO
•ESC
Evapotranspiração real
• Recarga mensal
MODELAÇÃO DA OPERAÇÃO • Escoamento mensal
DAS INFRAESTRUTURAS
Calibração e validação do modelo
Pedre Ribeiradio (Vouga)

Resultados: Superficies e séries de escoamento em regime natural
• Período de tempo: 1930/31 – 2015/16:

• Resolução temporal: Séries mensais
• Resolução temporal: 1 km x 1 km
Validação das estimativas de recarga
As estimativas de recarga do modelo hidrológico foram validadas pelas estimativas de recarga de
um modelo desenvolvido pelo ISEP/APA que têm em consideração vários fatores condicionantes
da recarga.
350
Ravg
300 350
Recarga anual média (mm)
Recarga anual média (mm) - Temez

250 300
250
200
200
150
150
100 100
50 50
0
0 0 100 200 300 400
PTA0X1RH1
PTA0X1RH3
PTA0X1RH5
PTA0X2RH4
PTA11
PTA1
PTA2
PTA4
PTA6
PTA0Z1RH7_C2
PTA0Z3RH8_C2
PTM01RH7
PTT3
PTT7
PTA0Z2RH6
PTO01RH5_C2
PTO12
PTO15
PTO19
PTO24
PTO26
PTO29
PTO30
PTO33
PTO35
PTO7
PTO5
PTT01RH6
PTA0X2RH1_ZV2006
PTA0X4RH2_ZV2006
PTM02RH8_C2
PTM1
PTM11
PTM14
PTM16
PTM18
PTM2
PTM4
PTM6
PTM8
PTO9_C2
PTA0X1RH7_C2
PTO01RH3
PTO02RH4
PTO04RH5
PTO10_C2
PTO20_C2
Recarga anual média (mm) - APA
APA Proj. WEI+ (Modelo Temez)

Disponibilidades de água: Escoamento anual
RH1- Minho e Lima

RH3 – Douro
RH6 – Sado e Mira
RH7 - Guadiana
Os valores representam a variação da precipitação anual média entre os períodos 1945/46-1980/81 e 1981/82-2015/16

Percentagens de diminuição ao nível de cada uma das
bacias internacionais considerando a parte espanhola e a
parte portuguesa
-16%
-18%
-25%
-21%

O escoamento anual médio nos anos húmidos e médios tem vindo a diminuir.

Sazonalidade do escoamento mensal
Entre 75% e 80% do escoamento anual ocorre em 5 meses.

Cenários climáticos

20
Cenários climáticos
• Recolha de dados: 21 exercícios regionais do
Cenários socio- Cenários de
AR5 / EURO-CORDEX (res.12.5 km): económicos emissões
‒ 8 modelos de circulação global
‒ 9 modelos regionais
Modelos
• Validação dos modelos climáticos: 1965-1995 globais
• Seleção dos essembles e correcção de viés:

Modelos
‒ Todos os modelos (21)
regionais
‒ Modelos selecionados (6)
• Determinação dos cenários para

Modelos
‒ 2 cenários de emissões: RCP 4.5 e RCP 8.5 sectoriais
‒ 3 horizontes: 2011-2040; 2041-2070; 2071-2100
Data fim do
Data de fim da
# Modelo global Modelo regional Data início período
simulação
histórico
1 CCCma-CanESM2 REMO2015 01/02/1950 31/12/2005 31/12/2100
2 ALADIN53 01/01/1950 31/12/2005 31/12/2100
3 ALARO-0 01/01/1950 31/12/2005 31/12/2100
CNRM-CERFACS-
4 CCLM4-8-17 01/01/1950 31/12/2005 31/12/2100
CNRM-CM5
5 RCA4 01/01/1970 31/12/2005 31/12/2100
6 REMO2015 01/02/1950 31/12/2005 31/12/2100
7 CCLM4-8-17 01/12/1949 31/12/2005 31/12/2100
8 HadGEM2 RACMO22E 01/01/1950 31/12/2005 31/12/2099
9 REMO2015 01/01/1950 31/12/2005 31/12/2099
10/11 RACMO22E (r1 e r12) 01/01/1950 31/12/2005 31/12/2100
12 RCA4 01/01/1970 31/12/2005 31/12/2100
13 ICHEC-EC-EARTH REMO2015 01/02/1948 31/12/2005 31/12/2100
14 CCLM4-8-17 01/12/1949 31/12/2005 31/12/2100
15 HIRHAM5 01/01/1951 31/12/2005 31/12/2100
16 RCA4 01/01/1970 31/12/2005 31/12/2100
IPSL-CM5A-MR
17 IPSL-WRF 3.3.1 01/01/1951 31/12/2005 31/12/2100
18 MIROC REMO2015 01/02/1948 31/12/2005 31/12/2100
19 CCLM4-8-17 01/12/1949 31/12/2005 31/12/2100
20APA, 7 de Dezembro
MPI-ESM-LR
de 2021
RCA4 01/01/1970 31/12/2005
22
31/12/2100
21/22 REMO2009 (r1 e r2) 01/02/1950 31/12/2005 31/12/2100
Avaliação dos modelos
Panual Psazonal Dist. Secas Panual Temp Temp
# Modelo global Modelo regional
PT PT Panual PT ES PT ES
1 CCCma-CanESM2 REMO2015 +++ +++
2 ALADIN53 +++
3 ALARO-0 --- --- +++ ---
CNRM-CERFACS-
4 CCLM4-8-17
CNRM-CM5
5 RCA4 --- +++ --- ---
6 REMO2015
7 CCLM4-8-17 --- --- +++ +++
8 HadGEM2 RACMO22E +++ +++ +++
9 REMO2015 +++ +++ +++ +++
10 RACMO22E – r1 +++ +++ --- +++ --- ---
11 RACMO22E – r12 +++ +++ +++ --- ---
12 RCA4 +++ +++ --- --- ---
ICHEC-EC-EARTH
13 REMO2015 +++ +++ +++
14 CCLM4-8-17
15 DMH-HIRHAM5 ---
16 RCA4 +++ ---
IPSL-CM5A-MR
17 IPSL-WRF 3.3.1 +++ ---
18 MIROC REMO2015 +++ +++ +++
19 CCLM4-8-17 +++ +++
20 RCA4 --- --- +++ --- +++
MPI-ESM-LR
21 REMO2009 – r1 --- --- +++ +++
22 REMO2009 – r2 --- +++ +++
23 NCC-NorESM1M-M
APA, 7 de Dezembro de 2021 HIRHAM5 +++ 23 +++ +++
Cenários de
precipitação adotados
(os mesmo do Roteiro de Adaptação)
Modelos selecionados
NCC-NorESM1-M-SMHI-RCA4
CNRM-CNRM-ALADIN63
CNRM-KNMI-RACMO22E
ICHEC-DMI-HIRHAM5
ICHEC-CLMcom-CCLM-4-8-17
ICHEC-KNMI-RACMO22-r12
ICHEC-SMHI-RCA4
MOHC-HadGEM2-DMI-HIRHAM5
MOHC-HadGEM2-KNMI-RACMO22E
MOHC-HadGEM2-SMHI-RCA
MPI-M-MPI-ESM-LR-REMO2009_r1
MPI-M-MPI-ESM-LR-SMHI-RCA4
NCC-NorESM1-M-REMO2015
NCC-NorESM1-M-SMHI-RCA4

Cenários climáticos: Escoamento anual
RH1- Minho e Lima

RH3 – Douro
RH6 – Sado e Mira
RH7 - Guadiana
Os valores em percentagem
representam a variação entre o
período histórico e o final do
século

Avaliação das necessidades de água

26
Estimativas dos usos e volumes de água
• Urbano e industrial:
‒ TURHs
• Rega:
‒ RA 2019: Área regadas, culturas praticadas, métodos de rega (por freguesia)
‒ Recomendações DGADR: Dotações de rega (inclui eficiência de rega)
‒ COS / Limites AHs: Distrib. espacial dentro da freguesia das áreas regada, culturas e
volumes utilizados
‒ Limites AHs / TURHs: Alocação a origens superficiais ou subterrâneas
‒ Fontes várias: Eficiências de adução e distribuição
• Pecuária (bovinos, ovinos, caprinos e aves):
‒ Dados DGAV: Efetivos pecuária e capitações
• Golf:
‒ Balanço hídrico
Esquema metodológico
RA2019
Rega (Freguesia)
Áreas regadas por cultura
(Freguesia) Golf Área / # buracos
Dotações culturais (Local)
(Região Agric.)
Volumes utilizados por
cultura Dotações
Aprov. Hidroagric. (Freguesia)
Volumes utilizados
COS (Local)
Volumes utilizados
MA superficiais (Freg-AH-COS)
Sup/Sub: Em função da %
aplicada a toda a região
MA subterraneas
Volumes utilizados
(Freg-AH-COS-MASup-MASub)
Eficiencia adução
distribuição
(AH)
Volumes captados Vol. captados em MASup Vol. captados em MASub
(Freg-AH-COS-MASup-MASub)
(Freg-AH-COS-MASup) (Freg-AH-COS-MASub)
Aprov. Hidroagric. Agregação Agregação
espacial espacial
Vol. captados
Vol. captados fora de AH
em AH
TURH – Rega em Vol. captados em MASup Vol. captados em MASub
MASup (MASup) (MASub)
Em função da Agregação Desagregação
existencia de TURHs
espacial espacial
no poligono ou
Vol. captados em AH
próximo
Vol. captados em SBac Vol. captados em SBac
Vol. captados em MASup Vol. captados em MASub
(Freg-AH-COS-MASub) (Freg-AH-COS-MASup) (Freg-AH-COS-MASub) Sup Mike Sub Mike
(Sbac Mike) (Sbac Mike)
Agregação Agregação
espacial espacial

(MASup) (MASub)
Desagregação
espacial
Agregação
espacial
Sup Mike Sub Mike
APA, 7 de Dezembro de 2021 (Sbac Mike) 28(Sbac Mike)
Esquema metodológico
Bovinos, Dados DGAV
#cabeças Aves Dados DGAV
#cabeças
(Freguesia) (Freguesia)
ovinos e (Local) (Freguesia)
caprinos Capitações Capitações
Volumes utilizados Volumes utilizados

(Local) (Freguesia)
aplicada a toda a região
aplicada a toda a região Freg -> MA: Em função da
sobreposição de áreas
Vol. captados em MASup Vol. captados em MASub Vol. captados em MASup Vol. captados em MASub
Agregação Agregação
Agregação Agregação espacial espacial
espacial espacial
(MASup) (MASub)
(MASup) (MASub)
Agregação Desagregação
Agregação Desagregação espacial espacial
espacial espacial
Vol. captados em SBac Vol. captados em SBac Sub Mike
Sup Mike
Sup Mike Sub Mike (Sbac Mike)
(Sbac Mike)
(Sbac Mike) (Sbac Mike)

Distribuição especial da área de rega
RA2019 vs COS(2018) vs AH
Freguesia 010203, Angeja Nas 400 freguesias em que há AH:
• A área agrícola da COS é superior à dos AH
na esmagadora em 97% das freguesias;
COS
• A área dos AH é, em média, 34% da área
agrícola da COS.
AH
30
Resultados: Área regada (% do território)
TOTAL
C. Temporarias C. Permanentes Pastagens

Superfície regada
Superficie total = 561 mil ha

Estimativa das necessidades de água para rega
Dotações de rega
• Utilizados os valores propostos pela DGADR, com alguma correções (e.g. arroz)
e completados por outras fontes (e.g. EDIA) ou por estimativa pericial.
Eficiências de rega (incluídos nas dotações):
Eficiências de adução e distribuição nos perímetros de rega
• Utilizados valores de alguns perímetros específicos e os propostos pelo projeto
AGIR.
Retornos e destino dos retornos
• Estimativa pericial em função dos usos.
Repartição por origens superficiais e subterrânea
• Estimativa pericial tendo em conta o tipo de uso, o conhecimento das regiões e
a localização de TURHs.
Pecuária: nº de animais

RH1- Minho e Lima
Volumes de água captada por RH RH3 – Douro
Valores em hm3/ano RH5A – Tejo e ribeiras do Oeste
RH6 – Sado e Mira
RH7 - Guadiana
Volume total captado = 5945 hm3/ano

Volume utilizado na hidroelectricidade = 120 588 hm3/ano
Volumes de água captada por sector
Valores em hm3/ano
Rega: 70%
Urbano: 13%
Industria: 6%
Pecuária: 1%
Energia termolectrica: 9%
Volume de água captada por origem
Valores em hm3/ano

Volume de água captada por origem
Valores em hm3/ano

Modelação do uso da água

Reunião APA, setembro de 2021 @Rodrigo Proença de Oliveira, 39
PT ES
A = 21 km2
Modelação da alocação e uso da água Guadiana

Caia
E=2 hm3
A=1822 km2
Caia
Xévora-Fronteira
Xévora
E=316 hm3
A=837 km2 A=2119 km2
E= 148 hm3 E=375 hm3
Caia-Guadiana Ponte Palmas
Guadiana
Monte da Vinha A=48 545 km2 A= 46 445 km2
E= 4306 hm3 E= 3931 hm3
• Modelação do armazenamento, alocação e uso da água

Moinho da Cascalheira
Olivença
Lucefécit
Ajuda
Lucefécit
A=430 km2
E=97 hm3
‒ Modelo Mike-Basins Vigia

A = 1538 km2
E=241 hm3
A=992 km2
E=139 hm3
Alcarrache
Degebe A=785 km2
Vendinha E=112 hm3
‒ 12 esquemas de modelação abrangendo Espanha: integrando Mte Novo Alqueva

A = 55035 km2
E=5147 hm3
A=3727 km2
E=600 hm3
A=2023 km2
E=308 hm3
Ardila
albufeiras e massas de água subterrâneas: Pedrogão
A = 59167 km 2 A = 850 km2
E = 191 hm3
E=5783 hm3
Odearça Murtega
• Principais sub-bacias e afluentes

A=791 km2
E=182 hm3
Enxoé
Ponte Quintos Enxoé
• Principais albufeiras (70 em Portugal e 18 em Espanha). Azenha dos Quilos
Cobres / Terges / Rib. Lapa
• Massas de água subterrâneas distribuídas/alocadas a sub-bacias

Monte da A=1156 km2 Limas
Pulo do Lobo
Ponte E = 148 hm3
Rocha da Galé
Oeiras
superficiais Carreiras
Pomarão
A=2692 km2
E=461 hm3
Chança Chança
A=443 km2
• Principais pontos de captação para uso consumptivo e produção de
A=64994 km2
E=86 hm3 E=6688 hm3
Vascão
Vascão
Cobica
A=937 km2
energia E=167 hm3
Foupana Alcoutim
•
Tenência
Estimativa das disponibilidades de água em regime modificado A= 411 km2

E=69 hm3
Odeleite
• Cálculo da garantia de disponibilidade em função da capacidade
2
Monte dos Odeleite Odeleite A=360 km
Fortes (Pte) E=76 hm3
A=99 Km2
de armazenamento Beliche
Atalisca
E=17 hm3
Beliche
A=66 579 km2
E=7085 hm3

Esquemas hidrográficos
Vouga
Tejo
Zêzere
Meimoa
Sta Luzia
Ocreza Ponsul
Cabril Ribeirinha Sta Águeda

A = 2415 km2
Mondego A = 57 km2 (Marateca) Idanha
Bouça PT ES
Alvito
Aravil Erges
Ribeira da Liria
2 A = 635 km2
A = 997 km2 Ribeira do Freixial A = 93 km
Nabão A = 17 km 2
C. Bode
Pracana
A = 1497 km2 A = 1221 km2
A = 5005 km2 A = 1430 km2 Tejo
2 2
Almonda A = 62 336 km Belver A = 59771 km Fratel Cedilho A = 51971 km2
Alcantara
Sor Seda
Póvoa e A = 326 km2
Alviela
Lis Crato
Meadas
Nisa Sever
Maior
A = 918 km 2 A = 1334 km2
Ulme / Alpiarça Maranhão Grande
Ota Montargil Apartadura
2
A = 72657 km
Magos PT ES
A = 3209 km2
Sorraia A = 1249 km2 Raia
Trancão Tera
A = 7700 km2 A = 1080 km2 A = 754 km2 A = 3438 km2
A = 80 357 km2
Minutos Divor
Almansor Divor

MIKE-Basins: Modelação da alocação e uso da água

Modelo Temez e Modelo Mike-Basins
Modelo Mike-Basin
RESERVOIR
Modelo Temez
P ET CATCHMENT
Returns Returns Seepage
Returns USES Returns USES
CATCHMENT CATCHMENT
USES USES
Seepage
X
U X-R
R
USES USES USES
V T Returns Returns Returns
Seepage Seepage
G Groundwater Outflow Groundwater Outflow Seepage
Groundwater Evaporation
abstraction to uses abstraction to uses
Outflow abstraction Outflow Recharge
Recharge Seepage Recharge
to uses to uses
Netflow Inflow from
Para incluir as águas subterrâneas no to node upstream
Catchment runoff
Inflow
Mike-Basins, foi necessário simular os from
Groundwater catchment
fluxos de recarga, captação e descarga storage GW
Storage
change
Groundwater
change storage
Discharge Groundwater
storage GW change
para o rio. Os resultados no modelo de change Discharge RESERVOIR
GW
CATCHMENT Discharge
Temez foram parcialmente transferidos CATCHMENT CATCHMENT
para o Mike-Basins.

Cálculo do índice de escassez WEI+

44
Indice WEI+
𝑼𝒔𝒐 𝒅𝒆 𝒂𝒈𝒖𝒂
𝑾𝑬𝑰 +=
𝑹𝒆𝒄𝒖𝒓𝒔𝒐𝒔 𝒅𝒊𝒔𝒑𝒐𝒏í𝒗𝒆𝒊𝒔 𝒓𝒆𝒏𝒐𝒗á𝒗𝒆𝒊𝒔 (𝑹𝑾𝑹)
RWR: Recursos superficiais e subterrâneos disponíveis, deduzidos dos volumes para fins ecológicos
Usos de água: Volumes captados, deduzidos dos retornos
0 (sem escassez) 1 (crítico)

Cálculo do WEI+
Regime natural 𝑼𝒔𝒐 𝒅𝒆 𝒂𝒈𝒖𝒂
𝑾𝑬𝑰 +=
𝑹𝒆𝒄𝒖𝒓𝒔𝒐𝒔 𝒅𝒊𝒔𝒑𝒐𝒏í𝒗𝒆𝒊𝒔 𝒓𝒆𝒏𝒐𝒗á𝒗𝒆𝒊𝒔 (𝑹𝑾𝑹)
A QAnat
B QBnat RWR: Recursos superficiais e subterrâneos disponíveis,
deduzidos dos volumes para fins ecológicos
nat nat nat
GW
Q1=QA Q2=QA +QB
Usos de água: Volumes captados, deduzidos dos retornos
GW
Regime modificado Q1 = QAnat + TA – DSA - EvA - (Abst-Ret)A

TA
TB Q2 = Q1 + QBnat + TB – DSB – EvB - (Abst-Ret)B
A QAnat B
QBnat
DSBSW
DSA SW
Duas formas de calcular RWR:
GW Q1 Q2
RWRB = Q1 + QBnat + TB – ΔSB - EvB
DSA GW GW
DSB GW
RWRB = Q2 + (Abst-Ret)B

WEI+ por Região Hidrográfica
• Os valores do WEI+ são
genericamente elevados.
• As bacias hidrográficas do Sado e do
Mira são aquelas que merecem mais
preocupação.
• Localmente, certas sub-bacias
apresentam valores mais elevados.

RH 1
WEI+ | RH1- Minho e Lima

RH 2
WEI+ | RH2- Cávado, Ave e Leça

RH 3
WEI+ | RH3- Douro

WEI+ | RH4A- Mondego, Vouga e Lis RH 4A

WEI+ | RH5A- Tejo e ribeiras do Oeste
RH 5A

WEI+ | RH6- Sado e Mira
RH 6

WEI+ | RH7- Guadiana
RH 7

WEI+ | RH8- Ribeiras do Algarve
RH 8

Considerações finais

Conclusões
• Nos últimos 20 anos a precipitação em Portugal e Espanha diminui cerca
de 15%, prevendo-se que diminua entre 10 a 25% até ao final do século.
• Nos últimos 20 anos a disponibilidade de água reduziu-se cerca de 20%.
• São atualmente captados em Portugal cerca 6000 hm3/ano, excluindo os
volumes utilizados nos aproveitamentos hidrolectricos. A agricultura é
responsável por 70% deste volume, seguindo-se o abastecimento à
população (13%), a termoeletricidade (9%) e a indústria (6%).
• O índice de escassez WEI+ atinge valores acima de 0.6 em certas bacias
hidrográficas, concretamente a do Sado e do Mira.

Principais resultados
• Conjunto consistente de estimativas de disponibilidades de água, cobrindo
Portugal e Espanha, com uma resolução especial adequada para a gestão da
água.
• Cenários de disponibilidades futuras de água, decorrentes das alterações
climáticas.
• Espacialização da população, área de rega, cabeças de gado e número de aves,
ao nível da massa de água.
• Estimativas dos volumes captados e respetivos retornos, com identificação das
origens de abastecimento.
• Valores do índice WEI+ quantificando o estado de escassez hídrica por região
hidrográfica, bacia hidrográfica e sub-bacia hidrográfica.
• Plataforma de informação e de modelação operacional que permite o
aperfeiçoamento das estimativas hoje apresentadas.
• Identificação clara das lacunas e incertezas das disponibilidades e dos volumes
de água captados.
Desafios
• Disponibilidades de água: As lacunas de monitorização
‒ afetam de forma significativa as estimativas da disponibilidade de água.
‒ apresentam uma distribuição não uniforme: são mais relevantes nos anos
mais recentes e em certas regiões (e.g. margem direita do Tejo, Sorraia, troço final
do Guadiana, zonas costeiras como o Algarve).
• Uso da água: É necessário aprofundar o conhecimento sobre

‒ Dotações efetivas de rega para as várias culturas.
‒ Localização das áreas regada, abaixo do nível da freguesia.
‒ Eficiências no uso de água para rega (desde a captação ao pé da planta).
‒ Volumes captados em massas de água superficiais e subterrâneas para
utilização na rega e na atividade pecuária.
Plataforma de informação e modelação:
Visão integrada da disponibilidade e uso da água
• Ciclo da água completo, incluindo o ciclo natural (modelo hidrológico) e as
infraestruturas de armazenamento com suas regras de alocação e uso da
água (modelo MikeBasins).
• Resolução espacial adequada: das massas de água à região hidrográfica.
• Disponibilidades de água, usos de água e retornos.
• Águas superficiais e subterrâneas.
• Portugal e Espanha.
• Cenários climáticos.

Obrigado
rpo@bluefocus.pt

61

Avaliação Disponibilidades Hídricas e Índice Escassez WEI

Enviado por

Dados do documento

Descrição original:

Título original

Direitos autorais

Formatos disponíveis

Compartilhar este documento

Compartilhar ou incorporar documento

Opções de compartilhamento

Você considera este documento útil?

Este conteúdo é inapropriado?

Direitos autorais:

Formatos disponíveis

Avaliação Disponibilidades Hídricas e Índice Escassez WEI

Enviado por

Direitos autorais:

Formatos disponíveis

AVALIAÇÃO DAS DISPONIBILIDADES HÍDRICAS

ACTUAIS E FUTURAS E APLICAÇÃO DO ÍNDICE

Rodrigo Proença de Oliveira

APA, 7 de Dezembro de 2021 1

• Plataforma de informação e modelação para aperfeiçoamento futuro das

APA, 7 de Dezembro de 2021 3

APA, 7 de Dezembro de 2021

Validação de dados: Testes estatísticos

Interpolação espacial: IDW

APA, 7 de Dezembro de 2021 5

A monitorização da precipitação iniciou-se em 1900 e

APA, 7 de Dezembro de 2021 7

out nov dez out nov dez

jan fev mar

abr mai jun

APA, 7 de Dezembro de 2021

APA, 7 de Dezembro de 2021 9

RH1- Minho e Lima

APA, 7 de Dezembro de 2021 10

APA, 7 de Dezembro de 2021 11

Rt, Recarga Tt, Esc.fluvial

APA, 7 de Dezembro de 2021 13

• Período de tempo: 1930/31 – 2015/16:

Recarga anual média (mm) - Temez

APA Proj. WEI+ (Modelo Temez)

APA, 7 de Dezembro de 2021 15

RH1- Minho e Lima

APA, 7 de Dezembro de 2021 16

APA, 7 de Dezembro de 2021 17

APA, 7 de Dezembro de 2021 18

Entre 75% e 80% do escoamento anual ocorre em 5 meses.

APA, 7 de Dezembro de 2021 19

APA, 7 de Dezembro de 2021

• Seleção dos essembles e correcção de viés:

• Determinação dos cenários para

APA, 7 de Dezembro de 2021 24

RH1- Minho e Lima

APA, 7 de Dezembro de 2021 25

APA, 7 de Dezembro de 2021

Vol. captados em MASup Vol. captados em MASub

caprinos Capitações Capitações

Volumes utilizados Volumes utilizados

APA, 7 de Dezembro de 2021 29

C. Temporarias C. Permanentes Pastagens

APA, 7 de Dezembro de 2021 31

APA, 7 de Dezembro de 2021 32

APA, 7 de Dezembro de 2021 34

Volume total captado = 5945 hm3/ano

Volume total captado = 5945 hm3/ano

APA, 7 de Dezembro de 2021 38

APA, 7 de Dezembro de 2021

Modelação da alocação e uso da água Guadiana

• Modelação do armazenamento, alocação e uso da água

‒ Modelo Mike-Basins Vigia

‒ 12 esquemas de modelação abrangendo Espanha: integrando Mte Novo Alqueva

• Principais sub-bacias e afluentes

• Principais albufeiras (70 em Portugal e 18 em Espanha). Azenha dos Quilos

Cobres / Terges / Rib. Lapa

• Massas de água subterrâneas distribuídas/alocadas a sub-bacias

Estimativa das disponibilidades de água em regime modificado A= 411 km2

APA, 7 de Dezembro de 2021 40

Cabril Ribeirinha Sta Águeda