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UNISINOS

FILOSOFIA DO DIREITO 
Prof.: Gerson Neves Pinto

24/02/2015

Plano de aula - prudência e jurisprudência.


14/04 - Trabalho GA
28/04 - Prova GA
19/05 - Trabalho GB
26/05 - Trabalho GB (aula que vem - trabalho)
16/06 - Prova GB (GA+ Dworkin - aula do dia 09/06 - vale 6,0 - palestra 1,0 - trab. 3)

03/03/15

Caso Brown - Um grupo de alunos negros entraram com nova ação discutindo um
problema, sobre os alunos de raças diferentes não poderiam estudar juntos de outras
raças.

03/03/15

Texto - aula 3: o conhecimento do direito é a prudência jurídica.


Prudência = Phronesis - Filosofia prática/Filosofia teórica
Razão = Teoria (verdade) e Prática (bem)
Euphronein = Pensar bem
Religião Délfica = Conheça a si mesmo.
Ação - o movimento tem que partir da pessoa e toda ação naturalmente busca a
realização do bem. Toda ação tem a falta e o excesso. o meio é chamado de justo meio.

O conceito de prudência nos tráficos gregos:

1. Ésquilo - Tem uma fé cega na ordem divina do mundo. Ele emprega o termo
Phronesis, aparentado com phronein e sophrosyne.
1.1. ''os persas'' - Na tragédia os persas, o fantasma de Dario reprova a atitude do
exército dp deu filho Xerxes, que pilhou os templos ao invadir a Grécia.

2. Sófocles - entre os trágicos é aquele que mais insiste na prudência como obediência
aos mandatos que cristalizam a ordem do mundo.
2.1. ''Antígona''
2.1.2. Creonte o imprudente
2.1.3. A necessidade da prudência

(...)

10/03/15 -

17/03/15 -
24/03/15 -

31/03/15

Questão 96, art. 4 (plano de aula)


Leis:
1) justas -> a.1) obrigatório:
a.1.1 - Fim - bem comum
a.1.2 - Fonte - Legitimidade
a.1.3 - Forma: ônus e proporcionais

2) injustas:
b.1) Injusta I - (contrária ao bem humano):
b.1.1 - Fim - visão do bem corporativo
b.1.2 - Fonte: auto.. é ilegitima
b.1.3 - Forma: ônus não é proporcional
b.2 ) Injusta obrigatório (exceção)
c.1) Injusta 2 - contrária ao bem divino
c.2) Obrigatórias...

Thomas Hobbes:

Ele vai criar um artificialismo do direito.


Passa do direito da natureza das coisas para o individualismo, onde o direito natural é
uma potência (movimento/capacidade de manter a vida)
Legicentismo estatl é igual a racionalismo.

O ponto de partida hobbesiano:


Se todo corpo busca preservar seu movimento, podemos inferir que o ser vivo, na
medida em que é parte da natureza, busca conservar seu movimento.
Assim, todo ser vivo, na medida em que é natural, busca manter aquilo que lhe é próprio
enquanto natural, isto é, seu movimento. Para um ser vivo manter seu movimento é
igual a manter sua vida. Assim, o ser vivo busca preservar em seu movimento a vida,
isto é, um movimento de autopreservação na medida em que a causa de seu movimento
lhe é interna, lhe é própria.

A autopreservação e a noção do bem:


O ser humano, enquanto humano, age necessariamente mediante representação de um
fim que julgamos adequado para a manutenção daquilo que é o fim último almejado,
isto é, a manutenção da vida.

O BEM então:
- Formalmente definido: bem é tudo aquilo que é buscado com o fim da ação
- Materialmente , bem é o conjunto... são os meios.

Aula que vem: Leviatã - Diálogo entre o filosofo e o jurista - Hobbes (xerox)
07/04/15

O movimento da autopreservação da vida é competitivo em Hobbes, isto é, porque o


homem precisa acumular os bens necessários a sua subsistência.

O primeiro Axioma fundamental:


ESCASSEZ - faz com que busque o acumular.

Segundo: Igualdade

Tanto mais poder possuiremos quanto mais bens acumularemos.

O ser humano, segundo Hobbes, busca necessariamente o acúmulo de poder.

Estado de Natureza em Hobbes:


O Estado de Natureza é uma situação na qual os indivíduos buscam utilizar seu poder
irrestritamente a fim de realizar seu propósito fundamental, que consiste em manterem-
se vivos.

O auto-interesse e a criação do contrato:


Vimos que a estratégia adotada por um ser racional conduz justamente ao propósito
contrário daquilo a que ele se propunha. Ou seja, é quando busco manter-me vivo que
mais coloco em risco minha vida. Como resolver este impasse?
(..)

O único direito que o ser humano possui no estado de natureza, segundo Hobbes, é a
liberdade.

Jus e Lex (?)


Direito (liberdade) e Lei (obrigação)
Para Hobbes, a lei e a liberdade são incompatíveis.

05/05/15
Pasta Xerox - Seminário.

1) Igualdade:

Cap. 6 - A igualdade e a vida boa


Cap. 7 - Pq os tribunais devem prezar a igualdade?
Cap. 8 - Ação afirmativa - funciona?
Cap. 9 - Ação afirmativa - é justa?

2) Igualdade e capacidade

3) Liberdade:

Cap. 8 - Pq a liberdade de expressão?


Cap. 11 - Pq a liberdade acadêmica?
Cap. 18 - Caso Farber
Cap. 19 - A imprensa está perdendo a 1º emenda?

4) Pornografia:

Cap. 9 - Pornografia e ódio


Cap. 10 - As palavras de Mackinnon
Cap. 11 - Liberdade e modismo
Patricia Brittos - ''Ronald Dvomrim = Liberdade e expressão y pornografia

5) Vida:

a) Aborto:
Cap. 1 - Os extremos da vida
Cap. 2 - A moralidade do aborto
Cap. 3 - O que é sagrado?
Cap. 4 - O aborto na suprema corte - 1ª parte (TEMA MEU E DO RAFA)
Cap. 5 - '' '' '' '' '' - 2ª parte

b) Morte:
Cap. 7 - Morrer e viver
Cap. 8 - A vida para além da razão
Cap. 5 - Acaso temos o direito de morrer?
Cap. 14 - O sexo, a morte e os tribunais

7) Bioética:
Cap. 13 - Brincar de Deus

Palestra do dia 12 de maio de 2015.


BioTecJus

documentário de entrevista de uma psicologa que estava questionando uma adolescente


de 13 anos que foi estuprada, era uma garota virgem que foi violentada e engravidou.
Ela teve três opções, levar a gravidez adiante, ganhar o filho e doar ou realizar o aborto.
Ela quis fazer o aborto. A mãe foi interrogada tbm, que soube da gravidez da filha pelo
ultrassom. No documentário, mostra a garota deitada em uma maca em que ela irá se
submeter ao aborto. Estando grávida de 12 semanas.
Ele ressalta bem a situação em que a pessoa passa.
Após, mostra uma grávida em ecografia, onde o seu bebê tem problemas graves e que
irá vir a falecer em decorrência disso. Na própria sala da eco, os médicos aplicam
anestesia para fazer uma indução que paralisa o coração do bebê através de
remédios. As más formações foram descobertas com 16 semanas, no primeiro
ultrassom. A gestante ressalta que não queria se submeter ao aborto, mas com o pedido
do marido, aceitou.
Após, mas um caso em que o homem não aceitava a separação, eles já tinham um filho
do casamento. No entanto, ela se submeteu aos abusos de seu marido e acabou por
engravidar novamente. Ela usou o citotec para abortar e deu certo.

Teve uma roda de psicólogos que relataram casos de suas pacientes que foram
estupradas, debateram sobre o assunto e se questionaram se havia dúvidas quanto um
falso testemunho, onde acertam ou não o processo de aborto dos bebês.

Uma vítima relata que sua preocupação era pegar alguma doença e não engravidar, pois
nem pensou nessa possibilidade. Quando uma pessoa alertou para ela q ela pode ter
engravidado de uma única relação. e então se submeteu ao aborto.

O documentário mostra o processo de aspiração do feto e a vítima chorando decorrente


do procedimento.

Mostra, tbm, um relato de uma mulher que realizou cinco abortos, e que procurou mãe
de anjo para abortar, nas cinco vezes. Relatou que atualmente se arrepende, pois se
sente muito sozinha, somente com uma filha que ela não quis abortar, pois foi de um
casamento e planejado. 

Mulher toma remédio para abortar por indicação de amiga, diz que fez isso por não ter
condições financeiras.

Cinejus - proposta para trazer elementos para discutir de forma coletiva.

palestrante: Renata e palestrante do Coletivo Feminino Plural

O tema abordou vários tipos de abortos, tanto legais como ilegais.

''Sinopse: Uma menina de apenas 13 anos, que nunca havia tido uma experiência
sexual, é estuprada e fica grávida do agressor. Um casal, cansado da rotina de só
ter os dois em casa, decide ter um filho, mas o feto tem uma má-formação e irá
nascer morto. Uma religiosa desempregada, mãe de família, vai ao centro de São
Paulo para distribuir currículos, mas é abordada por um estuprador. Todas essas
mulheres tem algo em comum: elas desejam interromper a gravidez.

Apesar de ser fácil criticar O Aborto dos Outros, a situação fica mais difícil
quando o drama acontece dentro de casa. Tentando entender essas mulheres, a
cineasta Carla Gallo realizou o documentário. Nele, a diretora acompanha as três,
que podem tirar a criança indesejada por estarem amparadas pela lei. Além delas,
o filme também tem depoimentos de especialistas e de mulheres que realizaram o
aborto ilegalmente. Em todos os casos, o preconceito e a falta de informação
acabam atrapalhando ainda mais a vida dos envolvidos.

O polêmico documentário O Aborto dos Outros teve três anos de pesquisa e cinco
meses de filmagens. Exibido no 13º Festival É Tudo Verdade, recebeu o prêmio de
Menção Honrosa, dedicado à coragem de Gallo de abordar um assunto tão
delicado e considerado tabu na sociedade brasileira. De acordo com o filme, cerca
de 70 mil mulheres morrem por ano em decorrência de um aborto mal-realizado,
além disso, o número de cirurgias clandestinas deste tipo no Brasil chega a um
milhão anual.''

A palestrante ressalta que os médicos devem acreditar nas palavras das mulheres.
Relata, também, sobre o limite da norma técnica que deve saber o período em que
aconteceu o caso, a vítima deve assinar um termo de responsabilidade e a equipe médica
atesta o que foi definido com o caso.
Há um diálogo sobre os casos expostos no documentário.
Recentemente, na assembléia tem um projeto de lei sobre o aborto legalizado.
No aborto, devemos ter em mente a saúde da mulher, na questão de direitos humanos,
na questão ética e na questão da religião.

Nos questionamentos, uma transexual, chamada Luiza, pergunta sobre o estatuto do


nascituro, que é o projeto que está no congresso. E sobre o fato de querem retirar o
direito da mulher abortar no caso de estupro. Renata responde que a gente tem uma série
de normativas sobre isso e que a CF diz que tem o direito desde a concepção. As
interpretações em relações aos direitos humanos que devem ser levados em conta, aos
princípios e direitos sobre esse feto. No momento que diz que a mulher deve ter uma
gestação compulsória, é como se fosse uma tortura com a própria mulher. Ela defende a
autonomia da mulher em relação ao seu corpo. Ela se questiona sobre o fato de o
judiciário defender o direito ao nascituro, citou um caso em canoas em que cederam
uma internação compulsória para uma gestante usuária de crack não abortar.

De fato não temos como negar que existe uma vida humana, uma dignidade de vida
humana, mas isso não aparece tanto no documentário. O aborto legal deve ser encarado
na grave violência que a mulher sofre e que a leva a escolher esse caminho. Um médico
ressalta '' se é difícil para nós médicos, mais difícil deve ser para a mulher.''

Por fim, o público debate sobre o assunto, dando suas opiniões.

O aborto no Supremo Tribunal: Primeira parte 

O feto é uma pessoa constitucional? 


De acordo com o ponto de vista corrente sobre a natureza do debate constitucional, os
estados que desejam proibir o aborto a fim de ''proteger a vida humana'' estão alegando
que o feto é uma pessoa com direito à vida e que cabe ao estado proteger esse direito.
Na sentença Roe contra Wade, o juiz Blackmun indentificou uma forma muito forte
dessa alegação. A Décima Quarta Emenda à Constituição dos Estados Unidos determina
que nenhum estado negará a nenhuma pessoa a igual proteção da lei. Desde o início o
Supremo Tribunal teve que decidir se a partir do momento de sua concepção, o feto já é
uma pessoa no sentido explicitado por essa cláusula. 

Algumas pessoas acreditam, que por razão teológica, que no momento da concepção
Deus dota um feto de uma alma racional, e que uma alma racional tem direito moral a
vida. Contudo, quase todos os que defendem esse ponto de vista teológica também
admite que ele não é relevante para a interpretação constitucional, que a Constituição
insiste em uma firme separação entre Estado e Igreja, e que os argumentos doutrinários
de natureza religiosa não têm validade jurídica.

Em sua sentença no caso Roe contra Wade, o juiz Blackmun chamou a atençãopara o
fato de que o direito norte-americano, no passado, nunca considerara os fetos como
pessoas constitucionais.

Blackmun decidiu que o feto não é uma pessoa constitucional, se o feto não é uma
pessoa constitucional, então os estados não apenas podem proibir o aborto, mas devem
proibi-lo em algumas circunstâncias. Se a mulher engravidar-se depois de uma relação
sexual voluntaria, conhecendo os riscos de seu ato, o estado não teria nenhuma
justificativa para permitir que ela pu seu médico abortassem o feto: permitir que a mãe
recuperasse a liberdade sobre o seu corpo à custa da vida do feto não demonstraria uma
igual 
preocupação com as duas pessoas constitucionais. Todos aqueles que dizem que o
Supremo Tribunal deveria deixar que os estados decidam a questão do aborto ao sabor
de sua tendência politicas, estão na verdade admitindo que o feto não é uma pessoa
constitucional.

Qualquer interpretação da Constituição deve ser testada em duas dimensões amplas e


correlacionadas. A primeira delas é a adequação. Uma interpretação constitucional deve
ser rejeitada se a prática jurídica que tal interpretação recomendada. A segunda é a
dimensão da justiça. Se duas concepçoes deferentes sobre a melhor interpretação de
alguma disposição constitucional passarem no teste de adequação, deveríamos dar
preferência aquela cujos princípios nos parecem refletir melhor os direitos e deveres
morais das pessoas. 

Durante o século 19, as leis liberais foram substituídas por leis que proibiam ou
regulavam rigorosamente o aborto.

O Tribunal pôde apelar a princípios constitucionais mais gerais que condenavam as


práticas que consideravam inconstitucionais.

No caso Roe o Tribunal só poderia ter considerado o fato como uma pessoa
constitucional se tivesse insistido em que o ponto de vista corrente, que negava status ao
feto, era inaceitável por mais difundido que fosse, uma vez que qualquer feto é uma
pessoa no sentido moral.

Todo aquele que considerar errada a decisão preliminar de Blackmun estará se baseando
não apenas em uma convicção moral, mas também em uma convicção moral
particularmente estranha e impopular.

Os estados podem conceder ao feto status de pessoa?

09/06

O Conceito de Direito em Ronald Dworkin

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