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©by Ufam/Icsez
Resumo:
Este artigo é o resultado dos processos de criação do site www.boladailha.com.br com o propósito de
resgatar e divulgar a história do futebol no município de Parintins/Amazonas por meio da internet. O
site traz à tona a história do esporte da cidade, clubes, jogadores, técnicos, dirigentes e outros
personagens que influenciaram o esporte local. O trabalho aborda os momentos áureos do futebol
parintinense, as conquistas, o crescimento em relação ao âmbito regional, bem como a sua decadência.
A página é uma biblioteca virtual, com um resgate mnemônico do esporte valendo-se para isso, das
técnicas do webjornalismo com texto, hipertexto, interatividade, leitura não-linear e etc. Produto
relativamente novo nesse tema, o site www.boladailha.com.br é um espaço com informações sobre o
futebol parintinense, tão importante para o crescimento da cidade da década de 60, mas que hoje se
resume a campeonatos quase sem relevância.
Abstract
This article is the result of the processes of creation of the site www.boladailha.com.br with the
purpose of rescuing and divulging the history of soccer in the municipality of Parintins / Amazonas
through the internet. The site brings up the history of the city's sport, clubs, players, coaches, officials
and other characters that have influenced the local sport. The work deals with the golden moments of
Parintinense football, the achievements, the growth in relation to the regional scope, as well as its
decadence. The page is a virtual library, with a mnemonic rescue of the sport using for that, the
techniques of webjournalism with text, hypertext, interactivity, non-linear reading and so on. A
relatively new product in this theme, the site www.boladailha.com.br is a space with information about
the parintinense football, so important for the growth of the city of the 60's, but today it comes down
to almost irrelevant championships.
1 – Introdução
O futebol, paixão do brasileiro, tem um espaço privilegiado nas mídias nacionais.
Mas, no âmbito local, no que tange ao futebol parintinense, não temos um espaço dedicado
1
Mestrando em Educação na Universidade Federal do Amazonas - Ufam. Possui Licenciatura Plena em História pela
Universidade do Estado do Amazonas/UEA (2008). Bacharel em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade
Federal do Amazonas/Ufam (2016). Especialista em Metodologia de Ensino de História pelo Centro Universitário Leonardo
Da Vinci (2012). jandersonsilva.silva@bol.com.br.
2
Curso de Comunicação Social/Jornalismo. Universidade Federal do Amazonas - Instituto de Ciências Sociais, Educação e
Zootecnia. raisoaresmachado@hotmail.com
3
Curso de Comunicação Social/Jornalismo. Universidade Federal do Amazonas - Instituto de Ciências Sociais, Educação e
Zootecnia. literalmente_leal@hotmail.com.
exclusivamente para ele, resultado do preconceito dos jornais locais em privilegiar, nas suas
editorias, assuntos tidos como mais relevantes para a sociedade parintinense.
Com base nisso, criamos o site www.boladailha.com.br, com o objetivo de resgatar e
divulgar a história do futebol no município de Parintins/Amazonas, a fim de contribuir para a
valorização da memória do futebol local. Reunimos documentos da memória, por meio de
jornais da época, fotos, vídeos, áudios, entrevistas com dirigentes e personagens do futebol
local, tão valorizado na década de 60, mas que hoje se resume a pequenos campeonatos quase
sem expressão na cidade.
O material de cunho jornalístico publicado em sites de jornais da cidade são cópias
fiéis do que é divulgado nos jornais impresso e nos programas das rádios locais. Isso nos leva
a afirmar que não há uma produção de notícias com linguagem apropriada para os leitores que
acessam a internet em busca de notícias sobre o futebol local. Dessa forma, o webjornalismo
vem nortear não só a escrita do site, fazendo com o que o público alvo, ou seja, os webleitores
amantes do futebol possam a história dos clubes parintinenses.
São discutidos temas considerados pertinentes para o entendimento do produto
realizado. Como por exemplo, contextualizar o uso da internet para a construção e publicação
do material coletado. A história da internet, o crescimento e a disseminação da rede mundial
de computadores bem como as possibilidades que essa mídia trouxe frente às mídias
tradicionais, rádio, TV e jornal impresso.
Os depoimentos coletados, as fotos digitalizadas e a conversa informal reforçam
ainda mais a utilização da internet como meio de divulgação, devido à aceitação dos vários
tipos de mídia existente, ou seja, foi possível mesclar texto, áudio, vídeos, imagens e até
mesmo charges para ilustrar o site.
Tudo isso para tratar do tema central que é a história do futebol em Parintins, usando
principalmente falas de pessoas que vivenciaram os momentos áureos do esporte local.
Destaque também para origem e disseminação do futebol, a chegada do esporte no Brasil, no
estado do Amazonas e a história dos momentos marcantes do futebol em Parintins.
208
comunicar remotamente através da rede mundial de computadores sem sequer sair de suas
casas. Para Pierre Lévy:
Como parte desse esforço, a montagem da Arpanet foi justificada como uma
maneira de permitir aos vários centros de computadores e grupos de pesquisa
que trabalhavam para agencia compartilhar on-line tempo de computação
(CASTELLS, 2003, p.14).
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Isso significa que ela é capaz de alterar por completo qualquer setor ou atividade muito
dependente do fluxo de informação.
Diante das mídias tradicionais (Tv, rádio, revistas, jornais, etc.) a internet vem trazer
novas possibilidades de utilizar os conteúdos de diferentes formatos e unir em um único
espaço, por meio de hipermídia que a world wid web oferece, como afirma McLuhan (2007),
as mídias anteriores são aperfeiçoadas pelas posteriores. Outra relevância se deve ao fato de
que os conteúdos presentes na grande rede podem ser acessados por diversos tipos de
equipamentos tecnológicos conectados a internet. Devido à facilidade que a grande rede
oferece, pessoas de qualquer canto do globo podem produzir informações e publicá-las na
web.
Aproveitando-se das facilidades que a internet oferece, o site www.boladailha.com.br
foi criado para resgatar a história do futebol parintinense bem como sua divulgação. Nosso
interesse se deu devido à falta de conteúdo informativo a respeito do assunto não só na
internet, mas também nos outros meios de comunicação da cidade. Pois o que se sabe é que as
únicas formas de registro estão na memória das pessoas que vivenciaram os momentos de
auge do futebol parintinense. Segundo Bosi, (1994, p.418) “cada geração tem, de sua cidade,
a memória de acontecimentos que permanecem como ponto de demarcação em sua história”.
Tendo em vista o papel social que a memória representa na construção de um dado
acontecimento, a história do futebol parintinense permanece viva na memória das pessoas que
assistiram aos jogos, torceram, vibraram e participaram do esporte local. Bosi (1994, p.107)
destaca que:
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Neste sentido, fato guardado nas memórias de quem vivenciou os momentos áureos
do futebol parintinense nos subsidiaram para entender melhor a dinâmica da história
futebolística e a partir dela fazer um resgate dos acontecimentos da época. Tendo em vista que
a memória aparece como fonte de pesquisa para resgatar e explicar dados não registrados pela
historiografia oficial.
Assim, a internet “não é apenas a mídia da instantaneidade, mas é também a mídia da
memória” (BRUNO PATINO in LAGO, 2008, p.240), pois toda informação postada na rede
permanece arquivada de forma permanente, podendo ser atualizada e acessada a qualquer
momento. Isso porque “o jornalismo on-line tem a capacidade de preservar e disponibilizar de
uma forma única [rápida] as edições anteriores, diferenciando de outros tipos de mídia”
(FIDALGO apud LAGO, 2008, p.239).
A internet tem sido uma ferramenta importante para a valorização da memória social,
pois esta permite o arquivamento de conteúdos, a atualização dos mesmos e o acesso a
qualquer momento e lugar. Tornando-se uma mídia atemporal, pois as informações lançadas
na rede podem ser visualizadas mesmo não sendo assuntos atuais.
Para Ringoot apud Lago:
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de comunicação, associando nos seus produtos uma nítida relação harmônica entre texto, som
e imagem.
Não obstante a isso, observamos as novidades trazidas por esse novo formato de
jornalismo, pois ao descentralizar o poder das mãos das mídias tradicionais, consegue alterar
também as relações de força entre os usuários, colocando-os como potenciais fontes para os
jornalistas. Abre-se com isso inúmeras possibilidades para os usuários da internet, produzir e
publicar conteúdos desde que conhecedores de técnicas do jornalismo.
Dessa maneira e com essa característica o webjornalismo vem ganhando um espaço
cada vez maior em comparação as mídias tradicionais, pois dá aos usuários praticidade e
comodidade para o acesso. Assim, o jornalismo tão dominado pelas grandes empresas e seus
veículos, ganha um ferramenta poderosa para produção e divulgação de notícias derrubando o
poder hegemônico da grande mídia.
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adversária, as portas norte e sul da cidade. Valia tudo. Chute, soco e a vitória
à equipe que primeiro atingisse a porta ou gol definido.
Essa característica violenta do jogo, não agradou muito aos membros da Igreja, as
autoridades municipais e o Rei da Inglaterra. Viam o jogo como barulhento, conseqüência das
disputas com bolas enormes, causando males, que para eles não tinham a provação divina.
Para resolver a situação de desordem e violência provocadas pelo o jogo, o Rei Eduardo II,
em 13 de abril de 1314, em Londres, assim como fizera seu pai, publicou o édito real
proibindo a o futebol.
[...] Eduardo II, o rei que fez publicar o édito proibindo o futebol na
Inglaterra, não foi, porem, o primeiro a fazê-lo. Seu pai, Eduardo I, também
se opusera ao jogo de bola, não tanto pelo barulho, ou pelas vitimas que
eventualmente o violento esporte provocava. As razoes do rei eram
essencialmente militares, pois temia que seus soldados em plena guerra com
os escoceses, iniciada em 1297, trocassem as armas pela bola [...].
(Enciclopédia Mirador. São Paulo: Editora Enciclopédica Britannica do
Brasil; 1986. p. 5032)
Diante desse édito, o futebol ficou proibido desde o fim da Idade Media até meados
da Idade Moderna. Nesse período começa-se a observar uma trajetória do esporte das
camadas populares a elite; da elite as camadas populares. Com o passar dos anos o futebol
saiu do campo e entrou em lugares como colégios, clubes, praças, instituições, ultrapassando
barreiras culturais ora tidas como intransponíveis.
No Brasil, diretamente no eixo Rio-São Paulo, o futebol desembarca na ultima
década do século XIX, nas bagagens de dois personagens que se destacaram nessa história.
Charles Miller, em 1894 na cidade de São Paulo e Oscar Cox, em 1897 no Rio de Janeiro.
Trouxeram da Europa as regras, os acessórios e o desejo de praticar, aqui no país, o esporte
que há séculos era praticado pelos ingleses.
Quando começou a ser praticado no Brasil, o futebol foi alvo de preconceitos. O
escritor alagoano Graciliano Ramos, apaixonado por Remo, esporte popular no início do
século XX no país, em uma de suas celebres frase disse “futebol não pega, tenho certeza;
estrangeirices não entram facilmente na terra do espinho” (COELLHO, 2008, p. 7).
Todavia nosso artigo não se resume em contar a história do futebol, embora as
informações acima sejam necessárias para situar o leitor sobre as origens do esporte e
conseqüentemente sua chegada ao Brasil. Cabe salientar que o desenvolvimento do esporte no
Brasil se deu graças ao jornalismo, especialmente o esportivo que, apesar do preconceito a
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priori citado em torno do esporte começou a divulgá-lo de forma tímida, mas, aos poucos foi
ganhando espaços nos principais jornais da época. No critério importância o esporte recém
chegado da Inglaterra não poderia estampar as manchetes. Até mesmo o remo, muito popular
entre os brasileiros do Sudeste não estampava as primeiras paginas dos jornais. Era
inaceitável naquele período que notícias sobre esportes fossem mais importantes que as
noticias relacionadas à conjuntura política do país.
Duvidar foi o esporte preferido até mesmo de gente experiente, que vivia a
escrever para os cadernos especializados, já no meio do século XX. João
Saldanha fez uma previsão no final dos anos 60, quando um aventureiro
resolveu lançar não um caderno, mas uma revista inteiramente dedicada ao
futebol. Placar nunca sairia dos primeiros números, imaginava Saldanha, que
prestou inestimáveis serviços ao esporte brasileiro. (COELHO, 2008, p. 8)
Fanfullha, jornal da década de 1910, foi um dos primeiros veículos a dedicar páginas
a divulgação do esporte. O objetivo do jornal, no entanto, era voltado principalmente para as
camadas populares e para os imigrantes, em sua maioria os Italianos que moravam em São
Paulo no início do século XX. Páginas inteiras com relatos sobre o futebol num período em
que o esporte ainda não conquistava multidões. É bom lembrar que nesse momento não
existia o que conhecemos hoje como jornalismo esportivo. No entanto, foi graças ao
pioneirismo do jornal Fanfulla que podemos conhecer o inicio do jornalismo esportivo no
Brasil.
O futebol no Brasil era voltado para a elite, sem a participação das camadas
populares, muito menos negros eram aceitos nos principais torneios e nos times da época. No
entanto, os jornais do Rio de Janeiro, começaram a impulsionar o esporte no país, com
destaque para os jogos dos principais times da época e logo os negros, assim como as
camadas populares começaram a fazer parte das equipes. Um exemplo disso foi o título da
Segunda Divisão vencido pelo Vasco em 1923, com a presença de negros no time.
Mesmo diante dessa popularização, as redações dos principais jornais da época
publicavam contrariadas noticias sobre o esporte. Isso não é diferente nas redações de hoje.
Sempre tem alguém preparado para diminuir o espaço dedicado ao futebol.
215
Durante todo o século passado, dirigir redação esportiva queria dizer tourear
a realidade. Lutar contra o preconceito de que só os de menor poder
aquisitivo poderiam torna-se leitores desse tipo de diário. O preconceito não
era infundado, o que tornava a luta ainda mais inglória. De fato, menor poder
aquisitivo significava também menor poder cultural e conseqüentemente ler
não constava de nenhuma lista de prioridades. E se o futebol – como os
demais esportes – dela fizesse parte, seria necessário ao apaixonado ir ao
estádio, isto é, ter menos dinheiro para comprar boas publicações sobre o
assunto. (COELHO, 2008, p. 9)
Somente a partir de 1925 que o futebol torna-se o esporte nacional. Nasce no Brasil
uma paixão. Mesmo diante disso, os espaços nos jornais eram mínimos para a editoria de
esporte. A justificativa para isso está no fato de que naquela época não se tinha a cultura dos
grandes jornais de hoje, nos quais existem cadernos inteiros sobre esporte. Todavia, é
importante salientar que o Brasil entrou de vez no cenário do jornalismo esportivo na segunda
metade da década de 60. Publicações de cadernos especiais sobre o esporte, fez surgir no país
uma imprensa esportiva especializada, muito embora essa qualidade dependa muito dos
jornalistas dedicados a ela.
Com a consolidação da internet no Brasil na década de 1990, o jornalismo esportivo
ganha mais uma ferramenta importante. Começam a surgir sites voltados exclusivamente para
editorias de esporte, especialmente o futebol.
Dessa maneira a internet inaugura uma nova forma de fazer jornalismo, agora não
mais atrelado as mídias tradicionais, dando ao usuário a possibilidade de opinar em tempo real
sobre os conteúdos publicados na rede. Assim entendemos que o jornalismo esportivo esta
embasado no gosto que o brasileiro tem pelo futebol. Associado a isso, a mídia passa a dar
mais atenção ao esporte depois da popularização no país. Considerado hoje como o mais
democrático e barato, basta apenas dois times, duas traves e uma bola para ser praticado por
todas as classes sociais. Com relação a isso DaMatta (2006, p.164-5), ressalta.
Com base nas palavras do autor nota-se a importância do esporte num país cheio de
injustiças e corrupção. Falar de futebol no Brasil é sem dúvida falar de um elemento que se
cristalizou na cultura do país. Mesmo aqueles que não jogam a “pelada” nos finais de semana,
sempre acham um modo de falar e discutir sobre o esporte. Cabe, portanto ao jornalismo
esportivo, seguindo os preceitos do bom jornalismo, produzir conteúdos com qualidade para
serem publicados por meio da internet, fugindo das amarras e do centralismo dos meios de
comunicação tradicionais.
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reflexo dos times da capital influenciou os clubes de Parintins, como o Amazonas e Sul-
América que nesse período levavam multidões ao estádio Tupy Cantanhede. Com o passar do
tempo, o futebol aos poucos foi perdendo seu prestígio, e hoje caiu no esquecimento e, a única
forma de se conhecer essa história é por meio da memória social das pessoas que vivenciaram
esse período. O ex-jogador e técnico Carlos Meirelles lembra os momentos de destaque do
futebol parintinense.
O relato do senhor Carlos mostra como a atmosfera criada em torno do futebol tinha
uma capacidade para unir as pessoas e criar hábitos e vínculos. Assim, fica evidente a
necessidade de entretenimento na Parintins daquela época. A partir dessas condições criadas
pelo esporte, o futebol começa a crescer em importância e significado para a população e os
jogadores.
Bem por se tratar de uma atividade desportiva ainda amadora, não tinha a
preocupação do contrato, pois havia jogadores que compram seus próprios
equipamentos para tarem jogando em determinado clube. Nunca foi nada
profissional em Parintins. Agora tinham algumas pessoas que gostavam do
jogador e passavam a bancar as coisas para o jogador. No meu caso quando
eu fui jogar no Nacional eu tinha um padrinho, o senhor Omar Farias que
bancava as coisas. (Entrevista com o senhor Carlos Meirelles 09.07.2014)
Levando em conta a realidade do futebol local e toda a história que este representa
para a cidade que o tinha como uma das principais formas de entretenimento e integração
social, mesmo amador o futebol atraia até mesmo quem não era jogador para participar das
partidas. Foi o caso do professor e ex-mesário Fernando Silva.
Eu, como qualquer menino da minha geração, sempre estava para o futebol,
mas ai, com uma determinada idade, percebi que não era muito a minha
praia. Só que o meu irmão Fabi era jogador de futebol. Ele jogava pelo
amazonas na época. Então como eu era o irmão caçula ele me levava por ai
quando o Amazonas jogava. Por isso, eu tive conhecimento com o Nonoca,
com o Carneiro, com o Dias, considerados grandes figuras do futebol local.
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Por conta da minha relação, eu era como uma espécie de mascote porque
sempre andava com eles nos municípios viajando e a partir disso eu comecei
a me interessar por futebol até chegar ser mesário da Liga Parintinense de
Futebol. E por ficar muito tempo nessa função de Mesário eu tenho como
marcante o jogo do Flamengo no Estádio Tupy Cantanhede e eu fiquei com a
parte da sumula e depois eu emprestei pra alguém tirar Xerox e até hoje não
me devolveu. Então eu sempre me interessei pelo futebol parintinense até
porque o meu pai era evangélico, mas por eu pedir sempre ele me levava
para o estádio e nós entravamos sem pagar, porque ele era idoso e eu por ser
criança e sempre estava ali assistindo os jogos da época. (Entrevista com o
senhor Fernando Silva 19.04.2014).
Fica claro com essa fala que no auge do sucesso do futebol local, times de renome no
cenário futebolístico nacional estiveram em Parintins jogando com times locais. Um exemplo
disso foi o Botafogo, time carioca que jogou na década de oitenta com Amazonas. A respeito
desses embates no Tupyzão o senhor Fernando acrescente.
4 – Metodologia
Devido à falta de informações por parte da mídia, foi realizada uma pesquisa de
campo a fim de colher informações acerca da história do futebol de Parintins. Como técnica
de coleta de dados foi utilizada a história oral, pois o fenômeno a ser pesquisado não dispõe
de documentos oficiais e reconhecidos. Nesse sentido, a história oral “é uma técnica de
pesquisa que emprega a entrevista, a observação participante e não participante, para registrar
fatos e\ou acontecimentos importantes do passado, visando compreender a sociedade.”
(MARCONI E LAKATOS, 2010, p.128).
A pesquisa bibliográfica foi utilizada, pois usamos de algumas matérias já publicadas
no sentido de termos conhecimento acerca do assunto e assim desenvolver a pesquisa.
Também procuramos a utilizar de metodologias de pesquisas que pudessem nos dar base
teórica e práticas para aprofundar nossos conhecimentos na busca dessas informações do
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futebol local. Neste sentido, o método de pesquisa utilizado foi o qualitativo, pois para
Gonzaga (2005, p.92) “[...] descreve o fato no qual se desenvolve o acontecimento, a partir de
uma natureza e investigação que produz dados descritivos: as próprias palavras das pessoas,
falas ou escritas, e a conduta observável”.
Desse modo as informações obtidas foram coletadas e analisadas de forma
descritivas a fim de proporcionar informações aprofundadas do tema pesquisado. A pesquisa
documental foi essencial para o desenvolvimento deste produto, pois como afirma Marconi e
Lakatos (2010) “[..] o investigador deve conhecer meios e técnicas para testar tanto a validade
quanto a fidedignidade das informações.”
Para criarmos o website usamos o programa webacappella, um aplicativo inovador
que facilitou o desenvolvimento do site, pois não exigiu tanto conhecimento técnico para
editar e configurar as páginas. Vale ressaltar que o webeacappella é um programa Free
disponibilizado na internet para que os usuários possam ter acesso e, mesmo sem muito
conhecimento criar seu próprio site, pois o programa já oferece alguns modelos de páginas
também chamadas de templates que auxiliam na criação. Outro ponto positivo é que depois
de instalado no computador o usuário pode editar de forma offline, ou seja, sem a necessidade
de estar conectado na internet para fazer a edição das paginas.
5 – Conclusão
Apesar do advento da internet como uma nova ferramenta de comunicação, o cenário
jornalístico ainda está sob o poder das mídias tradicionais. No entanto, com o passar dos anos
e com ajuda da internet o webjornalismo vem ganhando um espaço cada vez maior, tornando-
se uma mídia alternativa de comunicação, pois permite ao usuário praticidade e comodidade
nas leituras das notícias e informações publicadas na rede mundial de computadores.
Nesse sentido, o jornalismo considerado aqui como campo de conhecimento social,
não pode ficar alheios aos avanços tecnológicos. Precisa acompanhar o desenvolvimento dos
meios de comunicação para atender uma sociedade que busca nas mídias alternativas formas
diferentes de comunicação.
Diante das mídias tradicionais (Tv, rádio, revistas, jornais, etc.), a internet vem trazer
novas possibilidades de utilizar os conteúdos de diferentes formatos e unir em um único
espaço, por meio de hipermídia que a world wid web oferece. Outra relevância se deve ao fato
de que os conteúdos presentes na grande rede podem ser acessados por diversos tipos de
equipamentos tecnológicos conectados a internet.
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Devido à facilidade que a grande rede oferece, pessoas de qualquer canto do globo
podem produzir informações e publicá-las na web. Desse modo a internet inaugura uma nova
forma de fazer jornalismo, agora não mais atrelado as mídias tradicionais, dando ao usuário a
possibilidade de opinar em tempo real sobre os conteúdos publicados na rede.
Ainda que o webjornalismo não tenha um conceito definido sobre jornalismo na
internet com uma linguagem especifica para essa nova forma de fazer jornalismo, a rede
mundial de computadores permite mudanças conceituais instantaneamente, diferente, por
exemplo, do jornal impresso, entretanto, não se pode apostar tudo nessa mudança, pois as
potencialidades da área ainda não chegaram a uma totalidade, deixando àqueles que não têm
acesso a internet sem informações.
Referência
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