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NA IFLOMA – MANICA
Massingue³
RESUMO
Moçambique, desde o seu descobrimento, foi objecto de desejo por ser um país repleto
de riquezas naturais. O primeiro recurso a chamar a atenção foi a madeira, que passou a
ser largamente desmatada, reduzindo drasticamente a percentagem de florestas no
território nacional.
Em busca de alternativas para atenuar a exploração das florestas nativas, foi estimulado
a plantação de espécies exóticas, como o Pinus spp, e Eucalyptus spp. [ CITATION
Lim06 \l 1033 ]. A implantação destas espécies tem demonstrado variadas possibilidades
de uso, rotação da cultura mais curta, óptima aplicação industrial e rápido crescimento e
bom mercado consumidor [ CITATION Far13 \l 1033 ].
Para fins de maneio, Barros (1980) citado por [ CITATION Alv15 \l 1033 ] afirmam que
conhecer a estrutura diamétrica de florestas é de grande relevância, visto que a idade
muitas vezes não é um parâmetro muito confiável, uma vez que estimar sua real idade
pode ser uma tarefa de difícil realização, principalmente em florestas nativas.
2. MATERIAL E MÉTODOS
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
3.1. Condições gerais das parcelas permanentes
3.1.1. Densidade dos povoamentos
Tabela 1: Espécie, densidade média inicial (na época do plantio) e densidade actual, e
sobrevivência das plantas em povoamentos de diferentes idades.
Densidade
Parcela Espécie Idade (ano) Inicial Actual Sobrevivência (%)
5.13 8 1111 728 65.5266
24.4 9 1111 424 38.1638
2.3 10 1111 520 46.8047
5.4 Eucalyptus
grandis 13 1111 432 38.8839
7.3b 14 1111 952 85.6886
4a1a 15 1111 520 46.8047
Media 1111.0000 596.0000 53.6454
CV (%) 0.0000 34.5647 34.5647
A densidade média inicial dos povoamentos foi de 1111 árvores por hectare e
actualmente conta com cerca de 596 árvores por hectare, o que corresponde a uma taxa
de sobrevivência média de aproximadamente 53.65%. A redução no número de árvores
actual em relação à inicial se deve a queda e morte das árvores, pois em todos os
povoamentos não foram realizados os desbastes. De acordo com a tabela 1, é possível
notar que a densidade actual mostrou um elevado coeficiente de variação enquanto a
densidade inicial. Este comportamento é justificado pelo facto destes povoamentos
serem de idades diferentes, o que resulta numa alta variação dos valores de densidade
devido a tendência de redução do número de indivíduos por queda e mortalidade à
medida que a idade aumenta.
Os povoamentos têm idade compreendida entre 8 a 15 anos, e sua densidade entre 424 a
952 árvores por hectare. Esta densidade esta dentro dos padrões, mais ainda pode ser
reduzida por desbastes, de modo a alcançar a densidade final ideal para obtenção de
rendimentos elevados. Acerbi Jr. et al. (1999) analisando diferentes regimes de desbaste
verificou que, para uma densidade inicial de 1111 a 1667 árvores por hectare, pode se
realizar desbaste aos 12 e 14 anos. Assim sendo, a empresa pode adoptar qualquer um
dos regimes de desbastes acima apresentados, com vista a estimular o crescimento e
elevar os rendimentos dos povoamentos visto que esses povoamentos já possuem idade
ideal para a realização do desbaste.
Ni/ha
Ni/ha
80 60
100 60
40
40
50 20
20
0 0 0
10 15 20 2 5 3 0 3 5
10
10
5
0
5 - 10 - 15 - 2 0 - 2 5 - 3 0 -
0-
-1
-2
-2
-1
-2
-2
-3
5-
5-
10
20
15
20
25
15
10
Classe diametrica (cm) Classe diametrica (cm) Classe diametrica (cm)
200
Ni/ha
Ni/ha
150 100
100
100 50
50
50
0 0
0
5
0
5
0
5
0
10 15 20 25
-1
-2
-2
-3
-3
-4
5 - 1 0 - 1 5 - 20 -
5
10 0
15 5
20 0
25 5
0
10
20
35
15
25
30
0-
1
-1
-2
-2
-3
5-
30 35
25 30
25
20
Altura (m)
20
DAP (cm)
15
15
10
10
5 5
0 0
8 9 10 13 14 15 8 9 10 13 14 15
Idade (anos) Idade (anos)
25 600
500
20
400
Gi (m2)
V (m3)
15
300
10
200
5 100
0 0
8 9 10 13 14 15 8 9 10 13 14 15
Idade (anos) Idade (anos)
Nas tabelas abaixo estão apresentados os valores de IMA em DAP, altura, área basal e
volume por hectare dos povoamentos em cada idade, com as respectivas medidas de
precisão.
Tabela 2: Incremento médio anual (IMA) do DAP, da altura, da área basal (G/ha), e do
volume em diferentes idades e as respectivas medidas de precisão.
Idade (anos) DAP (cm) Altura (m) G/ha (m2) V/ha (m3)
8 1.4141 2.4955 1.0688 17.0697
9 1.9239 2.4587 1.2499 22.1267
10 1.9825 2.4809 1.8559 36.8352
13 1.3909 1.5520 0.8807 14.2151
14 1.1009 1.6294 1.4074 25.6850
15 1.6231 1.9415 1.6557 38.5759
Media 1.5726 2.0930 1.3531 25.7513
CV % 21.5572 21.1170 26.8926 39.1779
O incremento do volume encontrado neste estudo pode ser considerado de óptimo, visto
que se encontra no intervalo encontrado nas plantações de Eucalyptus apresentados por [
CITATION Lam90 \l 1033 ] que varia entre 3 a 37 m3/ha /ano e por apresentar bom
desenvolvimento mesmo em local que não é de origem.
4. CONCLUSÃO
A densidade de plantas por hectare dos povoamentos está elevada, pelo qual se
recomenda o desbaste. Houve uma redução do número de árvore entre a densidade
inicial e actual devido a mortalidade (árvores seca e caída). A distribuição diamétrica de
ambas idades foi do tipo normal, o que é típico de plantações florestais.
5. REVISÃO BIBLIOGRAFIA