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Geografia A 10.

o ano – Isabel Costa ꞏ Liliana Rocha


3. Os recursos hídricos

3.1. A especificidade do clima português

3.2. As disponibilidades hídricas

3.3. A gestão dos recursos hídricos

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– Comparar a distribuição dos recursos hídricos e das respetivas redes de distribuição e
consumo de energia com outros recursos.
– Identificar as principais bacias hidrográficas e a sua relação com as disponibilidades
hídricas.
– Relacionar as especificidades climáticas, as disponibilidades
Geografia 10.º ano hídricas e os regimes dos
cursos de água de diferentes regiões portuguesas, apresentando um quadro-síntese
para cada região.

– Relacionar as disponibilidades hídricas com a produção de energia, o uso agrícola, o


abastecimento de água à população ou outros usos.

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Os recursos hídricos

As disponibilidades hídricas

Quantidade de água doce


Disponibilidades hídricas disponível

Características
Ciclo hidrológico
climáticas do país

Distribuição da
Volume anual precipitação ao
de precipitação longo do tempo
e do espaço

Em Portugal, cerca de metade da água doce gerada anualmente pela precipitação


encontra-se nos recursos hídricos superficiais (rios, albufeiras, lagoas e lagos) e nos
subterrâneos (nascentes e lençóis freáticos que retêm a água infiltrada no subsolo,
que se encontram até 800 m de profundidade).

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Os recursos hídricos

As disponibilidades hídricas

Conjunto das águas disponíveis ou mobilizáveis, em


quantidade e qualidade satisfatórias/suficientes,
Recursos hídricos para um fim determinado, num dado local e durante
um período de tempo apropriado.
Glossário Internacional de Hidrologia, UNESCO, 2012.

Fig. 2 Nascente de água.


Fig. 1 Rio Minho, Caminha.

Em Portugal, a distribuição espacial das Diminuem no verão, de norte para sul


disponibilidades hídricas é irregular. e do litoral para o interior.

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Os recursos hídricos

As disponibilidades hídricas

Em Portugal, a distribuição espacial das Diminuem de norte para sul e do litoral


disponibilidades hídricas é irregular. para o interior.

A norte do rio Tejo:


As áreas mais húmidas localizam-se no Norte litoral e
nas áreas montanhosas.

O relevo acidentado e orientado a sudoeste, formado


pelas cordilheiras montanhosas no noroeste e pela
Cordilheira Central, favorece a ocorrência de
precipitação abundante, sobretudo nas vertentes
voltadas para o Atlântico.

A sul do rio Tejo:


As áreas mais secas destacam-se nas regiões do
interior, onde sobressai a região do Guadiana.
Fig. 3 Distribuição da precipitação total anual em
Portugal continental, em 2018.
Fonte: Estatísticas Ambientais, INE, 2019.

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Os recursos hídricos

As disponibilidades hídricas

Em Portugal, a distribuição temporal


das disponibilidades hídricas é Fortes flutuações anuais e interanuais
irregular.

No verão No inverno

Difícil a sua
Nos meses da primavera e gestão, Nos meses de outono e
do verão (período seco sobretudo no inverno, os valores de
estival) registam-se menores período em que precipitação são elevados,
disponibilidades hídricas, se regista um logo registam-se as maiores
devido à diminuição dos maior consumo disponibilidades hídricas.
valores de precipitação. de água.

Fig. 5 Rio
Fig. 4 Rio Tejo, Mondego,
Santarém. Coimbra.
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Os recursos hídricos

As disponibilidades hídricas

Nos Açores Na Madeira

A precipitação total anual é muito As disponibilidades hídricas são


elevada – a evapotranspiração e o ligeiramente menores, pois a
escoamento superficial são pouco evapotranspiração é mais elevada –
significativos, pois cerca de 33% da cerca de 42% da água perde-se
água oriunda da precipitação nesse processo, devido às elevadas
infiltra-se no solo. temperaturas médias anuais.

Fig. 6 Ribeira dos Caldeirões, Açores. Fig. 7 Paul da Serra, Madeira.

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Os recursos hídricos

As águas superficiais

Recursos hídricos que escorrem à superfície dos continentes (águas interiores, de


transição e águas costeiras) e que estão organizados em redes hidrográficas.

Fig. 8 Bacia hidrográfica do rio Mondego.

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Os recursos hídricos

As águas superficiais Rede hidrográfica

Conjunto formado por um rio e seus afluentes.

Rede hidrográfica portuguesa é dominada por:

 rios luso-espanhóis: Minho, Lima, Douro, Tejo


e Guadiana
 rios exclusivamente portugueses: Ave, Cávado,
Mondego, Vouga, Sado

Maioria dos rios portugueses apresenta uma


orientação:
 este-oeste (ex.: rio Douro)
 nordeste-sudoeste (ex.: rio Tejo)
 norte-sul (ex.: rio Guadiana)

Fig. 9 Bacia hidrográfica de Portugal continental.  sul-norte (ex.: rio Sado)


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Os recursos hídricos

As águas superficiais Rede hidrográfica

Em Portugal, é bastante densa e apresenta contrastes


entre o Norte e o Sul:

 No Norte:

– É densa e hierarquizada devido ao relevo acidentado e


aos fortes declives – perfil longitudinal dos rios mais
irregular.

– Os rios apresentam um caudal maior devido:


– à precipitação abundante no inverno;
– à elevada dureza e impermeabilidade dos
terrenos.

O caudal é também mais turbulento devido aos vales


encaixados e profundos (perfil transversal).

Fig. 9 Bacia hidrográfica de Portugal continental

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Os recursos hídricos

As águas superficiais Rede hidrográfica

 No Sul:

– É densa mas menos hierarquizada devido ao relevo


mais aplanado, que dá origem a vales com menor
declive, menos profundos e largos – perfil longitudinal
dos rios mais regular.

– Os rios apresentam um caudal menor devido:


– aos valores de precipitação total anual fracos e
irregulares;
– à predominância de rochas brandas e permeáveis.

Fig. 9 Bacia hidrográfica de Portugal continental.

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Os recursos hídricos

As águas superficiais Rede hidrográfica

Ao longo do seu percurso, os rios enfrentam variações de altitude, de declive e


diferentes graus de dureza das rochas que provocam alterações no leito dos rios
(perfil longitudinal) e originam diferentes tipos de vales (perfil transversal).

Fig. 10 Perfil longitudinal e transversal de um rio.

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Os recursos hídricos

As águas superficiais Rede hidrográfica

 Nas regiões autónomas:

Os cursos de água são pouco Apresentam um perfil longitudinal com


extensos e, por isso, declive acentuado e os vales apresentam-se,
designam-se por ribeiras. geralmente, muito fundos e encaixados,
favorecendo a formação de cascatas.

A rede hidrográfica apresenta uma


distribuição radial – as ribeiras
nascem no centro da ilha e escoam
em todas as direções, desaguando
no mar.

Fig. 11 Rede hidrográfica da ilha da Madeira.

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Os recursos hídricos

As principais bacias hidrográficas

As bacias hidrográficas dominantes


são as internacionais:
– Minho
– Lima
– Douro
São as mais
– Tejo extensas.
– Guadiana

Ocupam 64% do território de Portugal


continental.

A partilha dos cursos de água entre


Portugal e Espanha exige uma gestão
integrada da água, o que, por vezes,
constitui um problema e um desafio
Fig. 12 Bacias hidrográficas internacionais. para os países envolvidos.

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Os recursos hídricos

As principais bacias hidrográficas

A rede hidrográfica em Portugal continental


organiza-se em 14 bacias hidrográficas.

As maiores bacias hidrográficas exclusivamente


portuguesas são as dos rios:
– Sado;
– Mondego.

Diretiva-Quadro da Água (DQA)

Gestão integrada e sustentável


dos recursos hídricos

Criação de 10 regiões hidrográficas


Fig. 13 Delimitação das regiões hidrográficas.
Fonte: DL n.o 112/2002, de 17 de abril.
Os recursos hídricos

As principais bacias hidrográficas

Para uma gestão sustentável de uma


Balanço hídrico
bacia hidrográfica, é necessário
BH positivo = P > E
avaliar as suas disponibilidades
BH negativo = P < E
hídricas.

 No Norte:

– BH positivo: bacias do Cávado e do Lima.


– BH negativo: bacia do Douro, devido às diferenças climáticas entre o Norte litoral e o Norte
interior, decorrentes das elevadas temperaturas registadas no verão, que contribuem para um aumento da
evapotranspiração potencial.

 No Sul:

BH negativo: bacias do Guadiana e do Sado.

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Os recursos hídricos

As principais bacias hidrográficas

Bacias hidrográficas luso-espanholas: as disponibilidades hídricas dependem


bastante dos escoamentos oriundos de Espanha.

Quadro 1 Escoamento anual médio por bacia hidrográfica luso-espanhola, em mm.

O escoamento médio produzido nesse … porque a Pmm total registada em


país é inferior ao escoamento Portugal continental é superior à
produzido em Portugal continental… registada em Espanha.

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Os recursos hídricos

As principais bacias hidrográficas

A irregularidade temporal e espacial da precipitação influencia diretamente o


escoamento das bacias hidrográficas.

Fig. 14 Precipitação média mensal em algumas bacias Fig. 15 Escoamento médio mensal em algumas bacias
hidrográficas portuguesas. hidrográficas portuguesas.

Fonte: Plano Nacional da Água, 2002.

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Os recursos hídricos

Variação do caudal dos rios

O caudal dos rios portugueses é O regime fluvial desses cursos de


influenciado pela variação anual da água apresenta uma grande
temperatura e da precipitação irregularidade sazonal e espacial,
registadas no nosso país. aumentando de norte para sul.

Fig. 15 Caudal médio de alguns dos principais rios em Portugal continental. Fonte: APA, 2002.

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Os recursos hídricos

Variação do caudal dos rios

A repartição espacial e temporal dos rios permite concluir que:

 No Norte:
– apresentam um caudal maior e regular devido à abundância
de precipitação;
Entre o
– as baixas temperaturas dificultam a evapotranspiração real,
inverno e a
que se reflete num elevado escoamento médio dos rios bem
primavera
como uma maior disponibilidade hídrica;
– a ocorrência de cheias é frequente.

– apresentam um caudal menor devido à redução do volume


de precipitação;
– a temperatura média mensal elevada provoca um aumento
No verão da evapotranspiração real e uma diminuição do escoamento
médio;
– no período de estiagem, os rios, no Norte, nunca chegam a
secar, pois o escoamento médio mantém-se, sendo superior ao
dos rios do Sul do país.
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Os recursos hídricos

Variação do caudal dos rios

 No Sul:
– apresentam um caudal reduzido e irregular devido à redução
do volume de precipitação;
Entre o – a temperatura média mensal é mais elevada e provoca uma
inverno e a evapotranspiração real baixa (mas superior à da região Norte);
primavera – o escoamento médio é reduzido e a disponibilidade hídrica é
menor relativamente ao Norte;
– em situações de ocorrência de cheias, estas assumem um
carácter torrencial.

– apresentam um caudal mais reduzido devido à escassez de


precipitação;
– as elevadas temperaturas acentuam a evapotranspiração real
No verão e, consequentemente, verifica-se um menor disponibilidade
hídrica;
– em situações de estiagem severa, pode ocorrer,
temporariamente, a ausência total de escoamento superficial.

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Os recursos hídricos

Variação do caudal dos rios

Fig. 16 Tipos de leito.

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Os recursos hídricos

Variação do caudal dos rios

 Nas regiões autónomas:

As bacias hidrográficas são numerosas


mas pouco extensas, o que condiciona o
tempo que as ribeiras levam a escoar a
água proveniente das chuvas.

A ocorrência de precipitação intensa, no


inverno, associada à orografia do Fig. 17 Ribeira do Ferreiro, ilha das Flores, Açores.
terreno (fortes declives e grandes
desníveis) explicam o regime irregular e
torrencial das ribeiras.

Na Madeira, a irregularidade do regime


das ribeiras deve-se à maior variação
sazonal da precipitação.

Fig. 18 Rabaçal, Madeira.


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Os recursos hídricos

Variação do caudal dos rios

a obstrução das linhas de água.


O regime hidrográfico a ocupação de leitos de cheia, com construções
nacional também é ilegais ou mal planeadas.
condicionado por fatores
antrópicos (ação a impermeabilização dos solos para expansão
humana), tais como: urbana.

a desflorestação.

regularizar o caudal dos rios, pois retém a água


nas albufeiras.
Através da construção de
barragens, o ser humano evitar cheias no inverno.
consegue:
assegurar um escoamento mínimo na época
estival.

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Os recursos hídricos

Variação do caudal dos rios Lagos, lagoas…

Em Portugal, os lagos são


Reservatórios naturais de água doce ou
de pequenas dimensões e,
salobra que resultam de depressões de pouca
por essa razão, são
profundidade onde se acumula água.
designados por lagoas.

Fig. 19 Lagoa de Óbidos (Foz do Fig. 20 Lagoa das Sete Cidades.


Arelho). São Miguel, Açores.
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Os recursos hídricos

Variação do caudal dos rios … e albufeiras

Em barragens de retenção, são


usadas para diferentes fins:

Usos domésticos ou industriais


Irrigação de campos agrícolas

Promoção de atividades turísticas


e desportivas

Em barragens de produção, são


usadas para:

Produção de energia elétrica

Em Portugal, destacam-se as:


– albufeira do Alqueva (no rio Guadiana), com uma
capacidade de armazenamento de 4150 hm3 de água;
– albufeira de Castelo de Bode ( no rio Tejo), com
capacidade para armazenar 1095 hm3 de água.
Fig. 21 Localização das maiores albufeiras portuguesas. Fonte: PNA.
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Os recursos hídricos

Variação do caudal dos rios … e albufeiras

A construção da barragem do Alqueva foi pensada numa perspetiva de desenvolvimento


sustentável e integrado da região. Contempla:
– o abastecimento de água à população;
– a promoção da agricultura, através da irrigação dos campos;
– a produção de energia a partir de fontes renováveis (como a solar e a hídrica);
– a promoção do turismo.

Fig. 22 Barragem do Alqueva, no rio Guadiana. Fig. 23 Marina da Amieira, no rio Guadiana.

Na albufeira do Alqueva está prevista a instalação de uma central fotovoltaica flutuante


para produção de energia elétrica destinada ao autoconsumo nacional.

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Os recursos hídricos

As águas subterrâneas Os aquíferos

São as águas que circulam ou se


Formação geológica permeável
acumulam no subsolo, em aquíferos, e
com capacidade de retenção de
cuja principal fonte de abastecimento é
água no solo.
a precipitação.

A sua formação acontece a


diferentes profundidades e
depende das características
geológicas do solo.

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Os recursos hídricos

As águas subterrâneas

A produtividade aquífera subterrânea depende do grau de permeabilidade das


rochas, pois esta condiciona a infiltração da água e a sua acumulação no subsolo

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Os recursos hídricos

As águas subterrâneas

A B C D

Fig. 24 A constituição geológica dos terrenos e a produtividade dos aquíferos em Portugal continental: (A) unidades hidrogeológicas; (B) constituição
geológica; (C) formações rochosas; (D) produtividade aquífera (m3/dia/km2).

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Os recursos hídricos

As águas subterrâneas

As maiores disponibilidades hídricas verificam-se


nas áreas onde as formações rochosas são mais
permeáveis e porosas (Fig. 24C), ou seja, nas
bacias sedimentares do Tejo e do Sado, onde
predominam as rochas sedimentares detríticas
(Fig. 24B).

As disponibilidades hídricas são menores no


Maciço Antigo porque as rochas (xistos e
granitos) são pouco permeáveis, logo os
aquíferos são reduzidos e pouco produtivos.
Fig. 25 Reservas hídricas subterrâneas por unidade
hidrogeológica, em Portugal continental.
Fonte: Geografia de Portugal – O Ambiente
Físico, Lisboa, Círculo de Leitores, 2005.

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Os recursos hídricos

As águas subterrâneas

Os aquíferos do Alentejo e do Algarve


Nas orlas sedimentares ocidental e
são limitados em superfície e em
meridional predominam as rochas
profundidade e, embora a sua
detríticas e calcárias, pois os aquíferos
produtividade seja variável, são
são porosos e cársicos, o que
fundamentais no abastecimento da
influencia a produtividade aquífera.
população local.

Vantagens:

A água apresenta uma melhor qualidade, dado que se encontra mais protegida da poluição
ambiental.

É naturalmente filtrada à medida que se infiltra.

O escoamento é pouco afetado pela evaporação, o que se traduz numa menor variabilidade ao
longo do ano.

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Os recursos hídricos

As águas subterrâneas

A sobre-exploração destas águas pode levar à:

Subsidência dos solos

Salinização dos aquíferos junto ao litoral

Poluição química das águas (devido, sobretudo, à agricultura)

Danos irreversíveis

Gestão sustentável e integrada dos


recursos hídricos disponíveis

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Os recursos hídricos

As águas subterrâneas

Nas regiões autónomas:

– 98% dos recursos hídricos subterrâneos destinam-se ao


abastecimento público.
Açores – O escoamento superficial ocorre, frequentemente, de forma
torrencial.
– Os lagos, por se inserirem em bacias sem ligação ao mar,
desenvolvem facilmente a eutrofização das águas.

– As águas subterrâneas representam a única fonte de


Madeira abastecimento de água e são suficientes para assegurarem as
necessidades de consumo das ilhas.

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Os recursos hídricos

As águas minerais e termais

«Água mineral é considerada bacteriologicamente


própria, com características físico-químicas estáveis,
de que podem resultar efeitos favoráveis à saúde, e
que se distingue da água de beber comum pela sua
pureza original e pela sua natureza, caracterizada
pelo teor de substâncias minerais, oligoelementos
ou outros constituintes.»
DL n.o 90/90, de 16 de março.

– Encontram-se a grandes profundidades.


– Composição química determinada pelas
características geológicas da área onde se insere.

Fig. 26 Distribuição e quimismo das águas minerais


naturais, em Portugal continental. Fonte: LNEG, 2020.
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Os recursos hídricos

As águas minerais e termais

As águas de nascente:
– águas de origem subterrânea;
– adequadas ao consumo humano.

As águas termais:
– propriedades minerais;
– constituídas por gás carbónico;
– apresentam uma temperatura superior e
constante relativamente à do ambiente envolvente.

– fins medicinais;
– fins turísticos – termalismo –, um mercado ligado ao
bem-estar e ao lazer cuja procura tem aumentado nos
últimos anos.
Fig. 26 Distribuição e quimismo das águas minerais
naturais, em Portugal continental. Fonte: LNEG, 2020.
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