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Universidade Federal do Paraná

Departamento de Engenharias e Exatas


Engenharia de Aquicultura

Gestão Ambiental

NOMES: Arielly Fávaro Mendes GRR20186497


Cássia Lino da Silva GRR20190964
Cinthia Maria Seibert GRR20173620

Avaliação

1) Quais são as dimensões da gestão ambiental? Explique.


Dimensões: espacial, temática, institucional.

De acordo com Barbiere (2006, p.21): “Qualquer proposta de Gestão Ambiental


inclui no mínimo três dimensões, a saber: (1) a dimensão espacial que concerne
à área na qual se espera que as ações de gestão tenham eficácia; (2) a dimensão
temática que delimita as questões ambientais às quais as ações se destinam; e
(3) a dimensão institucional relativa aos agentes que tomaram iniciativas na
gestão”.

2) Comente o histórico da questão ambiental.


Os primeiros normativos relacionados à questão ambiental são oriundos das
Ordenações Manuelinas (Rei Manuel – 1514) e Filipinas (1603).

No período do Brasil Colônia, os minerais e produtos florestais eram retirados sem


nenhum critério. Numa primeira fase, do descobrimento do Brasil em 1500 até
meados do século XX, muito pouca atenção foi dada à proteção ambiental,
fazendo constar algumas normas isoladas que visavam, de forma emergencial,
assegurar a perpetuação de alguns recursos naturais com sinais de esgotamento,
com destaque à madeira do pau-brasil.
No Brasil República as normas de ordenamento ambiental visavam o direito de
propriedade dos recursos naturais, e assim foi no Código Civil de 1916, que faz
menção à caça como propriedade.

No período da Nova República (1946-1963), as normas objetivavam a proteção


da saúde do gênero humano, onde o que importava era alargar as fronteiras
produtivas, seja da agricultura, pecuária ou das atividades de mineração.

Em meados da década de 60, nossos legisladores tecem uma malha fragmentada


de normas jurídicas dirigidas a diversas categorias de recursos naturais, mas o
meio ambiente como um todo ainda era desconsiderado. Exemplos desta fase
são o novo Código Florestal de 1965, o Código de Caça, o Código de Pesca, o
Código de Mineração, todos de 1967, um período marcado pelo “Milagre
Brasileiro”, de grande intensificação da industrialização e abertura para as
indústrias estrangeiras se instalarem no país, num processo de metropolização e
formulação de políticas de desenvolvimento urbano. As cidades de São Paulo e
do Rio de Janeiro aportaram muitos recursos devido à intensa emigração que
acontecia, com impactos negativos, pois não havia infraestrutura para tal.

A Constituição Federal de 1988 é um divisor de águas do direito ambiental do


Brasil, dedicando um capítulo ao meio ambiente e diversos dispositivos
constitucionais de referência ao tema, promulga a competência concorrente da
União, Estados e do Distrito Federal para legislar sobre florestas, caça, pesca,
fauna, conservação da natureza, defesa do solo, dos recursos naturais, proteção
do meio ambiente e controle da poluição.

A década de 90 tem como fato marcante para o direito ambiental brasileiro a


realização da Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento, no Rio
de Janeiro, conhecida como a “Rio 92”. Foi um período de intensificação da crise
e recessão econômica, de reformas administrativas no governo federal, novas
configurações dos órgãos ambientais e de reformulação da política ambiental,
com a estruturação e ampliação da participação da sociedade na tomada de
decisão, oriunda das petições dos movimentos ambientalistas.

São estabelecidos os regimes de responsabilidade civil objetiva para o dano


ambiental e há a legitimação do Ministério Público para agir em matéria ambiental.

3) O que é o principio do poluidor pagador?


A base do princípio do poluidor-pagador é de caráter econômico, tendo em vista
que imputa ao poluidor os custos relacionados a uma atividade poluente. De
acordo com o art. 3°, inciso IV, da Lei 6.938/81 (POLÍTICA NACIONAL DO MEIO
AMBIENTE): poluidor “é a pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado,
responsável direta ou indiretamente por atividades causadoras de degradação
ambiental”. Portanto, na obrigação do poluidor em arcar com os custos da
reparação do dano causado ao meio ambiente por ele. O princípio do Poluidor-
Pagador não visa autorizar a ninguém o direito de poluir, pelo contrário, ele tem
como objetivo prevenir um dano ao meio ambiente e, caso ele aconteça que não
fique sem punição e reparação, ainda orienta e busca implementar uma forma
justa a distribuição dos ônus da prevenção e reparação dos danos ambientais
entre os agentes econômicos, parceiros comerciais e consumidores, mediante um
sistema de internalização das externalidades ambientais, que transfere os “custos
da poluição” do Estado e da sociedade para os responsáveis diretos e indiretos
pela atividade poluidora.

4) Faça um mapa mental sobre um dos instrumentos de GA da


PNMA.
5) Façam um vídeo explicando o mapa mental da pergunta anterior.

6) O que é zoneamento Ecológico-Econômico?


É um mecanismo que tem como objetivo viabilizar o desenvolvimento sustentável
a partir da compatibilização do desenvolvimento socioeconômico com a
conservação ambiental. Este mecanismo de gestão ambiental consiste na
delimitação de zonas ambientais e atribuição de usos e atividades compatíveis
segundo as características (potencialidades e restrições) de cada uma delas. O
objetivo é o uso sustentável dos recursos naturais e o equilíbrio dos ecossistemas
existentes.

O ZEE é instrumento da Política Nacional de Meio Ambiente conforme no inciso II


do artigo 9º da Lei n.º 6.938/1981, e regulamentado pelo Decreto Federal Nº
4.297/2002.

7) Para que serve a Avaliação de Impacto Ambiental - AIA?


Para garantir que projetos passíveis de danos ambientais sejam avaliados de
acordo com seus possíveis impactos ambientais. No processo de Avaliação de
Impacto Ambiental os possíveis impactos de um empreendimento são analisados
durante a fase de avaliação para aprovação do empreendimento.

A elaboração de um AIA é amparada em estudos ambientais, os quais são


elaborados por equipes multidisciplinares que apresentam diagnósticos,
descrições, análises e avaliações sobre os possíveis impactos ambientais
decorrentes do projeto. (essa é parte mais importante para a prova).

8) Qual é a diferença entre EIA e RIMA?


O EIA é responsável por dizer a respeito da coleta de material, analise, bibliografia
(textos), bem como estudo das prováveis consequências ambientais que podem
ser causados pela obra. Este estudo tem por finalidade analisar os impactos
causados pela obra, propondo condições para sua implantação e qual o
procedimento que deverá ser adotado para sua construção.

O RIMA é um relatório conclusivo que traduz os termos técnicos para


esclarecimento, analisando o Impacto Ambiental. Este relatório é responsável
pelos levantamentos e conclusões, devendo o órgão público licenciador analisar
o relatório observando as condições de empreendimento. Recebido o RIMA o
mesmo será publicado em edital, anunciado pela imprensa local abrindo o prazo
de 45 dias para solicitação de audiência pública que poderá ser requerida por 50
ou mais cidadãos ou pelo Ministério Público, onde após a realização de quantas
audiências forem necessárias é elaborado o parecer final, podendo ser autorizado
um licenciamento prévio para realização da obra ou o indeferimento do projeto.

9) Como é classificado o potencial poluidor de um


empreendimento? de um exemplo.
O Potencial Poluidor/Degradador pode ser pequeno (P), médio (M) ou grande
(G), dependendo da poluição ou degradação que possa gerar no ar, água e solo,
basta cruzar o Porte do empreendimento (P, M ou G) com o Potencial
Poluidor/Degradador Geral da atividade (P, M ou G).

O Porte do empreendimento (P, M ou G) com o Potencial Poluidor/Degradador


Geral da atividade (P, M ou G).

As classes vão de 1 à 6 e têm um papel importante na modalidade de


licenciamento ambiental a ser adotada. No caso de empreendimentos com mais
de uma atividade, para a regularização através do licenciamento ambiental será
considerada a atividade que tiver a maior classe.

Para saber a modalidade de licenciamento ambiental, basta cruzar o peso do


Critério Locacional com o número da Classe, conforme a Tabela 3 da DN nº
217/2017.
Exemplo ATIVIDADES MINERÁRIAS

Extração de água mineral ou potável de mesa

A-04-01-4 Extração de água mineral ou potável de mesa

Pot. Poluidor/Degradador:
Ar: P Água: M Solo: P Geral: P

Porte:
Vazão Captada ≤ 6.000.000 litros /ano : Pequeno
6.000.000 litros/ano < Vazão Captada ≤ 15.000.000 litros/ano : Médio
Vazão Captada > 15.000.000 litros/ano : Grande

Critérios Locacionais se aplicam, de acordo com o local em que está inserida a


atividade.
10) Quais são os tipos de licenças ambientais que existem e prazos
de validade?
Os prazos de validade das licenças ambientais são:

LICENÇA PRÉVIA: ATÉ 05 ANOS.

LICENÇA DE INSTALAÇÃO: ATÉ 06 ANOS

LICENÇA DE OPERAÇÃO: DE 04 A 10 ANOS.

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