Você está na página 1de 16

RELEM – Revista Eletrônica Mutações, jan–jun, 2017

©by Ufam/Icsez

Website Bola da Ilha: jornalismo esportivo como resgate da história


do futebol em Parintins
SILVA, Sebastião Janderson Torres da1
MACHADO, Raimundo Soares2
SILVA, Gabriel Leal Pereira da3
Universidade Federal do Amazonas

Resumo:
Este artigo é o resultado dos processos de criação do site www.boladailha.com.br com o propósito de
resgatar e divulgar a história do futebol no município de Parintins/Amazonas por meio da internet. O
site traz à tona a história do esporte da cidade, clubes, jogadores, técnicos, dirigentes e outros
personagens que influenciaram o esporte local. O trabalho aborda os momentos áureos do futebol
parintinense, as conquistas, o crescimento em relação ao âmbito regional, bem como a sua decadência.
A página é uma biblioteca virtual, com um resgate mnemônico do esporte valendo-se para isso, das
técnicas do webjornalismo com texto, hipertexto, interatividade, leitura não-linear e etc. Produto
relativamente novo nesse tema, o site www.boladailha.com.br é um espaço com informações sobre o
futebol parintinense, tão importante para o crescimento da cidade da década de 60, mas que hoje se
resume a campeonatos quase sem relevância.

Palavras-Chave: Futebol Parintinense; Resgate mnemônico; Webjornalismo

Abstract
This article is the result of the processes of creation of the site www.boladailha.com.br with the
purpose of rescuing and divulging the history of soccer in the municipality of Parintins / Amazonas
through the internet. The site brings up the history of the city's sport, clubs, players, coaches, officials
and other characters that have influenced the local sport. The work deals with the golden moments of
Parintinense football, the achievements, the growth in relation to the regional scope, as well as its
decadence. The page is a virtual library, with a mnemonic rescue of the sport using for that, the
techniques of webjournalism with text, hypertext, interactivity, non-linear reading and so on. A
relatively new product in this theme, the site www.boladailha.com.br is a space with information about
the parintinense football, so important for the growth of the city of the 60's, but today it comes down
to almost irrelevant championships.

Keywords: Football Parintinense; Mnemonic rescue; Webjournalism.

1 – Introdução
O futebol, paixão do brasileiro, tem um espaço privilegiado nas mídias nacionais.
Mas, no âmbito local, no que tange ao futebol parintinense, não temos um espaço dedicado
1
Mestrando em Educação na Universidade Federal do Amazonas - Ufam. Possui Licenciatura Plena em História pela
Universidade do Estado do Amazonas/UEA (2008). Bacharel em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade
Federal do Amazonas/Ufam (2016). Especialista em Metodologia de Ensino de História pelo Centro Universitário Leonardo
Da Vinci (2012). jandersonsilva.silva@bol.com.br.
2
Curso de Comunicação Social/Jornalismo. Universidade Federal do Amazonas - Instituto de Ciências Sociais, Educação e
Zootecnia. raisoaresmachado@hotmail.com
3
Curso de Comunicação Social/Jornalismo. Universidade Federal do Amazonas - Instituto de Ciências Sociais, Educação e
Zootecnia. literalmente_leal@hotmail.com.
exclusivamente para ele, resultado do preconceito dos jornais locais em privilegiar, nas suas
editorias, assuntos tidos como mais relevantes para a sociedade parintinense.
Com base nisso, criamos o site www.boladailha.com.br, com o objetivo de resgatar e
divulgar a história do futebol no município de Parintins/Amazonas, a fim de contribuir para a
valorização da memória do futebol local. Reunimos documentos da memória, por meio de
jornais da época, fotos, vídeos, áudios, entrevistas com dirigentes e personagens do futebol
local, tão valorizado na década de 60, mas que hoje se resume a pequenos campeonatos quase
sem expressão na cidade.
O material de cunho jornalístico publicado em sites de jornais da cidade são cópias
fiéis do que é divulgado nos jornais impresso e nos programas das rádios locais. Isso nos leva
a afirmar que não há uma produção de notícias com linguagem apropriada para os leitores que
acessam a internet em busca de notícias sobre o futebol local. Dessa forma, o webjornalismo
vem nortear não só a escrita do site, fazendo com o que o público alvo, ou seja, os webleitores
amantes do futebol possam a história dos clubes parintinenses.
São discutidos temas considerados pertinentes para o entendimento do produto
realizado. Como por exemplo, contextualizar o uso da internet para a construção e publicação
do material coletado. A história da internet, o crescimento e a disseminação da rede mundial
de computadores bem como as possibilidades que essa mídia trouxe frente às mídias
tradicionais, rádio, TV e jornal impresso.
Os depoimentos coletados, as fotos digitalizadas e a conversa informal reforçam
ainda mais a utilização da internet como meio de divulgação, devido à aceitação dos vários
tipos de mídia existente, ou seja, foi possível mesclar texto, áudio, vídeos, imagens e até
mesmo charges para ilustrar o site.
Tudo isso para tratar do tema central que é a história do futebol em Parintins, usando
principalmente falas de pessoas que vivenciaram os momentos áureos do esporte local.
Destaque também para origem e disseminação do futebol, a chegada do esporte no Brasil, no
estado do Amazonas e a história dos momentos marcantes do futebol em Parintins.

2 – A internet como meio de comunicação


A internet pode ser usada como instrumento de informação rápida, facilita a busca
dos diversos conteúdos disponíveis na rede. Está presente em todas as áreas do conhecimento,
educação, saúde, esporte, lazer e etc. Pessoas podem comprar, vender, estudar, trabalhar e se

208
comunicar remotamente através da rede mundial de computadores sem sequer sair de suas
casas. Para Pierre Lévy:

O desenvolvimento digital é, portanto, sistematizante e universalizante não


apenas em si mesmo, mas também, em segundo plano, a serviço de outros
fenômenos tecnosociais que tendem a integração mundial: finanças,
comércio, pesquisa científica, mídias, transporte, produção industrial etc. (p.
115).

Levando em consideração a ideia do autor é fácil perceber o que a internet representa


para a sociedade nos dias de hoje. É quase que impossível estar integrado mundialmente sem
os benefícios que as tecnologias da informação proporcionam ao usuário. Mas nem sempre foi
assim. A internet que conhecemos surgiu nos Estados Unidos em 1969, fruto da ideia de
descentralizar e distribuir as informações confidenciais em pontos diferentes, para que os
países inimigos não pudessem encontrar e destruir os pontos de informações. Isso só foi
possível com a criação das primeiras redes de computadores por meio do projeto ARPA
(Advanced Research Project Agency) em setembro de 1969, através do Departamento de
Defesa dos Estados Unidos, em virtude da rivalidade tecnológica e militar entre EUA e União
Soviética no auge da Guerra Fria entre os dois países.
Segundo Castells (2003) a internet antes chamada de Arpanet, era de uso exclusivo
dos militares. Todos os esforços ligados ao desenvolvimento da internet tiveram lugar em
instituições governamentais e importantes centros de pesquisa. Ele afirma que:

Como parte desse esforço, a montagem da Arpanet foi justificada como uma
maneira de permitir aos vários centros de computadores e grupos de pesquisa
que trabalhavam para agencia compartilhar on-line tempo de computação
(CASTELLS, 2003, p.14).

A partir desse momento a busca para aprimorar o compartilhamento de informações


por meio das redes de computadores só aumentou, fazendo com que houvesse mais
investimentos em pesquisas tecnológicas voltadas para o setor, impulsionando a produção de
computadores em larga escala com essa tecnologia.
Assim como toda tecnologia nova, os primeiros anos da internet foram de
aprendizados. Passada essa fase começou-se a explorar as potencialidades da nova tecnologia
nos processos de produção de informação e comunicação que a grande rede oferece. A
internet tem se mostrado um instrumento que reduz drasticamente o custo da comunicação.

209
Isso significa que ela é capaz de alterar por completo qualquer setor ou atividade muito
dependente do fluxo de informação.

A internet, rede mundial de computadores, trouxe a possibilidade de acessar


e manipular informação situada em locais de todo o mundo utilizando-se
todos os tipos de computadores, e mesmo outros tipos de equipamentos,
como os telefones, celulares. A World Wide Web (WWW OU W3), serviços
de hipermídia da Internet, trouxe o recurso mais popular desta. Ela serve de
suporte a um novo produto de multimídia, que é o site da Web. (PAULA
FILHO, 2011, p. 5).

Diante das mídias tradicionais (Tv, rádio, revistas, jornais, etc.) a internet vem trazer
novas possibilidades de utilizar os conteúdos de diferentes formatos e unir em um único
espaço, por meio de hipermídia que a world wid web oferece, como afirma McLuhan (2007),
as mídias anteriores são aperfeiçoadas pelas posteriores. Outra relevância se deve ao fato de
que os conteúdos presentes na grande rede podem ser acessados por diversos tipos de
equipamentos tecnológicos conectados a internet. Devido à facilidade que a grande rede
oferece, pessoas de qualquer canto do globo podem produzir informações e publicá-las na
web.
Aproveitando-se das facilidades que a internet oferece, o site www.boladailha.com.br
foi criado para resgatar a história do futebol parintinense bem como sua divulgação. Nosso
interesse se deu devido à falta de conteúdo informativo a respeito do assunto não só na
internet, mas também nos outros meios de comunicação da cidade. Pois o que se sabe é que as
únicas formas de registro estão na memória das pessoas que vivenciaram os momentos de
auge do futebol parintinense. Segundo Bosi, (1994, p.418) “cada geração tem, de sua cidade,
a memória de acontecimentos que permanecem como ponto de demarcação em sua história”.
Tendo em vista o papel social que a memória representa na construção de um dado
acontecimento, a história do futebol parintinense permanece viva na memória das pessoas que
assistiram aos jogos, torceram, vibraram e participaram do esporte local. Bosi (1994, p.107)
destaca que:

Um dos aspectos mais instigantes do tema é o da construção da memória.


Quando um grupo trabalha intensamente em conjunto, há uma tendência de
criar esquemas coerentes de narração e de interpretação dos fatos,
verdadeiros universos de discurso, verdadeiros universos de significado, que
dão ao material de base uma forma histórica própria, uma versão consagrada
dos acontecimentos. O ponto de vista do grupo constrói e procura fixar sua
imagem para a história.

210
Neste sentido, fato guardado nas memórias de quem vivenciou os momentos áureos
do futebol parintinense nos subsidiaram para entender melhor a dinâmica da história
futebolística e a partir dela fazer um resgate dos acontecimentos da época. Tendo em vista que
a memória aparece como fonte de pesquisa para resgatar e explicar dados não registrados pela
historiografia oficial.
Assim, a internet “não é apenas a mídia da instantaneidade, mas é também a mídia da
memória” (BRUNO PATINO in LAGO, 2008, p.240), pois toda informação postada na rede
permanece arquivada de forma permanente, podendo ser atualizada e acessada a qualquer
momento. Isso porque “o jornalismo on-line tem a capacidade de preservar e disponibilizar de
uma forma única [rápida] as edições anteriores, diferenciando de outros tipos de mídia”
(FIDALGO apud LAGO, 2008, p.239).
A internet tem sido uma ferramenta importante para a valorização da memória social,
pois esta permite o arquivamento de conteúdos, a atualização dos mesmos e o acesso a
qualquer momento e lugar. Tornando-se uma mídia atemporal, pois as informações lançadas
na rede podem ser visualizadas mesmo não sendo assuntos atuais.
Para Ringoot apud Lago:

A informação permanente é uma inovação que corresponde à hibridização de


temporalidade permitida pela reutilização de enunciados, o que [vai] contra
toda ordem normal dos valores-notícias, coloca as informações de arquivos
(ou banco de dados) no mesmo nível das notícias (LAGO, 2008, p.238).

Essa característica contribui de fato para a valorização e resgate mnemônico da


memória social do futebol de Parintins, pois além de conservar os dados, a internet traz um
estímulo para que a memória permaneça viva sendo a ponte de ligação entre o passado, o
presente e o futuro, valendo-se das mídias convencionais aperfeiçoando os conteúdos já
criados sobre o tema.

2.1 - Web Jornalismo


O início do século XXI pode ser considerado o pano de fundo das discussões sobre o
futuro do jornalismo face ao surgimento de novas tecnologias da informação, especialmente a
internet. Isso nos leva a pensar que as mídias tradicionais (rádio, TV, jornal impresso),
perderiam espaço para esse novo formato de informação. No entanto, tal afirmação torna-se
exagerada na medida em que nem todos os leitores têm acesso à internet e, por isso acabam
recorrendo ao bom e velho jornal impresso.
211
O fim dos jornais impressos – tão predito no passado com a chegada de cada
novo meio de comunicação provou mais uma vez ter sido exagerado. Na
verdade, as versões online dos jornais parecem ter estimulado o leitor das
“cópias impressas”. (RUDIN, 2008, p.11)

Não podemos negar a importância da internet, considerada aqui como um fenômeno


que transformou a vida das pessoas e da sociedade de modo geral. No jornalismo não foi
diferente, pois ela se tornou uma ferramenta importante para o trabalho do jornalista. No
entanto, mesmo para a internet, o jornalista precisa seguir preceitos fundamentais do bom
jornalismo – selecionar, avaliar, editar e resumir -, para não cair em armadinhas da falta de
controle do que é publicado na internet.

A tecnologia digital “libertou” os jornalistas da dependência de um processo


de produção complexo envolvendo muitas habilidades profissionais: eles
detêm, cada vez mais, a produção e o controle editorial de seu material. No
entanto, as demandas de notícias 24h ininterruptas são vorazes e muitos
jornalistas queixam-se de precisar ser rápidos a fim de produzir material para
muitas agências de noticias, o que resulta em trabalho de qualidade
superficial, bem como de estar amarrados à redação ou ao estúdio, incapazes
de conseguir ou descobrir a verdadeira noticia. (RUDIN, 2008, p. 12)

O “novo jornalismo” provocado e forjado pela internet é possível, desde que o


jornalista tenha contato direto com as fontes, sendo capaz, portanto, de produzir com mais
rapidez por conta de ferramentas tecnológicas mais modernas. Diante disso, o jornalista com
formação humana, é o principal responsável para diminuir o risco que a sociedade corre de ser
inundada com tantas informações, muitas vezes alheias aos interesses públicos.
O que se tem sobre o webjornalismo é a confusão conceitual com nítida dificuldade
para definir o tipo de jornalismo que faz com ajuda da internet. Mas, é unânime entre os
teóricos o fato de que a internet permitiu o surgimento do novo gênero revolucionando a
relações produtivas da informação. Assim, “jornalismo digital, então pode ser precariamente
definido como a disponibilização de informações em ambiente virtual, o ciberespaço,
organizadas de forma hipertextual com potencial multimidiático e interativo”. (PENA 2008,
p.176)
Nota-se, entretanto, que apesar das potencialidades da internet é muito comum
vermos no webjornalismo uma simples cópia das informações publicadas em outros veículos.
Dessa forma transforma-se o meio num simples distribuidor de conteúdos já existentes. O
webjornalismo precisa encontrar uma linguagem nova para se adaptar melhor ao novo meio

212
de comunicação, associando nos seus produtos uma nítida relação harmônica entre texto, som
e imagem.

O grande desafio feito ao webjornalismo é a procura de uma “linguagem


amiga” que imponha a webnotícia, uma notícia mais adaptada às exigências
de um público que exige maior rigor e objetividade. [...] Pretende-se explorar
a integração de elementos multimédia no jornalismo e, por conseqüência
tentar identificar algumas características de uma nova narrativa jornalística
adaptada ao novo meio. (CANAVILHAS, 1999, p.2)

Não obstante a isso, observamos as novidades trazidas por esse novo formato de
jornalismo, pois ao descentralizar o poder das mãos das mídias tradicionais, consegue alterar
também as relações de força entre os usuários, colocando-os como potenciais fontes para os
jornalistas. Abre-se com isso inúmeras possibilidades para os usuários da internet, produzir e
publicar conteúdos desde que conhecedores de técnicas do jornalismo.
Dessa maneira e com essa característica o webjornalismo vem ganhando um espaço
cada vez maior em comparação as mídias tradicionais, pois dá aos usuários praticidade e
comodidade para o acesso. Assim, o jornalismo tão dominado pelas grandes empresas e seus
veículos, ganha um ferramenta poderosa para produção e divulgação de notícias derrubando o
poder hegemônico da grande mídia.

3 - Futebol: nasce uma paixão


O futebol, esporte hoje praticado mundo afora com adeptos em todas as partes do
planeta, tem sua origem marcada por mitos, lendas e muitas controversas. Isso porque são
inúmeras as origens do esporte. Países como China, Itália e Inglaterra podem ter sido os locais
onde ele nasceu, associado a jogos ou a brincadeiras. Conta a lenda que no século XIV, em
plena Idade Média, na cidade de Ashborne na Irlanda, um jogo parecido com o Harspatum ,
teve uma partida disputada com o crânio de um oficial da Dinamarca morto em batalha.
Violência, feridos e mortes eram as principais características desse jogo. Milliet Filho (2009,
p. 95), faz algumas considerações sobre a origem do jogo. Para ele,

O kemari, há 4.500 anos na China; o Harspatum entre os romanos; o Cálcio,


de origem florentina, todos eles (principalmente o Harspatum e o Cálcio), na
comissão de frente dos “inventores” do futebol. O que se sabe, com maior
grau de segurança, tem relações pretéritas com o mas-football, na Idade
Média Inglesa. O jogo era disputado anualmente com número ilimitado de
participantes e tinha como objetivo conduzir a bola confeccionada pelo
sapateiro da cidade madrinha – Ashbourne – de couro e enorme, até a meta

213
adversária, as portas norte e sul da cidade. Valia tudo. Chute, soco e a vitória
à equipe que primeiro atingisse a porta ou gol definido.

Essa característica violenta do jogo, não agradou muito aos membros da Igreja, as
autoridades municipais e o Rei da Inglaterra. Viam o jogo como barulhento, conseqüência das
disputas com bolas enormes, causando males, que para eles não tinham a provação divina.
Para resolver a situação de desordem e violência provocadas pelo o jogo, o Rei Eduardo II,
em 13 de abril de 1314, em Londres, assim como fizera seu pai, publicou o édito real
proibindo a o futebol.

[...] Eduardo II, o rei que fez publicar o édito proibindo o futebol na
Inglaterra, não foi, porem, o primeiro a fazê-lo. Seu pai, Eduardo I, também
se opusera ao jogo de bola, não tanto pelo barulho, ou pelas vitimas que
eventualmente o violento esporte provocava. As razoes do rei eram
essencialmente militares, pois temia que seus soldados em plena guerra com
os escoceses, iniciada em 1297, trocassem as armas pela bola [...].
(Enciclopédia Mirador. São Paulo: Editora Enciclopédica Britannica do
Brasil; 1986. p. 5032)

Diante desse édito, o futebol ficou proibido desde o fim da Idade Media até meados
da Idade Moderna. Nesse período começa-se a observar uma trajetória do esporte das
camadas populares a elite; da elite as camadas populares. Com o passar dos anos o futebol
saiu do campo e entrou em lugares como colégios, clubes, praças, instituições, ultrapassando
barreiras culturais ora tidas como intransponíveis.
No Brasil, diretamente no eixo Rio-São Paulo, o futebol desembarca na ultima
década do século XIX, nas bagagens de dois personagens que se destacaram nessa história.
Charles Miller, em 1894 na cidade de São Paulo e Oscar Cox, em 1897 no Rio de Janeiro.
Trouxeram da Europa as regras, os acessórios e o desejo de praticar, aqui no país, o esporte
que há séculos era praticado pelos ingleses.
Quando começou a ser praticado no Brasil, o futebol foi alvo de preconceitos. O
escritor alagoano Graciliano Ramos, apaixonado por Remo, esporte popular no início do
século XX no país, em uma de suas celebres frase disse “futebol não pega, tenho certeza;
estrangeirices não entram facilmente na terra do espinho” (COELLHO, 2008, p. 7).
Todavia nosso artigo não se resume em contar a história do futebol, embora as
informações acima sejam necessárias para situar o leitor sobre as origens do esporte e
conseqüentemente sua chegada ao Brasil. Cabe salientar que o desenvolvimento do esporte no
Brasil se deu graças ao jornalismo, especialmente o esportivo que, apesar do preconceito a

214
priori citado em torno do esporte começou a divulgá-lo de forma tímida, mas, aos poucos foi
ganhando espaços nos principais jornais da época. No critério importância o esporte recém
chegado da Inglaterra não poderia estampar as manchetes. Até mesmo o remo, muito popular
entre os brasileiros do Sudeste não estampava as primeiras paginas dos jornais. Era
inaceitável naquele período que notícias sobre esportes fossem mais importantes que as
noticias relacionadas à conjuntura política do país.

Duvidar foi o esporte preferido até mesmo de gente experiente, que vivia a
escrever para os cadernos especializados, já no meio do século XX. João
Saldanha fez uma previsão no final dos anos 60, quando um aventureiro
resolveu lançar não um caderno, mas uma revista inteiramente dedicada ao
futebol. Placar nunca sairia dos primeiros números, imaginava Saldanha, que
prestou inestimáveis serviços ao esporte brasileiro. (COELHO, 2008, p. 8)

Fanfullha, jornal da década de 1910, foi um dos primeiros veículos a dedicar páginas
a divulgação do esporte. O objetivo do jornal, no entanto, era voltado principalmente para as
camadas populares e para os imigrantes, em sua maioria os Italianos que moravam em São
Paulo no início do século XX. Páginas inteiras com relatos sobre o futebol num período em
que o esporte ainda não conquistava multidões. É bom lembrar que nesse momento não
existia o que conhecemos hoje como jornalismo esportivo. No entanto, foi graças ao
pioneirismo do jornal Fanfulla que podemos conhecer o inicio do jornalismo esportivo no
Brasil.

Desta maneira chegamos ao nosso propósito de definir o jornalismo


esportivo como um gênero superespecializado em razão da complexidade
existente no tema que trata de refletir nos Instrumentos de Comunicação
Coletiva, com fim de atender a uma demanda exigida por uma massa
(ALCOBA, 1980, p. 210)

O futebol no Brasil era voltado para a elite, sem a participação das camadas
populares, muito menos negros eram aceitos nos principais torneios e nos times da época. No
entanto, os jornais do Rio de Janeiro, começaram a impulsionar o esporte no país, com
destaque para os jogos dos principais times da época e logo os negros, assim como as
camadas populares começaram a fazer parte das equipes. Um exemplo disso foi o título da
Segunda Divisão vencido pelo Vasco em 1923, com a presença de negros no time.
Mesmo diante dessa popularização, as redações dos principais jornais da época
publicavam contrariadas noticias sobre o esporte. Isso não é diferente nas redações de hoje.
Sempre tem alguém preparado para diminuir o espaço dedicado ao futebol.
215
Durante todo o século passado, dirigir redação esportiva queria dizer tourear
a realidade. Lutar contra o preconceito de que só os de menor poder
aquisitivo poderiam torna-se leitores desse tipo de diário. O preconceito não
era infundado, o que tornava a luta ainda mais inglória. De fato, menor poder
aquisitivo significava também menor poder cultural e conseqüentemente ler
não constava de nenhuma lista de prioridades. E se o futebol – como os
demais esportes – dela fizesse parte, seria necessário ao apaixonado ir ao
estádio, isto é, ter menos dinheiro para comprar boas publicações sobre o
assunto. (COELHO, 2008, p. 9)

Somente a partir de 1925 que o futebol torna-se o esporte nacional. Nasce no Brasil
uma paixão. Mesmo diante disso, os espaços nos jornais eram mínimos para a editoria de
esporte. A justificativa para isso está no fato de que naquela época não se tinha a cultura dos
grandes jornais de hoje, nos quais existem cadernos inteiros sobre esporte. Todavia, é
importante salientar que o Brasil entrou de vez no cenário do jornalismo esportivo na segunda
metade da década de 60. Publicações de cadernos especiais sobre o esporte, fez surgir no país
uma imprensa esportiva especializada, muito embora essa qualidade dependa muito dos
jornalistas dedicados a ela.
Com a consolidação da internet no Brasil na década de 1990, o jornalismo esportivo
ganha mais uma ferramenta importante. Começam a surgir sites voltados exclusivamente para
editorias de esporte, especialmente o futebol.

O momento mais importante de todo esse processo acontece justamente


através do impacto dos meios de comunicação de massa. Esta ação promove
o crescimento do esporte enquanto espetáculo, proporcionado pela mídia
especializada que ao informar sobre o fato esportivo tem necessidade de
fazê-lo com qualidade (CAMARGO, 2005, p. 9)

Dessa maneira a internet inaugura uma nova forma de fazer jornalismo, agora não
mais atrelado as mídias tradicionais, dando ao usuário a possibilidade de opinar em tempo real
sobre os conteúdos publicados na rede. Assim entendemos que o jornalismo esportivo esta
embasado no gosto que o brasileiro tem pelo futebol. Associado a isso, a mídia passa a dar
mais atenção ao esporte depois da popularização no país. Considerado hoje como o mais
democrático e barato, basta apenas dois times, duas traves e uma bola para ser praticado por
todas as classes sociais. Com relação a isso DaMatta (2006, p.164-5), ressalta.

O futebol nos dá uma potente lição de democracia, pois conforme sabemos,


vendo nosso time jogar, as leis têm que ser obedecidas por todos, são
universais, são transparentes e há um juiz que as apresenta no calor da
216
disputa. No futebol, portanto não há golpes. Tal afirmação das regras do jogo
conduz a uma alternância entre vitoriosos e perdedores que, projetada na
vida social, é a base da mais autêntica experiência democrática. [...] Para
mim, essa é a mais bela lição de igualdade que um povo massacrado pela
injustiça pode receber.

Com base nas palavras do autor nota-se a importância do esporte num país cheio de
injustiças e corrupção. Falar de futebol no Brasil é sem dúvida falar de um elemento que se
cristalizou na cultura do país. Mesmo aqueles que não jogam a “pelada” nos finais de semana,
sempre acham um modo de falar e discutir sobre o esporte. Cabe, portanto ao jornalismo
esportivo, seguindo os preceitos do bom jornalismo, produzir conteúdos com qualidade para
serem publicados por meio da internet, fugindo das amarras e do centralismo dos meios de
comunicação tradicionais.

3.1 - O Futebol como Memória em Parintins


A construção do site www.boladailha.com.br, surge com a proposta de resgatar essa
memória, mas também, de inserir através da internet personagens de épocas não tão remotas
das lembranças do futebol na ilha. Os principais jornais do país sejam impressos ou digitais
não divulgam o esporte de outras regiões. A grandiosidade da cobertura dedicada a esse
esporte se restringe aos clubes do sul e sudeste do país, tais como: Palmeiras, São Paulo,
Santos, Flamengo, Vasco, Corinthians e etc.
Esses times se transformaram em ícones do futebol brasileiro, construíram história,
marcaram gerações e são lembrados por isso. No entanto, essa visibilidade não se aplica a
outras regiões, como o norte do país. Ou seja, há uma necessidade não só de divulgação, mas
também de registros mnemônicos acerca do futebol local, no caso de Parintins.
Por volta de 1906 acontecem às primeiras partidas de futebol no Amazonas, ainda
desconhecido pela população não elitista, era disputado por britânicos, marinheiros,
comerciantes e despachantes que em 1914 formaram a primeira liga de football no Estado. No
ano de 1960 é fundada a Federação Amazonense de Futebol. Dez anos mais tarde o futebol
amazonense revelou grandes times que chegaram a disputar os principais campeonatos do
país.
Um exemplo disso é o time do Nacional de Manaus que chegou a disputar a série A
do campeonato brasileiro de futebol em 1972, vencendo grandes equipes como Corinthians-
SP, Cruzeiro-MG, e Portuguesa-SP. O futebol amazonense revelava jogadores de destaque no
país como Pedrinho, Toninho Cerezzo e Paulo Isidoro, todos descobertos pelo Nacional. O

217
reflexo dos times da capital influenciou os clubes de Parintins, como o Amazonas e Sul-
América que nesse período levavam multidões ao estádio Tupy Cantanhede. Com o passar do
tempo, o futebol aos poucos foi perdendo seu prestígio, e hoje caiu no esquecimento e, a única
forma de se conhecer essa história é por meio da memória social das pessoas que vivenciaram
esse período. O ex-jogador e técnico Carlos Meirelles lembra os momentos de destaque do
futebol parintinense.

Parintins sempre se destacou como uma cidade modelo para o esporte do


baixo amazonas, principalmente no futebol com os times: Sul América,
Amazonas, Estrela do Norte, Nacional, São Cristóvão e Esporte Clube,
ambos reconhecidos e respeitados nos jogos intermunicipais. Antes do
festival, o futebol era que levava as pessoas para a parte social, para se
socializarem. Teve um período em que as pessoas acreditavam mesmo em ir
para o estádio, mas, com o tempo isso foi se perdendo. Lembro das torcidas
do Sul-América e Amazonas que lotavam as arquibancadas do estádio.
(Entrevista com o senhor Carlos Meirelles em 09.07.2014)

O relato do senhor Carlos mostra como a atmosfera criada em torno do futebol tinha
uma capacidade para unir as pessoas e criar hábitos e vínculos. Assim, fica evidente a
necessidade de entretenimento na Parintins daquela época. A partir dessas condições criadas
pelo esporte, o futebol começa a crescer em importância e significado para a população e os
jogadores.

Bem por se tratar de uma atividade desportiva ainda amadora, não tinha a
preocupação do contrato, pois havia jogadores que compram seus próprios
equipamentos para tarem jogando em determinado clube. Nunca foi nada
profissional em Parintins. Agora tinham algumas pessoas que gostavam do
jogador e passavam a bancar as coisas para o jogador. No meu caso quando
eu fui jogar no Nacional eu tinha um padrinho, o senhor Omar Farias que
bancava as coisas. (Entrevista com o senhor Carlos Meirelles 09.07.2014)

Levando em conta a realidade do futebol local e toda a história que este representa
para a cidade que o tinha como uma das principais formas de entretenimento e integração
social, mesmo amador o futebol atraia até mesmo quem não era jogador para participar das
partidas. Foi o caso do professor e ex-mesário Fernando Silva.

Eu, como qualquer menino da minha geração, sempre estava para o futebol,
mas ai, com uma determinada idade, percebi que não era muito a minha
praia. Só que o meu irmão Fabi era jogador de futebol. Ele jogava pelo
amazonas na época. Então como eu era o irmão caçula ele me levava por ai
quando o Amazonas jogava. Por isso, eu tive conhecimento com o Nonoca,
com o Carneiro, com o Dias, considerados grandes figuras do futebol local.

218
Por conta da minha relação, eu era como uma espécie de mascote porque
sempre andava com eles nos municípios viajando e a partir disso eu comecei
a me interessar por futebol até chegar ser mesário da Liga Parintinense de
Futebol. E por ficar muito tempo nessa função de Mesário eu tenho como
marcante o jogo do Flamengo no Estádio Tupy Cantanhede e eu fiquei com a
parte da sumula e depois eu emprestei pra alguém tirar Xerox e até hoje não
me devolveu. Então eu sempre me interessei pelo futebol parintinense até
porque o meu pai era evangélico, mas por eu pedir sempre ele me levava
para o estádio e nós entravamos sem pagar, porque ele era idoso e eu por ser
criança e sempre estava ali assistindo os jogos da época. (Entrevista com o
senhor Fernando Silva 19.04.2014).

Fica claro com essa fala que no auge do sucesso do futebol local, times de renome no
cenário futebolístico nacional estiveram em Parintins jogando com times locais. Um exemplo
disso foi o Botafogo, time carioca que jogou na década de oitenta com Amazonas. A respeito
desses embates no Tupyzão o senhor Fernando acrescente.

Eu me lembro da vinda do Botafogo do Rio de Janeiro, a vinda do


Garrincha, a vinda do Flamengo, na década de 80. Então foram momentos
marcantes que mostravam que o futebol parintinense tinha uma importância.
Outra situação eram as decisões dos campeonatos, onde a gente passava um
bom tempo na fila para poder entrar no estádio e assistir o jogo da decisão,
que de uma forma ou de outra era entre Amazonas e Sul-América, ou entre
Amazonas e Nacional, ou Sul-América e Nacional. Mas o clássico mesmo
eram entre esse times, era possível perceber que os narradores da época se
identificavam na hora de narrar a partida com o seu time do coração. Outra
lembrança que tenho é do jogo entre Amazonas e Sul-América que teve a
participação do Garrincha, onde o jogador parintinense Bereco que está vivo
até hoje deu o passe para o Garrincha fazer o gol da vitória para o
Amazonas. (Entrevista com o senhor Fernando Silva 19.04.2014)

4 – Metodologia
Devido à falta de informações por parte da mídia, foi realizada uma pesquisa de
campo a fim de colher informações acerca da história do futebol de Parintins. Como técnica
de coleta de dados foi utilizada a história oral, pois o fenômeno a ser pesquisado não dispõe
de documentos oficiais e reconhecidos. Nesse sentido, a história oral “é uma técnica de
pesquisa que emprega a entrevista, a observação participante e não participante, para registrar
fatos e\ou acontecimentos importantes do passado, visando compreender a sociedade.”
(MARCONI E LAKATOS, 2010, p.128).
A pesquisa bibliográfica foi utilizada, pois usamos de algumas matérias já publicadas
no sentido de termos conhecimento acerca do assunto e assim desenvolver a pesquisa.
Também procuramos a utilizar de metodologias de pesquisas que pudessem nos dar base
teórica e práticas para aprofundar nossos conhecimentos na busca dessas informações do
219
futebol local. Neste sentido, o método de pesquisa utilizado foi o qualitativo, pois para
Gonzaga (2005, p.92) “[...] descreve o fato no qual se desenvolve o acontecimento, a partir de
uma natureza e investigação que produz dados descritivos: as próprias palavras das pessoas,
falas ou escritas, e a conduta observável”.
Desse modo as informações obtidas foram coletadas e analisadas de forma
descritivas a fim de proporcionar informações aprofundadas do tema pesquisado. A pesquisa
documental foi essencial para o desenvolvimento deste produto, pois como afirma Marconi e
Lakatos (2010) “[..] o investigador deve conhecer meios e técnicas para testar tanto a validade
quanto a fidedignidade das informações.”
Para criarmos o website usamos o programa webacappella, um aplicativo inovador
que facilitou o desenvolvimento do site, pois não exigiu tanto conhecimento técnico para
editar e configurar as páginas. Vale ressaltar que o webeacappella é um programa Free
disponibilizado na internet para que os usuários possam ter acesso e, mesmo sem muito
conhecimento criar seu próprio site, pois o programa já oferece alguns modelos de páginas
também chamadas de templates que auxiliam na criação. Outro ponto positivo é que depois
de instalado no computador o usuário pode editar de forma offline, ou seja, sem a necessidade
de estar conectado na internet para fazer a edição das paginas.

5 – Conclusão
Apesar do advento da internet como uma nova ferramenta de comunicação, o cenário
jornalístico ainda está sob o poder das mídias tradicionais. No entanto, com o passar dos anos
e com ajuda da internet o webjornalismo vem ganhando um espaço cada vez maior, tornando-
se uma mídia alternativa de comunicação, pois permite ao usuário praticidade e comodidade
nas leituras das notícias e informações publicadas na rede mundial de computadores.
Nesse sentido, o jornalismo considerado aqui como campo de conhecimento social,
não pode ficar alheios aos avanços tecnológicos. Precisa acompanhar o desenvolvimento dos
meios de comunicação para atender uma sociedade que busca nas mídias alternativas formas
diferentes de comunicação.
Diante das mídias tradicionais (Tv, rádio, revistas, jornais, etc.), a internet vem trazer
novas possibilidades de utilizar os conteúdos de diferentes formatos e unir em um único
espaço, por meio de hipermídia que a world wid web oferece. Outra relevância se deve ao fato
de que os conteúdos presentes na grande rede podem ser acessados por diversos tipos de
equipamentos tecnológicos conectados a internet.

220
Devido à facilidade que a grande rede oferece, pessoas de qualquer canto do globo
podem produzir informações e publicá-las na web. Desse modo a internet inaugura uma nova
forma de fazer jornalismo, agora não mais atrelado as mídias tradicionais, dando ao usuário a
possibilidade de opinar em tempo real sobre os conteúdos publicados na rede.
Ainda que o webjornalismo não tenha um conceito definido sobre jornalismo na
internet com uma linguagem especifica para essa nova forma de fazer jornalismo, a rede
mundial de computadores permite mudanças conceituais instantaneamente, diferente, por
exemplo, do jornal impresso, entretanto, não se pode apostar tudo nessa mudança, pois as
potencialidades da área ainda não chegaram a uma totalidade, deixando àqueles que não têm
acesso a internet sem informações.

Referência
A INTERNET COMO MEMÓRIA, 2004. Disponível em:
http://www.bocc.ubi.pt/pag/canavilhas-joao-internet-como-memoria.pdf. Acesso em: 04 nov.
2015.

Alcoba Lópes, Antonio. El Periodismo deportivo em la sociedad moderna. Madrid: El


autor, 1980.

BOSI, Ecléa. Memória e Sociedade: Lembrança de Velhos. 3 ed. São Paulo: Companhia das
Letras, 1994.

CAMARGO, Vera Regina. O pensamento de Antonio Alcoba e sua importância na


trajetória dos estudos e pesquisas sobre o Jornalismo Esportivo no Brasil. Palestra
apresentada no NP18 – Comunicação e Esporte no V Encontro de Nucleos e Pesquisa da
Intercom, 2005. Documento eletrônico disponível em:
HTTP//www.intercom.org.br/papers/nacionais/2005/resumo/R1815-1.pdf. Acesso em
28.11.2015.

CANAVILHAS, João Messias. Webjornalismo. Considerações gerais sobre jornalismo na


web. In: Congresso Ibérico de Comunicação, 1., 1999, Braga. Anais Eletrônicos... Braga:
Universidade do Minho, 1999 Disponível em:
http://www.bocc.ubi.pt/pag/canavilhasjoaowebjornal. pdf . Acesso em: 04 nov. 2015.

CASTELLS, Manuel. A galáxia da Internet: reflexões sobre a internet, os negócios e a


sociedade / Manuel Castells; tradução, Maria Luiza X. de A. Borges; Revisão técnica, Paulo
Vaz. – Rio de Janeiro: Jorge Zahar ed., 2003.

Coelho, Paulo Vinicius. Jornalismo esportivo. 3. Ed., 1ª reimpressão. – São Paulo: Contexto,
2008.

DAMATTA, Roberto. A Bola Corre Mais que os Homens: Duas copas, treze crônicas e três
ensaios sobre futebol. Rio de Janeiro: Rocco, 2006.

221
GONZAGA, Amarildo Menezes. Contribuições para produções científicas / Amarildo
Gonzaga Menezes. Manaus: BK Editora, 2005.

LAGO, Cláudia. Metodologia de Pesquisa em Jornalismo / Cláudia Lago, Márcia Benetti


(orgs.) – 2ª ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2008.- (Fazer Jornalismo).

MILLIET FILHO, Raul, 1952. Cenários e Personagens de uma Arte Popular: futebol
brasileiro, hegemonia, narradores e sociedade civil. São Paulo, 2009.

Pena, Felipe. Teoria do jornalismo. 2. ed., 3ª reimpressão – São Paulo: Contexto, 2008.

SOUSA, Jorge Pedro. Elementos de jornalismo impresso. Porto: Bocc, 2001.

222

Você também pode gostar