Você está na página 1de 2

UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO CURSO DE LETRAS/PORTUGUÊS

DISCIPLINA: LITERATURA DA LÍNGUA PORTUGUESA- TEATRO


DISCENTE: VANESSA CRISTINA SOUSA CRUZ

ATIVIDADE 06

VIANA-MA 2021
Gil Vicente foi, e ainda é, um nome de grande relevância na dramaturgia
portuguesa, suas obras são compostas de sátiras, repletas de críticas sociais
referentes ao pensamento cristão. Assim como Gil Vicente, Martins Pena foi apenas
dramaturgo. A semelhança com o grande escritor quinhentista português somente o
enaltece e o torna sui generis, não só na literatura brasileira como no espaço da
cultura em vernáculo. A primitiva e o viço do teatro do teatro de Gil Vicente são
frutos da irresistível vocação do teatro, que tem por base o improviso e a
espontaneidade com uma grande potência poética e dramática. Temos a Farsa de
Inês que nos mostra a peça cômica, sobre a relação do ser humano com a própria
sociedade, ou seja, os valores populares e cristãos em retratos da vida cotidiana.
Vejamos o trecho no terceiro parágrafo da Farsa de Inês Pereira:
Antes o darei ao Diabo Que lavrar mais nem pontada.
Já tenho a vida cansada
De fazer sempre dum cabo.
Todas folgam, e eu não,
Todas vêm e todas vão Onde querem, senão eu.
Hui! e que pecado é o meu,
Ou que dor de coração?
Já Martins Pena é considerado o consolidador do teatro no Brasil, em função de sua
importância na história da dramaturgia brasileira, Martins Pena é chamado de o
“Molière brasileiro”. Sua obra consta do período anterior ao Romantismo, mas é
considerado como teatro Romântico. Vejamos um trecho da peça "Quem casa quer
casa (1847)". Cena II. 10°paragráfo.
FABIANA – Que podes tu? Teu irmão casou-se, e como não teve posses para botar
uma casa, trouxe a mulher para a minha. (Apontando:) Ali está para meu tormento. O
irmão dessa desavergonhada vinha visitá-la frequentemente; tu o viste, namoricaste-
o, e por fim de contas casaste-te com ele... E caiu tudo em minhas costas! Irra, que
arreio com a carga! Faço como os camelos...
Percebemos que as peças de Martins Pena, brincavam com os costumes na época
do rei, com personagens populares. Vemos nesse trecho que refletia o tempo da
época âmbito social e o enredo, como: casamentos, festas da cidade, decisão de
herança e assim temos o humor e a ironia nas peças de Martins Pena.

Você também pode gostar