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Universidade Federal do Rio de Janeiro

Centro de Tecnologia - Escola Politécnica

Departamento de Recursos Hidricos e Meio Ambiente

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM
GESTÃO AMBIENTAL

ATMOSFERA
William Cossich
wcossich@lamma.ufrj.br
Apresentação
B.Sc. Meteorologia – UFRJ
> Monografia: Estudo da ocorrência de nevoeiros no Rio de Janeiro.
> Estágio em Furnas Centrais Elétricas S.A.

M.Sc. Eng. Civil/Meio Ambiente – COPPE/UFRJ


> Dissertação: Aplicação de um Modelo Autoagressivo Multivariado para Geração
de Cenários de Afluências Incorporando Informações Climáticas
> Bolsista do CEPEL Eletrobrás

Ph.D. Geophysics – UNIBO


> Tese: Analysis of Far InfraRed (FIR) high spectral resolution data for cloud
studies
> Projetos de Pesquisa: ESA, ASI

Experiência Profissional
> Operador Nacional do Sistema Elétrico;
> Sistema Alerta Rio;
> Central Globo de Jornalismo;
> Departamento de Meteorologia da UFRJ ...
Departamento de Recursos Hidricos e Meio Ambiente

Referências Bibliográficas
Ahrens, C. D. Essentials of Meteorology. 2018.
Versão Digital

Varejão-Silva, M. A. Meteorologia e Climatologia.


2005. Versão Digital
Oliveria, L. L., Vianello, R. L. e Ferreira, N. J.
Meteorologia Fundamental. 2001. Edifapes
Hartmann, D. L. Global Physical Climatology. 2016.
2nd Ed. Elsevier
Wallace, J. M., Hobbs, P. V. Atmospheric Science - An
Introductory Survey. 2006. 2nd Ed. Elsevier

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO AMBIENTAL - ATMOSFERA


Calendário
> Atmosfera
- Meteorologia – 22/05 | 29/05
- Poluição do ar, principais contaminantes e impactos;
Dispersão de poluentes – 29/05 | 05/06 | 12/06
- Principais métodos instrumentais de identificação,
avaliação e controle da poluição – 12/06 | 19/06
Índice
Introdução
Visão geral da atmosfera
O aquecimento da Terra e da atmosfera
Variáveis meteorológicas
Estabilidade atmosférica
Escalas do movimento atmosférico
Circulação atmosférica
Classificação Climática
Índice
Introdução
Visão geral da atmosfera
O aquecimento da Terra e da atmosfera
Variáveis meteorológicas
Estabilidade atmosférica
Escalas do movimento atmosférico
Circulação atmosférica
Classificação Climática
Meteorologia
Setor
Elétrico
Recursos
Agricultura
Hídricos

Meio
Vestuário Meteorologia Ambiente

Turismo Defesa Civil

Transportes
Meteorologia
Meio Qualidade
Meteorologia Ambiente do Ar

zh

zs
(xs , ys , zs)
z0
Tempo X Clima
Tempo Clima

> Tempo: estado da atmosfera num local em um determinado


instante, descrevendo os termos da variação de temperatura,
pressão, nebulosidade, precipitação, vento, etc.

> Clima: condições do tempo sobre uma área média em um


período de tempo específico. O clima está relacionado com as
variações atmosféricas em relação ao seu estado “médio”.

- O tempo define que roupa vou vestir hoje.


- O clima define que tipo de roupas vou comprar.
Tempo X Clima
Tempo Clima

> A variabilidade natural média das condições de tempo em


uma determinada região é que vão compor o clima dessa
região.

> É importante portanto conhecer as escalas e os diferentes


mecanismos determinam essa variabilidade.
Aspectos Astronômicos, Geográficos e Meteorológicos
Aspectos Astronômicos e Geográficos
> A fonte de energia de nosso sistema climático é o Sol;

> A energia solar se manifesta na forma de energia ou


radiação eletromagnética, a qual é convertida em calor,
energia potencial e energia cinética na Terra;

> Pelo princípio fundamental da conservação de energia, a


energia solar pode ser apenas convertida, nunca pode ser
destruída.
Aspectos Astronômicos
> Manchas Solares
- Campos magnéticos até 1000 vezes mais intensos do que o das
vizinhanças
- Período de 11 anos => Número de Manchas
- Período de 22 anos => Ciclo Magnético
Aspectos Astronômicos
> Movimentos da Terra
- Rotação e Translação
- Estações do Ano
Aspectos Astronômicos
> Inclinação da Terra
- Latitude => Distribuição desigual da energia solar
Aspectos Geográficos
> Superfície da Terra
- Distribuição Terra/Mar
- Albedo
Aspectos Geográficos
> Superfície da Terra
- Relevo => Altitude
Aspectos Meteorológicos e Geográficos
> Circulação Oceânica
Aspectos Meteorológicos
> Trocas de Calor, Massa e Quantidade de Movimento
Aspectos Meteorológicos
> Composição da Atmosfera
Índice
Introdução
Visão geral da atmosfera
O aquecimento da Terra e da atmosfera
Variáveis meteorológicas
Estabilidade atmosférica
Escalas do movimento atmosférico
Circulação atmosférica
Classificação Climática
Atmosfera
- A atmosfera pode ser definida como um “delicado” manto
gasoso protetor, que circunda a Terra, composto de uma
mistura de gases que permite que haja a vida no planeta.

International Space Station


Composição da Atmosfera
GASES PERMANENTES GASES VARIAVEIS

Gases Símbolo Porcentagem (por Gases Símbolo Porcentagem (por Partes por Milhão
volume) – Ar seco volume) – Ar seco (ppm)*
Nitrogênio N2 78.08 Vapor d’ água H2O 0-4

Oxigênio O2 20.95 Dióxido de Carbono CO2 0.0405 405*

Argônio Ar 0.93 Metano CH4 0.00018 1.8

Neônio Ne 0.0018 Óxido Nitroso N2O 0.00003 0.3

Hélio He 0.0005 Ozônio O3 0.000004 0.04**

Hidrogênio H2 0.00006 Partículas 0.000001 0.01–0.15

Xenônio Xe 0.000009 Clorofluorcarbonos 0.00000001 0.0001


(CFC’s)

> Porcentagem relativa dos componentes permanentes


da atmosfera se mantém constante até quase 80 km.
Composição da Atmosfera
> Existe um balanço entre a produção e a
destruição/remoção de N2 e O2, isto permite que as
porcentagens desses gases se mantenham constantes.
• N2
– remoção – processos biológicos no solo (bactérias)
– produção – decaimento de material de plantas e animais
• O2
– remoção – decaimento de matéria orgância e quando se
combina na formação de óxidos
– produção – fotossíntese nas plantas
Luz + CO2 H2O + O2
Composição da Atmosfera
> Componentes Variáveis

> Vapor d’água


- Gás invisível, que apresenta maior concentração em regiões
tropicais e próximo a superfície;
- Única substância encontrada nos três estados da matéria dentro
da faixa de temperaturas e pressões da Terra;
Gás mais importante do efeito estufa
Composição da Atmosfera
> Componentes Variáveis
> Dióxido de Carbono (CO2)
- Importante gás do efeito estufa ;
- Fixados nas raízes, ramos e folhas das plantas - Fitoplânctons
nas superfícies dos oceanos;
CO2 oceanos = 50 vezes o CO2 atmosfera
- Existe, atualmente, uma grande preocupação com seu
aumento:
> Desflorestamento
> Queima de combustíveis
Composição da Atmosfera
> Componentes Variáveis
> Dióxido de Carbono (CO2)
- Aumento de mais de 40% da concentraçao
de CO2, comparado ao periodo pré-
industral = aumento da temperatura média
global de ~1°C
- Estudos do IPCC (AR5) com diferentes
cenarios de emissao de CO2 indicam que a
temperatura média global pode aumentar
entre 0.3 e 4.8 °C, comparada com àquela
atual.
Composição da Atmosfera
> Componentes Variáveis
> Metano (CH4)
- Produzidos principalmente pela “quebra” de material de plantas
pelas bactérias (em campos de arroz, por exemplo); por solos
úmidos, pobres em oxigênio; por reações químicas no estômago de
animais (especialmente ruminantes).
> Óxido Nitroso (N2O)
- Formam-se no solo através de processos químicos envolvendo
bactérias e certos micróbios;
- São destruídos pela radiação ultravioleta do sol.
> Clorofluorcarbonos (CFxClx)
- Produzidos essencialmente por produtos humanos: Propelente de
spray; Refrigeradores; Solventes para limpar microcircuitos.
Composição da Atmosfera
> Gases do Efeito Estufa

- Vapor D’Água (H2O);


- Dióxido de Carbono (CO2);
- Metano (CH4);
- Óxido Nitroso (N2O);
- Clorofluorcarbonos (CFC’s).
Composição da Atmosfera
> Componentes Variáveis
> Ozônio (O3)
- Efeitos distintos quando concentrado próximo a superfície
(Ingrediente do smog fotoquímico; Irrita os olhos e garganta;
Provoca danos à vegetação) e na atmosfera superior (absorve a
radiação ultravioleta do sol, permitindo que haja vida na Terra).

> Partículas/Aerossóis
- Fontes naturais e de origem humana: partículas levantadas da
superfície pelo vento; sal marinho; fumaça proveniente do fogo nas
florestas; vulcões em atividade
Atuam como núcleos de condensação
Composição da Atmosfera
> Componentes Variáveis
> Poluentes
> Gases produzidos pela queima de combustíveis em motores de
automóveis
- Dióxido de Nitrogênio (NO2);
- Monóxido de Carbono (CO);
- Hidrocarbonetos.
> Gases produzidos pela queima de combustíveis industriais
- Dióxido de Enxofre (SO2)
Estrutura Vertical da Atmosfera
> Densidade do Ar
> Moléculas de ar são atraídas pela gravidade
> Ficam comprimidas perto da superfície – maior n°
de moléculas por volume
> Quanto mais ar acima de um nível, maior é o efeito
de compressão
> Já que a densidade do ar é o número de moléculas
de ar em um dado volume, segue-se que a densidade
do ar é maior na superfície e decresce na medida que
nos movemos para cima na atmosfera
Estrutura Vertical da Atmosfera
> Pressão Atmosférica
> O que é pressão do ar ou pressão atmosférica?
Força Peso
P= = = 1013,25hPa
área área

Quando subimos tem sempre menos ar acima de nós.

> A densidade e a pressão decrescem


rapidamente, e depois mais vagarosamente,
quando nos afastamos da superfície
Estrutura Vertical da Atmosfera
> Densidade e Pressão Atmosférica
Estrutura Vertical da Atmosfera
> Um perfil vertical da atmosfera revela que ela pode
ser dividida em várias camadas.
> A classificação da estrutura vertical da atmosfera
pode ser dada de acordo com:

- A variação de temperatura
- Os gases que a compõe
- Suas propriedades elétricas
Estrutura Vertical da Atmosfera
> Variações da temperatura
– Denominação das camadas. Termosfera
Mesopausa

Mesosfera

Estratopausa

Estratosfera

Tropopausa
Troposfera
Estrutura Vertical da Atmosfera
> Troposfera
- Contém tudo que é tempo meteorológico
- Mais extensa perto do equador
- Gradiente vertical de temperatura na troposfera
- Aproximadamente -6,5 °C/km
- Esta taxa varia sempre de lugar para lugar
- Define as condições de instabilidade da atmosfera
Estrutura Vertical da Atmosfera
Termosfera (topo ~ 500 km)
– Temperatura aumenta
com a altitude
– Moléculas de O2
absorvem raios X

Mesosfera
– Menores temperaturas da
atmosfera
(~ -900 C)

Estratosfera
– Camada estável
(inversão térmica)
– Presença da camada de
ozônio (O3) – absorve
ultravioleta do sol
Estrutura Vertical da Atmosfera
> As camadas da atmosfera que apresentam
relativamente as maiores temperaturas tem esta
característica devido à Absorção da Radiação Solar:
- Próximo a superfície – absorção de radiação no espectro
visível pela superfície
- Na estratosfera – absorção de radiação UV pela presença
de O3
- Na termosfera – absorção de radiação gama pela presença
de O2
Estrutura Vertical da Atmosfera
> Composição
– Denominação das camadas.

Homosfera
– composição do ar é a
mesma (78% N2 e 21% de
O2) - troposfera,
estratosfera e mesosfera.

Heterosfera
– estratificada
– moléculas e átomos mais
pesados na base (N2 e O2)
– Moléculas e átomos mais
leves no topo (H2 e He)
Estrutura Vertical da Atmosfera
> Propriedades elétricas

Ionosfera
– Região eletrificada na
atmosfera superior
com grandes
concentrações de
íons e elétrons livres.

Íons são átomos ou


moléculas que tenham
perdido (ou ganho) um ou
mais elétrons.
Índice
Introdução
Visão geral da atmosfera
O aquecimento da Terra e da atmosfera
Variáveis meteorológicas
Estabilidade atmosférica
Escalas do movimento atmosférico
Circulação atmosférica
Classificação Climática
Temperatura e Transferência de Calor
> Processos de transferência de calor
> Condução
Material Condutividade térmica [J/s/(m·K)] ou [W/(m.K)]
Prata 426
Cobre 398
Alumínio 237
Tungstênio 178
Ferro 80,3
Vidro 0,72 - 0,86
Água 0,61
O ar é um mal
Tijolo 0,4 - 0,8
Madeira 0,11 - 0,14 condutor
Fibra de vidro 0,046
Espuma de poliestireno 0,033 de calor
Ar 0,026
Espuma de poliuretano 0,020
Temperatura e Transferência de Calor
> Processos de transferência de calor
> Convecção

- Ar quente
sobe

- Ar frio
desce

Processo é eficiente nos fluidos - Térmicas


Temperatura e Transferência de Calor
> Processos de transferência de calor
> Radiação => Energia Radiante

- Ondas
eletromagnéticas
liberam energia
quando são
absorvidas
Temperatura e Transferência de Calor
> Processos de transferência de calor
> Radiação

Espectro de radiação emitida pelo sol que chega a superfície da Terra


Balanço Térmico
> Processos de transferência de calor
> Radiação
- Todas as coisas com temperatura > 0 K emitem radiação;
- O comprimento de onda desta radiação depende da
temperatura do objeto;
- A quantidade de radiação emitida é proporcional à
temperatura do objeto;
- Os objetos não só irradiam energia, mas também
absorvem do mesmo modo;
- O sol e a terra atuam como um corpo negro (Absorvem e emitem
toda radiação possível)
- A atmosfera, o entanto, é um absorvedor seletivo.
Balanço Térmico
> Absorção de Radiação

ultravioleta Janela Atmosférica


Balanço Térmico
> Efeito Estufa Atmosférico

Com atmosfera Sem atmosfera

- Sem a atmosfera a temperatura média da terra seria cerca de 33 °C


mais baixa (ao invés de 15 °C seria aproximadamente -18 °C)
Balanço Térmico
> O Aquecimento da Atmosfera

O aquecimento é de baixo para cima


Energia Solar que Chega na Superfície
> A Radiação Solar
- Na medida em que a energia solar viaja pelo espaço,
essencialmente nada interfere com ela até que ela atinge a
atmosfera.
- A energia solar no topo da atmosfera, recebida em um plano
perpendicular aos raios solares é conhecida como constante solar
- 1367 Wm-2
- Quando a radiação solar entra na atmosfera ela é:
- Absorvida pelos gases
- Absorvida na superfície da terra
- Espalhada pelos gases e aerossóis
- Refletida pelas nuvens e pela superfície da terra
Energia Solar que Chega na Superfície
> A Radiação Solar

- Reflexão
- Albedo
Energia Solar que Chega na Superfície
> A Radiação Solar
Energia Solar que Chega na Superfície
> Estações do Ano
- As nossas estações do ano são reguladas pela
quantidade de energia solar recebida pela
superfície da terra e esta quantidade é
determinada:
- Pelo ângulo no qual a luz do sol atinge a
superfície;
- Por quanto tempo o sol brilha em determinada
latitude.
Energia Solar que Chega na Superfície
> Estações do Ano
- A energia solar que atinge a superfície da terra
perpendicularmente é muito mais intensa do que a energia
que a atinge em determinado ângulo.
- Quanto mais os raios de sol se afastam da perpendicular
mais atmosfera eles tem que penetrar e aí haverá mais
atenuação.
Energia Solar que Chega na Superfície
> Estações do Ano
Energia Solar que Chega na Superfície
> Estações do Ano
Energia Solar que Chega na Superfície
- Altas latitudes tendem a perder mais energia para o espaço do
que recebem do sol, enquanto que as baixas latitudes tendem a
receber durante o ano mais do que perdem.

- Ventos na
atmosfera

- Correntes
nos oceanos
Índice
Introdução
Visão geral da atmosfera
O aquecimento da Terra e da atmosfera
Variáveis meteorológicas
Estabilidade atmosférica
Escalas do movimento atmosférico
Circulação atmosférica
Classificação Climática
Temperatura
> Temperatura do ar: corresponde a quantidade de energia absorvida pela
atmosfera após a propagação do calor absorvido pelo planeta nas porções
sólidas e líquidas.
Está associada ao grau de agitação das moléculas de um determinado gás,
enquanto a entropia está associada ao grau de desordem destas moléculas
em um determinado volume de controle.

> Durante um dia ensolarado, as variações de energia que chegam do sol


agem para compor um ciclo de aquecimento e resfriamento semelhante as
variações anuais das estações do ano.
> O Ciclo Diurno Temperatura
- O ar se aquece durante a manhã na medida em que o sol se eleva no
horizonte.
> O solo aquece o ar por condução - Processo ineficiente de transmissão de calor.
Com o aquecimento do ar nas camadas próximas ao solo, começa a convecção: as
térmicas ajudam a distribuir o calor para camadas mais altas.
- A terra recebe o máximo de energia do sol ao meio dia. O ar, no entanto,
continua a se aquecer, atingindo a sua temperatura máxima no meio da
tarde.
- Na medida em que o sol desce no horizonte, sua energia é espalhada
sobre uma grande área. A superfície começa a receber menos energia do
que irradia.
- O solo e o ar sobre ele resfriam-se por irradiação de energia
infravermelha – resfriamento radiativo
- O solo é um emissor mais eficiente que o ar e fica, portanto, mais frio.
Com o passar da noite, o ar mais frio está perto do chão com ar mais
quente por cima – Inversão Radiativa ou Inversão Noturna – A Temperatura
Mínima vai ocorrer em torno do nascer do sol.
Variações da Temperatura Diurna
> Aquecimento Diurno/Resfriamento Noturno
- Temperatura Máxima/Temperatura Mínima
Os Controladores de Temperatura
> Devido a variação da incidência de radiação solar ao
longo do dia e ao longo do ano, a temperatura possui
um ciclo diurno e outro sazonal bem definidos em
quase todo o globo.
> A distribuição média da temperatura ao longo do
globo Terrestre responde basicamamente a:
- Diferenças de latitude (radiação solar);
- Altitude;
- Composição da superfície (terra, mar, gelo, etc).
- Correntes oceânicas
Dados de Temperatura do Ar
> Os dados de temperatura do ar são organizados da seguinte
maneira:
- Temperaturas máximas e mínimas diárias, mensais e anuais
- Temperaturas médias também diárias, mensais, anuais

TM =
(2T00 z + T12 z + Tmax + Tmin )
5
Quando estão disponíveis apenas as temperaturas extremas diárias, costuma-se
estimar grosseiramente a temperatura média diária pela semi-soma de Tmax e Tmin.
- Amplitudes Anuais
A diferença entre a temperatura média dos meses mais quente e mais frio é chamada
de amplitude térmica anual. Normalmente as maiores amplitudes anuais ocorrem
sobre regiões mais continentais, em latitudes mais elevadas.
- Normais de Temperatura
Dados de Temperatura do Ar
> Normais Climatológicas – Tmin - https://clima.inmet.gov.br/
1981 - 2010 1981 - 2010
Janeiro Julho
Dados de Temperatura do Ar
> Normais Climatológicas - Tmax- https://clima.inmet.gov.br/
1981 - 2010 1981 - 2010
Janeiro Julho
Medição da Temperatura do ar
> Termômetros - invento do século XVI. Os mais comuns são:
- Termômetros de líquido em vidro
- Termômetros de máxima – mercúrio, estrangulamento
- Termômetros de mínima – álcool, índice
- Termógrafos bimetálicos

- Termômetros elétricos
Medem a resistência de um material - função da temperatura
- Radiômetros
Medem a radiação emitida (geralmente a infravermelha) – são usados em
satélites meteorológicos e são capazes de estimar a temperatura do ar em
níveis selecionados da atmosfera.
Umidade
> A concentração do vapor d’água normalmente varia
entre 1 e 4 % de todas as moléculas da atmosfera.
> Ainda assim o vapor d’água é extremamente
importante:
- Está ligado a formação de nuvens e precipitação
- Interfere no balanço de energia do planeta

> O termo umidade é usado para descrever


a quantidade de vapor d’água no ar.
Circulação da Água na Atmosfera
> Ciclo Hidrológico

Fonte: ONS
- Sequência fechada de fenômenos naturais através dos
quais a água circula na face da terra.
Circulação da Água na Atmosfera
> Evaporação – a energia do sol transforma enormes quantidades
de água líquida dos oceanos em vapor d’água na atmosfera
O vento transporta o vapor para outras regiões.
> Condensação – o vapor retorna para a forma de líquido formando
nuvens.
> Precipitação – em certas ocasiões as partículas das nuvens
podem aumentar de tamanho e cair de volta para a superfície
> Evapotranspiração – Soma dos processos de evaporação no solo
e transpiração nas plantas.
> No ciclo hidrológico:
- 15 % evapotranspiração nos continentes
- 85 % evaporação nos oceanos
Circulação da Água na Atmosfera
> Ciclo Hidrológico

Fonte: NCEP
Umidade
> Chamamos de umidade qualquer maneira de
especificar a quantidade de vapor d’água na atmosfera
- Umidade absoluta
- Umidade específica
- Razão de mistura
- Pressão de vapor
- Temperatura ponto de orvalho
- Umidade relativa
Umidade
> Umidade absoluta ou densidade de vapor (g/m3)
- Compara o peso (massa) de vapor com o volume de
ar na parcela
> Umidade específica (g/kg)
– Compara o peso (massa) do vapor na parcela com
o peso (massa) total de ar na parcela (incluindo o
vapor).
> Razão de mistura (g/kg)
– Compara o peso (massa) do vapor na parcela com o
peso (massa) do ar seco na parcela.
Umidade
> Pressão de vapor (e, hPa)
– Força exercida pelas moléculas de vapor dentro das
paredes da parcela.
- Ex: pressão do ar – 1000 hPa
Nitrogênio – 78 % - 780 hPa
Oxigênio – 21 % - 210 hPa
Vapor –1% - 10 hPa

> Pressão real de vapor


É uma pequena fração da pressão total do ar. Alta pressão
(baixa pressão) de vapor indica grande (pequeno) número de
moléculas de vapor no ar.
Umidade
> Pressão de Saturação de Vapor (es, hPa)
- Quantidade de vapor necessária para tornar o ar
saturado a uma dada temperatura.

A pressão real de vapor indica o conteúdo de vapor


d’água no ar, enquanto que a pressão de saturação de
vapor descreve quanto de vapor d’água é necessário
para saturar o ar a uma dada temperatura.
Umidade
> Umidade Relativa (%)
- UR é a razão entre a quantidade real de vapor
contida no ar e a quantidade máxima de vapor
necessária para a saturação a uma dada temperatura.
- Maneira mais comum e “mal entendida” de
descrever a umidade do ar
- Ela não indica a quantidade real de vapor
contida no ar
e
UR = 100
conteúdo _ de _ vapor _ d ' água UR = 100
capacidade _ de _ vapor _ d ' água es
Umidade
> Umidade Relativa (%)
Umidade
> Medindo a Umidade
> Psicrômetro
- Dois termômetros de líquido em vidro, um deles com o bulbo
envolto em musseline que é umidecida.
- A evaporação no termômetro de bulbo úmido vai causar um
abaixamento da temperatura
> Higrógrafo
Umidade
> Temperatura do Ponto de Orvalho
- Temperatura do ponto de orvalho é a temperatura
que o ar teria se fosse resfriado, sem alterar a pressão e
o conteúdo de umidade, até ocorrer a saturação.
Umidade
> Temperatura do Ponto de Orvalho
- Como a pressão atmosférica varia pouco na
superfície da terra, o ponto de orvalho é um bom
indicador do conteúdo real de vapor d’água no ar.
- Altos valores de ponto de orvalho significam altos
conteúdos de umidade do ar.
- A diferença entre a temperatura do ar e a do ponto
de orvalho pode indicar se a umidade relativa é alta ou baixa.
Pressão Atmosférica
> O ar exerce uma força sobre as superfícies com as
quais tem contato, devido ao contínuo
bombardeamento das moléculas que compõem o ar
contra tais superfícies.
> A pressão em um determinado volume de controle
pode ser definida como a força que uma determinada
camada de ar exerce um uma determinada área.
> Na atmosfera a pressão está diretamente associada
ao peso que a camada de ar faz sobre uma superfície
infinitesimal, em um determinado instante de tempo.
Pressão Atmosférica

Limite da Atmosfera

Peso da
Coluna de Ar

Superfície da Terra
z
y

x
Pressão Atmosférica
> Considerando uma atmosfera sem sofrer perturbações de
grandes magnitudes, se comportando dentro do seu estado
“médio”, podemos utilizar a equação da hidrostática para
encontrar uma relação da pressão com a altura da atmosfera.

p = − gz
> A nossa atmosfera está concentrada junto à superfície,
fazendo com que a pressão atmosférica decresça com a
altitude rapidamente no começo e mais lentamente em altas
altitudes.
A variação vertical da pressão e densidade é muito maior que
a variação horizontal e temporal.
Pressão Atmosférica
> A pressão varia com variações de:
- Vapor d`água
- A maior presença de vapor d’água no ar diminui a
densidade do ar porque o peso molecular da água (18,016
g/mol) é menor que o peso molecular médio do ar (28,97
g/mol). Portanto, em iguais temperaturas e volumes, uma
massa de ar mais úmida exerce menos pressão que uma
massa de ar mais seca.
- Temperatura
- Quanto mais fria for a coluna de ar sobre uma
determinada região, maior será a pressão exercida sobre
unidade de área, e vice-versa.
Pressão Atmosférica
> Variações da Pressão

Resfriamos Aquecemos

Moléculas se agitam Moléculas se agitam


menos e ficam mais mais e ficam mais
próximas entre si. afastadas entre si.
Medidas de Pressão
> Barômetro de Mercúrio
> Torricelli (1643)
Barômetros – instrumento que mede o
bar (unidade de pressão)
Como o bar é uma unidade
relativamente grande e as variações de
pressão no dia a dia são pequenas, a
unidade mais comumente usada é o
milibar (mb), ou seu equivalente no
sistema MKS, o hectoPascal (hPa)

1,013 bar =1013 mb


101300 Pa =1013 hPa
> Valor médio ou padrão para a pressão
atmosférica ao nível médio do mar
Medidas de Pressão
> Barômetro aneróide
Composto de cápsulas flexíveis completamente
fechadas dentro das quais se retira o ar. As
variações de pressão no exterior provocam
expansão ou contração dessas cápsulas.

> Barógrafo
Cartas de Superfície
> Cartas de Superfície
Pressão ao nível da
estação

Carta
10hPa/100m
Sinótica
PNMM
Cartas de Superfície
> Cartas de Superfície

Após as leituras de pressão


terem sido corrigidas ao
nível da estação e ao nível
médio do mar (PNMM), são
confeccionadas as cartas
de superfície através do
traçado de isóbaras
Cartas de Superfície
> Cartas de Superfície
Ventos
> Por que o vento existe?
> Por que toma determinadas direções?
- 2ª Lei de Newton – Equação do Movimento

“Um objeto em repouso permanecerá em repouso e


um objeto em movimento permanecerá em movimento (e se
deslocará com velocidade constante e em linha reta) a menos
que uma força seja exercida sobre ele.”
A força exercida sobre um objeto é igual a sua massa
vezes a aceleração produzida.
Ventos
> Para determinar em qual direção o vento irá se
deslocar, devemos saber as forças que afetam o
movimento horizontal do ar:
- Força do gradiente de pressão
- Força de Coriolis
- Força centrípeta
- Força de atrito
- Força gravitacional

dV 1     
= − p − 2  V + g + Fat
dt 
Equação do Movimento
Gravitacional Força de atração exercida pela Terra sobre um corpo
de massa m sobre a superfície. Orientada para o
centro da Terra.

Centrífuga Surge exclusivamente devido a rotação da Terra,


para equilibrar o sistema.

Coriolis Ocorre quando um corpo se movimenta em relação


a um referencial não inercial – Terra em rotação.

Gradiente de Existe devido a diferença de pressão. Orientada das


altas pressões paras as baixas pressões – sentido
Pressão
contrário ao gradiente de pressão.

Devido a “rugosidade” da Terra. Atua no sentido de


Atrito frear os movimentos atmosféricos próximo a
superfíie da Terra.
Ventos
> Força Gradiente de Pressão

Quanto maior a
diferença de
pressão, maior
será a força e
mais rápido se
moverá a água

Alta Baixa
Ventos
> Força Gradiente de Pressão
Se a pressão estiver mudando de tal modo que:
- As isóbaras fiquem mais próximas, o gradiente de pressão
será maior
- As isóbaras fiquem mais afastadas, o gradiente de pressão
estará enfraquecendo
Quanto mais próximas as isóbaras, maior a força do gradiente de
pressão, maior a velocidade do vento.
Ventos
> Se a força gradiente de pressão fosse a única a atuar
sobre o ar, nós sempre veríamos o vento se dirigindo
diretamente das altas para as baixas pressões.
> No entanto, o movimento do ar é controlado não
somente pelas diferenças de pressão mas também por
outras forças.

O vento é desviado de seu curso pela Força de Coriolis


Ventos
> Força de Coriolis
> Descreve uma força aparente que aparece devido à rotação
da terra.
Para qualquer pessoa presa à superfície da terra, se um objeto se
desloca no Hemisfério Norte (Sul) parece que este objeto tem seu
curso desviado para a direita (esquerda).
Ventos
> Força de Coriolis
> Todos os objetos que se movem, correntes oceânicas,
aviões, projéteis de artilharia e moléculas sofrem este efeito.
Esta força é máxima nos pólos e zero no equador.
> A força de Coriolis age em ângulos retos em relação ao
vento, somente influenciando sua direção e nunca sua
intensidade.
> A grandeza do desvio dependerá:
- Rotação da terra
- Latitude F = 2mvsen 
- Velocidade do objeto
Ventos
> Força Centrípeta
> Força centrípeta é a força necessária para manter o objeto
(vento) movendo-se em uma trajetória circular.
Tem direção para o centro em ambos os casos, nos sistemas
de altas e baixas pressões.
Ventos
> Força de Atrito

> A força do gradiente


de pressão é equilibrada
pela força de Coriolis e
pela força de atrito.
Ventos
> Ventos em Superfície
> Movem-se cortando levemente as isóbaras na direção das
altas para as baixas pressões, devido a força de atrito,
convergindo nas baixas e divergindo nas altas.

AAA

Hemisfério Norte Hemisfério Sul


Pressão e Ventos
> Pressão Atmosférica e Ventos
> Hemisfério Norte
- Baixas pressões – Ciclones
vento para o centro com direção anti-horária
- Altas pressões – Anticiclones
vento para fora do centro e com direção horária
> Hemisfério Sul
- Baixas pressões – Ciclones
vento para o centro com direção horária
- Altas pressões – Anticiclones
vento para fora do centro e com direção anti-horária
Pressão e Ventos
> Pressão Atmosférica e Ventos
> As cartas de superfície e de altitude são muito úteis
para os meteorologistas
- As de superfície descrevem onde estão os centros de
altas e baixas pressões, assim como os ventos e o tempo
associado com estes sistemas.
- As de altitude são importantes para a previsão do
tempo: determinam o movimento dos sistemas de
pressão em superfície e se eles vão se intensificar ou se
enfraquecer.
Ventos e Movimentos Verticais na Atmosfera
> Áreas de baixa pressão em superfície estão
associadas com convergência, movimentos verticais,
formação de nuvens e tempo úmido.
> Áreas de alta pressão em superfície estão associadas
com divergência, movimentos descendentes e céu claro.
Medidas de Vento
> Direção do Vento
- A direção é dada de acordo com a origem: de onde vem
o vento
Vento de norte: vento que tem sentido de norte para sul
Medidas de Vento
> Vento Predominante

> Nome dado à direção mais


freqüentemente observada
em um dado período de
tempo.
- Importante no planejamento
de cidades, áreas industriais,
casas e aeroportos.
Medidas de Vento
> Instrumentos

> Cata-vento
> Anemômetros
de conchas
> Biruta
Medidas de Vento
> Instrumentos

> Anemógrafo

O vento varia muito com as condições locais.


Em que nível é medido o vento à superfície?
Medidas de Vento
> Instrumentos

> Anemômetro
sônico
- A velocidade do som varia
segundo temperatura do ar,
pressão do vapor d´água e
pressão atmosférica
- Três conjuntos de emissores e
receptores nas direções x, y e z:
determina-se as componentes
ortogonais da velocidade do
vento simultaneamente
Medidas de Vento
> Radiossondas
- O balão é seguido desde a superfície
Cálculos simples determinam a velocidade do vento
> RADAR
- Doppler em particular
- Pode determinar a velocidade e a direção do vento pelas
mudanças na freqüência dos pulsos emitidos pelo Radar
> SODAR
> Satélites
- Movimento das nuvens
Tipos de Precipitação
> Chuvisco – diâmetro da gota < 0,5 mm
> Chuva – diâmetro da gota ≥0,5 mm
> Virga – não chega ao solo
> Granizo
> Neve
Medidas de Precipitação
> A precipitação é medida em milímetros - mm
> O que significa 10 mm de precipitação?

10litros
10mm = 2
1m
Instrumentos de medição:
- Pluviômetros
- Pluviógrafos
- Radar
Medidas de Precipitação
> Pluviômetros > Pluviógrafo
Medidas de Precipitação
> Radar
- Radio Detection and Ranging
- Fornece informações sobre a precipitação e sobre a
tempestade
Os meteorologistas usam o radar para examinar o interior das
nuvens da mesma maneira que os médicos usam o raio-X para
examinar o corpo humano.
Medidas de Precipitação
> Radar
- O radar é constituído de um transmissor que envia
poderosas microondas.
- Quando encontra um “alvo” parte das ondas é remetida de
volta e estas são detectadas por um receptor.
- O sinal (“eco”) é amplificado e mostrado em uma tela.
- A diferença de tempo entre a transmissão e a recepção
indica a distância do alvo.
O brilho do “eco” é diretamente relacionado com a
quantidade (intensidade ) da precipitação.
Medidas de Precipitação
> Radar
Medidas de Precipitação
> Radar
Estação Meteorológica de Superfície
Rede Global de Monitoramento
Meteorológico
Índice
Introdução
Visão geral da atmosfera
O aquecimento da Terra e da atmosfera
Variáveis meteorológicas
Estabilidade atmosférica
Escalas do movimento atmosférico
Circulação atmosférica
Classificação Climática
A Estabilidade Atmosférica
Estabilidade Condição de equilíbrio
atmosférica mecânico

Equilíbrio estável

Equilíbrio instável
A Estabilidade Atmosférica
> Aplicando o mesmo conceito na atmosfera:
- O ar estará em equilíbrio estável quando, sendo levantado ou
abaixado de um ponto, tende a retornar a sua posição original.
- O ar estará em equilíbrio instável, quando ligeiramente
empurrado verticalmente, se move para mais longe de sua posição
original, favorecendo assim as correntes verticais de ar.
- A determinação da estabilidade atmosférica é dada pela
comparação entre:
- Gradiente vertical de temperatura (taxa de variação da temperatura com
a vertical) - medido a cada dia nas radiossondagens.
- Gradientes adiabáticos seco e úmido - valores teóricos de referência.
A Estabilidade Atmosférica
6 0C/Km

10 0C/Km

> Ar estável
– Grad. Vert. Temp. < Grad. Adiab. Úmido

> Ar instável Atmosfera


– Grad. Vert. Temp. > Grad. Adiab. Seco Atmosfera
Condicionalmente Absolutamente
instável estável
> Ar condicionalmente
instável
– Grad. Adiab. Úmido < Grad. Vert. Temp.
< Grad. Adiab. Seco

Atmosfera
Absolutamente
Gradiente
Instável Gradiente Adiabático úmido
Adiabático
Seco
A Estabilidade Atmosférica
> Não são as condições de estabilidade do ar que causam o
movimento ascendente.
> A estabilidade vai definir se o ar vai continuar a subir ou
não quando cessar a causa do movimento
Índice
Introdução
Visão geral da atmosfera
O aquecimento da Terra e da atmosfera
Variáveis meteorológicas
Formação e desenvolvimento das nuvens
Escalas do movimento atmosférico
Circulação atmosférica
Classificação Climática
Escalas do Movimento
> Escalas espaciais e temporais típicas da atmosfera

Fonte: Adaptada de Ahrens (1994)


Escalas do Movimento
Microescala:
> Turbulência, Poluição Atmosférica, Nuvens, Tornados, Raios ...

Mesoescala:
> Tempestades, Linhas de Instabilidade, CCM’s, Circulações Térmicas ...

Escala Sinótica:
> Bloqueios Atmosféricos, ZCAS, Sistemas Frontais, Ondas de Leste, Ciclones e
Anticiclones, Monções, ZCIT ...
Escala Global:
> Oscilação de Madden e Julian, ENOS, Teleconexões, Circulação Geral da
Atmosfera.
Escalas do Movimento
> Microescala
Escalas do Movimento
> Mesoescala
> Circulações Térmicas
Brisa Marítima Brisa Terrestre

> As brisas marítimas são mais fortes à tarde.


> A brisa terrestre é bem menos intensa que a brisa marítima.
Escalas do Movimento
> Mesoescala
> Circulações Térmicas
Brisa de Vale – Ventos Anabáticos Brisa de Montanha – Ventos Catabáticos
Escalas do Movimento
>Escala Sinótica
> Monções

> Ventos que se invertem segundo as estações do ano


> A mais conhecida: Índia
Índice
Introdução
Visão geral da atmosfera
O aquecimento da Terra e da atmosfera
Variáveis meteorológicas
Estabilidade atmosférica
Escalas do movimento atmosférico
Circulação atmosférica
Classificação Climática
Circulação Geral da Atmosfera
> Ventos Globais
> A circulação geral da atmosfera representa apenas o
fluxo médio do ar ao redor da terra;
> A causa básica da circulação geral é o aquecimento
desigual da superfície da terra;
> Para manter o equilíbrio, a atmosfera transporta ar
quente para os pólos e ar frio para o equador.
Circulação Geral da Atmosfera
> Teoria Unicelular – Hadley, 1735.

> Superfície uniforme coberta de água


> Sol diretamente sobre o equador
> A terra não gira
Circulação Geral da Atmosfera
> Teoria Tricelular

> A superfície da terra é uniformemente coberta de água


> O sol está sempre diretamente sobre o equador
> A terra gira
Circulação Geral da Atmosfera
> Circulação Geral da Atmosfera e a Precipitação
> Equador: Ar sobe
- Elevadas taxas de chuva
> 30º: Ar desce
- A maioria dos desertos do
mundo está nesta latitude
> 60º: Ar sobe
- Região onde se formam as
tempestades de latitudes
médias
Circulação Geral da Atmosfera
> Circulação Geral da Atmosfera
> Zona de Convergência
Intertropical (ZCIT)
- Perto do equador
- Região onde se formam os
sistemas tropicais
> Ventos alísios (de travessia)
- Velejadores usavam este vento
> Latitude dos cavalos
> Ventos de oeste
>Vento polar de leste
Climatologia
Climatologia
Climatologia
Climatologia
> Características da circulação atmosférica sobre a
região da América do Sul.
Baixos Níveis Altos Níveis

Fonte: Satyamurty (1989).


Índice
Introdução
Visão geral da atmosfera
O aquecimento da Terra e da atmosfera
Variáveis meteorológicas
Estabilidade atmosférica
Escalas do movimento atmosférico
Circulação atmosférica
Classificação Climática
Climatologia
> Escalas da climatologia

> Paleoclimatologia
- Estudo dos climas do passado, elaborados a partir de alguns
indicadores biológicos (anéis de árvores), litológicos (sedimentos) e
morfológicos (testemunhos de gelo)
Sistema Climático Terrestre
> Componentes do sistema climático
Classificação Climática
> Diferentes classificaçoes sao propostas, em geral,
considerando o impacto dos aspectos/fatores
(astronômicos/geográficos) sobre as variáveis
meteorológicas (elementos atmosféricos)
Classificação Climática
> O sistema de classificação mais utilizado, quer seja
na sua forma original, quer seja com algumas
adaptações, é o de Wilhelm Köppen (1918/1936) – mais
tarde atualizado por Rudolf Geiger (1954/1961)
- modelo dividido em 5 grupos principais, baseados
nos padrões sazonais de temperatura e precipitação;
- todos os grupos são indicados por letras;
- além da letra referente ao grupo principal, existem 2
tipos de subgrupos para classificação, um relacionado a
variação sazonal da precipitação, e um relacionado a
variação sazonal de temperatura.
Classificação Climática
Classificação Climática
Classificação Climática
Classificação Climática
Universidade Federal do Rio de Janeiro

Centro de Tecnologia - Escola Politécnica

Departamento de Recursos Hidricos e Meio Ambiente

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM
GESTÃO AMBIENTAL

ATMOSFERA
William Cossich
wcossich@lamma.ufrj.br

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