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METODOLOGIA DE INVESTIGAÇÃO EM EDUCAÇÃO 2007/2008

TEXTO DE APOIO

Questionários de tipo “escala”

O conceito de atitude, complexo e de difícil definição, tem sido objecto da atenção de muitos
investigadores em Psicologia e em Ciências da Educação, que, de forma mais ou menos
consensual, consideram que a atitude pode ser definida como “uma emoção moderadamente
intensa que predispõe um sujeito a responder consistentemente de forma favorável ou
desfavorável quando confrontado com um determinado objecto, ideia ou situação” (Anderson,
1988: 423)1.
A forma prevalente para a medição de atitudes, opiniões e outras variáveis em que o individuo
responde escolhendo a sua posição num contínuo (Alreck & Settle, 1995) passa por fornecer aos
sujeitos da investigação uma lista de frases ou de adjectivos e solicitar que respondam a cada
uma dessas frases/adjectivos de acordo com os seus verdadeiros
sentimentos/opiniões/expectativas. A essas listas costuma-se chamar escalas.
As escalas devem ser usadas quando o investigador tem como objectivo obter respostas que
possam ser comparáveis umas com as outras (Alreck & Settle, 1995). As escalas mais usadas
são as de Thurstone, de Likert de Guttman e de diferencial semântico. No entanto existem outras
variantes que serão também apresentadas por poderem constituir a melhor opção para a
elaboração de itens para questionários de tipo escala.

Escalas de Thurstone

São muito usadas para medir atitudes. De forma geral apresentam aos sujeitos um certo número
de afirmações às quais devem responder seleccionando uma opção “verdadeiro” ou “falso” ou
“concordo” “discordo”. Não são cumulativas.

Exemplo: Assinale nas colunas da direita se concorda ou discorda:

Afirmações Concordo Discordo


É fundamental o papel do DT no sucesso educativo dos
alunos
Uma reunião trimestral do CT é suficiente
É importante contacto do DT com os restantes professores

1Esta definição contém, na opinião de Anderson (1988) as cinco características identificadoras do conceito de
atitude:
a) emoção: a atitude tem a ser com os sentimentos e emoções das pessoas;
b) Consistência: embora do foro afectivo a atitude distingue-se da simples reacção afectiva a um objecto ou situação
externa, por ser uma característica afectiva consistente que tem a ver com as concepções internas do sujeito
d) Alvo: a atitude está relacionada com um determinado objecto, situação, ideia ou experiência
e) Direcção: face ao alvo a atitude induz a pessoa a aproximar-se ou afastar-se dela. A direcção tem a ver com a
orientação positiva ou negativas das emoções
f) Intensidade: a atitude mede-se em função do grau ou força das emoções ou sentimentos.
Para o referido autor, a presença das três últimas características permite distinguir atitude de outras características
afectivas como seja os valores, preferências ou a auto estima.
da turma

Desvantagens
Não permite identificar a intensidade dos sentimentos em relação a cada frase. A apresentação
de dados pode fazer-se de diversas formas, como por exemplo, no quadro abaixo representado.

Afirmações (n=25) f %
É fundamental o papel do DT no sucesso educativo dos alunos Concordo 19 76
Discordo 5 20
N/R 1 4
Uma reunião trimestral do CT é suficiente Concordo 20 80
Discordo 3 12
N/R 2 8

Escalas de diferencial semântico

Utilizam um número de adjectivos para avaliar o significado de três factores básicos: avaliativos,
potência e actividade.

Dimensão avaliativa Dimensão potência Dimensão actividade


Mau/bom Grande/pequeno Activo/passivo
Justo/injusto Forte/fraco Rápido/lento
Limpo/sujo Pesado/leve Vivo/morto
Valioso/sem valor
Útil/inútil
Agradável/desagradável

Habitualmente consiste numa escala bipolar de 7 pontos cujos extremos são definidos por um
adjectivo ou frase adjectivada. Os pesos são atribuídos segundo a posição num contínuo que
pode (ou não) assumir valores numéricos, e devendo os adjectivos positivos ser organizados
todos de um lado e os negativos no lado oposto. O total de pontos dos respondentes é
contabilizado definindo um perfil em cada dimensão do sentido e do valor que o conceito
representa para o sujeito.
Desvantagens: o facto de ser composta por adjectivos ou frases bipolares, leva a que por vezes
seja difícil compor antónimos perfeitos para os adjectivos ou frases adjectivadas.

Um exemplo:

Relativamente à utilização do computador nas aulas de Português qual a sua opinião


sobre os seguintes aspectos:

Útil ____:____:_____:_____:____:_____:_____ Inútil

Benéfico ____:____:_____:_____:____:_____:_____ Prejudicial

Ajuda Muito ____:____:_____:_____:____:_____:_____ Não ajuda nada

Motiva os alunos ____:____:_____:_____:____:_____:_____ Desmotiva alunos


A escala de diferencial semântico pode ser aplicada para comparar duas situações distintas
originando um gráfico comparativo concebido a partir das respostas obtidas a cada uma dessas
duas situações.

Utilização do computador nas aulas de Matemátiva e Português: análise comparativa

Útil ____:____:_____:_____:____:_____:_____ Inútil


Benéfico ____:____:_____:_____:____:_____:_____ Prejudicial
Ajuda Muito ____:____:_____:_____:____:_____:_____ Não ajuda nada
Motiva os alunos ____:____:_____:_____:____:_____:_____ Desmotiva alunos

Matemátiva Português

Uma outra forma de apresentar os dados obtidos numa escala de diferencial semântico pode ser
numa tabela, atribuindo para o efeito valores numéricos aos gradientes da escala. No exemplo
anterior temos 7 graus ou níveis sendo que o gradiente (Útil-----Inútil) pode ser apresentado de
duas formas distintas. A primeira pode ser considerando o valor máximo 7 para “Útil” e o mínimo
1 para “Inútil”. Ou então considerando o valor central igual a zero, e valores +3, +2, +1 para os
positivos (útil) e -1, -2, e -3 para os negativos (inútil).
É fundamental que o investigador esclareça muito bem qual foi o critério adoptado para que seja
possível compreender os dados apresentados no relatório de investigação

+3 +2 +1 0 -1 -2 -3
Útil ___ ___ ____ ___ ____ ____ ____ Inútil

Na tabela, e considerando o caso do gradiente ser de +3 a -3 os valores poderiam ser


apresentados da seguinte forma:

Relativamente à utilização do computador na aula Média Valor Valor


de Matemática considera: (n=30) Máximo Mínimo
Útil - Inútil + 2,5 +3 -1
Benéfico - Prejudicial + 1,1 +3 -2
Ajuda muito – Não ajuda nada + 2,2 +2 +1

Escalas de Likert
A escala de Likert baseia-se na premissa de que a atitude geral se remete às crenças sobre o
objecto da atitude, à força que mantém essas crenças e aos valores ligados ao objecto.
As escalas de Likert, ou escala somatória, tem semelhança com as escalas de Thurstone pois
dizem respeito a uma série de afirmações relacionadas com o objecto pesquisado, isto é,
representam várias assertivas sobre um assunto. Porém, ao contrário das escalas de Thurstone,
os respondentes não apenas respondem se concordam ou não com as afirmações, mas também
informam qual seu grau de concordância ou discordância. É atribuído um número a cada
resposta, que reflecte a direcção da atitude do respondente em relação a cada afirmação. O
somatório das pontuações obtidas para cada afirmação é dada pela pontuação total da atitude
de cada respondente. As escalas de Likert são mais populares que as escalas de Thurstone
porque além de serem confiáveis, são mais simples de construir e permitem obter informações
sobre o nível dos sentimentos dos respondentes, dá-lhes mais liberdade para responderem, já
que não precisam de se restringir ao simples concordo/ discordo, usado pela escala de
Thurstone.
O procedimento geral da escala de Likert é usado o seguinte: são reunidas várias informações
sobre determinado item. Estes itens são apresentados aos respondentes que indicam se
aprovam muito, aprovam, estão indecisos, desaprovam, ou desaprovam muito (ou se concordo
totalmente, concordo parcialmente, não concordo nem discordo, discordo parcialmente e
discordo totalmente. Para cada sujeito é feito um score final computando suas respostas numa
escala de 5 a 1 ou de 7 a 1, respectivamente. A maior pontuação possível será a multiplicação
do maior número utilizado (por exemplo, 5) pelo número de respostas, e a menor pontuação será
a multiplicação do menor número utilizado (por exemplo, 1) pelo número de respostas
desfavoráveis. A pontuação individual pode ser comparada com a pontuação máxima, indicando
a atitude em relação ao problema apresentado.
Uma vantagem da escala de Likert é que ela fornece direcções sobre a atitude do respondente
em relação a cada afirmação, sendo ela positiva ou negativa. Uma desvantagem associada a
essa escala ocorre quando surge um problema de interpretação: por exemplo, na escala de
Likert pode haver confusão para determinar o que uma pontuação de 78 pontos significa dentro
de uma escala de 20 afirmações, por exemplo. Não é possível afirmar que essa pontuação
represente uma atitude favorável, tendo como base a pontuação máxima de 100 (20 x 5).

Instruções - Para cada frase, indique com um círculo a opção que melhore reflecte o seu grau de concordância:
CT (concordo totalmente)
C (concordo)
I (não concordo nem discordo)
D (Discordo)
DT (discordo totalmente)

1. Os professores no ensino superior público, são, regra geral, muito competentes CT C I D DT

2. Os professores nas escolas privadas são mal pagos CT C I D DT

3. Os professores do privado tendem a frequentar menos acções de formação CT C I D DT

Outra vantagem das escalas de Likert é o facto de permitirem a transformação numérica do grau
de acordo o que permite trabalhar com valores médios, mínimos, máximos, desvios padrão, etc.

Um exemplo:
Relativamente a cada uma das questões que seguem diga qual o seu grau de concordância:
(Assinale com um X o número associado à resposta que quer dar)
1 2 3 4 5
Discordo totalmente Discordo Não concordo nem Concordo Concordo totalmente
discordo

A realização de um blogue ajudou-me a gostar mais de trabalhar com as TIC 1 2 3 4 5


Os blogues são ferramentas pedagógicas muito potentes 1 2 3 4 5
A dinamização de um blogue incentivou a prática de pesquisa na net. 1 2 3 4 5
Não acredito no potencial educativo dos blogues 1 2 3 4 5

A apresentação dos dados pode ser feita de diversas formas: uma delas é apresentar numa
tabela como a abaixo representada em que os valores relativos (%) das respostas favoráveis (4
e 5) e desfavoráveis (1 e 2) são apresentadas não tendo em conta as respostas indiferentes (3).
Os valores da média e desvio padrão são mais dois indicadores do valor central e da dispersão
das respostas o que nos dá mais uma ideia do “formato” da distribuição.

Itens % respostas Média Desvio


Favoráveis Desfavoráveis padrão
A realização de um blogue ajudou-me a gostar mais de 81 0 4,04 0,6
trabalhar com as TIC
Os blogues são ferramentas pedagógicas muito potentes 88 0 4,38 0,7
Dinamizar um blogue incentivou a prática de pesquisa na net 72 8 3,11 0,8

Pode ainda optar-se por apresentar alguma informação da tabela – neste caso a média - sob a forma de
um gráfico de barras como o abaixo representado que ajuda a visualizar melhor a informação:

1 2 3 4 5

1.A realização de um blogue ajudou-me a


gostar mais de trabalhar com as TIC

2.Os blogues são ferramentas


pedagógicas muito potentes

3.A dinamização de um blogue incentivou


a prática de pesquisa na net

Escala de frequencia verbal ou de avaliação de frequência


O formato de uma escala de frequência verbal (também designada por avaliação de frequência) é muito
semelhante ao de uma escala de Likert com duas excepções: a) mais do que a intensidade do grau de
concordância com uma afirmação, a escala de frequência verbal apresenta palavras (normalmente cinco)
que indicam a frequência com que uma dada variável ocorreu e b) em vez de apresentar afirmações
sobre um dado tópico, os itens de uma escala de frequência verbal devem referir-se a
acçóes/comportamentos muito especificos realizados pelos respondentes (Alreck & Settle, 1995, p. 119-
120).
Por favor escolha o número da escala que corresponde ao número de vez que realiza/pratica cada uma das
actividades/acções abaixo indicadas
1- Sempre
2- Muitas vezes
3- De vez em quando
4- Raramente
5- Nunca

a) Usar o Google quando preciso procurar informação para os trabalhos da escola ------------
b) Usar o chat para a realização de trabalhos relacionados com a escola -----------
c) Usar o email para contactar com o professor. -----------

Para Alreck & Settle (1995) a principal vantagem da escala de frequência verbal é a facilidade de
resposta que proporciona ao inquirido. A maior desvantagem deste tipo de escala é o facto de
proporcionar ao investigador uma medida grosseira da porporção de frequência de cada acção que se
pretende avaliar: por exemplo a categoria central “de vez em quando” pode representar uma frequência
que varia entre os 30% e os 70%, ou seja, a interpretação dos dados deve ter em conta estas limitações
intrinsecas a questões deste tipo.

A escala ordinal
A escala ordinal, é na prática, uma questão de escolha múltipla que partilha algumas semelhanças com a
escala com a escala de Likert e com a escala de frequência verbal. A diferença que individualiza este
formato é que as alternativas ou categorias de resposta obedecem a uma ordem estrita de sequência de
apresentação ou seja estão relacionadas umas com as outras o que não acontece nas escalas de Likert
ou de frequência verbal. Assim sendo, a escolha pela primeira opção é menos do que se se optar pela
segunda, a segunda menos que a terceira e assim sucessivamente. A escala pode ser revertida por
forma a que cada categoria seja mais do que a anterior mas há sempre uma ordem que tem de ser
respeitada (Alreck & Settle, 1995, p. 120-121)

De uma maneira geral, quando é que costuma ligar o seu computador pessoal para aceder ao email
ao fim de semana (por favor assinale uma só opção)

Assim que me levanto _____


Durante a manhã _____
Mesmo antes de almoçar _____
Logo a seguir ao almoço _____
Durante a tarde _____
Antes do jantar _____
Depois do jantar _____
Não costumo aceder _____

A principal vantagem da escala ordinal é a possibilidade que dá ao investigador de obter uma medida
relativa da ocorrência de uma dada variável e deve ser usada quando a pergunta directa é demasiado
ampla ou não suficientemente explícita.

A escala de ranking forçado


A escala de ranking forçado (forced ranking scale, Alreck & Settle, 1995, p. 121- 124) também designada
de atribuição de ordem (Kline, 1986), tem como objectivo obrigar o respondente a ordenar os itens de
acordo com um ranking para se obter uma sequência de preferências numa dada variável. Com esta
modalidade o nvestigador pode obter a posição relativa dos itens uns em relação aos outros ampliando a
qualidade informativa dos dados relativamente à escala ordinal simples que apenas nos mostra a
preferência por uma só entre as várias opções possíveis.
É muito usada em publicidade para conhecer as preferências dos consumidores relativamente a produtos
concorrentes, mas pode ser usada em investigação educativa em múltiplas situações de pesquisa.
Os inconvenientes associados à utilização desta escala é a dificuldade de resposta que exige por parte
do inquirido que precisa primeiro de analisar cada uma das opções para depois as ordenar num gradiente
personalizado. Não deve ser usada quando os inquiridos são muito jovens.

Fala-se muito de insucesso escolar. De entre as causas possíveis abaixo apresentadas escolha as que
considera mais importantes e ordene-as da seguinte forma: 1= mais importante; 2= segunda mais
importante, 3= terceira mais importante e assim sucessivamente.

____Programas inadequados
____Excessiva exigência por parte dos pais
____Excessiva exigência por parte dos professores
____Falta de preparação dos professores
____Indisciplina

Escala linear numérica


Sempre que os itens de um questionário avaliam uma única dimensão de uma variável que se distribui ao
longo de um gradiente de intervalos iguais e lineares, a escala numérica com extremos etiquetados é o
formato que deve ser privilegiado pelo investigador por forma a facilitar a análise e nterpretação dos
resultados (Alreck & Settle, 1995, p. 127- 128).

Que importância atribuiu a cada um dos temas de discussão pública abaixo discriminados?
Se acha que o tópico é muito importante escolha um número do extremo direito da escala e coloque-o no local
assinalado à frente do respectivo item.
Se pelo contrário considera que o tópico não tem para si muita importância escolha um número do extremo
esquerdo da escala e assinale-o no lugar respectico. Por último, se considera que o tópico tem uma importância
relativa escolha um dos números da zona central da escala de acordo com o grau de significância que lhe atribui.

Sem importância alguma 1 2 3 4 5 Extremamente importante

Protecção das espécies animais em vias de extinsão…………………………….________


Melhoria da qualidade do ar que respiramos……………………………………….________
Descoberta de novas fontes de energia fóssil (petróleo) …………………………________
Investimento público em energias renováveis ……………………………………...________

A simplicidade, clareza, economia e produtividade estão entre as maiores vantagens das escalas lineares
numéricas. O formato é simples e fácil de preencher pelos respondentes que não tem dificuldade em
perceber o que lhes é pedido. As mesmas perguntas e as mesmas instruções podem ser usadas para
muitos itens ao mesmo tempo. Em termos estatísticos o tratamento é simples e o facto da escala ser
numérica e de intervalos iguais permite que os dados sejam tratados como se de uma variável intervalar
se tratasse. Em termos de limitações, a principal tem a ver com o facto de não se aplicar a muitas
situações concretas em particular as que requerem a comparação directa com um dado especifico ou
uma avaliação de aspectos relativos a uma dimensão especifica. É fundamental nestas escalas que os
extremos sejam etiquetados com “Extremamente” para que a dimensão seja bem definida e que os
termos usados sejam opostos bipolares. Também não se devem etiquetar os valores intermédios com
palavras, apenas devem surgir os números com intervalos iguais entre eles (c. f. Alreck & Settle, 1995).

Referências Bibliográficas

ALRECK, Pamela; SETTLE, Robert (1995). The Survey Research Handbook (2ª Ed). Boston, MA:
Irwin/McGraw-Hill.
ANDERSON, L. W. 1988. Attitude measurement. In Keeves, J. P. (Ed.). Educational Research, Methodology
and Measurement. Oxford: Pergamon Press. 421-429.

DeVELLIS, Robert F. (1991). Scale Development: Theory and Applications. Applied Social Sciences Methods
Series Vol 26. Newbury Park: Sage.

GABLE, Robert M. (1986). Instrument Development in the Affective Domain. Boston: Kluwer-Nijhoff Publishing.

KLINE, Paul (1986). A handbook of test construction: introduction to psychometric design. New York:
Methuen & Co.

OPPENHEIM, Abraham N. (1992). Questionnaire Design, Interviewing and Attitude Measurement (2ª Ed)
London: Pinter.

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