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Geografia em software
Resumo
GIS (Geographic Information Systems) consiste num sistema de informação que torna
possível a captura, a manipulação, a análise e a apresentação de dados referenciados
geograficamente. Para que tal seja possível deverá haver coordenação entre os
diversos componentes de um GIS: interface com o utilizador; entrada e integração de
dados; funções de consulta e análise espacial; visualização do espaço; e
armazenamento e representação de dados.
2008/2009
Junho de 2009
Universidade do Minho
Universidade do Minho – Ano lectivo 2008/2009
FSI
O que é GIS
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Componentes de um GIS
Segundo Antenucci [ANT 91], os GIS são constituídos à custa da integração de três
aspectos distintos da tecnologia computacional: sistemas de gestão de base de dados
geográficos (BDGeo); procedimentos para obtenção, manipulação, exibição e
impressão de dados com representação gráfica (Interface); e algoritmos e técnicas
para análise de dados espaciais (Ferramentas).
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De acordo com os autores (2), numa visão abrangente, pode-se indicar os seguintes
componentes de um GIS:
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De acordo com o autor (1), Os dados espaciais podem ser estruturados de diversas
formas. Contudo, são utilizadas duas abordagens na estruturação dos componentes
espaciais associados às informações geográficas: a estrutura matricial (raster) e a
estrutura vectorial.
Segundo o autor (1), as funções mais utilizadas para organização de dados a serem
utilizados em operações de consulta e análise são:
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Arquitectura interna
De acordo com o autor (2) os diversos GIS existentes à venda, funcionam segundo uma
arquitectura interna que não é igual em todos os GIS. Uma análise das diferentes
arquitecturas de GIS pode indicar a existência de pontos fortes ou fracos em cada
sistema, reflectindo-se em aspectos como o desempenho, a capacidade de gestão de
grandes bases de dados, a capacidade de utilização simultânea por diversos
utilizadores e a capacidade de integração com outros sistemas. Surgem assim as
arquitecturas:
GIS Tradicional
Arquitectura Dual
GIS baseado em CAD
GIS relacional
GIS orientado a objectos
Desktop mapping
GIS baseado em imagens
SIG integrado (imagens-vetores)
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Interoperabilidade em GIS
Segundo o autor (3), o esforço inicial para se obter interoperabilidade em GIS, obteve-se
através da conversão directa de formatos de dados de um fabricante de software para outro.
Uma mudança nesta prática foi o aparecimento de formatos padrão. Formatos estes, que
podem levar à perda de qualidade da informação. Um formato de exportação utilizado por
programas do tipo CAD (Desenho assistido por Computador). Formatos alternativos que
evitam a perda de informação, regra geral são mais complexos como o Spatial Data Transfer
Standard (SDTS) e The Spatial Archive and Interchange Format (SAIF).
Aplicações de um SIG
De acordo com o autor (1), a utilização de Sistemas de Informação Geográfica tem vindo a
aumentar consideravelmente nos últimos anos. De início, apenas aplicado a serviços da
administração pública, rapidamente passou a ser utilizado noutras áreas, tais como:
transportes, empresas de segurança, etc. Segundo RAM 94, as áreas de aplicação de um SIG
são as seguintes:
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AutoCAD Map;
Route 66 Mobile 8 - Península Ibérica;
Google Earth;
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GPS
De acordo com os autores (4), GPS – Global position system – nascido em 1973
também conhecido com NAVSTAT/GPS concebido para fornecer a posição instantânea e a
velocidade de um ponto sobre a superfície terrestre, ou próximo a ele. Sendo uma das mais
engenhosas ferramentas criadas pelo Homem com o intuito de saber a sua posição
(localização) na terra. O GPS no seu início, era apenas utilizado para fins militares.
Composição do GPS
Utilizador: constituído pelos receptores que recebem os sinais enviados pelos satélites,
calculando com estes a sua posição;
Um satélite executa uma órbita bem delimitada em torno da Terra, orbita essa que é descrita
por uma certa quantidade de parâmetros. O conjunto de parâmetros previstos para todos os
satélites (amplitude, excentricidade, …) é armazenado na memória do receptor, para além de
ser transmitido constantemente pelos satélites.
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Determinação da distância de um satélite ao receptor
O receptor mede o intervalo de tempo ocorrido desde o envio do sinal pelo satélite até à sua
recepção. Multiplicando-se este valor do tempo pela velocidade de deslocamento do sinal, o
receptor obtém assim a sua distância até ao satélite.
Fontes de imprecisão
Um outro factor que influencia a precisão das medidas é a variação da velocidade dos sinais
electromagnéticos transmitidos pelos satélites, quando estes atravessam a atmosfera
terrestre. Sendo afectada por partículas ionizadas (que existem na ionosfera) e devido ao
vapor de água existente na troposfera.
Existem outros pequenos factores, que poderão causar efeitos, embora pequenos (na ordem
de 0,6m), que poderão afectar a precisão, provocados pelo fenómeno do multicaminhamento,
ou seja, das múltiplas reflexões que o sinal de um satélite pode sofrer, em obstáculos próximos
à antena do receptor.
Mecanismos de correcção
De acordo com os autores (4), Existem técnicas para reduzir ou até mesmo eliminar os
efeitos das variadas fontes de imprecisão, tal como a técnica de “GPS diferencial”. Através
desta técnica consegue-se obter uma precisão total entre 2m e 5m. O princípio desta técnica é
muito simples: é utilizado um outro receptor GPS, ao qual se chama de “referência”, que
permanece fixo, num ponto cuja posição é conhecida. Este receptor de referência, recorrendo
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aos sinais recebidos dos satélites, determina a sua posição, estando sujeito aos mesmos erros
de imprecisão. Comparando-a com a sua posição real, já determinada, a cada instante, poderá
determinar o erro a que está sujeito o sinal transmitido por cada satélite que o receptor
detecta.
Os erros introduzidos por desvios na órbita e no relógio interno dos satélites poderão ser
eliminados totalmente através da técnica de GPS diferencial.
Outra técnica, bem mais complicada, é utilizada em aplicações que necessitam de uma maior
precisão (na ordem de milímetros). Esta técnica tem como base o princípio da interferometria.
Pelo que pode exigir uma complexa rede de estações de base. Os cálculos são bastante
complexos.
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Oscilador;
As mensagens recebidas pelo GPS são transmitidas em blocos, constituídos por diversos
caracteres, iniciando-se sempre os blocos pela string $GP.
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Exemplo: $GPN51.6RT30823D18.04’S051D14.26’W@
Características técnicas:
Conversão de coordenadas
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Depois de obtida a posição, é mostrado o ponto no GPS sobre o mapa. Sendo o erro de
posicionamento de 100 metros.
GPS no transporte
De acordo com o autor (7), o GPS foi desenvolvido com a principal finalidade de
responder às necessidades da navegação aérea. O GPS detecta qualquer tipo de movimento
por parte de um veículo (em movimento). Hoje em dia, o GPS é um componente fundamental
no transporte rodoviário de cargas. Qualquer veículo de carga que possuía um receptor GPS e
um sistema de transmissão poderá ser acompanhado, o seu trajecto (e respectiva localização
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momentânea) numa central de controlo. Tendo assim, esta mais-valia, grande impacto no
planeamento de transportes.
A transmissão do veículo para a central de controlo poderá ser via um “link” de rádio ou
recorrendo a um satélite de comunicações. Sendo que através de satélite, este viabiliza
transmissões de longas distâncias, permitindo assim desta forma, às empresas operarem a
nível internacional.
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Conclusões
Com a elaboração deste ensaio, através das diversas pesquisas efectuadas, conclui que GIS é
um sistema de informação geográfica que é aplicado a sistemas que fazem tratamento
computacional de dados geográficos e mostram informações não apenas com base nas
suas características alfanuméricas, mas também através da sua localização espacial.
Com a realização deste ensaio, concluí também que as áreas de aplicação de um GIS são:
ocupação humana, uso da terra, uso de recursos naturais, meio ambiente e actividades
económicas. E que os componentes da estrutura geral de um GIS são: interface com o
utilizador; entrada e integração de dados; funções de consulta e análise espacial; visualização
do espaço; armazenamento e representação de dados. Sendo que estes componentes
organizam-se de uma forma hierárquica, tendo como nível mais próximo do utilizador, a
interface com o mesmo. No nível mais interno do sistema, um sistema de gestão de
bases de dados geográficos fornece o armazenamento e representação dos dados
espaciais e dos seus atributos.
Existem duas técnicas principais para redução ou até mesmo remoção, dos efeitos das variadas
fontes de imprecisão, tais como a técnica de “GPS diferencial” e uma outra com base no
princípio da interferometria. Sendo a técnica mais utilizada, a de “GPS diferencial”.
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Referências bibliográficas
Internet
Bibliografia
1. Filho, Jugurta Lisboa. Projeto de Banco de Dados para Sistemas de Informação Geográfica.
[Online]
http://www.sbc.org.br/reic/edicoes/2001e2/tutoriais/ProjetodeBDparaSistemasdeInformacao
Geografica.pdf .
6. Hasegawa, Júlio Kiyoshi; Galo, Mauricio; Monico, João Francisco Galera e Imai, Nilton
Nobuhiro. Sistema de localização e navegação apoiado por GPS. [Online]
http://www2.fct.unesp.br/dcartog/galo/pdf/1999_gps_cbc.pdf
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