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Balanço hídrico
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All content following this page was uploaded by Javier Tomasella on 30 May 2014.
BALANÇO HÍDRICO
Javier Tomasella
Luciana Rossato
INPE
São José dos Campos
2005
MEIO AMBIENTE E CIÊNCIAS ATMOSFÉRICAS
9 - BALANÇO HÍDRICO
ÍNDICE
INTRODUÇÃO
RESUMO
COMPETÊNCIAS
PALAVRAS-CHAVE
ATIVIDADES
PERGUNTAS E RESPOSTAS
GLOSSÁRIO
LINKS
AVALIAÇÃO
INTRODUÇÃO
RESUMO
O objetivo deste capítulo é apresentar todos os conceitos envolvidos no cálculo do
balanço hídrico. Vamos ver as suas formas de obtenção e o calculo de umidade
do solo.
COMPETÊNCIAS
Aprender o que é Balanço Hídrico. Descobrir as utilidades do Balanço Hídrico.
Conhecer alguns meios de calcular o Balanço Hídrico.
PALAVRAS-CHAVE
Balanço hídrico, evapotranspiração, ponto de murcha, drenagem, escoamento,
irrigação, precipitação.
9 – Balanço Hídrico
9.1 - O QUE É BALANÇO HÍDRICO?
O balanço hídrico é a somatória das quantidades de água que entram e
saem de uma certa porção do solo em um determinado intervalo de tempo.
O resultado é a quantidade líquida de água que nele permanece disponível
às plantas.
Os vários componentes de entrada do balanço hídrico de uma zona radicular hipotética
podem ser representados através de um diagrama esquemático. Nesta representação
considera-se somente o movimento vertical de água dentro do volume de solo analisado.
O que entra neste sistema é apenas a água da precipitação. O que sai é resultado da
evapotranspiração real e da água que percola abaixo do alcance do sistema radicular das
plantas que ali se encontram.
Se a mesma metodologia de cálculo do balanço hídrico for adotada para todos os locais
de uma mesma região, é possível identificar os locais climaticamente favoráveis para a
exploração de uma determinada cultura a partir da comparação dos resultados obtidos.
Ele inclui estimativas da evapotranspiração real, déficit hídrico e excedente hídrico. Esse
método considera que a taxa de perda de água por evapotranspiração varia linearmente
com o armazenamento de água no solo. Em condições naturais um ecossistema cultivado
apresenta um balanço hídrico que pode ser expresso da seguinte forma:
P + I – ET – R ± D ± ∆A = 0
9. 5. PRECIPITAÇÃO
Precipitação é a água proveniente do vapor d'água da atmosfera depositada
na superfície terrestre de diversas formas: chuva, granizo, orvalho, neblina,
neve e geada.
No entanto, é comum tratar a precipitação somente sob a forma de chuva por ser esta
mais fácil de medir, por ser bastante incomum a ocorrência de neve em nosso continente
e porque as outras formas de precipitação contribuem pouco para a vazão dos rios.
9.6. IRRIGAÇÃO
Irrigação é a aplicação de água sobre o solo feita pelo homem para repor a
umidade necessária na zona das raízes. Esta atividade que substitui a
chuva favorece o crescimento das plantas.
Por exemplo, quando não chove o suficiente ou chove fora de época no verão, que é
quando as plantas começam a se desenvolver, acontece um período de estiagem
chamado de “veranico”. Nesse caso, a irrigação é necessária para que a planta cresça
normalmente. A vantagem da irrigação é garantir ao produtor produzir mais e obter
produtos de melhor qualidade sem correr o risco de não haver chuva. A irrigação promove
a umidade necessária às raízes e impede que a planta cresça devagar ou seque. Além
disso, através da mistura de nutrientes na água da irrigação, consegue-se o perfeito
aproveitamento destes pela planta.
9.7 EVAPOTRANSPIRAÇÃO
Evapotranspiração é o termo utilizado para expressar essa ocorrência
simultânea dos processos de evaporação e de transpiração (evaporação
pelas plantas).
Medidas de evapotranspiração.
A medida direta da evapotranspiração é extremamente difícil e cara pois exige a
instalações e equipamentos especiais. Por isso ocorrem apenas em condições
experimentais. Os experimentos são importantes pois subsidiam a busca de soluções
práticas para determinação da evapotranspiração em larga escala, e que geralmente
necessitam de irrigações suplementares para serem lucrativas.
Em geral diz-se que em uma determinada região chove em média 1200 mm por ano. O
que isso quer dizer? A água da chuva é medida por pluviômetros. Eles têm uma área de
captação S (cm2) e coletam um volume V (cm3) de água durante uma chuva. A altura de
chuva é h (cm) = V/S. Logo, se jogarmos 1 litro de água sobre uma superfície plana e
impermeável de 1 m2, obteremos uma altura de 1 mm. Assim, 1 mm de chuva
corresponde a 1 l/m2 e, portanto, 1200 mm a 1200 l/m2. Então, se toda a água que
precipita nesta região não infiltrasse, nem escorresse ou evaporasse, ao final de 1 ano
teríamos 1,2 m de água distribuídos por toda a área.
Da mesma forma como no caso da chuva, a altura da água armazenada pelo solo
também é medida em mm. Esta água independe da área e para o caso de uma superfície
unitária, h = V. Tomemos, então, como superfície unitária o cm2 e consideremos o
primeiro cm de profundidade do solo. Neste caso V=1 cm3 de solo com umidade θ1 (cm3
de água por cm3 de solo e S = 1 cm2). Temos então um volume V igual a θ1 cm3 de água
por cm3 e então θ1 = h1. Vejamos um exemplo: se 1 cm3 de solo tem θ = 0,35 cm3. cm-3,
isto significa que naquele cm3 de solo cuja base é 1 cm2 temos 0,35 cm3 de água.
Portanto, a altura de água é 0,35 cm ou 3,5 mm.
Seguindo o mesmo raciocínio, o segundo cm de solo com umidade θ2 terá uma altura de
água h2 = θ2 e assim por diante, de tal forma que o enésimo cm de água com umidade θn
terá uma altura hn = θn. É lógico, portanto, que até uma profundidade L a altura de água
armazenada é a soma de todas as camadas de 1 cm até L. Seja a quantidade de água
armazenada até a profundidade L igual a AL, então:
n
AL = ∑ θi
i =1
A FAO sugere utilizar uma função simples que leve em conta este efeito, através da
definição da fração de água facilmente disponível, p. Neste conceito, admite-se que até
que essa fração p da capacidade de água disponível (CAD) seja utilizada não há redução
significativa na produtividade da cultura.
Assim, as Equações de evapotranspiração real foram integradas nos dois casos. A seguir,
apresentam-se as soluções da Equação de balanço para cada caso:
Para A > CAD (1 − p) ⇒ ETR = ETP
A t +1 = A t + (PRE − ETP) ∆t
A
Para A ≤ CAD (1 − p) ⇒ ETR = ETP
CAD (1 − p)
∆t
−
A t +1 = PRE.COEF − [PRE.COEF − A t ].e COEF
(1 − p) CAD
em que COEF =
ETP
É importante ressaltar que, o perfil de solo para fins do balanço hídrico deve
coincidir com a profundidade do sistema radicular, pois o que interessa é a
quantidade de água disponível para a vegetação natural e/ou as culturas
agrícolas.
ATIVIDADES
Utilize a Internet e os links fornecidos para buscar mais informações sobre o
balanço hídrico e como ele pode auxiliar na agricultura.
PERGUNTAS E RESPOSTAS
P - Como o balanço hídrico pode ajudar na agricultura?
R – De várias maneiras, sendo as mais importantes fornecendo informações que
permitem ao agricultor conhecer o melhor momento para realizar cada uma das
etapas da cultura, definir qual a melhor cultura para uma região, poder prevenir-se
de eventuais prejuízos causados pela falta ou excesso de água, etc.
GLOSSÁRIO
absorção - Relação entre a quantidade de água que pode ser retida no solo e a
quantidade total de água do solo saturado ou o volume total de poros do solo.
déficit hídrico - situação na qual a saída de água num ambiente é maior que a
retenção.
lisímetros – Recipiente que contem uma amostra do solo local e cuja parte
superior está ao nível da superfície do terreno, destinando-se ao estudo das várias
fases do ciclo hidrológico, como por exemplo os fenômenos de infiltração,
escoamento, evapotranspiração, eliminação de componentes solúveis pela
drenagem, etc.
ponto de murcha – ponto no qual uma planta murcha e não se recupera mais.
Questão: 01
O Balanço Hídrico é o cálculo de toda a quantidade de água que entra numa
determinada porção de solo.
Resposta:
Falso
Questão: 02
O Balanço Hídrico pode ser utilizado para identificar locais onde uma
determinada cultura pode ser explorada.
Resposta:
Verdadeiro
Questão: 03
No cálculo do Balanço Hídrico, são levadas em conta variáveis como:
precipitação, evapotranspiração, escoamento superficial, drenagem profunda,
dentre outras.
Resposta:
Verdadeiro