Você está na página 1de 55

Centro Universitário de Patos de Minas

Lucas da Silva Mendes

Patos de Minas – Abril, 2021


Mancha de alternaria

Etiologia
-Agente causal – Alternaria cichori, A. cathami e Alternaria alternata

deuteromicetos

Condições favoráveis:

- Alta umidade
- 16 a 20 ºC

Disseminação

- Sementes – afeta a germinação


- Sobrevivem restos de culturas e outras plantas hospedeiras.
Mancha de alternaria SINTOMAS

São pequenas pontuações irregulares de coloração marrom-avermelhadas, com


bordos bem definidos de coloração marrom escuros. Com a evolução da doença
as lesões vão se coalescendo se aproximando do formato circular, apresentando
anéis concêntricos, cujo o centro pode se desprender ao longo do tempo.
Mancha de alternaria
Mancha de alternaria - CONTROLE

 Sementes sadias (teor de umidade na colheita armazenamento);

 Tratamento de sementes;

 Evitar semeadura em regiões muito frias;

 VR – Goiano precoce, Jalo precoce, IAC-carioca;

 Manejo da irrigação;

 Rotação com gramíneas;

 Controle químico: ipridione (Rovral), mancozeb (Manzate), trifenil


acetato de estanho (Hokko Suzu);
Oídio
Erysiphe polygoni

 doença SECUNDÁRIA – embora esteja bem distribuído no


Brasil;

 Pode provocar redução no rendimento de grãos em até


69%;

 Comum em plantio tardios na safra de outono;

 Importância quando ocorre antes do florescimento


Oídio SINTOMAS

Em incidência acentuadas pode-se


observar sintoma o amarelecimento e o
retorcimento das folhas, resultando em
desfolha precoce do feijoeiro.
Oídio SINTOMAS

Sintomas na folha
Iniciam na parte superior
das folhas, com machas
verde-escuras que se
desenvolve em pequenas
massas acinzentadas,
com aspectos
pulverulento.
Doenças causadas por bactérias
CRESTAMENTO BACTERIANO
Xanthomonas axonopodis pv. phaseoli

 Doença causada pro bactéria – ocorrência generalizada –


regiões úmidas e relativamente quentes .

 Semente é considerada como a principal fonte primária de


inóculo – ENRUGADA.

 Regiões muito baixas apresenta pouca incidência dessa doença.


Epidemiologia

Umidade elevada com Chuvas Frequentes;

 Temperatura Ideal entre 28 e 32 ºC;

 O Crescimento é diminuído à medida que a temperatura abaixa,


detendo-se a 16 º C;

 Plantas com Abertura causada por ferimentos;

A semente é o meio mais importante para a sua difusão.


Sintoma nas Folhas Sintoma nas Folhas

 Inicia-se com pequenas manchas


úmidas na face inferior das folhas;

 A quais se coalescem umas às outras


originando áreas pardo-necróticas.

 É comum encontrar-se um estreito


halo amarelado entre área necrosada
e os tecidos sadio da folha. Sintoma nas Folhas
CRESTAMENTO BACTERIANO - CONTROLE
• Rotação de cultura;

• Eliminação de resto de cultura, plantas hospedeiras;

• Época de plantio;

• Controle da irrigação;

• Diminuir o stande;

• Aumentar o espaçamento;

• Adubação equilibrada – Cuidado com N;

• Controle químico;
Cultivares resistentes ao crestamento bacteriano.

Cultivar Grupo Nível de resistência

BRS Pontal Carioca Moderadamente resistente

BRS Esplendor Preto Moderadamente resistente

IPR Graúna Preto Moderadamente resistente

IPR Saracura Carioca Moderadamente resistente

IPR Chopim Preto Moderadamente resistente

IPR Gralha Preto Moderadamente resistente

IPR Siriri Carioca Moderadamente resistente

IPR Campos Gerais Carioca Moderadamente resistente

IPR Andorinha Carioca Moderadamente resistente


O controle químico só dever ser utilizado nas seguintes

situações:

 Alta intensidade da doença;

 Em campos de produção de sementes;

 Produtos à base de cobre (hidróxido de cobre).


Classe: Fungicida

Ingrediente Ativo: Oxicloreto de Cobre 504 g/kg

Clorotalonil 250 g/kg

Modo de Ação: Contato

Espectro de Registro: Antracnose e Ferrugem

Classe Toxicológica: II Altamente Tóxico

Carência: 14 dias
Ovoposição:
» - Raça A: 110 ovos / fêmea
» - Raça B: 300 ovos / fêmea

PLANTAS HOSPEDEIRAS: 750 ESPÉCIES

Bemisia tabaci raça B

15 a 18 Dias de Ciclo !
Ovos

Fases da Mosca
Ninfas: Estágios Iniciais
Branca
Ninfas 3° Instar

Pupa ou Pré Pupa

Adulto Mosca Branca


Biologia
Longevidade
Macho: 9 a 17 dias ( média de 13 dias)
Fêmea: 38 a 74 dias ( média de 63 dias)

Ciclo de vida: ovo - adulto


18 - 19 dias (32ºC)
73 dias (15 ºC)

Duração do ciclo
Ovos: período de incubação - 3 a 6 dias
Ninfas: 10 dias
Pupas: 4 dias
Número de gerações: 11 a 15 / ano
Quantas Moscas Brancas são necessárias para
destruir um hectare de feijão?
Qual época do ano não tem Mosca Branca?
DAE Jalo Precoce Carioca Pérola
A- (7) 100,0 100,0 100,0
B- (14) 100,0 100,0 100,0
C- (21) 82,20 100,0 100,0
D- (28) 55,61 90,80 90,00
E- (35) 0,0 45,99 61,11
F- (42) 3,04 12,38 21,25
G- (49) 1,67 15,25 10,14
H- (56) 0,0 11,63 8,24
I- (Test) 0,0 0,0 0,0

Fonte: Dr. Massaru Yokoiama


PE - 28 DAE PE - 35 DAE

PE - 42 DAE TEST.
Danos
(Feijão)
Danos Indiretos
• Transmissão do vírus do mosaico-dourado (VMDF)

C/ SINTOMAS S/ SINTOMAS
Potencial de Danos
• Primeiros sintomas - 14 aos 17 DAP;
• Sintomas mais nítidos – 25 – 30 DAP;
• Folhas novas – salpicamento amarelo vivo;
• Folhas com aparência amarelo-intensa;
• Folhas jovens podem enrolar-se ligeiramente ou apresentar rugosidade;
• Infecções precoce das plantas podem mostrar redução no porte, vagens
deformadas, sementes descoloridas, deformadas e de peso reduzido;

• Pode causar perdas de 100%.


Manejo da Mosca Branca no sistema produtivo

 Épocas de plantio;

 Qualidade Sementes;

 Eliminar restos culturais após a colheita;

 Eliminar plantas invasoras (dessecação);

 Evitar o escalonamento de plantio;

 Rotação de culturas (hospedeiras p/ não hospedeiras)

 Controlar a Mosca Branca no sistema produtivo (Ex: tomate, algodão,


feijão, soja e outras);

 Uso de cultivares resitêntes ou desuniformes;

 Controle químico.
Eliminar restos culturais após a colheita
Eliminar restos culturais após a colheita
Relação das sp de plantas daninhas que se apresentaram como
melhores hospedeiros de Mosca Branca, em testes de livre escolha.
Embrapa Hortaliças. Brasília, 2003.

Nota infestação
Nome Comum Nome Científico
Ninfa Adulto
Leiteiro Euphorbia heterophylla 4,0 4,0
Erva de Santa Maria Chenopodium ambrosioides 4,0 4,0
Fedegoso Senna obtusifolia 4,0 4,0
Guanxuma Rasteira Sida urens 4,0 4,0
Maria Pretinha Solanum americanum 4,0 4,0
Mentruz Lepidium virginicum 4,0 4,0
Perpétua Brava Gomphrena celosioides 4,0 4,0
Poia do Cerrado Richardia scraba 4,0 4,0
Bucho de Rã Physalis angulata 4,0 3,7
Carrapicho Carneiro Acathospernum hispidum 4,0 3,0
Carrapicho Rasteiro Acathospernum australe 4,0 3,0
Cordão de Frade Leonitis nepetaefolia 4,0 2,7
Fazendeiro Peludo Galinsoga ciliata 4,0 3,7
Gervão Azul Stachytarphetta cayenensis 4,0 3,7
Quinquilho Datura stramonium 4,0 3,0
Xique Xique Crotalaria incana 4,0 3,0
Notas: 1 (sem infestação) a 4 (alta infestação)
Classe: Inseticida

Nome comum: Piriproxifem

Concentração: 100 g i.a. / L

Grupo químico: Regulador de Crescimento (Análogo de


Hormônio Juvenil)

Modo de Ação: Contato e Translaminar

Formulação: Concentrado Emulsionável

Classe Toxicológica: I (Altamente Tóxico)


MODO DE AÇÃO -

Emergência
Oviposição do Adulto
Hormônio Juvenil
Concentração de

Hormônio Juvenil
Natural

Ovo 10 Instar 20 Instar 30 Instar 40 Instar


Ninfa Pupa
Ação de Inseticidas Juvenóides sobre ovos de
Mosca Branca

1 DAP 2 DAP 3 DAP 4 DAP 5 DAP 6 DAP

N N

N N N N
Fonte: Massaru Yokoyama - CNPAF
Ação de sobre ovos

Tratado - Sem eclosão

Testemunha - ninfas eclodidas


Ação de Inseticidas Juvenóides sobre ninfas de
Mosca Branca

2 DAE 4 DAE 6 DAE 8 DAE 10 DAE 12 DAE

N N N N

N N
Fonte: Massaru Yokoyama - CNPAF
Ação de sobre Ninfas

Pupário vazio - Testemunha

Pupário cheio - Tratado


Doenças causadas por nematoides

Nematoides de galhas (Meloidogyne


incognita e M. javanica) Nematoide das lesões (Pratylenchus
brachyurus)
Nematoides de galhas (Meloidogyne incognita e M. javanica)

Agente Causal
Meloidogyne incognita e M. javanica

Disseminação

• Trânsito de máquinas, equipamentos e veículos -


principal agente de dispersão

• Enxurrada

• Animais

Condições Favoráveis

• Parasitam um grande número de espécies de plantas;

• Sobrevivem na maioria das plantas daninhas;


• Ciclo de vida é muito influenciado pela temperatura. A 25 °C três a quatro semanas;
SINTOMAS
Reboleiras,
Folhas – apresentam manchas cloróticas ou necroses entre as nervuras (folha “carijó”).
Percebe intenso abortamento de vagens e amadurecimento prematuro;
Raízes - galhas em número e tamanho variados;

A diagnose requer análise de amostras de solo


e/ou raízes, em laboratório de nematologia.
CONTROLE
Rotação de culturas – PLANEJAMENTO – ampla gama de hospedeiro
Espécies de adubos verdes - a matéria orgânica - atividade microbiana do solo.

Cultivares resistentes

Correta identificação da espécie de Meloidogyne - raça


Nematoide das lesões
Agente Causal Pratylenchus brachyurus
Condições Favoráveis
O nematoide - milho, cana-de-açúcar, algodão;

Danos maiores:

 ocorrem em solos com teores elevados de


areia,
 soja implantada após pastagem degradada.

SINTOMAS
Sintomatologia geral

Necrose nas raízes da soja - injeta toxinas durante o processo de alimentação


Movimentação na raiz
Porta de entrada de fungos e bactérias

Não há formação de galhas

Sistema radicular fia reduzido e escurecido


CONTROLE
Polífago;

Cultivar de soja resistente;

Espécies de crotalária resistentes

Fenótipo de milheto que multiplica menos o parasita.

Você também pode gostar