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FACULDADE

CENSUPEG

PRÁTICA DE ENSINO: EDUCAÇÃO INCLUSIVA

Daniele Velmud Rodrigues

POLO MARAU

2021
Daniele Velmud Rodrigues

A Inclusão na Educação Infantil

Trabalho de Graduação apresentado como requisito para a


disciplina de Prática de Ensino: Educação Inclusiva do
curso de Pedagogia, na Faculdade CENSUPEG.

Orientador (a):

Professor Michel Martins

POLO MARAU
2021
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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 4
DESENVOLVIMENTO ...................................................................................................... 5
CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................... 8
REFERÊNCIAS........................................................................................................................9
ANEXO...................................................................................................................... 10
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1 INTRODUÇÃO.

O presente trabalho visa propor uma discussão, a cerca da inclusão na educação infantil.
A educação infantil é estabelecida pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
(LDB), é a primeira etapa da educação básica, tem como objetivo o desenvolvimento intregral
da criança até seis anos de idade, completando assim a ação da família.
As escolas de educação infantl são, por vezes, o primeiro contato social da criança fora da
família.
Para tal discussão, observei a prática pedagogica da Escola Municipal de Educação Infantil
Favo de Mel , escola pública , localizada na cidade de Marau , no estado do Rio Grande do
Sul.
A escola atende crianças de berçário até a pré-escola.
Discutiremos a seguinte problemática: Exixte inclusão na educação infantil? Como ela
acontece? As escolas estão preparadas para receber alunos com necessidades especiaias?
Como ajustar a o que a lei estabelece para a inclusão e a relidade da escola. Entre outras
questões.
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2. DESENVOLVIMENTO

2.1 A inclusão escolar: O que é?


O paradigma da inclusão escolar começou a ser discutido na década de 1970, tornando-se
assim uma preocupação para o governo. Criou-se então, instituições públicas ew privadas,
orgãos normativos federais e estaduais e de classes especiais.Morian (2011,p.49-50) apud
Relma, Urel Carbone Carneiro(2011) apresenta um princípio interessante a respeito da
educação inclusiva:
Cabe à educação do futuro cuidar para que a ideia de unidade da espécie humana não apague a
ideia de diversidade, e que a da sua diversidade não apague a da unidade. Há uma unidade
humana. Há uma diversidade humana. A unidade não está apenas nos traços biológicos da
espécie Homo sapiens. A diversidade não está apenas nos traços psicológicos, culturais, sociais
do ser humano. Existe também diversidade propriamente biológica no seio da unidade humana;
não apenas existe unidade cerebral, mas mental, psíquica, afetiva, intelectual; além disso, as
mais diversas culturas e sociedades têm princípios geradores ou organizacionais comuns. É a
unidade humana que traz em si os princípios de suas múltiplas diversidades. Compreender o
humano é compreender sua unidade na diversidade, sua diversidade na unidade. É preciso
conceber a unidade do múltiplo, a multiplicidade do uno.
Levando em conta o panaroma descrito por Morin, é preciso que entendamos o que é educação
infantil e quando ela de fato começou a ser discutida.

2.2 A educação infantil.

O surgimento das creches é o inicio da educação infantil no Brasil. As creches surgiram para
resolver a necessidade que as mães trabalhadoras tinham, a de onde deixar seus filhos enquanto
trabalhavam.

Nesse período não se pensava no caráter educacional desses estabelecimentos, eram focados
apenas nos cuidados com as crianças.

Com a aprovação da Constituição de 1988 e da Lei de Dirtetrizes e Bases da Educação Nacional


de 1996, definiu-se educação infantil como a primeira etapa da educação básica e tendo por
finalidade o desenvolvimento completo da criança.

Segundo Mendes (2010, p, 47,48) os primeiros anos de vida de uma criança têm sido
considerados cada vez mais importantes. Os três primeiros anos, por exemplo, são críticos para
o desenvolvimento da inteligência, da personalidade, da linguagem, da socialização, etc. A
aceleração do desenvolvimento durante o primeiro ano de vida é mais rápida e mais extensiva
do qualquer outra etapa da vida, sendo que o tamanho do cérebro triplica nesse período.
Entretando o desenvolvimento do cérebro é muito mais vulnerável nessa etapa e pode ser
afetada por fatores nutricionais, pela qualidade da interação, do cuidado da estimulação
proporcionada a criança. Pensar em educação inclusiva, sem pensar em meios de acolher e
estimular as crianças desde a mais tenra idade é excluir as mesmas de uma etapa fundamental da
educação básica.

A LDB apresenta orientações específicas para a condução da prática pedagógica com crianças
portadoras de deficiências. O MEC elaborou um documento, chamado de Referencial Curricular
Nacional para regulamentar e orientar o ensino de tais crianças.

O item 5.1 trata especificamente das instituições de ensino infantil, elas precisam:

- disponibilizar recursos humanos capacitados em educação


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especial/ educação infantil para dar suporte e apoio ao docente
das creches e pré-escolas ou centros de educação infantil,
assim como possibilitar sua capacitação e educação continuada
por intermédio da oferta de cursos ou estágios em instituições
comprometidas com o movimento da inclusão;
- realizar o levantamento dos serviços e recursos comunitários
e institucionais, como maternidades, postos de saúde, hospitais,
escolas e unidades de atendimento às crianças com NEE,
entre outras, para que possam constituir-se em recursos de
apoio, cooperação e suporte;
- garantir a participação da direção, dos professores, dos pais
e das instituições especializadas na elaboração do projeto
pedagógico que contemple a inclusão;
- promover a sensibilização da comunidade escolar, no que diz
respeito à inclusão de crianças com NEE;
- promover encontros de professores e outros profissionais
com o objetivo de refletir, analisar e solucionar possíveis
dificuldades no processo de inclusão;
- solicitar suporte técnico ao órgão responsável pela Educação
Especial no estado, no Distrito Federal ou no município, como
também ao MEC/SEESP;
- adaptar o espaço físico interno e externo para atender crianças
com NEE, conforme normas de acessibilidade. (BRASIL, 2001, p. 24-26)

A EMEI Favo de Mel entende a lei e tem por desafio adequar a realidade com o que esta
estabelecido na lei e a realidade da comunidade escolar.
A escola está inserida em um bairro industrial e taende em sua maioria, filhos de industriários e
não com sala de atendimento especial (AEE)e toda a prática pedagógica é feita em sala de aula .
Embora a escola possua rampa de acesso e banheiros adaptados ainda é carente de muitos outros
recursos que facilitariam o cotidiano dos profissionais.
Atualmente a escola não atende alunos com deficiências físicas , porém existem alunos , sem
laudo, com suspeita de autrismo, dificuldades da fala e dificuldades de relacionamento
interpessoal.
Aprefeitura municipal oferta serviços como fonoaudiólgos, psicólogos entre outros profissionais
capazes de dignosticar, alguma deficiencia que por ventura venha existir nos alunos.
Chegando nesse ponto diagnóstico, a escola esbarra no preconceito, ainda existente das familías.
Elas, por sua vez não aceitam que seus filhos possam ter deficiências ou dificuldades de
aprendizagem.
A equipe diretiva e os profiisionais que compõem o quadro da Favo de Mel sempre buscam o
diálogo entre escola e família , pois entendem que assim as criançaas poderão ser melhor
assistidas e proseguiramse desenvolvendo integralmente.
Voltando a questão do laudo médico diagnosticando a deficiencia do aluno, o MEC emitiu uma
nota técnica 04/2014, que diz que não se pode considerar imprescidivel a apresentação de laudo
médico uma vez que o atendimento é pedagógico e nao clínico.

O estatuto da pessoa com deficiência estabelece no inciso XVII que seja ofertado profissionai de
apoio escolar, a lei não exigi uma formação técnica para a maioria dos profissionais de apoio
escolar, apesar disso a pessoa que exercer tal função deve ter qualidades como empatia e
sensibilidade, a escola conta com esses profissionais em sala de aula, porém , segundo ela , a
falta de qualificação especifica deles dificulta o trabalho.
Outra questão importante sobre inclusão é o atendimento que a escola faz ás crianças
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imigrantes , principalmente os haitianos.
Nesse caso os principais desafios são o idioma e as relações com a família visto que, a cultura é
muito diferente.
Embora haja inúmeros desafios, falta de recurso, entre outras, todas as crianças da EMEI Favo
de Mel são atendidas com amor, carinho e dedicação.
Segundo sua equipe diretiva cada professor se dedica com o que tem ou por vezes tirando
recurso de seu proprio bolso para promover uma educação inclusiva de qualidade e suprir
mesmo que um pouco os problemas da escola.
A criatividade e a afetividade vêm superando os obstáculos e ajudando a promover uma
educação plena dos alunos da Favo de Mel.
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3. Considerações Finais

O desenvolvimento integral da criança com necessidads especiais só é possível , quando há


uma rede de colaboração entre família , escola e equipes multidisciplinares ( fonoaudilógo,
terapeutas, psicológos , etc.).
A capacitação dos professors e profissionais de apoio é fundamental, pois muitos tem
dificuldades para lidar em sala de aula com as deficiências das crianças .
Embora haja amor e empatia há um logo caminho ente a lei e as diretrizes que estão
estabelecidas e a real prática pedagógica que acontece na escola.
A criatividade dos professores e funcionários ameniza a falta de recurso, espaço físico e
capacitação.
É importante ressaltar o esforço dos professores para que os alunos se desenvolvam plenamnete
na escola .
O poder público precisa urgente promover politicas que possam garantir a inclusão na educação
infantil , o que de fato não acontece , se não pelo esforço dos professores .
É impresccindível que haja suporte as famílias e a escola , pois se não houver continuaremos
exigem esforços sobre humanos dos professores que , embora com boa vontade não conseguem
, por vezes , efetuar o atendimento adequado as crianças
Aos cursos de graduações cabe promover uma formação melhor para os profissionais e a
sociedade no geral cabe a fiscalização e a exigência de seus governantes para que a eduacação
inclusiva de fato aconteça.
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4. Referências

BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa


do Brasil. 10. ed. Brasília, DF: Senado, 1998.

BRASIL. Lei no. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as


Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Diário Oficial da União.
Brasília. 23 dez. 1996. p. 27.833-27.841.

BRASIL. Política de Educação Especial na perspectiva da


Educação Inclusiva. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/
arquivos/pdf/politicaeducespecial.pdf. Ministério da Educação/
Secretaria de Educação Especial. 2007>.

BRASIL. LEI Nº 13.146, DE 6 DE JULHO DE 2015. Estatuto da Pessoa com


Deficiência. Disponível em <http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/_Ato2015-
2018/2015/Lei/L13146.htm>

BRASIL. Ministério da Educação. Diretrizes Nacionais para


Educação Especial na Educação Básica. Brasília: MEC/SEESP,
2001.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial.


Secretaria de Educação Fundamental. Referencial Curricular
Nacional para a Educação Infantil: Estratégias e Orientações para
a Educação de Crianças com Necessidades Educacionais Especiais.
Brasília: MEC/SEESP/SEF, 2001.

MANTOAN. Maria Tereza Eglér, Rosangela Gavioli Prieto, Organizado por Valéria Amorim
Arantes, INCLUSÃO ESCOLAR: PONTOS E CONTRAPONTOS Disponível em :
<https://www.google.com.br/search?q=diferen%C3%A7as+e+defici%C3%AAncias+imagens&rlz=1C
>

MENDES, E. G. Inclusão marco zero: começando pelas creches. Araraquara, SP: Junqueira &
Marin, 2010.

RELMA, Urel Carbone Carneiro , DOSSIÊ TEMÁTICO infância e escolarização, Educação


inclusiva na educação infantil . UNESP, 2011
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ANEXO
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