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RESUMO
Este artigo tem por objetivo analisar a relação da afetividade, e sua contribuição na aprendizagem do
aluno. Para elaboração deste estudo foi realizada uma pesquisa bibliográfica, a fim de aproximar-se da
pesquisa documental e, a partir daí, aprofundar a investigação sobre o tema. Além disto, busca
subsídios e conhecimentos teóricos necessários ao estudo. Para isso, foram consultados os principais
teóricos, a exemplo de Wallon (1968), Vygotsky (1998; 2000; 2003), Piaget (1989; 1990) entre
outros autores que relacionam às contribuições da afetividade na aprendizagem. Portanto, pretende-se
despertar e desenvolver nosso conhecimento acerca da relação afetividade com a aprendizagem, e
contribuir para que o educador reflita a sua atuação e a importância das relações afetivas presentes na
sala de aula, nas relações professor/aluno, de modo que a afetividade e educação estão intrinsecamente
ligadas à aprendizagem, e ela traz benefícios quando é almejada assim como a sua falta pode trazer
consequências em todo processo de ensino e aprendizagem. Por meio dos aspectos alinhados na
fundamentação do presente estudo, tendo como base as discussões teóricas dos autores, concluímos
que o laço afetivo na relação professor-aluno melhora as intervenções pedagógicas, constitui elemento
inseparável no processo de construção do conhecimento e define o sucesso da aprendizagem.
Palavras-Chave: Afetividade. Aprendizagem. Relação Professor-Aluno.
ABSTRACT
This article aims to analyze the relationship of affectivity, and its contribution to student learning. For
preparation of this work was used to study literature in order to approach the documentary research
and, from there, further research on the topic. In addition, search subsidies and theoretical knowledge
needed to study. For this, the main theoreticians were consulted, like Wallon, Vygotsky Piaget and
other authors who relate to the contributions of affectivity in learning. Therefore, we intend to awaken
and develop our knowledge about the relationship affectivity with learning, and contribute to the
educator reflects its performance and the importance of emotional relationships present in the
classroom, the teacher / student relationship, so that the affectivity and education are inextricably
linked to learning, and it is beneficial when it is desired as well as its failure may have consequences
throughout the process of teaching and learning. Through aspects aligned in the grounds of the present
study, based on the theoretical discussions of the authors, we conclude that the emotional bond to the
teacher-student relationship improves pedagogical interventions, is an inseparable element in the
knowledge construction process and sets the learning success.
Keywords: Affection. Learning. Teacher-Student. Relationship.
1
Este artigo é produto das ações da Oficina de Escrita Científica, atividade itinerante do Sistema de
Acompanhamento Permanente de Egressos do Curso de Licenciatura em Química (SAPEQ) da Faculdade Pio
Décimo.
2
Graduada em Letras Português/Inglês pela Universidade Federal de Sergipe; Pós-graduada em Psicopedagogia
pela Faculdade Pio Décimo; Pós-graduada em Tecnologias da Educação - PUC Rio; Discente do Curso de
Letras Espanhol UFS. Professora de Educação Básica-SEED. E-mail: mdoramachado@hotmail.com
3
Doutoranda em Educação pela Universidade Tiradentes. Mestra em Educação pela Universidade Tiradentes.
Atua como professora da Faculdade Pio Décimo (FPD/SE) nos cursos de Licenciaturas em Letras/Espanhol e
Química. Supervisora Pedagógica do Colégio Santa Chiara. E-mail: josevaniatguedes@gmail.com
³ Graduada em Pedagogia pela Faculdade Evangélica Cristo Rei (Piauí); Graduanda em Psicopedagogia Clínica e
Institucional pela Faculdade São Judas Tadeu (Piauí) E-mail: lanilde1@hotmail.com
INTRODUÇÃO
É sempre a afetividade que constitui a mola das ações das quais resulta, a
cada nova etapa, esta ascensão progressiva, pois é a afetividade que atribui
valor às atividades e lhes regula a energia. Mas, a afetividade não é nada sem
a inteligência, que lhes fornece os meios e esclarece os fins (PIAGET 1989,
p. 69-70).
Observe-se que, a afetividade, para Piaget tem a mesma força metafórica da alavanca
de Arquimedes. Inclusive, inseriu o elemento energia (força humana) reguladora das atitudes,
das ações dos seres humanos. E, fecha, de maneira contundente o seu pensamento colocando a
inteligência como dependente da afetividade, ou por ela coordenada. A reflexão piagetiana
assim entende o relevante papel dos afetos verdadeiros.
Uma comparação conceitual bem interessante diz ser a afetividade uma espécie de
óculos através dos quais enxergamos o mundo e que eles nos ajudam a divisar a realidade
deste ou daquele outro modo, mas, no caso de tais óculos não se encontrarem posicionados
corretamente, poderemos [...] enxergar as coisas maiores ou menores do que são, mais
coloridas ou mais cinzentas, mais distorcidas ou fora de foco. Tratar da Afetividade significa
regular os óculos através dos quais vemos nosso mundo (SANTOS; RUBIO, 2012, p.3).
D ac d c F a (2001, .62), a dad ca c d
psíquicos que se manifestam sob a forma de emoções, sentimentos, acompanhados sempre da
impressão de dor ou prazer, de satisfação ou insatisfação, de agrado ou desagrado, de alegria
ou a . A sala de aula é um lugar propício para demonstrar essas emoções e estabelecer
uma relação de diálogo, afeto, confiança e atenção na interação entre os autores do processo
educativo, e pode influenciar o relacionamento social e na aprendizagem, de modo que a
linguagem e a conduta do educador, se bem ou não muito bem conduzida, refletirá assim
mesmo no processo de ensino e aprendizagem, tendo-se em vista que a afetividade é o
atributo psíquico que dá o valor e representa a realidade.
Autores como Piaget, Vygotsky, Wallon, e Freud e seus seguidores reafirmam a
influência do ambiente escolar na construção da individualidade da criança ou no
desenvolvimento de toda a personalidade dela. Cabe ao educador um papel de destaque nas
relações sociais que se formam no contexto escolar.
O docente que mantém uma postura de crença e confiança no potencial de
aprendizagem do seu aluno, dedica-lhe sua atenção, cria expectativa e contribui para seu
desempenho na aprendizagem. O docente que demonstra comportamento contrário poderá
promover em seu aluno uma baixa expectativa de êxito, o que poderá influenciar
negativamente sobre seu autoconceito e sua autoestima, levando-o a se afastar do professor e,
este, por sua vez, interferirá de forma indesejada na construção da aprendizagem.
Comenius (século XVII), por exemplo, propunha que os jovens fossem educados
tendo em vista torná-los sábios, honestos e piedosos, mas sem violência por parte dos
educadores ou da família, o que não invalidava a severidade. A juventude teria que cultivar os
bons modos em todas as circunstâncias da vida, cuidando do corpo e do espírito. Quanto a
Rousseau, a proposta educacional idealizava a existência do amor e do afeto que o uniria ao
seu mestre.
Mais para cá, nascido no final do século XX, Vygotsky (1984) enfatiza a importância
das interações sociais, como aspectos fundamentais para a aprendizagem, defendendo que a
construção do conhecimento ocorre a partir de um intenso processo de interação com o outro.
Quando a afetividade é direcionada em favor da aprendizagem, o aluno se sente e se mostra
motivado e interessado, aprende e se envolve no processo de produção do conhecimento
através da motivação de suas atividades mentais. Vygotsky inseriu uma abordagem sobre a
questão do significado, afirmando que as transformações orgânicas desvinculadas do contexto
não são suficientes para produzirem a emoção.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, Ana Rita Silva. A emoção na sala de aula. Campinas/SP: Papirus, 1999.
BARGUIL, Paulo Meireles. Reflexões sobre a relação professor-aluno a partir das pesquisas
de Piaget e Vygotsky. In: PASCUAL, Jesus Garcia; DIAS, Ana Maria Iorio (Orgs.).
Construtivismo e Educação contemporânea. Fortaleza: Brasil Tropical, 2006. p. 114-117.
FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo dicionário de língua portuguesa séc. XXI.
Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001.
PIAGET, J.; INHELDER, B. A psicologia da criança. 11. ed. Rio de Janeiro: Bertrand
Brasil, 1990.