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O Planeta Do Sol Moribundo
Kurt Mahr
Tradução
Richard Paul Neto
Digitalização
Vitório
Revisão
Arlindo_San
Formatação
ÐØØM SCANS
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Perry Rhodan e seus companheiros parti-
ram em busca do segredo da imortalidade e
pousaram em Gol, o décimo quarto planeta
do sistema Vega. Lá, sem dúvida, teriam sido
vitimados pelos seres luminosos, devoradores
de energias, se o desconhecido não os hou-
vesse arremessado para o espaço por meio do
transmissor de objetiva.
Apesar de terem sido salvos de uma situa-
ção de perigo extremo, os ocupantes da Star-
dust-III sentem-se deprimidos, pois a nave se
encontra numa região completamente desco-
nhecida do Universo.
Onde ficará o mundo em que, segundo as
informações do desconhecido, se encontram
as coordenadas que permitirão a teleporta-
ção espaço-temporal que os conduzirá de vol-
ta ao seu mundo?
Será o PLANETA DO SOL MORIBUN-
DO?
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Personagens Principais:
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Quase ao mesmo tempo em que o cérebro
positrônico forneceu a interpretação, Tanaka
Seiko despertou do seu desmaio.
Informou o que lhe havia acontecido. Sua
lembrança chegava até o ponto em que come-
çara a escrever; dali em diante não se recordava
de mais nada.
A interpretação do fenômeno ficou a cargo
de Rhodan. Este não teve a menor dúvida de
que o imortal, através de um meio que constitu-
ía um mistério, como tanta coisa acontecida du-
rante esse empreendimento, apoderara-se do
cérebro de Tanaka e obrigara o mesmo a regis-
trar uma mensagem numa folha de papel, que
não se encontrava no centésimo octogésimo
andar de uma torre, mas na escrivaninha do
próprio Tanaka, no interior de um dos camaro-
tes individuais do Stardust-III.
Foi o que Tanaka fez, e nesse meio tempo a
mensagem havia sido traduzida. Mas, ao que
parecia, a mesma não tinha o menor sentido.
Pelo menos não encerrava um significado que
Rhodan pudesse reconhecer ao primeiro golpe
de vista.
Rhodan desceu à divisão médica para con-
versar com Tanaka.
— ...presta atenção ao mundo de grau supe-
rior — murmurou, contemplando a fita de
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plástico que trouxera consigo.
O mundo de ordem superior? Em torno de
qual das cinqüenta e seis estrelas visíveis nas te-
las giraria esse mundo?
O telecomunicador chamou.
— Segundo piloto ao comandante!
Era a voz de Reginald Bell, que parecia bas-
tante nervosa.
Rhodan pegou o microfone mais próximo.
— Pronto! O que houve?
Ouviu Bell respirar profundamente.
— Peço-lhe que venha imediatamente à sala
de comando. As telas...
Rhodan não ouviu o resto. Com dois ou três
saltos atingiu a porta, que para seu gosto se
abriu muito devagar, esgueirou-se pela abertura,
e correu por cima da fita transportadora que
percorria o corredor. Forçando as mãos na pa-
rede do poço do elevador antigravitacional, fez
este subir mais depressa. Chegou tão depressa
à sala de comando que Bell lhe lançou um olhar
estupefato.
As telas!
Acreditara naquilo, porque de outra forma
nada mais teria um sentido. Sabia que um dia
veria esse quadro — e ali o tinha diante de si.
Era o negrume profundo dos confins do es-
paço, semeado de bilhões de luzinhas coloridas,
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com longas estrelas brilhantes que representa-
vam as aglomerações estelares distantes e crate-
ras negras formadas pelos espaços vazios ou
pelas nebulosas.
Era o quadro que se apresentava a qualquer
astronauta, enquanto se encontrasse na galáxia.
E também era o quadro que, depois dos dias in-
termináveis de espera extenuante, conferia um
sentido às coisas.
— O que aconteceu? — perguntou com a
voz rouca.
Bell deu de ombros. Ainda não se recupera-
ra do susto.
— Não faço a menor idéia. Estava olhando a
tela; o quadro era o mesmo de sempre. Voltei a
olhar, e o que vi foi isto.
Com um gesto de desespero apontou para a
grande parede em que estavam montadas as te-
las dos visores óticos.
Rhodan recuperou a atividade. Transmitiu
ordens precisas ao setor de rastreamento. Os
homens ficaram surpresos. Mas, quando puse-
ram a funcionar os instrumentos, perceberam
que o quadro estava totalmente modificado.
Enquanto se puseram a procurar, Rhodan,
com os olhos pensativos, contemplou as telas.
Houve alguma coisa que despertou sua aten-
ção, no início de forma inconsciente. Teve de
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passar os olhos por várias vezes pelo respectivo
lugar na tela, para captar a imagem.
Era um disco vermelho! Seu tamanho cor-
respondia aproximadamente ao que o Sol devia
ter quando visto da órbita de Plutão. Era um
disco vermelho-púrpura; até parecia que não
emitia luminosidade própria, mas havia sido
pintado com essa cor ou recebia sua luz de ou-
tra fonte.
Um sol!
Rhodan chamou a atenção dos rastreadores.
A Stardust-III mantinha uma velocidade relativa
face ao disco vermelho; essa velocidade não de-
via ultrapassar uns 400 ou 500 km/s em rela-
ção ao periélio da trajetória da nave. Com base
nesses dados os homens do setor de rastrea-
mento puderam efetuar a triangulação. Dali a
dois minutos o resultado foi entregue a Rhodan:
O sol vermelho ficava a cerca de duas unida-
des astronômicas da nave. Isso equivalia a uns
trezentos milhões de quilômetros, menos que a
distância que separa Plutão do Sol. Dali se con-
cluía que o astro vermelho era menor que o sol
terreno.
Duas unidades astronômicas! Era apenas um
pulo para uma nave como a Stardust-III. Rho-
dan ajustou a rota.
— Rastreamento ao comandante! O sol tem
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um planeta; provavelmente é o único. Distância
do sol: 0,78 unidades astronômicas. Diâmetro:
0,6 do diâmetro da Terra. Distância do ponto
em que nos encontramos: 1,2 unidades. É se-
melhante a Marte.
A memória do cérebro positrônico forneceu
os dados direcionais ao piloto automático, que
realizou a respectiva correção da rota. A Star-
dust-III dispôs-se a dar mais um passo na sua
caminhada em busca da pedra filosofal
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O planeta Vagabundo, que gira em torno
de um sol moribundo, ofereceu perigos muito
maiores do que poderia se esperar de um
mundo que parecia tão inofensivo. Como
tantas vezes, também aqui as aparências en-
ganaram. Mas agora, com o modelo da Via
Láctea, encontrariam o caminho de volta
para o sistema Vega. Será mesmo?
Se dentro em breve Rhodan se depara
com OS REBELDES DE TUGLAN, isso é de-
vido exclusivamente a Gucky, um clandestino
que viaja a bordo da Stardust-III.
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ÐØØM SCANS
PROJETO FUTURÂMICA ESPACIAL
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