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Prof. Ércio Roberto Proença
1. Introdução 1
2. Externalidades 1
2.1. Externalidades Negativas 2
2.2. Externalidades Positivas 3
2.3. Ineficiência da alocação de recursos diante das externalidades 4
2.4. Problema dos recursos comunitários (Tragedy of Commons) 5
2.5. Soluções para as externalidades 5
2.5.1. Soluções Privadas 6
2.5.1.1. Fusões 6
2.5.1.2. Sanções Sociais 6
2.5.1.3. Direitos de propriedade e Teorema de Coase 7
2.5.2. Soluções Públicas 8
2.5.2.1. Impostos e subsídios corretivos (Pigouvianos) 8
2.5.2.2. Regulaões e Multas 10
3. Bens Públicos 10
3.1. Puros 10
3.2. Impuros ou Quase-Públicos 11
3.3. Ineficiência da provisão privada de bens públicos 11
4. Conclusão 12
1. Introdução
As condições em que os mercados privados não conseguem ter uma
eficiente alocação de recursos no sentido de Pareto determinam falhas de
mercado. Há vários tipos de falha de mercado, sendo aqui abordadas as causadas
pelas externalidades e bens públicos. Na verdade, bens públicos são causadores
de externalidades (positivas e negativas), uma vez que limites de direito de
propriedades não estão definidos para eles. Essa ineficiência na alocação de
recursos dos mercados privados faz com que a intervenção do governo, na
maioria dos casos, seja necessária, aplicando seu poder coercitivo para que o
equilíbrio de mercado seja reestabelecido. Uma breve explicação sobre tentativas
de solucionar essas falhas de mercado também serão citadas, as quais consistem
em internalizar a externalidade. Os conceitos de alocação de recursos, falhas de
mercado, externalidades e bens públicos serão apresentados neste trabalho, que,
de forma coerente e didática, tenta explicar uma pequena parte do
funcionamento do mercado.
2. Externalidades
Externalidades são consideradas uma subdivisão das falhas de mercado, e
contribuem para a ineficiência da alocação de recursos dos mercados privados.
2.5.1.1. Fusões
Um caso clássico das soluções privadas consistem na fusão das partes
envolvidas nas externalidades. Um exemplo clássico seria uma usina termelétrica
e uma empresa de pesca. A usina termelétrica precisa despejar água numa
temperatura elevada; esta é despejada no rio, onde a empresa de pesca busca seus
peixes. Esse aumento de temperatura na água do rio causa instabilidade no meio
aquático, matando uma quantidade elevada de peixes, o que causa prejuízos para
a empresa de pesca, que terá menos insumos. Se a industria termelétrica
resolvesse se fundir com a empresa de pesca, a externalidade causada pela
indústria termelétrica afetaria diretamente seu próprio insumo, uma vez que a
pesca agora é de sua propriedade, fazendo com que repensasse na atitude de
despejo irracional de água no rio. Isso implica que a indústria teria que equilibrar
seu despejo de água com o tanto de peixes que ela deseja pescar, fazendo com
que a externalidade seja interna, de modo que agora, a rigor, a externalidade seja
extinta.
Essa censura (ou aprovação) social contribui, em muitos casos, para inibir
(ou estimular) os comportamentos causadores das externalidades e estimula a
adoção de atitudes que consideram o bem-estar da coletividade eliminando,
assim, as falhas de mercado daí decorrentes.
2.5.1.3. Direitos de propriedade e Teorema de
Coase
As externalidades proliferam, particularmente, em situações em que os
direitos de propriedade não estão bem estabelecidos. Esses direitos podem
representar, por exemplo, um conjunto de normas pré-estabelecidas. A existência
dessas normas permite que numa situação causadora de externalidade negativa, a
parte lesada saiba onde recorrer para que não tenha de usar recursos adicionais
para corrigir os danos, eliminando total ou parcialmente a ineficiência da
alocação de recursos. Quanto mais esses direitos de propriedades estiverem bem
estabelecidos, mais protegidas estão as partes lesadas.
3. Bens Públicos
Os bens públicos constituem um exemplo extremo de externalidades, uma
vez que eles não tem direitos de propriedades definidos. Há dois tipos de bens
públicos, os quais serão explicados nos próximos itens.
3.1. Puros
Os bens públicos puros, ou simplesmente bens puros, a exemplo dos
recursos comunitários, a propriedade desses bens não pode ser individualizada
em razão deste bem não ser divisível. Além disso, contrariamente aos bens
privados, o ato de consumir o bem público não reduz a quantidade disponível
para consumo das outras pessoas. Portanto, os bens públicos puros apresentam
duas características importantes; eles são não-rivais e não-excludentes.
O fato dos bens públicos serem não rivais implica que o custo marginal
acrescido por um indivíduo a mais querer usufruí-lo é nulo. Ou seja, a decisão de
um indivíduo a mais usar o bem não tem valor acrescido, uma vez definido o
preço do bem ou serviço, ele não muda por unidade (custo marginal zero).
Ademais, a decisão desse indivíduo adicional querer usufruir do bem de nada
atrapalha os que já estão usufruindo. Isso representa um contraste enorme com os
bens privados, que tem um nível elevado de rivalidade no consumo. Por
exemplo, o fato de ocuparmos um lugar no cinema ou teatro, exclui a
disponibilidade do assento para outras pessoas.
4. Conclusão
Uma vez entendido o conceito de externalidades, fica claro que a
intervenção do governo é extremamente necessária aplicando, na maioria dos
casos, a tributação corretiva. Se antes deste trabalho ser apresentado, não se sabia
exatamente o porque ou de onde o governo tira tantos impostos, agora, pensando
melhor e de outra maneira, é visto que essa tributação é extremamente necessária
para que o mercado mantenha seu equilíbrio. Entretanto, a própria ação do
governo pode gerar certas ineficiências no mercado – conhecida como ‘falhas de
governo’ – uma vez que as abordagens feitas muitas vezes não leva em
consideração aspectos importantes das ciências políticas, e assim é interessante
levar em conta, desde que possível, os ‘custos’ acarretados por essas ineficiencias
governamentais.