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AULA INAUGURAL PRESENCIAL E AO VIVO

PORTUGUÊS FUNDAMENTAL - SINTAXE

Teoria objetiva
De acordo com a NGB (NOMENCLATURA GRAMATICAL BRASILEIRA), a SINTAXE é a
parte da gramática que estuda as relações existentes entre as palavras numa frase ou entre as orações num
período.
NOÇÕES PRELIMINARES
1. FRASE
De acordo com Joaquim Matoso Câmara Júnior, no Dicionário de Linguística e Gramática, a FRASE é
definida como um enunciado linguístico de conteúdo satisfatório (com sentido completo), por uma entoação que lhe
assinala nitidamente o começo e o fim.

Ex.: Que calor! “PF: prova prevista para 28/03.”


Silêncio! “Violência na Rocinha: realidade.”

2.
Para Ulisses Infante, em 36 Lições Práticas de Gramática, a ORAÇÃO é a frase ou membro da frase que se
organiza ao redor de um verbo ou locução verbal.

Ex.: Anoiteceu.
Amanhã deverá chover. (deverá chover – locução verbal).
Na sala, vários alunos flamenguistas. (há – verbo implícito).

Obs.: na oração é indispensável a presença do verbo, mesmo que esteja implícito.

3.
É a frase que se estrutura em torno de uma ou mais orações, com pausa bem marcada por ponto final, de
interrogação, de exclamação ou reticências.
O período pode ser:

 SIMPLES – constituído de uma oração, chamada absoluta.


Ex.: Chove.
A REFORMA ORTOGRÁFICA não mexeu no “CRÉU.”

 COMPOSTO – constituído de mais de uma oração.


Ex.: A REFORMA ORTOGRÁFICA não mexeu no “CRÉU ”, mas mexeu na JIBOIA.

Obs.: lembre-se de que o verbo pode estar escrito ou implícito na oração.

EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO
1) Relacione as colunas:
a) Frase que não é oração;
b) Frase oração absoluta;
c) Frase período composto.
a) ( ) “Luís Miranda na CPI do Covid.” (Jornal O Globo).
b) ( ) “Na mesa, vários livros.”
c) ( ) “Tabajaras e Cabritos sem traficantes armados.” (Jornal O Globo).
d) ( ) “A árbitra Lia Mara Lourenço se distraiu e teve o pé esquerdo perfurado, durante o aquecimento dos atletas
para a prova de lançamento de dardo no Troféu Brasil, em São Paulo.”
e) ( ) “O Maracanã ficará lindo para o FLA x FLU.”

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f) ( ) “Quando você foi embora, fez-se noite em meu viver.”


g) ( ) “Onde está Lázaro?” (Jornal O Globo).
h) ( ) “Concurso para o Banco do Brasil em 2021: 2240 vagas.” (Folha Dirigida).
i) ( ) “Socorro!”
j) ( ) “Rock e famosos na plateia e na passarela.” (Jornal O Globo).

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TERMOS ESSENCIAIS DA
1. Sujeito – é o ser do qual se faz uma declaração.
2. Predicado – é tudo o que se declara a respeito do sujeito.
Ex.:
(Quem aprendeu sintaxe?)
Os alunos aprenderam sintaxe.
Sujeito. predicado.

Oração.

* Método de reconhecimento do sujeito: faz-se a pergunta ao verbo com “Quem?” ou “o quê?”.

CLASSIFICAÇÃO DO
SUJEITO
1. Simples – apresenta um só núcleo.

“Meu professor de análise sintática era o tipo do sujeito inexistente.”


Ex.: Sujeito Simples (núcleo – professor)

“Irei aos jogos do FLA no Maracanã.”


Sujeito Simples (desinencial - EU)

2. Composto – apresenta mais de um núcleo.


Ex.:
Pedro ou Paulo se casará com Maria.

Nota: apesar de a NGB reconhecer apenas dois tipos de sujeito, quando ele aparecer determinado, é comum
a referência de sujeito oculto, isto é, o núcleo do sujeito aparece implícito, subentendido,
elíptico.

Ex.: “Sonhamos com a paz no Rio de Janeiro”.

Quem? Nós – sujeito simples , também chamado de desinencial ou elíptico (indicado pela desinência – mos).

3. Indeterminado – não se pode determinar o núcleo. Fala-se de um ser que não se sabe ou não se quer ou
não se pode determinar com segurança quem ele seja. Neste caso, o verbo aparece na 3ª pessoa do plural ou na
3ª pessoa do singular + “se” (PIS).

Ex.: Falaram mal do Bolsonaro. (Verbo na 3ª pessoa do plural).

Apesar da violência, vive-se bem no Rio. (Verbo na 3ª pessoa do singular, mais o pronome “se”).

4. Oração Sem Sujeito (inexistente) – Ocorre nas orações constituídas por verbos impessoais. São elas:
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Haver – com significado de existir.

Ex.: Houve vários assaltos no Rio no último domingo.

 Haver / Fazer / IR – indicando tempo decorrido.


Ex.:
Faz dois anos que ele sumiu.

 Ser / Estar / Fazer / Permanecer – com referência de tempo cronológico, clima, datas, temperaturas ou
distâncias.
Ex.:
Hoje são 29 de junho..
Faz calor no Rio.

 Os verbos que exprimem fenômenos da natureza (chover, nevar, ventar ...)


Ex.:
Trovejou ontem no Rio.

EXERCÍCIOS DE APROFUNDAMENTO
1) Numere as colunas sendo:
(a) Sujeito simples;
(b) Sujeito composto;
(c) Sujeito indeterminado;
(d) Oração sem sujeito.

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1) ( ) ”Sob pressão da opinião pública, a Câmara 7) ( ) Havia muita gente na rua.
aprovou ontem, em ritmo acelerado, o fim dos salários
8) ( ) Existia muita responsabilidade.
extras. ” (Jornal O Globo) 9) ( ) Choram de susto os meninos.
2) ( ) “Recebiam R$ 25 mil.” (Jornal O Globo) 10) ( ) Fazia grande calor.
3) ( ) “Está-se sujeito a incertezas, após as eleições”.
11) ( ) Na minha rua estão cortando árvores.
4) ( ) Cleo Pires é “hackeada” no instagram. 12) ( ) “Bronzeado e de alto astral, Jesus brilhou na
5) ( ) Choveu muito. semana de moda carioca.”
6) ( ) Choveu muito dinheiro.

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Questões de concursos
1) (FGV) Observe as orações seguintes: e) Nas três orações.
I- Dizem por aí tantas coisas. 2) (CESGRANRIO)
II- Nesta faculdade acolhem muito bem os “Ouviram do Ipiranga as margens plácidas
alunos. De um povo heróico o brado retumbante...”
III- Obedece-se aos mestres. O sujeito da afirmação que se inicia o
O sujeito está indeterminado: Hino Nacional é:
a) Somente em I; a) indeterminado;
b) Na II somente; b) um povo heróico;
c) Na III somente; c) do Ipiranga;
d) Em duas delas somente; d) as margens plácidas do Ipiranga;
e) o brado retumbante.

(PREFEITURA DE ITAPERUNA / NÍVEL SUPERIOR)

Quem come quem


1 Em inglês, francês, espanhol, italiano, alemão ou japonês não existe uma expressão equivalente a
“comer”, significando relação sexual. Só em português, mais especificamente em brasileiro.
2 Aqui, o macho predador não faz amor ou apenas sexo: devora a sua presa. Mas depois do feminismo
as brasileiras modernas também adotaram a expressão para suas conquistas. Surpresos e intimidados,
os homens ouviram a temida e desejada ameaça: vou te comer!
3 Certamente essa expressão tão brasileira está em sintonia com o conceito de “antropologia cultural”,
lançado por Oswald de Andrade em 1928 e retomado no transe de 1968. Na época acreditamos
fervorosamente que o nosso destino e vocação – desde 1556, quando o bispo Sardinha foi comido
pelos caetés – era devorar a cultura colonizadora, digeri-la e transformá-la em brasileira e
revolucionária.
4 Em 2008, no mundo globalizado interligado, com as culturas nacionais interagindo e se misturando,
com a fusão de linguagens e gêneros, com os samplers, a computação gráfica e todas as maravilhas da
era da informação e das comunicações, não há nada mais anacrônico do que a ideia de antropofagia
cultural. Porque hoje qualquer nacional come e é comida, querendo ou não: a “antropofagia” é
inevitável e óbvia.

3) Em que item temos um sujeito inexistente?


(A) Disseram que a antropofagia foi moda.
(B) Bebemos na fonte da cultura europeia.
(C) Procuram-se talentos como Villa-Lobos e Tom Jobim.
(D) Não há mais teoria da antropofagia cultural.

4) Quem come quem? Analisando essa oração, podemos afirmar que:


(A) Os dois pronomes exercem a mesma função.
(B) Os dois pronomes exercem funções distintas.
(C) O primeiro pronome é relativo.
(D) O segundo pronome é interrogativo.

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