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INSTITUTO DE TECNOLOGIA
CURSO DE ENGENHARIA QUÍMICA
BELÉM
2021
CURSO DE ENGENHARIA QUÍMICA
BELÉM
2021
1-Objetivos
Esse trabalho tem como objetivo apresentar as leis de Faraday e Lenz e comprova-las por meio
de 3 experimentos que são eles: experiencia de indução magnética em bobina por meio de imãs,
experiencia de Oersted e experiencia de indução elétrica em bobina.
2-Resumo
O segundo experimento foi o experimento de Oersted, onde tentamos mostrar que quando
provocamos um campo magnético induzido em um circuito, esse campo magnético irá criar
uma alteração no campo magnético de uma agulha imantada fazendo com que ela mude sua
direção assim como funcionar uma bússola.
Dessa maneira, conseguimos provar as leis de Faraday e Lenz e mostrar de maneira didática
como funciona os campos magnéticos e o processo de indução eletromagnética.
3-Introdução
A lei de indução eletromagnética enuncia que quando houver variação do fluxo magnético
através de um circuito, surgirá nele uma força eletromotriz induzida.
Essa lei foi estabelecida por Michael Faraday, em 1831, a partir da descoberta do fenômeno da
indução eletromagnética. Faraday fez diversos experimentos para chegar até a lei fundamental
do eletromagnetismo e foi a partir desse ponto que foi possível a construção dos dínamos e sua
aplicação na produção de energia elétrica em larga escala.
Utilizando as Leis desses dois físicos pudemos realizar os 3 experimentos que serão vistos nesse
relatório, a partir dessas leis e experimentos produzidos por Lenz e Faraday foi possível ter
coisas hoje em dia que antes pensava-se ser impossível como por exemplo o trem Maglev, a
produção de energia elétrica em larga escala o fogão por indução e os geradores elétricos, coisas
que hoje são consideradas indispensáveis para a sociedade.
4-Materiais e métodos para os experimentos 1,2 e 3:
Resultados do experimento 1:
No passo 1 vemos que quando o imã não está próximo da bobina, o ponteiro do
miliamperímetro permanece parado no centro do medidor.
No passo número 4 mantivemos o imã parado no centro da bobina e como resultado percebemos
que o ponteiro do aparelho permaneceu parado no meio do contador igual aconteceu no passo
1 quando o imã estava longe da bobina.
-Discussão de resultados do experimento 1:
A Lei de Faraday ou Lei de Indução Eletromagnética, enuncia que quando houver variação do
fluxo magnético através de um circuito, surgirá nele uma força eletromotriz induzida, e isso é
exatamente o que está ocorrendo no experimento 1.
Quando aproximamos e afastamos o imã da bobina estamos produzindo uma variação de fluxo
magnético fazendo surgir nela uma força eletromotriz induzida e isso é notado quando ocorre
uma variação no ponteiro do aparelho de medição de corrente (miliamperímetro).
∆∅
𝜀=−
∆𝑡
Sendo:
O sinal negativo da fórmula indica que o sentido da fem induzida é em oposição a variação do
fluxo magnético.
A lei de Lenz estabelece que o sentido do campo magnético produzido pela corrente induzida
é contrário a variação do fluxo magnético.
Isto é, se o fluxo magnético aumenta, aparecerá no circuito uma corrente induzida que criará
um campo magnético induzido em sentido oposto ao do campo magnético que o circuito está
imerso. Essa ideia pode ser notada de forma mais didática na imagem abaixo:
Se o fluxo magnético diminui, o sentido da corrente será tal que o campo produzido por ela terá
o mesmo sentido do campo magnético criado pelo ímã.
Na imagem abaixo, representamos agora o ímã se afastando da espira. Neste caso, o campo
criado pela corrente induzida surge para impedir que ocorra redução do fluxo, logo tem o
mesmo sentido do campo do imã.
No experimento é possível notar esse efeito ocorrendo, pois quando aproximamos o imã o
ponteiro do aparelho muda sua posição e quando afastamos ele retorna para sua posição de
origem.
Sabemos que quando produzimos uma corrente induzida no circuito, ele se torna um mini imã,
então quando aproximamos o polo norte de um imã, o circuito irá gerar um polo Norte para
repelir esse imã e a mesma coisa aconteceria se fosse um polo sul, o circuito iria produzir um
polo Sul para afastar o imã que se aproximou.
Então com essa explicação podemos entender o porque de o ponteiro do aparelho muda a
direção para qual ele varia de acordo com a polaridade do imã. Por fim podemos explicar que
quando deixamos o imã parado no centro da bobina não acontecera nada com o medidor, pois
para que ocorra uma força eletromotriz induzida é necessária uma variação do fluxo magnético.
-Métodos para experimento 2: no segundo experimento foram utilizados cabos de conexão,
base de sustentação com agulha imantada, fonte de tensão e uma chave seletora.
1º passo: Montar a agulha em sua base, que também é o circuito, de maneira que a agulha
imantada siga a orientação do circuito que também é a orientação Norte-Sul geográfico, foi
utilizado a bússola de um celular para identificar que a agulha imantada está seguindo a
orientação Norte-Sul geográfico.
2º passo: Utilizamos um cabo de conexão para ligar o positivo da fonte ao ponto central da
chave seletora, depois pegamos outro cabo e conectamos no ponto esquerdo da chave seletora
e no ponto superior esquerdo do circuito, e por fim utilizamos mais um cabo de conexão para
fechar o circuito ligando o ponto direito da base ao negativo da fonte.
Imagem abaixo:
Fonte: Vídeo do experimento
5º passo: Para dar sequência nos testes mudamos a posição do cabo de conexão que antes ia do
ponto esquerdo da chave seletora até o ponto superior esquerdo do circuito para uma conexão
entre o ponto esquerdo da chave seletora e o ponto inferior esquerdo do circuito.
7º passo: Novamente realizamos uma mudança de conexão ligando o cabo que antes estava no
ponto a direita do circuito no ponto superior esquerdo e fechando o circuito ligando a outra
ponta do cabo no negativo da fonte.
-Resultados e Discussão:
-Resultados do experimento 2:
Prosseguindo com os testes, trocamos as posições dos cabos de conexão para que a corrente
passasse pela parte inferior do circuito e notamos que a agulha agora se movimentou do Leste
para o Oeste.
No ultimo teste ligamos os cabos de conexão de maneira a fazer com que a corrente passasse
por todo o circuito, ou seja, parte superior e inferior, realizando o teste percebemos que a agulha
se moveu com mais intensidade e em direção Oeste para leste.
Invertemos a polaridade na fonte de tensão para ver se ocorreria alguma modificação no circuito
e percebemos que a agulha agora se movimentou de Leste para Oeste com exatamente o mesmo
circuito montado anteriormente só com a alteração da polaridade na fonte.
-Discussão de resultados do experimento 2:
No ano de 1820 por meio do mesmo tipo de experimento que realizamos o físico Hans Christian
Oersted constatou a ligação entre a eletricidade e o magnetismo.
Oersted verificou que a agulha de uma bússola mudava de direção quando a corrente elétrica
passava em um fio condutor que estava bem próximo dessa bússola. Dessa forma, ele pôde
concluir que além dos ímãs, as correntes elétricas também produzem campo magnético, cujo
sentido depende do sentido da corrente elétrica.
No experimento que realizamos foi possível fazer as mesmas constatações que Oersted, no
passo número 4 quando fechamos a chave a corrente elétrica passou pela parte de cima do
circuito e a agulha imantada se movimentou na direção Oeste para Leste tendendo a ficar
perpendicular ao circuito.
Esse movimento da agulha de Oeste para Leste e comprovado pela regra da mão direita que é
capaz de mostrar a direção das linhas de campo, nesse primeiro teste no experimento de Oersted
a corrente vai passar pela parte de cima do circuito portanto, utilizando a regra da mão direita
sabemos que as linhas de campo estão indo da direita para esquerda ou se preferir estão indo de
Oeste para Leste.
No segundo teste desse experimento, mudamos a posição do cabo de conexão fazendo com que
a corrente passasse na parte inferior do circuito, quando fechamos a chave percebemos que a
agulha se movimentou do Leste para o Oeste.
Esse movimento da agulha ocorre porque a direção da corrente elétrica, utilizando novamente
a regra da mão direita podemos notar que as linhas de campo estão indo da esquerda para direita
ou do Leste para o Oeste.
Para o terceiro teste do experimento, mudamos novamente a posição dos cabos de conexão
onde agora a corrente elétrica passaria por todo o circuito, após fechar a chave pudemos
perceber que a agulha fez um movimento de Leste para Oeste, porém apresentando uma
intensidade maior no movimento do que os testes anteriores, como a corrente passa na parte
inferior e superior do circuito a direção do campo vai ser um vetor resultante entre os dois.
No último teste apenas trocamos a polaridade do circuito e fechamos novamente a chave,
pudemos perceber que ao fechar a chave a agulha imantada que antes se movimentou de Leste
para Oeste, agora se movimentou de Oeste para Leste.
Dessa forma pudemos comprovar o experimento de Oersted e também concluir que além dos
ímãs, as correntes elétricas também produzem campo magnético, cujo sentido depende do
sentido da corrente elétrica.
Passo a passo:
2º passo: Ligamos a fonte e conectamos dois cabos ligando os pontos da segunda bobina até as
entras do medidor de corrente (miliamperímetro).
Fonte: Vídeo do experimento
5º Passo: Realizamos o mesmo movimento feito com a bobina maior de ligar e desligar
a chave seletora.
-Resultados do experimento 3:
No experimento utilizamos uma fonte de tensão para gerar uma corrente elétrica e através de
uma chave seletora realizamos a variação no fluxo dessa corrente.
Ao abrir e fechar a chave seletora notamos que ocorreu uma variação na posição do ponteiro
do medidor de corrente que utilizamos nesse experimento.
Quando resolvemos inverter a posição das bobinas e colocar a bobina menor para receber a
tensão da fonte, percebemos que a amplitude vista no ponteiro do miliamperímetro foi maior
do que a vista anteriormente.
Como visto no experimento de Oersted, uma corrente elétrica também é capaz de produzir
campo magnético então quando realizamos esse último experimento pudemos notar que quando
ligamos e desligamos a chave seletora, o medidor que estava ligado à bobina que não tinha
conexão com a fonte apresentou uma oscilação em seu ponteiro.
E isso só é possível pois, quando realizamos esse movimento de abrir e fechar o circuito,
provocamos uma variação no fluxo de corrente e isso como visto anteriormente gera um campo
magnético e esse campo produz corrente induzida na segunda bobina, isso pode ser notado
quando ocorre uma variação no ponteiro do miliamperímetro.
No último teste deste experimento, invertemos a posição das bobinas e realizamos o mesmo
movimento de abrir e fechar a chave seletora, foi possível perceber então que houve uma
variação maior na posição do ponteiro do aparelho medidor e isso ocorreu, pois, quanto maior
for o número de voltas de fio ou de espiras, mais linhas de força do campo magnético serão
produzidas no local e, portanto, maior será a "inércia" que o componente apresentará diante de
variações da intensidade da corrente. Então como a bobina com menos espiras está recebendo
a tensão, ela terá menos resistência a essas variações de intensidade de corrente, fazendo com
que a corrente induzida na segunda bobina seja maior e mais visível na variação do ponteiro do
miliamperímetro.
5-Conclusão
Nesse experimento conseguimos mostrar o funcionamento da lei de indução eletromagnética
de maneira didática e também apresentar alguns dos experimentos de Faraday e Lenz que foram
importantes para a criação das Leis que levam os seus nomes respectivamente.
Os 3 experimentos tiveram resultados satisfatórios tendo em vista que podemos provar por meio
das teorias cada um dos resultados obtidos nos experimentos, através das pesquisas feitas para
a elaboração desse relatório pude notar a importância da indução eletromagnética nos dias
atuais e o quanto essas descobertas influenciaram e influenciam na história da humanidade até
hoje.
6-Referências Bibliográficas
HELERBROCK, Rafael. "Lei de Lenz"; Brasil Escola. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/fisica/a-lei-lenz.htm. Acesso em 14 de junho de 2021.
Jewett, J.W.| Serway, R.A. (2011).: Física para cientistas e engenheiros- Eletricidade e
magnetismo. [S.l.]: Cengage Learning Edições Ltda