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24 outubro, 2020
Prof. Olga Magalhães
Mariana Pinto
Já tive oportunidade de ler grande parte do livro há alguns anos, em 2016 quando fiz uma
pós-graduação chamada "The Global Leaders Program" onde o próprio Eric Booth era o
professor de um dos módulos. Fiquei desde logo interessada sobre a sua forma inovadora
de olhar para o papel do professor de música não apenas como um professor
especializado na sua disciplina, mas também num agente capaz de chegar e envolver uma
audiência variada de pessoas.
Desde cedo que me tornei professora de violino em projetos sociais que estão sediados
nas periferias das cidades. Muitas vezes as comunidades e famílias dos projetos sociais
não têm qualquer contato com música clássica o que dificulta a sua compreensão e
envolvência quando há concertos ou apresentações. Estes eventos são uma excelente
oportunidade para as crianças e jovens destes projetos mostrarem o seu trabalho e
dedicação na aprendizagem do instrumento às famílias. É uma oportunidade também
para as famílias sentirem orgulho e vontade de voltarem a futuros concertos e assim
acompanharem o progresso dos filhos. No entanto, poderá vir a ser difícil conseguir este
objetivo se estes concertos não tiverem uma dinâmica apelativa e criativa para que esta
audiência sinta um elo de ligação com a música que está a ser tocada. É no sub-capítulo
"The Entry Point Question" que o autor mostra quais os processos necessários para que
a audiência esteja presente e se sinta conectada à arte que está a ser expressa naquele
evento.
Penso que a ideia do “Entry Point” que o autor explica ao longo do livro é extremamente
importante para os professores de música especialmente aqueles que trabalham em
projetos sociais. Como professora de violino e também devido ao tempo em que tenho
trabalhado em projetos sociais, estudar e fazer uma recensão sobre este capítulo ajudar-
me-ia a aprofundar e consolidar esta temática.