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APROVO:

Em: ___/___/___

MINISTÉRIO DA DEFESA ___________________


Cmt 2º Gpt E
EXÉRCITO BRASILEIRO
DEC CMA
2º GRUPAMENTO DE ENGENHARIA
GRUPAMENTO RODRIGO OCTÁVIO

PROJETO DE REESTRUTURAÇÃO DA INFRAESTRUTURA DOS PEF DO CMA

(PROJETO PAXIÚBA)

ESTUDO TÉCNICO SOBRE GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA NOS PEF

1. OBJETIVO.

O presente relatório tem por finalidade realizar um levantamento e estudo atual da situação de
geração, distribuição, transmissão e consumo de energia elétrica presente nos PEF/DEF do CMA, bem
como levantar propostas e alternativas de soluções para as dificuldades encontradas.

Serão abordados individualmente cada PEF que foram visitados pela comitiva técnica da 12ª
Região Militar (12ª RM) durante as VIOT ocorridas no ano de 2017.

Cada PEF teve levantado e inspecionado a situação atual de fonte de geração de energia como
rede da concessionária local, grupos geradores, microusinas hidrelétricas (MUHE), plantas solares e
termoelétricas (locomóvel).

Na 1ª VIOT da 12ª RM, chefiada pela Cel Inf Ubirajara, ChEM da 12ª, em março 2017 foram
visitados os seguintes PEF da 1ª Brigada de Infantaria de Selva, sediada em Boa Vista-RR: RM,

 4º PEF / CFRR 7º BIS – Auaris, em 20 e 21 março 2017;

 5º PEF / CFRR 7º BIS – Surucucu, em 22 e 23 março 2017;

 6º PEF / CFRR 7º BIS – Uiramutã, em 24 março de 2017.


(Continuação do Relatório Técnico 01/17 – COE / 2º Gpt E..........................................................................................Fl 2/70)

Na 2ª VIOT da 12ª RM, foram visitados todos os PEF da 2ª Brigada de Infantaria de Selva,
sediada em São Gabriel da Cachoeira-AM:

 6º PEF / CFRN 5º BIS – Pari-Cachoeira, em 02 abril 2017;

 1º PEF / CFRN 5º BIS – Iauretê, em 02 e 03 abril 2017;

 2º PEF / CFRN 5º BIS – Querari, em 03 e 04 abril 2017;

 3º PEF / CFRN 5º BIS – São Joaquim, em 04 abril 2017;

 7º PEF / CFRN 5º BIS – Tunuí-Cachoeira, em 04 e 05 abril 2017;

 4º PEF / CFRN 5º BIS – Cucuí, em 06 e 07 abril 2017;

 5º PEF / CFRN 5º BIS – Maturacá, em 08 abril 2017;

Em 17 de Abril iniciou a 3ª VIOT da 12ª RM, também chefiada pelo ChEM 12ª RM, onde foram
visitados todos os PEF da 16ª Brigada de Infantaria de Selva, sediada em Tefé-AM e com sede dos PEF
no CFSOL/8º BIS, localizado em Tabatinga-AM:

 1º PEF / CFSOL 8º BIS – Palmeiras do Javari, em 17 e 18 abril 2017;

 2º PEF / CFSOL 8º BIS – Ipiranga, em 19 e 20 abril 2017;

 3º PEF / CFSOL 8º BIS – Vila Bittencourt, em 19 abril 2017;

 4º PEF / CFSOL 8º BIS – Estirão do Equador, em 18 abril 2017;

Nos próximos capítulos serão explorados individualmente cada um dos PEFs visitados
procurando levantar situações atuais e propostas alternativas para solução dos problemas de geração e
distribuição de energia verificados “in loco” durante as inspeções.

Cap QEM Fábio de Oliveira Huss – Engº Eletricista/Civil


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2. SURUCUCU-RR - 4º PEF / CFRR 7º BIS.

O PEF de Surucucu recebeu a visita da comitiva técnica da 12ª RM nos dias 22 e 23 de março de
2017, onde o Engenheiro Eletricista especializado em Geração de Energia Elétrica pode fazer os
seguintes observações e consideração sobre o sistema de geração de energia do PEF.

O ANEXO I tem por finalidade ilustrar os diversos problemas apontados no PEF de Surucucu
bem como mostrar possíveis soluções aos problemas apontados.

2.1 Situação Atual.

O 4º PEF é um dos mais antigos idealizados no PCN em 1986 e está localizado em região isolada
da Serra das Surucucus, em reserva indígena ianomâmi, noroeste do estado de Roraima, onde o único
acesso é aéreo seja de voos da FAB ou aviões fretados. Possui algumas comunidades indígenas ao redor
do PEF e não possui fornecimento regular de energia elétrica através de concessionária local.

No fim dos anos 80, com a finalidade de atender a demanda de energia elétrica do PEF e da
comunidade indígena vizinhas foi construída como projeto piloto a micro usina hidrelétrica (MUHE) de
Surucucu, que atualmente encontra-se indisponível.

2.2 MUHE Surucucu.

As MUHE (Micro Usina Hidroelétricas) começaram a ser projetadas e construídas através da


CRO/12 a partir de 1988 devido a sucessivos fracassos em implantar técnicas alternativas (termelétrica e
energia solar) ao uso de Grupos Geradores a diesel para geração e fornecimento de energia elétrica aos
PEF. Ao longo da década de 90 foram implantadas MUHE nos PEF nas localidades de Sururucu e
Auaris em Roraima e Querari, Maturacá, São Joaquim, e Pari-Cachoeira no Amazonas.

Foi a pioneira do projeto da implementação das MUHE no contexto do PCN, e aproveitando uma
queda de 20m com vazão de 300l/s, tem uma potência instalada de 60 kW, gerando em 220/127 V e uma
turbina Francis espiral. Na saída do gerador, uma subestação de 45 kVA eleva a tensão para 13,8 kV, e
uma linha de transmissão de aproximadamente 04 (quatro) km transmite a energia gerada até o
aquartelamento. A obra foi licitada em novembro de 1986 e após problemas diversos com a empresa

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contratada para a construção, a CRO/12 assumiu a execução e fiscalização da obra e a usina entrou em
operação em março de 1988.

Apesar de ser a MUHE com o maior tempo de operação, sempre apresentou um elevado tempo
de disponibilidade principalmente pelo zelo dos militares do PEF na manutenção da usina bem como a
relativa pequena distância do PEF.

Na inspeção técnica de 22 de março pela equipe da 12ª RM, foi verificado o estado precário e de
abandono que se encontra a turbina e a casa de máquinas onde se localiza a turbina, com diversos
vazamento de água, retirada de peças, problemas no rotor, eixo, linha de transmissão, transformadores,
mancais ausentes, e outros.

Apesar de uma alta taxa de disponibilidade fornecendo energia ao PEF ao longo de quase 30
anos de sua construção, encontra-se no momento INDISPONIVEL, desde 2014 e após cotação de preço
estimadas tomando por base os valores contratados para a implementação da MUHE do 1º PEF/2º BIS
– Tiriós-PA, estima-se que seja necessário cerca de R$ 500.000,00 para substituir e adquirir uma
turbina nova de 60 KVA do fabricante INDALMA bem como recuperar aos 4km de linha de
transmissão da usina até o PEF. Tal estimativa necessidade de estudos e contatos mais aprofundados,
bem como um projeto básico, com a finalidade de levantar mais informações e valores com maior
precisão.

Sendo assim, recomenda que a referida usina seja objeto de uma troca completa de sua turbina e
alternado por equipamentos mais modernos, resistentes e eficientes, bem como reforma e recuperação de
sua Linha de Transmissão, casa de máquina e casa do operador.

A referida linha de transmissão ainda é de madeira e muito antiga, necessitando urgentemente ser
feita obra pela CRO/12 de troca por poste estrutura metálica ou fibra de vidro, bem como recolocar todo
o cabeamento e transformadores, visando a reativação da usina.

Em Out/12 foi solicitado orçamento de alternador e turbina para a MUHE de Surucucu a


fabricante WIRTZ-BEE, onde foram obtidos valores próximos a R$ 450.000,00 para uma turbina de
60KVA onde seria usada na modernização da atual turbina que já possui mais de 20 anos de uso.

A barragem da usina, encontra após quase 30 anos de construção, em excelente estado de


conservação, necessitando de pequenos reparos pontuais de algumas infiltrações.

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2.3 Manutenção e operação da MUHE Surucucu.

Com o passar dos anos e o uso contínuo e ininterrupto dessas MUHE, é natural que ocorra um
desgaste das peças e componentes da turbina, gerador bem como da barragem e linha de transmissão
dessa usina.

Devido às dificuldades de transporte fluvial ou aéreo para essa localidade bem como restrições
financeiras, a aquisição de peças e suprimentos para colocar essa usina em operação tornou-se muito
oneroso e complicado para o Exército.

Com as restrições de fornecimento e transporte de óleo diesel para os grupos geradores do PEF, o
principal objetivo da construção de uma MUHE é ser uma fonte de geração de energia elétrica para
substituir os grupos geradores a diesel existentes fornecendo energia elétrica ininterruptamente durante
24 horas por dia para o PEF.

Caso seja feita as manutenções preventivas na turbina e gerador, tomado os devidos cuidados na
operação dos equipamentos elétricos sem sobrecarregar os geradores, bem como realizar periodicamente
a manutenção da linha de transmissão, o tempo médio de funcionamento e disponibilidade de uma
MUHE em um ano é muito alto, sendo desligadas no máximo uma vez por mês para manutenção,
evitando assim o consumo e necessidade de transporte de elevadas quantidades de óleo diesel. Os
principais problemas para realizar as manutenções preventivas e corretivas são:

 Os elevados custos, tempo de aquisição e de entrega das diversas peças a serem repostas (processo
licitatório de inexibilidade);

 Dificuldades de transporte devido à escassez e irregularidade do apoio transporte aéreo pela FAB
nos PAA para a localidade do PEF;

 Reduzido número de militares qualificados para realizar a manutenção no PEF, na sede do 7º BIS e
no Pq R Mnt/12;

 Falta de interesse e comprometimento do PEF na manutenção e operação da MUHE.

2.4 Grupos Geradores do PEF.

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O PEF de Surucucu possui atualmente 03 (três) Grupo Geradores a diesel com potência totais
para geração de energia de 100, 110 e 170 KVA cada. Apenas o Grupo Gerador de 170 KVA encontra-
se disponível e o mesmo é ligado durante 11 horas por dia em 2 turnos diferentes.

Foi levantado que os referidos Grupo Geradores se encontram superdimensionados, pois a


demanda atual do PEF está entre 40 a 60 KVA utilizando cerca de 20 a 40% da capacidade do gerador
variando conforme os horários de picos de consumo do aquartelamento bem como dos 11 PNRs
existentes.

Tal situação de superdimensionamento implica basicamente em um maior e desnecessário


consumo de óleo diesel de cerca de 30 a 40% a mais do que se fosse utilidade Grupos Geradores
indicados na faixa entre 50 a 60 KVA. Esse consumo além do necessário implica em uma redução de
hora por dia do uso e fornecimento de energia do grupo gerador devido a limitação da cota mensal
fornecimento de óleo diesel de 3.000 litros.

Outro problema grave no uso de geradores de capacidade maior do que o necessário está nas
demandas de manutenção preventiva e corretivas, pois torna-se mais complexo e oneroso realizar
manutenções de escalões mais elevados, bem como eventuais necessidades de recolhimento para a sede
em Boa Vista ou ao Pq R Mnt/12 em Manaus, devido ao elevado peso e volume de equipamentos acima
de 100kVA.

2.5 Planta Solar.

Existe no PEF de Surucucu alguns sistemas isolados de geração de energia elétrica através de
painéis fotovoltaicas, ou seja, energia solar. Tais sistemas são voltados para alimentação de
componentes de telecomunicações (EBNET, GESAC, SIPAM) voltados para aplicações de internet e
telefonia fixa via satélite, e armazenamento da energia gerada através de banco de baterias.

Os referidos equipamentos, como possuem uma demanda de energia reduzida em relação ao PEF
como um todo funcionam bem e encontram-se se a maioria operantes e disponíveis.

Importante observar que em anexo ao PEF, foi visitado e existe uma aplicação mais “robusta” de
planta solar de geração de presente do na estação repetidora do DTCEA, subordinado a Força Aérea
Brasileira (FAB) que, utilizando um sistema hibrido com grupos geradores de apoio, gera e armazena

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uma quantidade estável de energia elétrica de origem fotovoltaica para alimentar todos os componentes
de telecomunicações e refrigeração da estação de forma eficiente.

Tal estação e especificações dos seus projetos e dimensionamento de planta solar seria
interessante para eventuais aplicações no PEF como parcialmente ou como um todo.

2.5 Soluções Propostas.

2.5.1 Modernização e recuperação da MUHE.

A construção e manutenção de uma MUHE é relativamente cara, devido à pouca disponibilidade


de opções de suprimento, dificuldade de transporte e complexidade em peso e volume das peças. Apesar
dos custos elevados, acaba sendo mais compensador construir e manter uma MUHE do que fornecer
energia através de grupo gerador em função da dificuldade e custos em levar óleo diesel para os PEF.

O consumo de diesel de um gerador de 30 kVA, racionando energia funcionando apenas 08 horas


por dia, o mínimo indispensável para a sobrevivência de um PEF consome aproximadamente 2.200
litros de óleo diesel por mês, equivalente a cerca de duas toneladas de carga.

Devido ao elevado custo da hora de voo das aeronaves da FAB, bem como os problemas
decorrentes do elevado tempo de uso da frota e precariedade de manutenção é extremamente complicado
garantir esse fornecimento de 02 (duas) TON de diesel para apenas um pelotão por mês, pois além
desse combustível, o PEF também necessita transportar pessoal, medicamentos e alimentos o que acaba
extrapolando a cota que o pelotão tem por mês.

Logo, seria gasto no mínimo aproximadamente R$ 92.400,00 (R$ 3,50 por litro de Diesel, 2.200
litros por mês) por ano somente com combustível para suprir um PEF com o mínimo de energia (30
kVA) usando geradores a diesel. Acrescentando a esse valor a manutenção dos geradores,
armazenamento do diesel bem como os custos operacionais do transporte aéreo pela FAB desse
combustível podemos verificar a vantagem do uso das MUHE no fornecimento ininterrupto de energia
elétrica.

Logo o uso de grupo geradores deve ser vislumbrado como uma fonte alternativa e de
emergência em função de eventuais indisponibilidades da fonte principal, que no caso de Surucucu
seria a MUHE.

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2.5.2 Locomóveis.

Nos fins da década de 80, durante a implantação dos PEF de Querari e São Joaquim,
subordinados ao CFRN/5º BIS em São Gabriel da Cachoeira foram instalados nesses PEF sistemas de
geração de energia termoelétricas a base de queima de madeira, os chamados Locomóveis, devido a
semelhando de uma antiga locomotiva a vapor na queima da lenha e geração de vapor.

Tais projetos foram abandonados, mostraram-se inviáveis e fracassaram em função dos seguintes
motivos, segundo explanação na dissertação de monografia da ECEME em 1994 do Cel R/1 QEM
HUSS, Engº Eletricista da CRO/12 na época, transcrito abaixo na integra no seu capitulo sobre os
referidos equipamentos:

CAPITULO 4.

SUPRIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA COM GERAÇÃO ATRAVÉS DE USINA TÉRMICA A LENHA (LOCOMÓVEIS)

4-1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS

Para resolver o problema do transporte do combustível, para a geração da energia elétrica nas Guarnições de
Fronteira, uma das alternativas tentadas foram as usinas térmicas a lenha, conhecidas como “locomóveis”.
Era composta de uma caldeira convencional para queimar lenha e produzir vapor, uma máquina parecida com as
antigas locomotivas, para transformar vapor em força mecânica e um gerador elétrico, com seus acessórios. Fabricada pela
MERNACK, de Cachoeira do Sul-RS, é muito utilizada na região Sul para acionar máquinas de arroz, bombas de irrigação,
serrarias, etc., onde não existe energia elétrica. Também para aproveitar resíduos de madeira e palha do arroz como
combustíveis para acionara suas máquinas diretamente, não necessariamente através de motores elétricos.
Como lenha teoricamente não é problema na Amazônia, os estudos indicaram que os Pelotões de São Joaquim e
Querari, no Estado do Amazonas, poderiam ser supridos de energia elétrica gerada pelos “locomóveis”. Tal experiência
não obteve êxito, como veremos a seguir.

4-2. DIFICULDADE NO TRANSPORTE E MONTAGEM DOS EQUIPAMENTOS

Como já foi dito, os equipamentos foram fabricados no Sul. Chegaram até Manaus em carretas. De Manaus até São
Gabriel da Cachoeira, numa distância de aproximadamente 1.000 Km, foram transportados de balsa. A partir de São
Gabriel da Cachoeira, até os Pelotões, seguiram em aeronave C-115 “Búfalo”, da FAB.
Dos equipamentos faziam parte peças com grandes dimensões e pesos, como a caldeira, com cerca de 1.600 Kg.
Também no Pelotão, em construção, não havia qualquer equipamento para auxiliar na descarga, tornando-se o transporte
das usinas uma operação extremamente difícil. A falta de depósitos, para receber e acondicionar os materiais, fez com que
muitas peças fossem extraviadas ou danificadas, por ficarem expostas ao tempo.
A montagem das usinas também foi uma operação de extrema complexidade, pois pequenos imprevistos e faltas de
materiais, que no Sul seriam facilmente resolvidos, tornava-se problema de difícil solução para as condições locais. Simples
peças ou parafusos extraviados demoravam meses para serem adquiridos no Sul e chegar ao destino, quando chegavam! As
comunicações entre o Pelotão e a Sede eram feitas apenas através rádio, quando estavam funcionando ou as condições
atmosféricas permitiam, dificultando a coordenação dos trabalhos.

4-3. PROBLEMAS NA OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO DOS EQUIPAMENTOS

Apesar das dificuldades, as usinas foram instaladas de acordo com o previsto. Surgiu então a dificuldade de
operação e manutenção dos equipamentos. Quatro cabos do Núcleo Base foram mandados fazer um estágio de uma semana,

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na própria fábrica. A ideia seria que esses militares permanecessem nos Pelotões e “adotassem” as usinas e se
responsabilizassem pelo seu funcionamento, a exemplo do que é feito no Sul, pois as máquinas a vapor, embora de
tecnologia conhecida desde o século passado, exigem cuidados constantes de manutenção.
No entanto, dado as características dos Pelotões de Fronteira do projeto Calha-Norte, onde a rotatividade dos seus
militares é muito grande, não foi possível manter um responsável constante pela sua operação. Em consequência, coisas
estranhas aconteceram, como por exemplo, a quebra do pistão do cilindro, uma peça de ferro fundido de 20 cm de diâmetro.
Em menos de 2 anos de funcionamento foram danificadas 3 dessas peças, pois embora tenha sido repetido “ad nauseun” que
antes de se colocar a usina em funcionamento deveria ser drenada a água que se acumulava no interior do cilindro, tendo
em vista que a mesma danificaria o respectivo pistão, tal cuidado não era observado.
Junte-se ao problema da rotatividade de pessoal, o trabalho extremamente fatigante de manter a usina operando,
onde cerca de 15 homens eram necessários para providenciar a lenha e manter a caldeira alimentada, e tem-se uma
pequena ideia da dificuldade em se manter a usina em funcionamento.
Como o Pelotão tinha um grupo gerador a diesel, para situações de emergência, onde bastava ligar o motor que o
mesmo funcionava enquanto houvesse combustível, havia a suspeita, nunca confirmada, de que alguns operadores do
“locomóvel” danificavam propositadamente a máquina, pois a operação do grupo gerador a diesel dava muito menos
trabalho. Os escalões superiores que providenciassem o suprimento do combustível, cujo transporte de avião era
tremendamente oneroso, conforme visto no Capítulo 3, Item 3.3.
O consumo de lenha também era razoável, pois a usina em pleno funcionamento consumia cerca de 0.3 m3/hora.
Ou seja, para um funcionamento mínimo de 10 horas por dia, consumia-se 3 m3 de lenha. No início até que tal fato não era
muito relevante, pois havia muita lenha nas proximidades do aquartelamento. No entanto, com o passar do tempo, a situação
ia se complicando à medida que a distância do local onde a lenha era tirada até a usina ia aumentando.
Um fator técnico que não foi analisado na compra da usina, foi de que a mesma não possuía uma adequada
constância na rotação das máquinas. Por exemplo, se as antigas locomotivas a vapor encontrassem uma subida no caminho
ou diminuísse a quantidade de combustível na caldeira, a mesma diminuía a velocidade, sem maiores consequências. Se tal
fato ocorre-se, e ocorria frequentemente, com a nossa usina, a consequência era uma alteração na frequência da energia
elétrica gerada (60 Hz). Como a maioria dos nossos equipamentos eletroeletrônicos são projetados para funcionarem numa
frequência constante de 60 Hz, as variações na mesma causavam constantes danos nos mesmos.
Outro fator que praticamente inviabilizou o funcionamento das usinas a lenha foram as dificuldades para a sua
manutenção. Como os equipamentos não são fabricados em série, a maioria deles exclusivamente na fábrica em Cachoeira
do Sul-RS, qualquer compra de peças para reposição tinha que ser feita diretamente na firma, através de licitação, a mais de
4.000 Km de distância. Como também as peças não são padronizadas e catalogadas, acontecia muitas vezes que, depois de
comprar e transportar as peças até o local onde seria utilizada, vencendo dificuldades enormes, descobrir que não era a
peça adequada.

4-4. CONCLUSÃO SOBRE OS LOCOMÓVEIS

Do que foi dito neste Capítulo, podemos chegar a conclusão de que os “locomóveis” não foram uma solução
confiável para suprimento de energia elétrica para uma Guarnição isolada, pois além das dificuldades de operação e
manutenção, sua tecnologia não é adequada para geração de energia elétrica. Um outro óbice é que a médio e longo prazo,
as dificuldades para obtenção do combustível (a lenha) iria se acentuar, pois as distâncias aumentariam, a não ser que se
providenciasse o reflorestamento da área desmatada, o que é praticamente impossível para as condições do Pelotão.
Dos “locomóveis” instalados, o de Querari-AM funcionou precariamente por 2 anos a partir de 1988 e o de São
Joaquim-AM, por 6 meses. Foram desativados.

Nos dias atuais, sistema de geração como os locomóveis nos PEF se mostrariam ecologicamente
inviáveis, pois demandariam de grandes quantidades e reservas de florestas a serem desmatadas
continuamente nas proximidades do PEF o que seria não recomendável por questões licenciamento junto
ao IBAMA, FUNAI, reflorestamento e de desenvolvimento sustentável ambiental.

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2.5.3 Planta Solar.

A energia solar é a fonte de energia mais antiga disponível na face da terra. Trata-se de uma
fonte não poluente e praticamente inesgotável. Calcula-se em alguns bilhões de anos o tempo necessário
para o esgotamento da energia solar. O Brasil, por ter grande parte do seu território nos trópicos, recebe
uma grande incidência de raios solares. “Estima-se que a energia solar incidente sobre o Brasil durante
um ano seria suficiente para o suprimento da energia média consumida pela humanidade durante um
ano”. É claro que esta é a disponibilidade de energia. Como captar e utilizar essa energia disponível é
um dos maiores desafios para os nossos cientistas da atualidade. Anualmente, o Sol produz 4 milhões de
vezes mais energia do que consumimos, para o seu potencial é ilimitado. Para se ter uma ideia, em
apenas um segundo o sol produz mais energia (internamente) que toda energia usada pela humanidade
desde o começo dos tempos.

A energia solar pode ser utilizada nas mais variadas formas. Modernamente, uma das maneiras
de conversão da luz solar em energia elétrica é pelo processo fotovoltaico, ou painéis solares como são
conhecidos comercialmente.

Como uma 2ª opção de fonte alternativa de geração de energia, a implementação de uma planta
de geração de energia solar, isto é, energia fotovoltaica, pode ser realizada no PEF de Surucucu.

O sistema poderia ser centralizado para atender o PEF como um todo, juntamente com o 11 PNR,
ou poderia ser segmentado para atendimento a “cargas pontuais” como por exemplo câmara frigorifica,
postes de iluminação, estação rádio, sistemas de telecomunicações, PNR individualmente e outros.

Encontra-se em fase de implementação uma obra de executada pelo Cmdo 2º Gpt E de um


projeto piloto hibrido de Planta Solar de geração de energia junto com grupo geradores para atendimento
como um todo do 7º PEF/ CFRN 5º BIS, em Tunuí-Cachoeira e comunidade local.

O projeto é fruto de Acordo de Cooperação entre o Parque Tecnológico Itaipu e o Exército


Brasileiro, que visa a instalação de uma Planta Fotovoltaica com potência instalada em 187,20 kWp.
Destacamos que se trata de geração híbrida (Solar-Diesel), vez que o sistema a ser instalado dependerá
dos grupos geradores já existentes no PEF para o funcionamento adequado desta central de geração
fotovoltaica, pois o mesmo depende de uma quantidade mínima de irradiação solar para a geração e
carregamento das baterias, para que a utilização das baterias em horários em que não há irradiação solar,
ou que esta irradiação é reduzida.

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O referido projeto piloto tem custo orçado em cerca de R$ 2.500.000,00, sendo e nesse valor não
se inclui os bancos de baterias necessário ao armazenamento do de energia solar, bem como os custos
da logística do transporte dos materiais e equipamentos ao PEF.

Como vantagens ao uso da energia solar no PEF, seja em projetos pontuais ou híbridos podemos
citar:

 A energia solar não polui durante seu uso, é renovável, ou seja, nunca acaba.

 As centrais necessitam de manutenção mínima e baixos custos.

 Os painéis solares são a cada dia mais potentes ao mesmo tempo que seu custo vem decaindo.
Isso torna cada vez mais a energia solar uma solução economicamente viável.

 A energia solar é excelente em lugares remotos ou de difícil acesso, pois sua instalação em
pequena escala não obriga a enormes investimentos em linhas de transmissão.

 Em países tropicais, como o Brasil, a utilização da energia solar é viável em praticamente todo o
território.

A implementação de plantas solares também possui algumas sérias desvantagens e complicações,


como podemos enumerar abaixo:

 Existe variação nas quantidades produzidas de acordo com a situação climatérica (chuvas,
nuvens), além de que durante a noite não existe produção alguma, o que obriga a que existam
meios de armazenamento da energia produzida durante o dia em locais onde os painéis solares
não estejam ligados à rede de transmissão de energia.

 As formas de armazenamento da energia solar (baterias) são pouco eficientes e possuem


durabilidade limitada.

 Os painéis solares ainda têm um rendimento baixo de apenas 25%, apesar deste valor ter vindo a
aumentar ao longo dos anos.

 O custo para compra e instalação dos equipamentos ainda é alto no Brasil.

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 No caso de PEF, a ausência de mão de obra qualificada para realizar manutenções e reparos
torna-se uma grande desvantagem o que reduziria a disponibilidade e vida útil do sistema e
equipamentos.

Outro problema crítico encontrado é que os painéis geram e as baterias acumulam energia
elétrica em corrente contínua (12 ou 24 VCC). A maioria dos equipamentos eletroeletrônicos comerciais
utilizam corrente alternada (127 ou 220 VCA). Deste modo, ou utilizaríamos equipamentos especiais
alimentados por corrente contínua ou utilizaríamos inversores CC/CA, extremamente caros. Para se ter
uma ideia de custo, um inversor de aproximadamente 20KW, custa hoje cerca de R$ 32.000,00.

2.6 Conclusão.

Para o PEF de SURUCUCU-RR - 4º PEF / CFRR 7º BIS, as conclusões retiradas do estudo


quanto a geração de energia seria em primeiro lugar seria recuperar a MUHE Surucucu trocando
a turbina da mesma, por questões técnicas e econômicas, tendo em vista o excelente estado de
conservação e proximidade da barragem.

O uso dos grupos geradores somente seria necessário nas eventuais indisponibilidades e
desligamentos programados para manutenção da usina, economizando diesel e reduzindo a
necessidade de transporte mensal do mesmo para o PEF. Estima-se que seria necessário cerca de
R$ 500.000,00 para modernização da turbina e recuperação da linha de transmissão.

Na impossibilidade de recuperação da usina, seria também indicado a implementação de


um sistema hibrido de geração de energia com planta foto voltaica e grupo geradores para a
complementação da geração de energia nos dias de pouco aproveitamento solar ou eventual
descarregamento dos bancos de baterias e indisponibilidade do sistema. Para um sistema de
geração foto voltaica (solar), para uma potência de 50kWp necessário ao PEF no atendimento de
energia 24hrs estima se um custo de cerca de R$ 800.000,00 com equipamentos e mão de obra.

Em último caso, ao se manter a sistema atual de geração de energia via grupo geradores, é
recomendável que os equipamentos sejam corretamente dimensionados com a finalidade de
redução do consumo diário de diesel, maior quantidade de hora por dia ligados bem como
redução de custos e necessidades de manutenção dos mesmos equipamentos.

Cap QEM Fábio de Oliveira Huss – Engº Eletricista/Civil


Comando do 2º Grupamento de Engenharia
(Continuação do Relatório Técnico 01/17 – COE / 2º Gpt E..........................................................................................Fl 13/70)

3. AUARIS-RR - 5º PEF / CFRR 7º BIS.

O PEF recebeu a visita da comitiva técnica da 12ª RM nos dias 20 e 21 de março de 2017, onde o
Engenheiro Eletricista especializado em Geração de Energia Elétrica pode fazer os seguintes
observações e consideração sobre o sistema de geração de energia do PEF.

É importante observar que o PEF de Auaris por suas características de isolamento e localização
em área de selva de reserva indígena, em muitos aspectos se assemelha ao estudo do PEF de Surucucu e
as diferenças dos mesmos serão explorados no presente capítulo.

O ANEXO II tem por finalidade ilustrar os diversos problemas apontados no PEF de Auaris bem
como mostrar possíveis soluções aos problemas apontados.

3.1 Situação Atual.

O 5º PEF entrou em operação em 1995 e está localizado em região isolada próximo da fronteira
com a Venezuela, em área de reserva indígena, noroeste do estado de Roraima, onde o único acesso é
aéreo seja de voos da FAB ou aviões fretados. Assim como Surucucu também possui algumas
comunidades indígenas ao redor do PEF e não possui fornecimento regular de energia elétrica através
de concessionária local.

Em 1992, com a finalidade de atender a demanda de energia elétrica do PEF e da comunidade


indígena vizinhas foi construída a micro usina hidrelétrica (MUHE) de Auaris, que entrou em operação
em 1995 e atualmente encontra-se indisponível.

3.2 MUHE Auaris.

Foi projetada para gerar 80 kW de potência, para atender o Pelotão e as vilas residenciais, bem
como duas aldeias indígenas. Seus equipamentos têm dimensões reduzidas, tendo em vista que a usina
utilizará uma queda d’água com 52m de altura, numa situação extremamente favorável para instalação
de MUHE. Foi instalada uma turbina Francis espiral com gerador trifásico 220/127 V, com seus
complementos.

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(Continuação do Relatório Técnico 01/17 – COE / 2º Gpt E..........................................................................................Fl 14/70)

Como o local da construção da usina dista do Pelotão cerca de 14 Km (cerca de 4 horas de


caminhada) através de selva, numa região extremamente acidentada, foi necessário o apoio dos
helicópteros da B Av Ex para transportar os equipamentos e demais materiais até o local da obra. A
usina de Auaris poderia ser aumentada sua potência, pois é a única que dissipa muito potencial
hidráulico devido à grande altura de sua queda d’água.

Sempre foi considerada a usina mais problemática e com maior taxa de indisponibilidade.
Devido a grande distância do PEF fica complicado o monitoramento adequado para manter um
funcionamento eficiente da usina bem como também ocorre falta de manutenção de 1º escalão
possivelmente por desinteresse do PEF. Outro motivo para elevado número de panes é que é a usina que
funciona com uma elevada rotação nominal com acoplamento direto do alternador ao eixo da turbina.

Apesar de a usina estar INDISPONIVEL, sua linha de transmissão foi modernizada em 2010.
Após a aquisição das peças para a reforma da usina em 2010 e 2011, a equipe de manutenção do Pq R
Mnt/12 foi duas vezes realizar a desmontagem, recuperação e montagem da usina em 2012 e não
conseguiu sucesso.

As referidas missões ocorreram em Jun/12 e Nov/12 e não obtiveram total sucesso devido a
problema de incompatibilidade das peças recebidas do fabricante, bem como sumiço de peças ausência
de ferramentas e equipamentos adequados para a montagem da usina.

Segundo informações da equipe de manutenção do Pq R Mnt/12, a usina foi recuperada entre


2015 e 2016, colocada em condições, mas alguns “informes” da equipe dizem que a usina foi sabotada
pelo PEF colocando pedações de madeira da tubulação o que acarretou com travamento e entupimento
da tubulação e rotar da turbina bem como indisponibilidade da mesma. A linha de transmissão também
se encontra em péssimo estado, tomada pela mata, com diversos postes caídos e fiação solta.

Foi observado pelas equipes de manutenção um desinteresse bem como “má vontade” e falta de
compromisso dos militares do PEF, principalmente de oficias e graduados, com a referida usina, devido
a necessidade de militares do PEF ter de tirar serviço semanal no local da mesma, em péssimas
condições de alojamento, que se encontra muito longe do PEF, com até mesmo histórico de sabotagens e
sumiços de peças da mesma usina. Existem relatos que o cabeamento da linha de transmissão de 14 km
foi parcialmente furtado por índios e militares do PEF o que impede a transmissão da energia da MUHE
para o PEF.

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(Continuação do Relatório Técnico 01/17 – COE / 2º Gpt E..........................................................................................Fl 15/70)

Seria interessante que a CRO/12 confeccionasse um projeto, em conjunto com o Pq R Mnt/12,


para redução de velocidade de rotação da usina, bem como alterasse a transmissão de rotação do
alternador de acoplamento direto para o uso de correia, engrenagens e/ou polias visando um menor
desgaste da usina, eixo, rotor e outros componentes.

3.3 Grupos Geradores do PEF.

O PEF de Auaris possui atualmente 03 (três) Grupo Geradores a diesel com potência totais para
geração de energia de 100, 110 e 170 KVA cada. Apenas o Grupo Gerador de 170 KVA encontra-se
indisponível. Os outros dois grupos geradores são ligado em revezamento durante 11 horas por dia em 3
turnos diferentes.

Foi levantado que os referidos Grupo Geradores se encontram superdimensionados, pois a


demanda atual do PEF está entre 20 a 30 KVA utilizando cerca de 15 a 20% da capacidade do gerador
variando conforme o horário de picos de consumo do aquartelamento bem como dos 10 PNRs existentes
(existe um PNR desativado).

Tal situação de superdimensionamento implica basicamente em um maior e desnecessário


consumo de óleo diesel de cerca de 30 a 40% a mais do que se fosse utilidade Grupos Geradores
indicados na faixa entre 40 a 50 KVA. Esse consumo além do necessário implica em uma redução de
hora por dia do uso e fornecimento de energia do grupo gerador devido a limitação da cota mensal
fornecimento de óleo diesel de 3.000 litros.

Assim como em Surucucu, outro problema grave no uso de geradores de capacidade maior do
que o necessário está nas demandas de manutenção preventiva e corretivas, pois torna-se mais
complexo e oneroso realizar manutenções de escalões mais elevados, bem como eventuais necessidades
de recolhimento para a sede em Boa Vista ou ao Pq R Mnt/12 em Manaus, devido ao elevado peso e
volume de equipamentos acima de 100kVA.

3.4 Planta Solar.

Existe no PEF de Auaris, igualmente a Surucucu, alguns sistemas isolados de geração de energia
elétrica através de painéis fotovoltaicas, ou seja, energia solar. Esses equipamentos são voltados para

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(Continuação do Relatório Técnico 01/17 – COE / 2º Gpt E..........................................................................................Fl 16/70)

alimentação de componentes de telecomunicações (EBNET, GESAC, SIPAM) voltados para aplicações


de internet e telefonia fixa via satélite, e armazenamento da energia gerada através de banco de baterias.

Tais sistema, como possuem uma demanda de energia reduzida em relação ao PEF como um todo
funcionam bem e encontram-se se a maioria operantes e disponíveis.

3.5 Soluções Propostas.

3.5.1 Modernização e recuperação da MUHE.

Como já foi dito sobre a MUHE Surucucu, a construção e manutenção de uma MUHE é
relativamente cara, devido à pouca disponibilidade de opções de suprimento, dificuldade de transporte e
complexidade em peso e volume das peças.

No caso de Auaris, a MUHE acabou-se revelando nos últimos anos ser dispensável, pois
observa-se que o PEF considera, devido a grande distância e dificuldade de acesso a usina, ser mais
compensador racionar diariamente a geração de energia com grupos geradores do que manter e operar
a referido MUHE.

Logo o uso de grupo geradores nos últimos anos se tornou a fonte principal de energia mesmo
com os óbices de limitação do uso diária, redução de capacidade de carga de PAA para fornecimento de
gêneros ao PEF bem como necessidades de manutenção dos mesmos.

Estima-se um custo de modernização e recuperação da MUHE, bem como linha de transmissão,


de cerca de R$ 700.000,00 a R$ 900.000,00, trocando todo o maquinário, mas tendo em vista toda as
complicações logísticas de operação e manutenção da usina devido a grande distância acaba se
tornando inviável recuperar a microusina.

Apesar dessa situação desfavorável, a barragem da usina encontra-se em excelente estado de


conservação, bem como a mesma barragem tem vazão e altura gerando um potencial de geração e
fornecimento de energia elétrica não somente para o PEF bem para todas as comunidades indígenas
vizinhas ao aquartelamento.

3.5.2 Planta Solar.

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(Continuação do Relatório Técnico 01/17 – COE / 2º Gpt E..........................................................................................Fl 17/70)

O ideal é que a MUHE Auaris fosse a 1ª opção de fonte de geração de energia, mas devido à
complexidade e viabilidade de reativação da mesma, surge necessária dotar o PEF de um sistema
alternativo principal em substituição ao modelo atual de uso de grupo geradores e elevado consumo de
diesel.

A melhor solução seria, inserir o PEF de Auaris como o próximo projeto de Planta Solar Hibrida
a ser instalados do âmbito do CMA aos moldes do que está sendo feito no PEF de Tunuí, em São
Gabriel da Cachoeira-AM.

Todas as questões de vantagens e desvantagens de um sistema solar foram abordadas para o PEF
Surucucu, e mesmo considerando as desvantagens do sistema seria importante priorizar o uso de energia
solar para a solução do problema de geração e fornecimento de energia para Auaris.

Estima-se que para a implementação de um sistema de planta solar com potência de 50 kWp,
seria necessário um investimento de cerca de R$ 800.000,00 sem considerar a logística de transporte de
equipamentos e materiais de Boa Vista ao PEF.

3.6 Conclusão.

Para o PEF de AUARIS-RR - 5º PEF / CFRR 7º BIS, as conclusões retiradas do estudo


quanto a geração de energia seria em primeiro lugar seria NÃO recuperar a MUHE AUARIS,
mesmo que por questões técnicas e econômicas, tendo em vista o excelente estado de conservação e
proximidade da barragem, fosse o mais indicado.

Tal solução deve ser implementada no momento que seja realizado um trabalho de
conscientização do PEF da importância da usina, melhoria de condições de alojamento e
instalações para operador no local da usina, recuperação da linha de transmissão, bem como
abertura de uma estrada de ligação do PEF a micro usina que poderia ser feito com apoio do 6º
BEC de Boa Vista.

Tais ações, principalmente a abertura da estrada são de médio a longo prazo e custo
elevados, o que inviabiliza em um momento mais reduzido realizar a recuperação da MUHE no
contexto da necessidade de geração de energia que é presente.

Na atual e imediata impossibilidade de recuperação da usina, o mais indicado é a


implementação do sistema hibrido de geração de energia com planta foto voltaica e grupo

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(Continuação do Relatório Técnico 01/17 – COE / 2º Gpt E..........................................................................................Fl 18/70)

geradores. Para um sistema de geração foto voltaica (solar), para uma potência de 50kWp
necessário ao PEF no atendimento de energia 24hrs estima se um custo de cerca de R$ 800.000,00
com equipamentos.

Em último caso, ao se manter a sistema atual de geração de energia via grupo geradores, é
recomendável que os equipamentos sejam corretamente dimensionados com a finalidade de
redução do consumo diário de diesel, maior quantidade de hora por dia ligados bem como
redução de custos e necessidades de manutenção dos mesmos equipamentos. Logo seriam
necessários geradores de 30 a 40KVA com um consumo de cerca de 4 a 5 litros por hora de diesel.

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4. UIRAMUTÃ-RR - 6º PEF / CFRR 7º BIS.

O PEF de Uiramutã recebeu a visita da comitiva técnica da 12ª RM no dia 24 de março de 2017,
onde o Engenheiro Eletricista especializado em Geração de Energia Elétrica pode fazer os seguintes
observações e consideração sobre o sistema de geração de energia do PEF.

O ANEXO III tem por finalidade ilustrar os diversos problemas apontados no PEF de Uiramutã
bem como mostrar possíveis soluções aos problemas apontados.

4.1 Situação Atual.

No municio de Uiramutã-RR, na Reserva Indígena da Raposa e Terra do Sol, foi instalado em


2002 o 6º PEF / CFRR 7º BIS. O pelotão possui instalações modernas e bem conservadas, em alvenaria,
formador de pavilhão compacto tipo H.

O fornecimento de energia é via concessionária local tanto para o PEF através de uma
Subestação bem para os 11 PNR através de rede de baixa tensão e medição individualizada.

4.2 Grupos Geradores do PEF.

O PEF possui atualmente 02 (dois) Grupo Geradores a diesel com potência totais para geração de
energia de 65 e 100 KVA cada. Apenas o Grupo Gerador de 65 KVA encontra-se disponível e o mesmo
somente é ligado no momento que o fornecimento de energia da rede local é interrompido o que ocorre
cerca de 2 ou 3 vezes por semana em dias e horários aleatórios.

4.3 Planta Solar.

Existe no PEF de Uiramutã, igualmente a Surucucu e Auaris, alguns sistemas isolados de


geração de energia elétrica através de painéis fotovoltaicas, ou seja, energia solar. Tais sistemas são
voltados para alimentação de componentes de telecomunicações (EBNET, GESAC, SIPAM) voltados
para aplicações de internet e telefonia fixa via satélite, e armazenamento da energia gerada através de
banco de baterias.

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(Continuação do Relatório Técnico 01/17 – COE / 2º Gpt E..........................................................................................Fl 20/70)

Tais sistema, como possuem uma demanda de energia reduzida e isolada em relação ao PEF, e
possuem o fornecimento de energia da concessionária local de suporte, como um todo funcionam bem e
encontram-se se a maioria operantes e disponíveis.

4.4 Soluções Propostas.

O PEF atualmente não possui graves problemas e restrições no fornecimento de energia pois o
mesmo se situa em região urbana e possui fornecimento local de energia.

Recomenda-se a verificação da manutenção preventiva dos grupo geradores auxiliares de


emergência com a finalidade de evitar que em eventuais quedas de energia da rede externa, o pelotão
fiquei também sem energia por indisponibilidade de seus grupo geradores.

O comando do PEF também deve implementar medidas de controle e economia do consumo de


energia elétrica, tendo em vista que a mesma é indenizada para a concessionária local visando eliminar
desperdícios e custos desnecessários elevados.

4.5 Conclusão.

Para o PEF de UIRAMUTÃ-RR - 6º PEF / CFRR 7º BIS, as conclusões retiradas do estudo


quanto a geração de energia seria na manutenção do atual fornecimento externo da concessionária
local, com observação do comando do PEF no controle no consumo e desperdício de energia bem
como observação da manutenção preventiva dos grupos geradores de emergência.

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(Continuação do Relatório Técnico 01/17 – COE / 2º Gpt E..........................................................................................Fl 21/70)

5. PARI-CACHOEIRA-AM - 6º PEF / CFRN 5º BIS.

O PEF de Pari-Cachoeira foi o primeiro a ser visitado durante a 2ª VIOT da 12ª RM no dia 02
Abril de 2017, onde o Engenheiro Eletricista especializado em Geração de Energia Elétrica pode fazer
os seguintes observações e consideração sobre o sistema de geração de energia do PEF.

É importante observar que o PEF de Pari-Cachoeira por suas características de isolamento e


localização em área de selva de reserva indígena tukano, em muitos aspectos se assemelha ao estudo dos
PEFs de Surucucu e Auaris em Roraima e as diferenças dos mesmos serão explorados no presente
capítulo.

O ANEXO IV tem por finalidade ilustrar os diversos problemas apontados no PEF bem como
mostrar possíveis soluções aos problemas apontados.

5.1 Situação Atual.

O 6º PEF entrou em operação em 1999 e está localizado em região isolada próximo da fronteira
com a Colômbia, em área de reserva indígena, noroeste do estado do Amazonas, região conhecida como
“Cabeça do Cachorro” onde o acesso principal é aéreo seja de voos da FAB ou aviões fretados. O acesso
fluvial é possível apesar das restrições quanto aos tipos e tamanhos das embarcações devido as
características do Rio Tiquié e suas cacheiras. Possui algumas comunidades indígenas ao redor do PEF e
não possui fornecimento regular de energia elétrica através de concessionária local.

Em 1999, com a finalidade de atender a demanda de energia elétrica do PEF e da comunidade


indígena vizinhas foi iniciada a construção da microusina hidrelétrica (MUHE) de Pari-Cachoeira, que
entrou em operação em 2002, foi modernizada e repotencializada em 2009/2010 pela CRO/12 e
atualmente encontra-se parcialmente disponível.

5.2 MUHE Pari-Cachoeira

A micro usina do PEF de Pari-Cachoeira, no Amazonas, foi a última a ser construída no final da
década de 90. Entrou em operação início de 2002 e contava com dois tipos de turbinas Mitchell Bank,

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(Continuação do Relatório Técnico 01/17 – COE / 2º Gpt E..........................................................................................Fl 22/70)

uma de 55 kVA e outra de 100 kVA se tornando assim a usina de maior potência instalada. O local da
barragem dista cerca de 04 (quatro) km do PEF.
Devido a erros de montagem diversos problemas foram apresentados pelas turbinas e geradores
nos últimos anos, logo essa MUHE encontrava-se desde 2007 sendo repotencializada e modernizada
através de convênio com a Eletronorte no Programa “Luz para Todos” do Ministério de Minas e
Energia, do Governo Federal. As obras se encerraram em Ago 2010 e foram instaladas 02 (duas)
turbinas Francis espiral dupla de 92 kW novas e dois geradores de 130 kVA, que trabalharão em
paralelo, o custo dessa obra foi de cerca de R$ 3.600.000,00.
A abrangência do projeto envolve a substituição de duas unidades geradoras existentes por duas
novas unidades geradoras de 130 kVA cada, para assegurar o atendimento de energia elétrica dos
Pelotões Especiais de Fronteira, Comunidades Indígenas e demais comunidades do entorno, na
localidade de Pari-Cachoeira-AM. Cerca de 800 a 1000 pessoas, juntamente com os militares e
familiares do PEF se beneficiaram com a energia gerada por essa microusina.
A situação atual da usina é que a mesma está parcialmente DISPONIVEL, mas um dos
alternadores encontra-se desligado, logo a energia não está sendo suficiente e o gerador operante
encontra-se sobrecarregado.
Devido problema de oscilação da tensão da energia gerada, o PEF diariamente não utiliza
durante 4 horas a energia da usina para funcionamento de bombas d’agua, maquinas de lavar e
equipamentos mais sensíveis, sendo para esse fim acionado um dos grupo-geradores do PEF para
atender essa demanda.

5.3 Grupos Geradores do PEF.

O PEF possui atualmente 02 (dois) Grupo-geradores a diesel disponíveis com potência totais
para geração de energia de 150 KVA cada.

5.4 Planta Solar.

Existe no PEF alguns sistemas isolados de geração de energia elétrica através de painéis
fotovoltaicos, ou seja, energia solar. Tais sistemas são voltados para alimentação de componentes de
telecomunicações (EBNET, GESAC, SIPAM) voltados para aplicações de internet e telefonia fixa via
satélite, e armazenamento da energia gerada através de banco de baterias.

Cap QEM Fábio de Oliveira Huss – Engº Eletricista/Civil


Comando do 2º Grupamento de Engenharia
(Continuação do Relatório Técnico 01/17 – COE / 2º Gpt E..........................................................................................Fl 23/70)

Tais sistema, como possuem uma demanda de energia reduzida em relação ao PEF como um todo
funcionam bem e encontram-se se a maioria operantes e disponíveis.

5.5 Soluções Propostas.

5.5.1 Manutenção da MUHE.

Como já foi dito sobre a MUHE Surucucu e Auaris, a construção e manutenção de uma MUHE é
relativamente cara, devido à pouca disponibilidade de opções de suprimento, dificuldade de transporte e
complexidade em peso e volume das peças.

No caso de Pari-Cachoeira, a usina além de ser a de maior potencial, foi recentemente


modernizada e encontra-se em operação.

Porém atividade de manutenção preventiva durante e corretivas devem ser previstas pelo Pq R
Mnt/12 visando a conservação e obtenção de máxima disponibilidade da geração de energia dos
equipamentos.

Tais manutenções e revisões devem ser feitos periodicamente nas turbinas e seus componentes,
alternadores, equipamentos elétricos bem como rede de transmissão e distribuição e transformadores. É
de fundamental importância também que seja feita vistoria e obra de restauração e conservação da
barragem pela CRO/12.

5.5.2 Dimensionamento e manutenção dos Grupo Geradores.

O PEF atualmente não possui graves problemas e restrições no fornecimento de energia pois o
mesmo possui uma MUHE moderna e operante no fornecimento local de energia.

Recomenda-se a verificação da manutenção preventiva dos grupo-geradores auxiliares com a


finalidade de evitar que em eventuais quedas e indisponibilidades da MUHE, o pelotão fiquei também
sem energia por indisponibilidade de seus grupo-geradores.

Foi levantado que os referidos Grupo-geradores se encontram superdimensionados, pois a


demanda atual do PEF está entre 40 a 50 KVA utilizando menos da capacidade do gerador variando
conforme o horário de picos de consumo do aquartelamento bem como dos PNRs existentes.

Cap QEM Fábio de Oliveira Huss – Engº Eletricista/Civil


Comando do 2º Grupamento de Engenharia
(Continuação do Relatório Técnico 01/17 – COE / 2º Gpt E..........................................................................................Fl 24/70)

Tal situação de superdimensionamento implica basicamente em um maior e desnecessário


consumo de óleo diesel de cerca de 30 a 40% a mais do que se fosse utilidade Grupos Geradores
indicados na faixa entre 40 a 50 KVA.

Outro problema grave no uso de geradores de capacidade maior do que o necessário está nas
demandas de manutenção preventiva e corretivas, pois torna-se mais complexo e oneroso realizar
manutenções de escalões mais elevados, bem como eventuais necessidades de recolhimento para a sede
em São Gabriel da Cachoeira ou ao Pq R Mnt/12 em Manaus, devido ao elevado peso e volume de
equipamentos acima de 100kVA.

5.5.3 Manutenção dos sistemas fotovoltaicos auxiliares.

A geração de energia auxiliar, através pequenas e pontuais plantas solares ajuda muito em manter
a disponibilidade de acesso de meios de telecomunicações, principalmente a internet via satélite.

Sendo assim, a manutenção desses equipamentos sensíveis deve ser periodicamente feita, seja
dos componentes eletroeletrônicos como inversores, quadros, chaves e baterias, bem como da limpeza
eventual dos painéis fotovoltaicos e sus suporte de fixação.

5.6 Conclusão.

Para o PEF de PARI-CACHOEIRA-AM - 6º PEF / CFRN 5º BIS, as conclusões retiradas


do estudo quanto a geração de energia seria na manutenção do atual fornecimento através de
Microusina hidrelétrica, com observação do comando do PEF na manutenção da usina, controle
no consumo e desperdício de energia do pelotão, PNRs e comunidades. A observação da
manutenção preventiva dos grupos geradores de auxiliares e sistemas foto voltaicos também deve
ser realizada.

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Comando do 2º Grupamento de Engenharia
(Continuação do Relatório Técnico 01/17 – COE / 2º Gpt E..........................................................................................Fl 25/70)

6. IAURETÊ-AM - 1º PEF / CFRN 5º BIS.

O PEF de Iauretê foi visitado durante a 2ª VIOT da 12ª RM nos dias 02 e 03 de Abril de 2017,
onde o Engenheiro Eletricista especializado em Geração de Energia Elétrica pode fazer os seguintes
observações e consideração sobre o sistema de geração de energia do PEF.

É importante observar que o PEF mesmo com suas características de isolamento e localização em
área de fronteira e selva de reserva indígena, em muitos aspectos se assemelha ao estudo do PEF de
Uiramutã em Roraima pelo fato de possuir fornecimento de energia via concessionária local.

O ANEXO V tem por finalidade ilustrar os diversos problemas apontados no PEF bem como
mostrar possíveis soluções aos problemas apontados.

6.1 Situação Atual.

A comunidade isolada de Iauretê, localizada na fronteira com a Colômbia, teve o PEF instalado
no fim dos anos 80 no auge do Programa Calha Norte. O pelotão possui instalações antigas, ainda em
madeira pré-fabricada e a pista de pouso fica a cerca de 800metros do pelotão.

O fornecimento de energia é via concessionária local tanto para o PEF através de uma
Subestação bem para todos os PNR através de rede de baixa tensão e medição individualizada.

6.2 Grupos Geradores do PEF.

O PEF possui atualmente 02 (dois) Grupo Geradores a diesel com potência totais para geração de
energia de 65 e 100 KVA cada. Apenas o Grupo Gerador de 65 KVA encontra-se disponível e o mesmo
somente é ligado no momento que o fornecimento de energia da rede local é interrompido o que ocorre
em dias e horários aleatórios.

6.3 Planta Solar.

Existe no PEF, alguns sistemas isolados de geração de energia elétrica através de painéis
fotovoltaicas, ou seja, energia solar. Tais sistemas são voltados para alimentação de componentes de

Cap QEM Fábio de Oliveira Huss – Engº Eletricista/Civil


Comando do 2º Grupamento de Engenharia
(Continuação do Relatório Técnico 01/17 – COE / 2º Gpt E..........................................................................................Fl 26/70)

telecomunicações (EBNET, GESAC, SIPAM) voltados para aplicações de internet e telefonia fixa via
satélite, e armazenamento da energia gerada através de banco de baterias.

Esses equipamentos, como possuem uma demanda de energia reduzida e isolada em relação ao
PEF, e possuem o fornecimento de energia da concessionária local de suporte, como um todo funcionam
bem e encontram-se se a maioria operantes e disponíveis.

6.4 Soluções Propostas.

O PEF atualmente não possui graves problemas e restrições no fornecimento de energia pois o
mesmo se situa em região urbana rural e possui fornecimento local de energia.

Recomenda-se a verificação da manutenção preventiva dos grupo geradores auxiliares de


emergência com a finalidade de evitar que em eventuais quedas de energia da rede externa, o pelotão
fiquei também sem energia por indisponibilidade de seus grupo geradores.

O comando do PEF também deve implementar medidas de controle e economia do consumo de


energia elétrica, tendo em vista que a mesma é indenizada para a concessionária local visando eliminar
desperdícios e custos desnecessários elevados.

6.5 Conclusão.

Para o PEF de IAURETÊ-AM - 1º PEF / CFRN 5º BIS, as conclusões retiradas do estudo


quanto a geração de energia seria na manutenção do atual fornecimento externo da concessionária
local, com observação do comando do PEF no controle no consumo e desperdício de energia bem
como observação da manutenção preventiva dos grupos geradores de emergência e sistemas
solares auxiliares.

Cap QEM Fábio de Oliveira Huss – Engº Eletricista/Civil


Comando do 2º Grupamento de Engenharia
(Continuação do Relatório Técnico 01/17 – COE / 2º Gpt E..........................................................................................Fl 27/70)

7. QUERARI-AM - 2º PEF / CFRN 5º BIS.

O PEF de Querari recebeu a visita da comitiva técnica da 12ª RM nos dias 03 e 04 de abril de
2017, onde o Engenheiro Eletricista especializado em Geração de Energia Elétrica pode fazer os
seguintes observações e consideração sobre o sistema de geração de energia do PEF.

O ANEXO VI tem por finalidade ilustrar os diversos problemas apontados no PEF bem como
mostrar possíveis soluções aos problemas apontados.

7.1 Situação Atual.

O 2º PEF está localizado em região isolada da “Cabeça do Cachorro” na fronteira com Colômbia,
em reserva indígena, noroeste do estado do Amazonas, onde o único acesso é aéreo seja de voos da FAB
ou aviões fretados. Possui algumas comunidades indígenas ao redor do PEF e não possui fornecimento
regular de energia elétrica através de concessionária local.

No início dos anos 90, com a finalidade de atender a demanda de energia elétrica do PEF e da
comunidade indígena vizinhas foi construída a micro usina hidrelétrica (MUHE) de Querari, que
atualmente encontra-se indisponível.

7.2 MUHE Querari.

Com uma potência instalada de 30 kW, aproveita as correntezas de um igarapé próximo ao


Pelotão, que apresenta um desnível de 5m e uma vazão de 600l/s. Foi montada uma turbina Francis
Caixa Aberta, gerador trifásico em 220/127 V, com regulador automático de velocidade e de tensão. Sua
construção foi iniciada em dezembro de 1990 e suas obras concluídas no início de 1992, entrando em
operação, para testes, em maio do mesmo ano. Como está localizada entre o aquartelamento e a pista de
pouso, a barragem foi projetada para ser utilizada também como ponte para permitir o trânsito entre o
Pelotão e o aeroporto.
Apesar de possuir a menor potência entre as MUHE, devido a sua proximidade do PEF é a micro
usina com maior regularidade de operação e tempo de disponibilidade verificada desde sua inauguração.
Desde 1992 parou de funcionar em poucas ocasiões, chegando a funcionar ininterruptamente por mais

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de 06 anos consecutivos, parando somente para manutenção preventiva. A última visita de inspeção da
equipe de manutenção do Pq R Mnt/12 foi em março de 2017 onde não foi solucionado o problema no
eixa da turbina e atualmente encontra-se INDISPONÍVEL.
Devido a elevado tempo para comprar e/ou recuperar um alternador de MUHE seria interessante
adquirir um alternador reserva para nas situações de panes reduza o tempo que o PEF ficará aguardado
a manutenção do mesmo economizando assim o uso de óleo diesel para os grupos geradores.
Devido à proximidade dessa usina ao PEF, desde sua implementação sempre foi verificada uma
grande disponibilidade através de cuidados na manutenção e operação da MUHE confirmando o fato
que vem sendo observado nos últimos anos pelas equipes de manutenção de que quanto mais longe a
MUHE das instalações do PEF, menor a taxa de disponibilidade da mesma.
Apesar de uma alta taxa de disponibilidade fornecendo energia ao PEF ao longo de quase 30
anos de sua construção, encontra-se no momento INDISPONIVEL e após cotação de preço estimadas
tomando por base os valores contratados pelo Pq R Mnt/12 nos últimos, estima-se que seja necessário
cerca de R$ 600.000,00 para substituir e adquirir uma turbina nova tipo Francis Caixa Aberta de 30
KVA do fabricante HISA bem como realizar pequenos reparos estruturais na barragem e casa de força
da usina. Tal estimativa necessidade de estudos e contatos mais aprofundados, bem como um projeto
básico, com a finalidade de levantar mais informações e valores com maior precisão.

Sendo assim, recomenda que a referida usina seja objeto de uma troca completa de sua turbina e
alternador por equipamentos mais modernos, resistentes e eficientes, bem como reforma e recuperação
de sua barragem e casa de máquinas. A barragem da usina, encontra após cerca de 25 anos de
construção, em excelente estado de conservação, necessitando de pequenos reparos pontuais.

7.3 Manutenção e operação da MUHE Querari.

Com o passar dos anos e o uso contínuo e ininterrupto dessas MUHE, é natural que ocorra um
desgaste das peças e componentes da turbina, gerador bem como da barragem dessa usina.

Devido às dificuldades de transporte fluvial ou aéreo para essa localidade bem como restrições
financeiras, a aquisição de peças e suprimentos para colocar essa usina em operação tornou-se muito
oneroso e complicado para o Exército.

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Com as restrições de fornecimento e transporte de óleo diesel para os grupos geradores do PEF, o
principal objetivo da construção de uma MUHE é ser uma fonte de geração de energia elétrica para
substituir os grupos geradores a diesel existentes fornecendo energia elétrica ininterruptamente durante
24 horas por dia para o PEF.

Caso seja feita as manutenções preventivas na turbina e gerador, tomado os devidos cuidados na
operação dos equipamentos elétricos sem sobrecarregar os geradores, o tempo médio de funcionamento
e disponibilidade de uma MUHE em um ano é muito alto, sendo desligadas no máximo uma vez por
mês para manutenção, evitando assim o consumo e necessidade de transporte de elevadas quantidades
de óleo diesel.

7.4 Grupos Geradores do PEF.

O PEF de Querari possui atualmente 07 (sete) Grupo Geradores a diesel com potência totais para
geração de energia de:

 04 Geradores NAGANO de 65 KVA: 02 disponíveis;

 01 Gerador MWM de 55 kVA, indisponível;

 01 Gerador CUMMINS de 106 kVA, indisponível;

7.5 Planta Solar.

Existe no PEF de Querari alguns sistemas isolados de geração de energia elétrica através de
painéis fotovoltaicas, ou seja, energia solar. Tais sistemas são voltados para alimentação de
componentes de telecomunicações (EBNET, GESAC, SIPAM) voltados para aplicações de internet e
telefonia fixa via satélite, e armazenamento da energia gerada através de banco de baterias.

Os referidos equipamentos, como possuem uma demanda de energia reduzida em relação ao PEF
como um todo funcionam bem e encontram-se se a maioria operantes e disponíveis.

7.6 Soluções Propostas.

7.6.1 Modernização e recuperação da MUHE.

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A construção e manutenção de uma MUHE é relativamente cara, devido à pouca disponibilidade


de opções de suprimento, dificuldade de transporte e complexidade em peso e volume das peças. Apesar
dos custos elevados, acaba sendo mais compensador construir e manter uma MUHE do que fornecer
energia através de grupo gerador em função da dificuldade e custos em levar óleo diesel para os PEF.

O consumo de diesel de um gerador de 30 kVA, racionando energia funcionando apenas 08 horas


por dia, o mínimo indispensável para a sobrevivência de um PEF consome aproximadamente 2.200
litros de óleo diesel por mês, equivalente a cerca de duas toneladas de carga.

Devido ao elevado custo da hora de voo das aeronaves da FAB, bem como os problemas
decorrentes do elevado tempo de uso da frota e precariedade de manutenção é extremamente complicado
garantir esse fornecimento de 02 (duas) TON de diesel para apenas um pelotão por mês, pois além
desse combustível, o PEF também necessita transportar pessoal, medicamentos e alimentos o que acaba
extrapolando a cota que o pelotão tem por mês.

Logo, seria gasto no mínimo aproximadamente R$ 92.400,00 (R$ 3,50 por litro de Diesel, 2.200
litros por mês) por ano somente com combustível para suprir um PEF com o mínimo de energia (30
kVA) usando geradores a diesel. Acrescentando a esse valor a manutenção dos geradores,
armazenamento do diesel bem como os custos operacionais do transporte aéreo pela FAB desse
combustível podemos verificar a vantagem do uso das MUHE no fornecimento ininterrupto de energia
elétrica.

Logo o uso de grupo geradores deve ser vislumbrado como uma fonte alternativa e de
emergência em função de eventuais indisponibilidades da fonte principal, que no caso de Querari seria a
MUHE.

7.6.2 Locomóvel.

Nos fins da década de 80, durante a implantação dos PEF de Querari foi instalado nesse PEF um
sistema de geração de energia termoelétricas a base de queima de madeira, chamado Locomóvel, devido
a semelhando de uma antiga locomotiva a vapor na queima da lenha e geração de vapor. Tais projetos
foram abandonados, mostraram-se inviáveis e fracassaram.

7.6.3 Manutenção dos sistemas fotovoltaicos auxiliares.

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A geração de energia auxiliar, através pequenas e pontuais plantas solares ajuda muito em manter
a disponibilidade de acesso de meios de telecomunicações, principalmente a internet via satélite.

Sendo assim, a manutenção desses equipamentos sensíveis deve ser periodicamente feita, seja
dos componentes eletroeletrônicos como inversores, quadros, chaves e baterias, bem como da limpeza
eventual dos painéis fotovoltaicos e sus suporte de fixação.

7.7 Conclusão.

Para o PEF de QUERARI-AM - 2º PEF / CFRN 5º BIS, as conclusões retiradas do estudo


quanto a geração de energia seria na manutenção do atual fornecimento através de Microusina
hidrelétrica, mantendo os atuais grupo-geradores como fonte de emergência.

A MUHE de Querari possui a grande e diferencial vantagem de sem encontrar junto ao


PEF, dispensando a linha de transmissão, o que facilidade muito questões de operação e
manutenção da mesma elevando consideravelmente a taxa de disponibilidade da usina e reduz
muito o consumo de diesel do pelotão.

Os valores e custos para a modernização completa da usina são atrativos e compensadores


sendo assim recomendável a recuperação da usina e manutenção do sistema de geração
hidrelétrico.

A observação da manutenção preventiva e corretiva dos grupos geradores de auxiliares e


sistemas foto voltaicos também deve ser realizada.

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8. SÃO JOAQUIM-AM - 3º PEF / CFRN 5º BIS.

O PEF de São Joaquim recebeu a visita da comitiva técnica da 12ª RM no dia 04 de abril de
2017, onde o Engenheiro Eletricista especializado em Geração de Energia Elétrica pode fazer os
seguintes observações e consideração sobre o sistema de geração de energia do PEF.

É importante observar que o PEF de São Joaquim por suas características de isolamento e
localização em área de selva de reserva indígena, em muitos aspectos se assemelha ao estudo do PEF de
Surucucu e Auaris as diferenças dos mesmos serão exploradas no presente capítulo.

O ANEXO VII tem por finalidade ilustrar os diversos problemas apontados no PEF bem como
mostrar possíveis soluções aos problemas apontados.

8.1 Situação Atual.

O 3º PEF também está localizado em região isolada da “Cabeça do Cachorro” na fronteira com
Colômbia, em reserva indígena, noroeste do estado do Amazonas, onde o único acesso é aéreo seja de
voos da FAB ou aviões fretados. Possui algumas comunidades indígenas Kuripaco ao redor do PEF e
não possui fornecimento regular de energia elétrica através de concessionária local.

No início dos anos 90, com a finalidade de atender a demanda de energia elétrica do PEF e da
comunidade indígena vizinhas foi construída a microusina hidrelétrica (MUHE) de São Joaquim, que
encontra-se indisponível faz vários anos.

8.2 MUHE São Joaquim.

A usina tinha uma capacidade de geração de 60 KW, utilizando uma turbina Francis Espiral com
seus acessórios. Com um desnível de apenas 10m, necessita de uma vazão de 600 l/s para gerar a
potência acima. Como o igarapé onde foi construída a usina não tem essa vazão, foi necessário projetar
uma barragem de dimensões razoáveis para acumular água. Distante do Pelotão cerca de 8 (oito) km, foi
necessário montar subestação elevadora e abaixadora para a transmissão da energia em 13,8 kV.
Também foi necessária a abertura de uma estrada de acesso para transportar material, com o auxílio de
um pequeno trator, bem como dos índios de uma aldeia Kurupaco, existente nas proximidades do

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Pelotão. As obras foram iniciadas em dezembro de 1990 e devido a dificuldade na construção da


barragem entrou em operação somente em 1994.

Nos últimos anos a usina ficou parada por falta de peças para reposição, e antes desse problema
em 2009 apresentava uma média de disponibilidade boa. Em visita técnica realizada recentemente foi
verificado que atualmente a usina encontra-se praticamente abandonada, como suas instalações, trilha
tomadas por mata nativa, a linha de transmissão e seu cabeamento estão derrubados e largados ao chão,
barragem da usina encontra-se com sérios problemas de vazamento, comprometendo o funcionamento
da usina 24 horas por dia em períodos secos.

Importante ressaltar que não adianta colocar a usina em operação, se a linha de transmissão e
rede de distribuição no PEF não estiverem operantes, pois a energia será gerada no local da usina, mas
não irá chegar ao pelotão.

Foi observado pelas equipes de manutenção um desinteresse bem como “má vontade” e falta de
compromisso dos militares do PEF, principalmente de oficias e graduados, com a referida usina, devido
a necessidade de militares do PEF ter de tirar serviço local da mesma, em péssimas condições de
alojamento, que se encontra muito longe do PEF, com até mesmo histórico de sabotagens e sumiços de
peças da mesma usina.

Segundo relatos do PEF, o igarapé que foi represado para construção da barragem sofreu nos
últimos anos uma considerável redução em sua vazão por perdas e desvio natural de seu curso de agua, o
que compromete atualmente a capacidade de geração de energia da usina condenado praticamente a
usina a ser desativada.

8.3 Grupos Geradores do PEF.

O PEF possui atualmente 03 (três) Grupo Geradores a diesel com potência totais para geração de
energia de sendo dois 40 KVA e um 75 KVA cada. Apenas um dos Grupo Gerador de 40 KVA
encontra-se indisponível. Os outros dois grupos geradores são ligado em revezamento durante 10 horas
por dia em 2 turnos diferentes.

8.4 Planta Solar.

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Existe no PEF de Auaris, igualmente a Surucucu, alguns sistemas isolados de geração de energia
elétrica através de painéis fotovoltaicas, ou seja, energia solar. Esses equipamentos são voltados para
alimentação de componentes de telecomunicações (EBNET, GESAC, SIPAM) voltados para aplicações
de internet e telefonia fixa via satélite, e armazenamento da energia gerada através de banco de baterias.

Tais sistema, como possuem uma demanda de energia reduzida em relação ao PEF como um todo
funcionam bem e encontram-se se a maioria operantes e disponíveis.

8.5 Soluções Propostas.

8.5.1 Modernização e recuperação da MUHE.

Como já foi dito sobre as MUHE, a construção e manutenção de uma usina relativamente cara,
devido à pouca disponibilidade de opções de suprimento, dificuldade de transporte e complexidade em
peso e volume das peças.

No caso de São Joaquim, igualmente ao que ocorre em Auaris, a MUHE acabou-se revelando
nos últimos anos ser dispensável, pois observa-se que o PEF considera, devido a grande distância e
dificuldade de acesso a usina, ser mais compensador racionar diariamente a geração de energia com
grupos geradores do que manter e operar a referido MUHE.

Logo o uso de grupo geradores nos últimos anos se tornou a fonte principal de energia mesmo
com os óbices de limitação do uso diária, redução de capacidade de carga de PAA para fornecimento de
gêneros ao PEF bem como necessidades de manutenção dos mesmos.

Estima-se um custo de modernização e recuperação da MUHE, bem como linha de transmissão,


de cerca de R$ 700.000,00 a R$ 900.000,00, trocando todo o maquinário, mas tendo em vista toda as
complicações logísticas de operação e manutenção da usina devido a grande distância acaba se
tornando inviável recuperar a microusina.

Para colaborar com essa situação desfavorável em relação a distância e ao péssimo estado de
conservação da usina, a barragem da mesma está em estado crítico de conservação e atualmente devido
a infiltração na mesma bem como redução de vazão do igarapé não enchendo mais bem como correndo
risco de ruir a médio e longo prazo

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8.5.2 Planta Solar.

A situação ideal é que a MUHE São Joaquim fosse a 1ª opção de fonte de geração de energia,
mas devido à complexidade e viabilidade de reativação da mesma, surge necessária dotar o PEF de um
sistema alternativo principal em substituição ao modelo atual de uso de grupo geradores e elevado
consumo de diesel.

A melhor solução seria, inserir o PEF de São Joaquim como talvez o próximo projeto de Planta
Solar Hibrida a ser instalados do âmbito do CMA aos moldes do que está sendo feito no projeto Piloto
no PEF de Tunuí, também em São Gabriel da Cachoeira-AM.

Todas as questões de vantagens e desvantagens de um sistema solar foram abordadas para o PEF
Surucucu, e mesmo considerando as desvantagens do sistema seria importante priorizar o uso de energia
solar para a solução do problema de geração e fornecimento de energia para São Joaquim.

Estima-se que para a implementação de um sistema de planta solar com potência de 100 kWp,
seria necessário um investimento de cerca de R$ 1.500.000,00 sem considerar os custos de logística de
transporte de equipamentos e materiais de Manaus ao PEF.

Caso seja também fornecida energia solar para a comunidade vizinha a potência do sistema tende
a aumentar bem como os custos também subirem consideravelmente.

8.5.3 Locomóvel.

Nos fins da década de 80, durante a implantação do PEF de São Joaquim foi instalado nesse PEF
um sistema de geração de energia termoelétricas a base de queima de madeira, chamado Locomóvel,
devido a semelhando de uma antiga locomotiva a vapor na queima da lenha e geração de vapor. Tais
projetos foram abandonados, mostraram-se inviáveis e fracassaram.

8.6 Conclusão.

Para o PEF de SÃO JOAQUIM-AM - 3º PEF / CFRN 5º BIS, as conclusões retiradas do


estudo quanto a geração de energia seria em primeiro lugar seria NÃO recuperar a MUHE SÃO
JOAQUIM.

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A referida usina está “condenada” pois não oferece mais condições de viabilidade técnica e
econômica na sua recuperação, bem como possibilidade iminente de ruina parcial ou total de sua
barragem o que implicaria em riscos aos militares e comunidade nas proximidades da mesma.

Na atual situação de desativação total da usina, o mais indicado é a implementação do


sistema hibrido de geração de energia com planta foto voltaica com grupo geradores auxiliares.
Para um sistema de geração foto voltaica (solar), para uma potência de 100kWp necessário ao
PEF e comunidade no atendimento de energia 24hrs estima se um custo de cerca de R$
1.500.000,00 com equipamentos.

Em último caso, ao se manter a sistema atual de geração de energia via grupo geradores, é
recomendável que os equipamentos sejam corretamente dimensionados com a finalidade de
redução do consumo diário de diesel, maior quantidade de hora por dia ligados bem como
redução de custos e necessidades de manutenção dos mesmos equipamentos. Logo seriam
necessários geradores de 30 a 40KVA com um consumo de cerca de 4 a 5 litros por hora de diesel.

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9. TUNUÍ-CACHOEIRA-AM - 7º PEF / CFRN 5º BIS.

O PEF de Tunuí-Cachoeira recebeu a visita da comitiva técnica da 12ª RM no dia 4 e 5 de abril


de 2017, onde o Engenheiro Eletricista especializado em Geração de Energia Elétrica pode fazer os
seguintes observações e consideração sobre o sistema de geração de energia do PEF.

O ANEXO VIII tem por finalidade ilustrar os diversos problemas apontados no PEF bem como
mostrar possíveis soluções aos problemas apontados.

9.1 Situação Atual.

O 7º PEF / CFRN 5º BIS é o pelotão mais novo da 2ª Bda Inf Sl, tendo entrado em operação
como destacamento em 2003 e inaugurado como PEF em 2013. Possui sério dificuldade de acesso
devido sua pista de pouso não ser pavimentada e homologada, recebendo suprimento somente via
fluvial.

O pelotão possui instalações modernas e bem conservadas, em alvenaria, formador de pavilhão


compacto tipo H. O fornecimento de energia ainda é feito somente por grupos geradores e está em fase
de implantação um projeto piloto de fornecimento de energia solar.

9.2 Grupos Geradores do PEF.

O PEF possui atualmente 02 (dois) Grupo Geradores a diesel com potência totais para geração de
energia de 65 e 100 KVA cada.

9.3 Planta Solar.

Existe no PEF de Uiramutã, igualmente a Surucucu e Auaris, alguns sistemas isolados de


geração de energia elétrica através de painéis fotovoltaicas, ou seja, energia solar. Tais sistemas são
voltados para alimentação de componentes de telecomunicações (EBNET, GESAC, SIPAM) voltados
para aplicações de internet e telefonia fixa via satélite, e armazenamento da energia gerada através de
banco de baterias.

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Tais sistema, como possuem uma demanda de energia reduzida e isolada em relação ao PEF, e
possuem o fornecimento de energia da concessionária local de suporte, como um todo funcionam bem e
encontram-se se a maioria operantes e disponíveis.

Encontra-se em fase de implementação uma obra de executada pelo Cmdo 2º Gpt E de um


projeto piloto hibrido de Planta Solar de geração de energia junto com grupo geradores para atendimento
como um todo do 7º PEF/ CFRN 5º BIS, em Tunuí e comunidade local.

O projeto é fruto de Acordo de Cooperação entre o Parque Tecnológico Itaipu e o Exército


Brasileiro, que visa a instalação de uma Planta Fotovoltaica com potência instalada em 187,20 kWp.
Destacamos que se trata de geração híbrida (Solar-Diesel), vez que o sistema a ser instalado dependerá
dos grupos geradores já existentes no PEF para o funcionamento adequado desta central de geração
fotovoltaica, pois o mesmo depende de uma quantidade mínima de irradiação solar para a geração e
carregamento das baterias, para que a utilização das baterias em horários em que não há irradiação solar,
ou que esta irradiação é reduzida.

Serão instalados 720 painéis foto voltaicos e 9 inversores trifásicos de 30kW, bem como es´ta
sendo construído no PEF os abrigos dos inversores/baterias e outro abrigo para os grupo geradores
auxiliares.

O referido projeto piloto tem custo orçado em cerca de R$ 2.500.000,00, sendo e nesse valor não
se inclui os bancos de baterias necessário ao armazenamento do de energia solar, o custo dos abrigos
dos inversores e geradores, bem como os custos da logística do transporte dos materiais e
equipamentos ao PEF.

Como vantagens ao uso da energia solar no PEF, seja em projetos pontuais ou híbridos podemos
citar:

 A energia solar não polui durante seu uso, é renovável, ou seja, nunca acaba.

 As centrais necessitam de manutenção mínima e baixos custos.

 Os painéis solares são a cada dia mais potentes ao mesmo tempo que seu custo vem decaindo.
Isso torna cada vez mais a energia solar uma solução economicamente viável.

 A energia solar é excelente em lugares remotos ou de difícil acesso, pois sua instalação em
pequena escala não obriga a enormes investimentos em linhas de transmissão.

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 Em países tropicais, como o Brasil, a utilização da energia solar é viável em praticamente todo o
território.

A implementação de plantas solares também possui algumas sérias desvantagens e complicações,


como podemos enumerar abaixo:

 Existe variação nas quantidades produzidas de acordo com a situação climatérica (chuvas,
nuvens), além de que durante a noite não existe produção alguma, o que obriga a que existam
meios de armazenamento da energia produzida durante o dia em locais onde os painéis solares
não estejam ligados à rede de transmissão de energia.

 As formas de armazenamento da energia solar (baterias) são pouco eficientes e possuem


durabilidade limitada.

 Os painéis solares ainda têm um rendimento baixo de apenas 25%, apesar deste valor ter vindo a
aumentar ao longo dos anos.

 O custo para compra e instalação dos equipamentos ainda é alto no Brasil.

 No caso de PEF, a ausência de mão de obra qualificada para realizar manutenções e reparos
torna-se uma grande desvantagem o que reduziria a disponibilidade e vida útil do sistema e
equipamentos.

Outro problema crítico encontrado é que os painéis geram e as baterias acumulam energia
elétrica em corrente contínua (12 ou 24 VCC). A maioria dos equipamentos eletroeletrônicos comerciais
utilizam corrente alternada (127 ou 220 VCA). Deste modo, ou utilizaríamos equipamentos especiais
alimentados por corrente contínua ou utilizaríamos inversores CC/CA, extremamente caros. Para se ter
uma ideia de custo, um inversor de aproximadamente 20KW que será usado em Tunuí, custa hoje cerca
de R$ 32.000,00 e cada um dos 720 painéis solares instalados custa em torno de R$ 1.200,00.

9.4 Soluções Propostas.

9.4.1 Planta Solar.

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Implementação um sistema hibrido de Planta Solar de geração de energia junto com grupo
geradores para atendimento como um todo do 7º PEF/ CFRN 5º BIS, em Tunuí e comunidade local.

Todas as questões de vantagens e desvantagens de um sistema solar foram abordadas e mesmo


considerando as desvantagens do sistema seria importante priorizar o uso de energia solar para a solução
do problema de geração e fornecimento de energia para Tunuí.

9.5 Conclusão.

Para o PEF de TUNUI-CACHOEIRA-AM - 7º PEF / CFRN 5º BIS, as conclusões retiradas


do estudo quanto a geração de energia seria implementar um sistema de geração de energia
fotovoltaica em conjunto com um grupo de geradores auxiliares, formando o que é chamado de
sistema hibrido de geração de energia alternativa.

Em último caso, ao se manter a sistema atual de geração de energia via grupo geradores, é
recomendável que os equipamentos sejam corretamente dimensionados com a finalidade de
redução do consumo diário de diesel, maior quantidade de hora por dia ligados bem como
redução de custos e necessidades de manutenção dos mesmos equipamentos. Logo seriam
necessários geradores de 30 a 40KVA com um consumo de cerca de 4 a 5 litros por hora de diesel.

10. CUCUÍ-AM - 4º PEF / CFRN 5º BIS.

O PEF de Cucuí recebeu a visita da comitiva técnica da 12ª RM no dia 6 e 7 de abril de 2017,
onde o Engenheiro Eletricista especializado em Geração de Energia Elétrica pode fazer os seguintes
observações e consideração sobre o sistema de geração de energia do PEF.

O ANEXO IX tem por finalidade ilustrar os diversos problemas apontados no PEF bem como
mostrar possíveis soluções aos problemas apontados.

10.1 Situação Atual.

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A comunidade Cucuí, é localizada na tríplice fronteira com a Colômbia e Venezuela. O PEF é


um dos mais antigos do Exército Brasileiro tendo sido instalado no início do século passado devido a
importância estratégica da região.

O fornecimento de energia é via concessionária local tanto para o PEF através de uma
Subestação bem para todos os PNR através de rede de baixa tensão e medição individualizada.

O maior problema do PEF está no seu isolamento em relação a pista de pouso e a São Gabriel da
Cachoeira devido as constantes quedas de pontes da BR-307. O acesso ao PEF também se faz por balsas
e embarcações regionais subindo o Rio Negro facilitando a transporte de gêneros e materiais.

10.2 Grupos Geradores do PEF.

O PEF possui atualmente 02 (dois) Grupo Geradores a diesel com potência totais para geração de
energia de 65 e 100 KVA cada. Apenas o Grupo Gerador de 65 KVA encontra-se disponível e o mesmo
somente é ligado no momento que o fornecimento de energia da rede local é interrompido o que ocorre
em dias e horários aleatórios.

10.3 Planta Solar.

Existe no PEF, alguns sistemas isolados de geração de energia elétrica através de painéis
fotovoltaicas, ou seja, energia solar. Tais sistemas são voltados para alimentação de componentes de
telecomunicações (EBNET, GESAC, SIPAM) voltados para aplicações de internet e telefonia fixa via
satélite, e armazenamento da energia gerada através de banco de baterias.

Esses equipamentos, como possuem uma demanda de energia reduzida e isolada em relação ao
PEF, e possuem o fornecimento de energia da concessionária local de suporte, como um todo funcionam
bem e encontram-se se a maioria operantes e disponíveis.

10.4 Soluções Propostas.

O PEF atualmente não possui graves problemas e restrições no fornecimento de energia pois o
mesmo se situa em região urbana rural e possui fornecimento local de energia.

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O maior problema de fornecimento de energia elétrica verificado no PEF é relativo a necessidade


de ser construída uma Subestação aérea de 30KVA para atendimento direto a câmara frigorifica de
16KVA que não está podendo ser ligada diretamente na rede de baixa tensão da concessionária.

Recomenda-se a verificação da manutenção preventiva dos grupo-geradores auxiliares de


emergência com a finalidade de evitar que em eventuais quedas de energia da rede externa, o pelotão
fiquei também sem energia por indisponibilidade de seus grupo geradores.

O comando do PEF também deve implementar medidas de controle e economia do consumo de


energia elétrica, tendo em vista que a mesma é indenizada para a concessionária local visando eliminar
desperdícios e custos desnecessários elevados.

10.5 Conclusão.

Para o PEF de CUCUI-AM - 4º PEF / CFRN 5º BIS, as conclusões retiradas do estudo


quanto a geração de energia seria na manutenção do atual fornecimento externo da concessionária
local, com observação do comando do PEF no controle no consumo e desperdício de energia bem
como observação da manutenção preventiva dos grupos geradores de emergência e sistemas
solares auxiliares.

Deve ser dada especial atenção a situação da câmara frigorificada onde se faz necessário a
construção da subestação própria para a mesma. A CRO/12 deve ser acionada para confecção dos
projetos da referida subestação.

Cap QEM Fábio de Oliveira Huss – Engº Eletricista/Civil


Comando do 2º Grupamento de Engenharia
(Continuação do Relatório Técnico 01/17 – COE / 2º Gpt E..........................................................................................Fl 43/70)

11. MATURACÁ-AM - 5º PEF / CFRN 5º BIS.

O PEF de Maturacá recebeu a visita da comitiva técnica da 12ª RM no dia 07 de abril de 2017,
onde o Engenheiro Eletricista especializado em Geração de Energia Elétrica pode fazer os seguintes
observações e consideração sobre o sistema de geração de energia do PEF.

O ANEXO X tem por finalidade ilustrar os diversos problemas apontados no PEF bem como
mostrar possíveis soluções aos problemas apontados.

11.1 Situação Atual.

O 5º PEF está localizado em região isolada da “Cabeça do Cachorro” na fronteira com


Venezuela, ao sopé do Pico da Neblina, em reserva indígena Ianomami, onde o único acesso é aéreo seja
de voos da FAB ou aviões fretados ou embarcação de pequeno porte. Possui algumas comunidades
indígenas ao redor do PEF e não possui fornecimento regular de energia elétrica através de
concessionária local.

No início dos anos 90, com a finalidade de atender a demanda de energia elétrica do PEF e da
comunidade indígena vizinhas foi construída a micro usina hidrelétrica (MUHE) de Maturacá, que
atualmente encontra-se indisponível por problemas na sua linha de transmissão e questões indígenas.

11.2 MUHE Maturacá.

Foi construída aos pés do Pico da Neblina. Tem uma potência instalada de 80 kW, utilizando,
inicialmente, uma turbina Francis Espiral, gerador trifásico 220/127V, regulador automático de
velocidade e de tensão. Na saída do gerador foi montada uma subestação de 112,5 kVA para elevar a
tensão a 13,8 KV e, através de uma linha de transmissão de 7 (sete) km, levar a energia até a região do
aquartelamento.
Sua construção foi iniciada em dezembro de 1990 e entrou em operação para testes no final de
1993. Como dista do Pelotão cerca de 7 kpari-cm, numa região acidentada, não foi possível construir
estrada de acesso para se chegar ao local. Em consequência, foi necessário o apoio de helicópteros da
Bda Av Ex para transportar os equipamentos, bem como dos Índios Ianomâmis para o transporte do
cimento e outros materiais até o local onde foi construída a usina.

Cap QEM Fábio de Oliveira Huss – Engº Eletricista/Civil


Comando do 2º Grupamento de Engenharia
(Continuação do Relatório Técnico 01/17 – COE / 2º Gpt E..........................................................................................Fl 44/70)

Em 2004, foi feita a troca da Turbina Francis Espiral, da fabricante HISA, por uma Michael
Bank da Fabricante BETTA. Uma visita de manutenção da equipe do Pq R Mnt/12 foi feita em Abr 10
onde foram trocadas algumas peças da usina.
Nos últimos anos a usina ficou parada por problemas na linha de transmissão, transformador
elevador e tubulação furada. Durante o ano de 2013 a CRO/12 realizou obra de recuperação do
posteamento e linha de transmissão da usina ao PEF.
Atualmente a usina está INDISPONÍVEL, pois devido a problemas e conflitos com a
comunidade indígena local que destruiu a linha de transmissão recuperada em 2013 e ameaça destruir a
usina. Os indígenas locais questionam o não atendimento das comunidades com a energia elétrica pela
MUHE, a usina foi desativada por orientação do Cmdo 12ª RM em 2013.
É importante ressaltar que desde que a usina foi construída a cerca de 25 anos atrás, a
comunidade indígena local cresceu muito e hoje em dia conta com quase 2 mil pessoas. Sendo a
capacidade de geração da usina limitada a 60kW sem possibilidade imediata de aumento nessa
capacidade de geração devido a limitações na barragem, altura da cachoeira e vazão do igarapé,
atualmente não é possível fornecer energia para PEF e comunidade juntos o que ocasionou nos últimos
anos agravamento do problema com as comunidades locais.

11.3 Grupos Geradores do PEF.

O PEF de Maturacá possui atualmente 03 (três) Grupo Geradores a diesel com potência totais
para geração de energia de:

 01 Gerador NAGANO de 65 KVA, indisponível.

 02 Gerador MWM de 30 kVA.

11.4 Planta Solar.

Existe no PEF alguns sistemas isolados de geração de energia elétrica através de painéis
fotovoltaicas, ou seja, energia solar. Tais sistemas são voltados para alimentação de componentes de
telecomunicações (EBNET, GESAC, SIPAM) voltados para aplicações de internet e telefonia fixa via
satélite, e armazenamento da energia gerada através de banco de baterias.

Cap QEM Fábio de Oliveira Huss – Engº Eletricista/Civil


Comando do 2º Grupamento de Engenharia
(Continuação do Relatório Técnico 01/17 – COE / 2º Gpt E..........................................................................................Fl 45/70)

Os referidos equipamentos, como possuem uma demanda de energia reduzida em relação ao PEF
como um todo funcionam bem e encontram-se se a maioria operantes e disponíveis.

11.5 Soluções Propostas.

11.5.1 Modernização e recuperação da MUHE.

A construção e manutenção de uma MUHE é relativamente cara, devido à pouca disponibilidade


de opções de suprimento, dificuldade de transporte e complexidade em peso e volume das peças. Apesar
dos custos elevados, acaba sendo mais compensador construir e manter uma MUHE do que fornecer
energia através de grupo gerador em função da dificuldade e custos em levar óleo diesel para os PEF.

O consumo de diesel de um gerador de 30 kVA, racionando energia funcionando apenas 08 horas


por dia, o mínimo indispensável para a sobrevivência de um PEF consome aproximadamente 2.200
litros de óleo diesel por mês, equivalente a cerca de duas toneladas de carga.

Devido ao elevado custo da hora de voo das aeronaves da FAB, bem como os problemas
decorrentes do elevado tempo de uso da frota e precariedade de manutenção é extremamente complicado
garantir esse fornecimento de 02 (duas) TON de diesel para apenas um pelotão por mês, pois além
desse combustível, o PEF também necessita transportar pessoal, medicamentos e alimentos o que acaba
extrapolando a cota que o pelotão tem por mês.

Logo, seria gasto no mínimo aproximadamente R$ 92.400,00 (R$ 3,50 por litro de Diesel, 2.200
litros por mês) por ano somente com combustível para suprir um PEF com o mínimo de energia (30
kVA) usando geradores a diesel. Acrescentando a esse valor a manutenção dos geradores,
armazenamento do diesel bem como os custos operacionais do transporte aéreo pela FAB desse
combustível podemos verificar a vantagem do uso das MUHE no fornecimento ininterrupto de energia
elétrica.

Logo o uso de grupo geradores deve ser vislumbrado como uma fonte alternativa e de
emergência em função de eventuais indisponibilidades da fonte principal, que no caso de Maturacá
seria a MUHE.

11.5.2 Planta Solar.

Cap QEM Fábio de Oliveira Huss – Engº Eletricista/Civil


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(Continuação do Relatório Técnico 01/17 – COE / 2º Gpt E..........................................................................................Fl 46/70)

Como uma 2ª opção de fonte alternativa de geração de energia, a implementação de uma planta
de geração de energia solar, isto é, energia fotovoltaica, pode ser realizada no PEF de Maturacá.

O sistema poderia ser centralizado para atender o PEF como um todo, juntamente com o 11 PNR
e comunidades, ou poderia ser segmentado para atendimento a “cargas pontuais” como por exemplo
câmara frigorifica, postes de iluminação, estação rádio, sistemas de telecomunicações, PNR
individualmente e outros.

11.6 Conclusão.

Para o PEF de Maturacá-AM - 5º PEF / CFRN 5º BIS, as conclusões retiradas do estudo


quanto a geração de energia seria em primeiro lugar seria recuperar a MUHE Maturacá trocando
a recuperando a turbina da mesma e a linha de transmissão, por questões técnicas e econômicas,
tendo em vista o excelente estado de conservação e proximidade da barragem.

O uso dos grupos geradores somente seria necessário nas eventuais indisponibilidades e
desligamentos programados para manutenção da usina, economizando diesel e reduzindo a
necessidade de transporte mensal do mesmo para o PEF. Estima-se que seria necessário cerca de
R$ 500.000,00 para modernização da turbina e recuperação da linha de transmissão.

Deve ser feito esforços e gestões através do Cmdo CMA/12ª RM com os órgãos federais e
municipais de apoio e controle de comunidades indígenas (FUNAI/SESAI) locais com a finalidade
de não ocorrer mais problemas e sabotagens na linha de transmissão ao uso da MUHE Maturacá
por parte do Exército e parcela a ser atendida da comunidade também que deve ser definida
nessas gestões da comunidade local.

Na impossibilidade de recuperação da usina, seria também indicado a implementação de


um sistema hibrido de geração de energia com planta foto voltaica e grupo geradores para a
complementação da geração de energia nos dias de pouco aproveitamento solar ou eventual
descarregamento dos bancos de baterias e indisponibilidade do sistema. Para um sistema de
geração foto voltaica (solar), para uma potência de 150kWp necessário ao PEF e comunidades no
atendimento de energia 24hrs estima se um custo total de cerca de R$ 2.200.000,00 com
equipamentos, mão de obra e sem o transporte.

Cap QEM Fábio de Oliveira Huss – Engº Eletricista/Civil


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(Continuação do Relatório Técnico 01/17 – COE / 2º Gpt E..........................................................................................Fl 47/70)

Em último caso, ao se manter a sistema atual de geração de energia via grupo geradores, é
recomendável que os equipamentos sejam corretamente dimensionados com a finalidade de
redução do consumo diário de diesel, maior quantidade de hora por dia ligados bem como
redução de custos e necessidades de manutenção dos mesmos equipamentos.

Cap QEM Fábio de Oliveira Huss – Engº Eletricista/Civil


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(Continuação do Relatório Técnico 01/17 – COE / 2º Gpt E..........................................................................................Fl 48/70)

12. PALMEIRAS DO JAVARI-AM - 1º PEF / CFSOL 8º BIS.

O PEF de Palmeiras do Javari recebeu a visita da comitiva técnica da 12ª RM no dia 17 e 18 de


abril de 2017, onde o Engenheiro Eletricista especializado em Geração de Energia Elétrica pode fazer os
seguintes observações e consideração sobre o sistema de geração de energia do PEF.

O ANEXO XI tem por finalidade ilustrar os diversos problemas apontados no PEF bem como
mostrar possíveis soluções aos problemas apontados.

12.1 Situação Atual.

A comunidade de Palmeiras do Javari, fica localizada no alto Rio Javari, município de Atalaia do
Norte-AM, fronteira o Peru. Distante cerca de 350km em linha reta de Tabatinga. O PEF, assim como
todos os pelotões do 8º BIS possui instalações antigas, da década de 60.

O fornecimento de energia para a comunidade de cerca de 200 pessoas é via concessionária local,
tanto para o PEF através de rede de baixa tensão, bem como para os PNR através de rede de baixa
tensão e medição individualizada.

Existe na comunidade além do apoio da CEAM (Companhia Energética do Amazonas), 01


Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio, 01 Escola Municipal de Ensino Fundamental e 03
comércios de materiais diversos.

12.2 Grupos Geradores do PEF.

O PEF possui atualmente 03 (três) Grupo Geradores a diesel com potência totais para geração de
energia de 40, 65 e 100 KVA cada. Apenas o Grupo Gerador de 65 KVA encontra-se disponível e o
mesmo somente é ligado no momento que o fornecimento de energia da rede local é interrompido o que
ocorre cerca de 2 ou 3 vezes por semana em dias e horários aleatórios.

12.3 Planta Solar.

Cap QEM Fábio de Oliveira Huss – Engº Eletricista/Civil


Comando do 2º Grupamento de Engenharia
(Continuação do Relatório Técnico 01/17 – COE / 2º Gpt E..........................................................................................Fl 49/70)

Existe no PEF, igualmente aos PEF da 1ª e 2ª Brigadas de Infantaria de Selva, alguns sistemas
isolados de geração de energia elétrica através de painéis fotovoltaicas, ou seja, energia solar. Tais
sistemas são voltados para alimentação de componentes de telecomunicações (EBNET, GESAC,
SIPAM) voltados para aplicações de internet e telefonia fixa via satélite, e armazenamento da energia
gerada através de banco de baterias.

Tais sistema, como possuem uma demanda de energia reduzida e isolada em relação ao PEF, e
possuem o fornecimento de energia da concessionária local de suporte, como um todo funcionam bem e
encontram-se se a maioria operantes e disponíveis.

12.4 Soluções Propostas.

O PEF atualmente não possui graves problemas e restrições no fornecimento de energia pois o
mesmo possui fornecimento local de energia (usina da CEAM).

Recomenda-se a verificação da manutenção preventiva dos grupo-geradores auxiliares de


emergência com a finalidade de evitar que em eventuais quedas de energia da rede externa, o pelotão
fiquei também sem energia por indisponibilidade de seus grupo-geradores.

O comando do PEF também deve implementar medidas de controle e economia do consumo de


energia elétrica, tendo em vista que a mesma é indenizada para a concessionária local visando eliminar
desperdícios e custos desnecessários elevados.

12.5 Conclusão.

Para o PEF de PALMEIRAS DO JAVARI-AM - 1º PEF / CFSOL 8º BIS, as conclusões


retiradas do estudo quanto a geração de energia seria na manutenção do atual fornecimento
externo da concessionária local, com observação do comando do PEF no controle no consumo e
desperdício de energia bem como observação da manutenção preventiva dos grupos geradores de
emergência.

Cap QEM Fábio de Oliveira Huss – Engº Eletricista/Civil


Comando do 2º Grupamento de Engenharia
(Continuação do Relatório Técnico 01/17 – COE / 2º Gpt E..........................................................................................Fl 50/70)

13. ESTIRÃO DO EQUADOR-AM - 4º PEF / CFSOL 8º BIS.

O PEF de Estirão do Equador recebeu a visita da comitiva técnica da 12ª RM no dia 18 de abril
de 2017, onde o Engenheiro Eletricista especializado em Geração de Energia Elétrica pode fazer os
seguintes observações e consideração sobre o sistema de geração de energia do PEF.

O ANEXO XII tem por finalidade ilustrar os diversos problemas apontados no PEF bem como
mostrar possíveis soluções aos problemas apontados.

13.1 Situação Atual.

A comunidade de Estirão do Equador, fica localizada também no alto Rio Javari, área do
município Atalaia do Norte-AM, fronteira o Peru. Fica aproximadamente entre Palmeira do Javari e a
sede em Tabatinga, cerca 185km em linha reta de Tabatinga. O PEF, assim como todos os pelotões do 8º
BIS possui instalações antigas, da década de 50 e 60.

O fornecimento de energia para a comunidade de cerca de 600 habitantes é feito pela usina da
CEAM, tanto para o PEF através de rede de baixa tensão, bem como para os PNR através de rede de
baixa tensão e medição individualizada.

13.2 Grupos Geradores do PEF.

O PEF possui atualmente 02 (dois) Grupo Geradores a diesel com potência totais para geração de
energia de 40 e 65 KVA cada. Apenas o Grupo Gerador de 65 KVA encontra-se disponível e o mesmo
somente é ligado no momento que o fornecimento de energia da rede local é interrompido o que ocorre
eventualmente em dias e horários aleatórios.

13.3 Planta Solar.

Existe no PEF, igualmente aos PEF da 1ª e 2ª Brigadas de Infantaria de Selva, alguns sistemas
isolados de geração de energia elétrica através de painéis fotovoltaicas, ou seja, energia solar. Tais
sistemas são voltados para alimentação de componentes de telecomunicações (EBNET, GESAC,
SIPAM) voltados para aplicações de internet e telefonia fixa via satélite, e armazenamento da energia
gerada através de banco de baterias.

Cap QEM Fábio de Oliveira Huss – Engº Eletricista/Civil


Comando do 2º Grupamento de Engenharia
(Continuação do Relatório Técnico 01/17 – COE / 2º Gpt E..........................................................................................Fl 51/70)

Tais sistema, como possuem uma demanda de energia reduzida e isolada em relação ao PEF, e
possuem o fornecimento de energia da concessionária local de suporte, como um todo funcionam bem e
encontram-se se a maioria operantes e disponíveis.

13.4 Soluções Propostas.

O PEF atualmente não possui graves problemas e restrições no fornecimento de energia pois o
mesmo possui fornecimento local de energia (usina da CEAM).

Recomenda-se a verificação da manutenção preventiva dos grupo-geradores auxiliares de


emergência com a finalidade de evitar que em eventuais quedas de energia da rede externa, o pelotão
fiquei também sem energia por indisponibilidade de seus grupo-geradores.

O comando do PEF também deve implementar medidas de controle e economia do consumo de


energia elétrica, tendo em vista que a mesma é indenizada para a concessionária local visando eliminar
desperdícios e custos desnecessários elevados.

13.5 Conclusão.

Para o PEF de ESTIRÃO DO EQUADOR-AM - 4º PEF / CFSOL 8º BIS, as conclusões


retiradas do estudo quanto a geração de energia seria na manutenção do atual fornecimento
externo da concessionária local, com observação do comando do PEF no controle no consumo e
desperdício de energia bem como observação da manutenção preventiva dos grupos geradores de
emergência.

Cap QEM Fábio de Oliveira Huss – Engº Eletricista/Civil


Comando do 2º Grupamento de Engenharia
(Continuação do Relatório Técnico 01/17 – COE / 2º Gpt E..........................................................................................Fl 52/70)

14. VILA BITTENCOURT-AM - 3º PEF / CFSOL 8º BIS.

O PEF de Vila Bittencourt recebeu a visita da comitiva técnica da 12ª RM no dia 19 de abril de
2017, onde o Engenheiro Eletricista especializado em Geração de Energia Elétrica pode fazer os
seguintes observações e consideração sobre o sistema de geração de energia do PEF.

O ANEXO XIII tem por finalidade ilustrar os diversos problemas apontados no PEF bem como
mostrar possíveis soluções aos problemas apontados.

14.1 Situação Atual.

A comunidade de Vila Bitencourt, fica localizada no alto Rio Japurá, área do Município de
Japurá-AM, fronteira a Colômbia. O PEF, assim como todos os pelotões do 8º BIS possui instalações
antigas, da década de 50 e 60.

O fornecimento de energia para a comunidade de cerca de 500 habitantes é feito pela usina da
CEAM, tanto para o PEF através de rede de baixa tensão, bem como para os PNR através de rede de
baixa tensão e medição individualizada.

14.2 Grupos Geradores do PEF.

O PEF possui atualmente 02 (dois) Grupo Geradores a diesel com potência totais para geração de
energia de 40 e 55 KVA cada. Ambos os Grupo Geradores se encontram disponíveis e os mesmos
somente são ligados no momento que o fornecimento de energia da rede local é interrompido o que
ocorre eventualmente em dias e horários aleatórios.

14.3 Planta Solar.

Existe no PEF, igualmente aos PEF da 1ª e 2ª Brigadas de Infantaria de Selva, alguns sistemas
isolados de geração de energia elétrica através de painéis fotovoltaicas, ou seja, energia solar. Tais
sistemas são voltados para alimentação de componentes de telecomunicações (EBNET, GESAC,

Cap QEM Fábio de Oliveira Huss – Engº Eletricista/Civil


Comando do 2º Grupamento de Engenharia
(Continuação do Relatório Técnico 01/17 – COE / 2º Gpt E..........................................................................................Fl 53/70)

SIPAM) voltados para aplicações de internet e telefonia fixa via satélite, e armazenamento da energia
gerada através de banco de baterias.

Tais sistema, como possuem uma demanda de energia reduzida e isolada em relação ao PEF, e
possuem o fornecimento de energia da concessionária local de suporte, como um todo funcionam bem e
encontram-se se a maioria operantes e disponíveis.

14.4 Soluções Propostas.

O PEF atualmente não possui graves problemas e restrições no fornecimento de energia pois o
mesmo possui fornecimento local de energia (usina da CEAM).

Recomenda-se a verificação da manutenção preventiva dos grupo-geradores auxiliares de


emergência com a finalidade de evitar que em eventuais quedas de energia da rede externa, o pelotão
fiquei também sem energia por indisponibilidade de seus grupo-geradores.

O comando do PEF também deve implementar medidas de controle e economia do consumo de


energia elétrica, tendo em vista que a mesma é indenizada para a concessionária local visando eliminar
desperdícios e custos desnecessários elevados.

14.5 Conclusão.

Para o PEF de VILA BITENCOURT-AM - 3º PEF / CFSOL 8º BIS, as conclusões retiradas


do estudo quanto a geração de energia seria na manutenção do atual fornecimento externo da
concessionária local, com observação do comando do PEF no controle no consumo e desperdício
de energia bem como observação da manutenção preventiva dos grupos geradores de emergência.

Cap QEM Fábio de Oliveira Huss – Engº Eletricista/Civil


Comando do 2º Grupamento de Engenharia
(Continuação do Relatório Técnico 01/17 – COE / 2º Gpt E..........................................................................................Fl 54/70)

15. IPIRANGA-AM - 2º PEF / CFSOL 8º BIS.

O PEF de Ipiranga recebeu a visita da comitiva técnica da 12ª RM no dia 19 e 20 de abril de


2017, onde o Engenheiro Eletricista especializado em Geração de Energia Elétrica pode fazer os
seguintes observações e consideração sobre o sistema de geração de energia do PEF.

O ANEXO XIV tem por finalidade ilustrar os diversos problemas apontados no PEF bem como
mostrar possíveis soluções aos problemas apontados.

15.1 Situação Atual.

A comunidade de Ipiranga, fica localizada no alto Rio Iça, fronteira a Colômbia. Fica
aproximadamente entre Vila Bitencourt e a sede em Tabatinga, cerca 150km em linha reta de Tabatinga.
O PEF, assim como todos os pelotões do 8º BIS possui instalações antigas, da década de 50 e 60. O
pavilhão novo “H” foi construído em 1983.

O fornecimento de energia para a comunidade de cerca de 250 habitantes é feito pela usina da
CEAM, tanto para o PEF através de rede de baixa tensão, bem como para os PNR através de rede de
baixa tensão e medição individualizada.

15.2 Grupos Geradores do PEF.

O PEF possui atualmente 02 (três) Grupo Geradores a diesel com potência totais para geração de
energia de 40 e 100 KVA cada. Apenas o Grupo Gerador de 40 KVA encontra-se disponível e o mesmo
somente é ligado no momento que o fornecimento de energia da rede local é interrompido o que ocorre
eventualmente em dias e horários aleatórios.

O grupo Gerador de 100KVA não está instalado e necessita que sejam feito trabalhos de
interligação com a rede de baixa tensão bem como construção de um abrigo para proteção do mesmo.

15.3 Planta Solar.

Cap QEM Fábio de Oliveira Huss – Engº Eletricista/Civil


Comando do 2º Grupamento de Engenharia
(Continuação do Relatório Técnico 01/17 – COE / 2º Gpt E..........................................................................................Fl 55/70)

Existe no PEF, igualmente aos PEF da 1ª e 2ª Brigadas de Infantaria de Selva, alguns sistemas
isolados de geração de energia elétrica através de painéis fotovoltaicas, ou seja, energia solar. Tais
sistemas são voltados para alimentação de componentes de telecomunicações (EBNET, GESAC,
SIPAM) voltados para aplicações de internet e telefonia fixa via satélite, e armazenamento da energia
gerada através de banco de baterias.

Tais sistema, como possuem uma demanda de energia reduzida e isolada em relação ao PEF, e
possuem o fornecimento de energia da concessionária local de suporte, como um todo funcionam bem e
encontram-se se a maioria operantes e disponíveis.

15.4 Soluções Propostas.

O PEF atualmente não possui graves problemas e restrições no fornecimento de energia pois o
mesmo possui fornecimento local de energia (usina da CEAM).

Recomenda-se a verificação da manutenção preventiva dos grupo-geradores auxiliares de


emergência com a finalidade de evitar que em eventuais quedas de energia da rede externa, o pelotão
fiquei também sem energia por indisponibilidade de seus grupo-geradores.

O comando do PEF também deve implementar medidas de controle e economia do consumo de


energia elétrica, tendo em vista que a mesma é indenizada para a concessionária local visando eliminar
desperdícios e custos desnecessários elevados.

15.5 Conclusão.

Para o PEF de IPIRANGA-AM - 2º PEF / CFSOL 8º BIS, as conclusões retiradas do estudo


quanto a geração de energia seria na manutenção do atual fornecimento externo da concessionária
local, com observação do comando do PEF no controle no consumo e desperdício de energia bem
como observação da manutenção preventiva dos grupos geradores de emergência.

Cap QEM Fábio de Oliveira Huss – Engº Eletricista/Civil


Comando do 2º Grupamento de Engenharia
(Continuação do Relatório Técnico 01/17 – COE / 2º Gpt E..........................................................................................Fl 56/70)

16 OBSERVAÇÕES GERAIS.

Conforme foi feito o presente estudo, foram observadas uma série de consideração que são
importantes a serem enumeradas a seguira respeito de geração e manutenção de sistemas e equipamentos
de energia elétrica nos PEF:

 Deve ser priorizada a formação de militares eletricistas (STT - Projeto Sargento Elétrico) para
atuarem no Pq R Mnt/12 bem como no 5º BIS, 7º BIS e 8º BIS, com a finalidade de realizar a
manutenção e operação de Grupo Geradores, sistemas de plantas solares e das MUHE em
operação. O referido projeto encontra-se desde 2009 suspenso e atualmente desde 2014 o Pq R
Mnt/12 vem sofrendo da falta de pessoal especializado nesses tipos de serviços.

 É de fundamental importância que sejam disponibilizados e alocados recursos para o Pq R


Mnt/12 alugar/fretar aeronaves tipo Caravan/Bandeirantes para transportar suas equipes de
manutenção aos PEF, não só de MUHE bem como equipes de manutenção de geradores, motores
de popa e Cl V e Cl IV. Em 2012 foi disponibilizado pelo PCN R$ 145.000,00 para esse tipo de
aquisição de fretamento que foram empregados em diversas missões de apoio diretos de
manutenção aos PEF do 5º e 7º BIS que possuíam MUHE.

 Se faz necessário, que pelo menos uma vez por ano, o militar responsável pelo PEF
(Comandante) bem como pelo menos 02 (dois) militares operadores responsáveis pelo sistema de
geração de energia, seja grupos geradores, planta solar ou micro usina se desloquem ao Pq R
Mnt/12 para realizar um simples e rápido estágio sobre operação e manutenção desses sistemas
com a finalidade de evitar panes e solucionar problemas que possam comprometer as usinas,
geradores ou equipamentos elétricos eletrônicos.

 É importante que as linhas de transmissão, rede de distribuição do PEF, sejam modernizados e


trocados os postes de madeira por postes de estrutura metálica ou fibra de vidro desmontável
bem como serem equipadas com dispositivos de proteção como chaves fusíveis e para raios.
Grande parte dos problemas das nas turbinas e geradores das usinas são em virtude de descargas
atmosféricas e quedas de postes dessa linha. Deve ser observada também por parte do Cmdo do
PEF a manutenção e corte de árvores que possam comprometer a linha de transmissão.

Cap QEM Fábio de Oliveira Huss – Engº Eletricista/Civil


Comando do 2º Grupamento de Engenharia
(Continuação do Relatório Técnico 01/17 – COE / 2º Gpt E..........................................................................................Fl 57/70)

 A continua geração de energia de uma MUHE ou Planta Solar (24 horas) em um PEF tem como
principal finalidade o aumento do conforto dos militares, familiares e comunidades adjacentes ao
PEF, logo os principais interessados devem ser conscientizados da importância da MUHE,
geradores e Planta Solar e de realizar sua manutenção para evitar danos e interrupção de
fornecimento de energia pelos mesmos.

Manaus, AM, 16 de maio de 2017

________________________________
Fábio de Oliveira Huss – Cap QEM
Cmdo 2º Gpt E - Engº Eletricista/Civil

Cap QEM Fábio de Oliveira Huss – Engº Eletricista/Civil


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(Continuação do Relatório Técnico 01/17 – COE / 2º Gpt E..........................................................................................Fl 58/70)

ANEXO I

Relatório Fotográfico - PEF Surucucu

Fig. 1 – Grupo Geradores 100, 110 e 170kVA Fig. 2 – Sistema EBNET – Geração solar de energia

Fig. 3 – Painéis solares do DTCEA/FAB Fig. 4 – Contêiner refrigerado DTCEA/FAB

Fig. 5 – Caracol de turbina de usina danificado. Fig. 6 – Alternador de usina abandonado.

Fig. 7 – Regulador de velocidade turbina abandonado. Fig. 8 – Barragem e vertedouro da MUHE Surucucu.

Cap QEM Fábio de Oliveira Huss – Engº Eletricista/Civil


Comando do 2º Grupamento de Engenharia
(Continuação do Relatório Técnico 01/17 – COE / 2º Gpt E..........................................................................................Fl 59/70)

ANEXO II

Relatório Fotográfico - PEF Auaris

Fig. 1 – Grupo Gerador 100kVA Fig. 2 – Armazenamento inadequado de óleo diesel.

Fig. 3 – Leitura de carga demandada e percentual de uso de Fig. 4 – Leitura de carga demandada e percentual de uso de
gerador as 11:40hrs. gerador as 18:40hrs.

Fig. 5 – Banco de baterias sistema EBNET. Fig. 6 – Sistema EBNET – Geração solar de energia

Fig. 7 – Linha de transmissão de MUHE abandonada e Fig. 8 – Posto rádio alimentado por energia solar em
coberta por mata. comunidade indígena.

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Comando do 2º Grupamento de Engenharia
(Continuação do Relatório Técnico 01/17 – COE / 2º Gpt E..........................................................................................Fl 60/70)

ANEXO III

Relatório Fotográfico - PEF Uiramutã

Fig. 1 – Casa Força de Grupos Geradores. Fig. 2– Grupo Gerador 65KVA.

Fig. 3 – Sistema EBNET – Geração solar de energia. Fig. 4 – Grupo gerador indisponível.

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Comando do 2º Grupamento de Engenharia
(Continuação do Relatório Técnico 01/17 – COE / 2º Gpt E..........................................................................................Fl 61/70)

ANEXO IV

Relatório Fotográfico - PEF Pari-Cachoeira

Fig. 1 – Grupo Geradores 100kVA Fig. 2 – Leitura de carga demandada e percentual de uso de
gerador as 11:40hrs.

Fig. 3 – Painéis solares e antena - GSAC Fig. 4 – Painéis solares e antena - EBNET

Fig. 5 – Turbinas de 130kW. Fig. 6 – Barragem e vertedouro da MUHE.

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Comando do 2º Grupamento de Engenharia
(Continuação do Relatório Técnico 01/17 – COE / 2º Gpt E..........................................................................................Fl 62/70)

ANEXO V

Relatório Fotográfico - PEF Iauretê

Fig. 1 – Grupo Geradores. Fig. 2 – Sistema EBNET – Geração solar de energia

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(Continuação do Relatório Técnico 01/17 – COE / 2º Gpt E..........................................................................................Fl 63/70)

ANEXO VI

Relatório Fotográfico - PEF Querari

Fig. 1 – Grupo Gerador de 65kVA. Fig. 2 – Sistema EBNET – Geração solar de energia

Fig. 3 – Grupos Geradores de 65 kva NAGANO. Fig. 4 – Alternador 30 kW da MUHE Querari

Fig. 5 – Turbina MUHE Querari. Fig. 6 – Tubulação e cachoeira MUHE Querari.

Fig. 7 – Casa da Turbina da MUHE Querari. Fig. 8 – Barragem e vertedouro da MUHE Querari.

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(Continuação do Relatório Técnico 01/17 – COE / 2º Gpt E..........................................................................................Fl 64/70)

ANEXO VII

Relatório Fotográfico - PEF São Joaquim

Fig. 1 – Grupo Geradores. Fig. 2 – Grupo Gerador.

Fig. 3 – Painéis solares. Fig. 4 – Sistema EBNET – Geração solar de energia.

Fig. 5 – Caracol de turbina de usina danificado (Foto de Fig. 6 – Lago de barragem vazio (Foto de Out/2012).
Out/2012).

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(Continuação do Relatório Técnico 01/17 – COE / 2º Gpt E..........................................................................................Fl 65/70)

ANEXO VIII

Relatório Fotográfico - PEF Tunuí-Cachoeira

Fig. 1 – Grupo Geradores 60 KVA Nagano. Fig. 2 – Grupo Gerador em abrigo inadequado.

Fig. 3 – Manutenção em Antena GSAC. Fig. 4 – Sistema EBNET – Geração solar de energia

Fig. 5 – Local instalação 720 painéis Solares – Planta Fig. 6 – Câmara Frigorifica em Container – Não pode ser
Fotovoltaica. ligada por falta de capacidade da rede elétrica do PEF.

Fig. 7 – Construção novo abrigo dos geradores. Fig. 8 – Construção abrigo dos inversores planta solar.

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(Continuação do Relatório Técnico 01/17 – COE / 2º Gpt E..........................................................................................Fl 66/70)

ANEXO IX

Relatório Fotográfico - PEF Cucuí

Fig. 2 – Sistema EBNET – Geração solar de energia

Fig. 1 – Câmara Frigorifica em Container – Não pode ser


ligada por falta de capacidade da rede elétrica do PEF.

Cap QEM Fábio de Oliveira Huss – Engº Eletricista/Civil


Comando do 2º Grupamento de Engenharia
(Continuação do Relatório Técnico 01/17 – COE / 2º Gpt E..........................................................................................Fl 67/70)

ANEXO X

Relatório Fotográfico - PEF Maturacá

Fig. 1 – Casa de abrigo aos três Grupo Geradores; Fig. 2 – Grupo Gerador NAGANO 65 KVA.

Fig. 3 – Painéis solares desativados. Fig. 4 - Barragem de MUHE desativada de Maturacá -


geração limitada de energia (Foto de Jun/2012).

Fig. 5 – Comunidade Indígena com rede de distribuição de Fig. 6 – Escola Indígena Estadual (Missão Salesiana) –
energia da MUHE. demanda presente de energia da MUHE Maturacá desativa.

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Comando do 2º Grupamento de Engenharia
(Continuação do Relatório Técnico 01/17 – COE / 2º Gpt E..........................................................................................Fl 68/70)

ANEXO XI

Relatório Fotográfico - PEF Palmeiras do Javari

Fig. 1 – Grupo Gerador do PEF Fig. 2 – Sistema EBNET – Geração solar de energia

Fig. 3 – Geração de Energia da CEAM. Fig. 4 – Usina da CEAM

ANEXO XII

Relatório Fotográfico - PEF Estirão do Equador

Fig. 1 – Rede de distribuição e posteamento novo. Fig. 2 – Sistema EBNET – Geração solar de energia

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(Continuação do Relatório Técnico 01/17 – COE / 2º Gpt E..........................................................................................Fl 69/70)

ANEXO XIII

Relatório Fotográfico - PEF Vila Bittencourt

Fig. 1 – Grupo Geradores 100, 110 e 170kVA Fig. 2 – Sistema EBNET – Geração solar de energia

ANEXO XIV

Relatório Fotográfico - PEF Ipiranga

Fig. 1 – Rede de distribuição e posteamento antigos. Fig. 2 – Grupo Gerador do PEF.

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(Continuação do Relatório Técnico 01/17 – COE / 2º Gpt E..........................................................................................Fl 70/70)

ANEXO XV

Situação Geral dos PEF visitados – Geração de Energia Elétrica


1ª Brigada de Infantaria de Selva (Boa Vista-RR) - CFRR / 7º BIS (Boa Vista-RR).
Valor
PEF Local Geração Atual Situação Atual Proposta
Estimativo
Modernização MUHE e
R$ 500.000,00
MUHE / Grupo - MUHE e LT indisponíveis Recuperação LT.
4º PEF Surucucu
Geradores - Grupo Gerador 10hr/dia
Planta Solar 50 kWp. R$ 800.000,00

MUHE / Grupo - MUHE desativada e LT indisponível


5º PEF Auaris Planta Solar 50 kWp. R$ 800.000,00
Geradores - Grupo Gerador 10hr/dia
Local Mnt preventiva de Grupo
Necessidade de Mnt Grupos
6º PEF Uiramutã Grupo Gerador Geradores, Transformador e R$ 200.000,00
Geradores
(emergência) Rede Elétrica BT e distribuição.

2ª Brigada de Infantaria de Selva (SGC-AM) - CFRN / 5º BIS (SGC-AM).


Valor
PEF Local Geração Atual Situação Atual Proposta
Estimativo
Local e Grupo Mnt preventiva de Grupo
Necessidade de Mnt Grupos
1º PEF Iauretê Gerador Geradores, Transformador e R$ 200.000,00
Geradores.
(emergência) Rede de Elétrica BT.
MUHE / Grupo - MUHE indisponível;
2º PEF Querari Modernização MUHE. R$ 500.000,00
Geradores - Grupo Gerador 8hr/dia
São MUHE / Grupo - MUHE desativada e LT indisponível Planta Solar 100 kWp
3º PEF R$ 1.500.000,00
Joaquim Geradores - Grupo Gerador 11hr/dia (atender inclusive comunidade)
- Construção de SE 45 kVA
atender PEF e câmara
- Falta de rede elétrica para ligar
Local e Grupo frigorifica.
câmara frigorifica 16KVA.
4º PEF Cucuí Gerador - Mnt preventiva de Grupo R$ 400.000,00
- Necessidade de Mnt Grupos
(emergência) Geradores.
Geradores
- Recuperação Rede Elétrica
Baixa Tensão.
MUHE / Grupo - MUHE desativada e LT indisponível Planta Solar 150Kwp
5º PEF Maturacá R$ 2.200.000,00
Geradores - Grupo Gerador 8hr/dia (atender inclusive comunidade)
- Planta Solar em implantação;
Mnt preventiva de Grupo
6º PEF Tunuí Grupo Geradores - Necessidade de Mnt Grupos R$ 50.000,00
Geradores.
Geradores
Mnt preventiva de Grupo
Pari- MUHE / Grupo - MUHE parcialmente disponível.
7º PEF Geradores. R$ 250.000,00
Cachoeira Geradores - Grupo Gerador 4hr/dia.
Mnt Turbina 2 MUHE 130kW

16ª Brigada de Infantaria de Selva (Tefé-AM) - CFSOL / 8º BIS (Tabatinga-AM).


Valor
PEF Local Geração Atual Situação Atual Proposta
Estimativo
Local e Grupo Mnt preventiva de Grupo
Estirão do Necessidade de Mnt Grupos
1º PEF Gerador Geradores e Rede de Baixa R$ 300.000,00
Equador Geradores.
(emergência) Tensão.
Local e Grupo Mnt preventiva de Grupo
Necessidade de Mnt e instalação de
2º PEF Ipiranga Gerador Geradores e Rede de Baixa R$ 350.000,00
Grupos Geradores.
(emergência) Tensão.
Local e Grupo Mnt preventiva de Grupo
Vila Necessidade de Mnt Grupos
3º PEF Gerador Geradores e Rede de Baixa R$ 300.000,00
Bittencourt Geradores.
(emergência) Tensão.
Local e Grupo Mnt preventiva de Grupo
Palmeiras Necessidade de Mnt Grupos
4º PEF Gerador Geradores e Rede de Baixa R$ 300.000,00
do Javari Geradores.
(emergência) Tensão.

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