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Era noite de um domingo, como sempre, um dia de esperanças e ideais para os dias

posteriores da semana, quando um jovem de 15 anos voltara de uma lan house e novamente
seu pai o aguardava esperançoso de seu filho lhe dizer: "-Passei". Nessa expectativa, o pai do
jovem logo percebeu que o filho chorava por não ter sido aprovado em um concurso que por
hora mudaria completamente as condições de sua família.
Seu pai, era um comerciante, sua mãe era uma pessoa portadora de esquizofrenia, seu
irmão era um estudante e ele era um jovem que via no presente e não no futuro a
oportunidade de mudar sua vida e de sua família. Menino este que nunca havia assistido a um
cinema, nunca havia saído de sua cidade, nunca havia tomado um milk shake e nem se quer
tomado um banho de chuveiro elétrico, ao contrário disto, o garoto naquele momento nem
fornecimento de água em sua casa tinha. Vivendo sob duras condições financeiras, aquela
família, em sua casa que nem portão havia, tinha bens maiores como fé e esperança.
Foi assim, na esperança de um amanhã melhor que um guerreiro nascia e decidia enfrentar
uma grandebatalha. Aquele menino que vendia
balas,salgadinhos,biscoitos,lanches,cereais,pães e entregava garrafões de 20 litros para seus
vizinhos e enchia com os mesmos recipientes a água da chuva para tomar banho sonhava uma
dia vestir a farda branca dos panfletos jogados nas ruas, começou a luta para adentrar na
carreira de oficiais da Marinha do Brasil.
Meses se passaram e a fé mantinha a rotina de estudos do sonhador que havia ganhado seu
primeiro computador aos 16 anos, presente dado por seus pais como único recurso de
preparação para concretização de seu sonho.
Sem saber ao certo se era verdade, era tarde de um sábado o mesmo jovem acordara de um
sonho, que mais pareceu um pesadelo. No seu sonho, o jovem dividia seu almoço que era
uma única quentinha, durante toda sua vida, com seu pai e seu irmão, passava por duas crises
de depressão que o impossibilitou de até mesmo escrever e fazer atividades rotineiras como
tomar banho; Descobria que sua mãe havia tentado um suicídio, via seu pai morrendo
alcoolizado e o sonhador, durante duas semanas, internado com uma infecção ocular que o
levaria a ter uma meningite que poderia causar sérios danos cerebrais e até mesmo sua morte.
Naquele sábado, o jovem percebia que o tal pesadelo era seu sonho. Ele caminhava junto a
seu pai em direção a uma igreja minutos antes de uma cerimônia militar religiosa, quando de
mãos dadas a seu pai, uma mulher buzinava no carro dizendo para mim’’-Parabéns.”, você
está vestindo a farda branca que está enchendo seu pai de orgulho. Momentos depois, eu e
meu pai a 2500 km de nossa casa ainda sem portão, recebíamos juntos o espadim que
simbolizava o aspirante-a-oficial da Marinha do Brasil.
E assim ao sétimo dia, minha família havia descansado, pois colocava-me nas instalações
da Escola Naval e escrevia nosso sobrenome nos portões dessa instituição.
Asp.1085 ALDO.

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