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O Plano, que têm ênfase em medidas sociais como auxílio para creches e cuidado para idosos, além de

iniciativas ambientais, reflete compromisso entre os USD 6 trilhões defendidos pela ala mais à esquerda do
partido e os valores mais conservadores dos moderados. No entanto, ainda tem que passar pelo filtro dos
senadores mais conservadores do partido, que não fazem parte da comissão – Joe Manchin e Kyrsten Sinema –
e anteriormente tinham mencionado valores entre USD 1 e 2 trilhões. As negociações podem levar meses. Já o
pacote de infraestrutura deve ter andamento mais célere e pode ser aprovado logo em agosto.

No Brasil, o relator da reforma do imposto de renda, Celso Sabino, apresentou uma nova versão da proposta,
com corte mais agressivo de impostos às pessoas jurídicas para compensar a introdução do imposto sobre os
dividendos. A nova versão é mais positiva para a atividade econômica, embora aumente o risco fiscal. Segundo
Sabino, a nova proposta representa uma redução de R$ 30 bilhões por ano na arrecadação de impostos.

O texto preliminar vence etapa importante para afastar resistências à proposta original da Economia e ajuda a
manter o tema em evidência, algo relevante para o presidente Arthur Lira. A apresentação inaugura nova fase
de discussão – ainda há pontos de resistência, como a alíquota de 20% para dividendos e os próprios cortes de
incentivos – e, embora Arthur Lira tenha aventado a possibilidade de que o relatório esteja “pronto para votar”
ainda esta semana, a tendência é que o tema fique maduro para ir a plenário apenas a partir de agosto.

Em meio ao clima turbulento na política, os presidentes Jair Bolsonaro, Arthur Lira, Rodrigo Pacheco e Luiz Fux
têm encontro às 11h. A ideia é passar uma sinalização de trégua depois dos episódios de tensionamento nas
últimas semanas.

Ainda, a Câmara aprovou ontem o projeto que impõe restrições aos supersalários do funcionalismo público,
obtidos por meio dos “penduricalhos” e diversos tipos de auxílio. O texto, que volta ao Senado, tem potencial de
economia de R$2 bilhões a R$10 bilhões anuais segundo o relator e é visto como condicionante para avanço da
reforma administrativa.

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