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Os A p ó s t o l o s

Eles fo r a m ; c o n d e n a m -s e à fom e, O n d e vão? A o rebelde gentio,

A penúria e do tem p o ao rigor; In tra tá vel, soberbo, pugíl,

T êm do Cristo nos lábios o nom e, O n d e gela o incôm odo frio,

A o m u n d a n o poder, que os consom e, O n d e a calm a sufoca no estio,

C o n tra p õ em o pod er do Senhor. O n d e a peste se espalha subtil.

O n d e vão? O que va lem tão pobres?


O que lhes im porta a guerra
O que a vultam no m eio dos reis?
Q u e os h om ens e os elem entos
.4ssás valem , avu lta m quaes pobres,
Lh es m o v e m duros cruentos,
A o sopé dos palácios dos nobres
E m suas divagações?
A cruz firm a m , decretam as leis.
Que lhes im porta m procelas

Sôbre a terra, sôbre as águas?


M a nsa s leis, o que o D eu s v iv o insinua,
E que as mais lindas estréias
Leis de am or, de celeste sançã o;
L h es toldem negros bulcões?
L ei da terra não há que as destrua;

Lei da terra é tão bárbara e crúa,


Com a geral ignorância
N o rm a pálida e sem p erfeiçã o!
F o rc e ja a verdade, lu ta ;

A quela vacila e nuta,


O n d e vão? Aos desertos ardentes, E cái vencida a fin a l;
O n d e as feras raivadas se encaram
Já o verbo se propaga
O n d e se o u v em rugidos frem en tes
D e • boca em boca fe c u n d o ;
O n d e n un ca pululam sem entes,
É com o rolante vaga
Onde os sóes duros raios disparam . T angida do tem poral.

O n d e vão? A os escuros algares, Eles foram . C u m p rira m zelosos


Aos cabeços pon tud os dos m o n te s; Os deveres de sua m issão;
V ã o à som bra dos longos palm ar es, Eram fra cos; D eus f ê -lo s forçosos;
M u ito além das balisas dos mares, E ram tím id os; f ê -lo s briosos,
M u ito além dos azues horizontes. In fu n d iu -lh e s celeste condão.

F r a n k i i n T á v o r
Ano I — Num. 11 Novembro de 1948

«A GAIVOTA”
(Trazendo Notícias do Eterno Evangelho)
Órgão Oficial da Missão Brasileira da Igreja de Jesus Cristo
dos Santos dos Últimos Dias
Registrado sob N .° 66, conforme Decreto N .° 4857, de 9-11-1939.
Assinatura Anual no Brasil . Cr$ 30,00 D iretor: . . . Cláudio Martins dos Santos
Assinatura anual do Exterior CrS 40,00
Redator:................................ João Serra
Exemplar Individual ........... CrS 3,00
Tôda correspondência, assinaturas, e remessas de dinheiro devem ser enviados a
“A G A I V O T A ”
Caixa Postal 862 São Paulo — Brasil

ÍNDICE
E D ITO R IA L
E d ito r ia l............................................................. Presidente Harold M . R ex 242
Maldade, Justiça e Paz P e s s c a l....................................Richaxd L. Evans capa
ARTIG O S E S PE C IA IS
Pesquisador da V e r d a d e ..................................................... Joseph M . Heath 243
Exatidões de O ra ç ã o ........................................................ Francis, M. Lymctn 245
O M orm onism o..............................................................Stephen L. Richards 246
Irmandade, Amor e T o le râ n c ia ................... Presidente George A. Smith 249

A U X IL IA R E S
Escola Dominical:
Verso Sacramental — Ensaio de C a n t o ............................................. 251
Os Nossos C a m p eões............................................................................ 251
O! Meu Pai .......................................................................................... 252
Prim ária:
Franz Schubert ......................................... Francês Grant Bennett 253
Sociedade de Socorro:
Unidade ................................................................................................ 254

SACERDÓCIO
O Propósito do Sacerdócio ........................................................................... 255
Lições para os grupos Sacerdotais ................................................................ 256

VÁRIO S
Evidências e Reconciliações:
Recebe a Igreja Revelações Hoje em Dia Como
As Recebeu na Época de José Smith? ................... Joãa Widtsoe 258
O Rumo dos Ramos ........................................................................................ 263
Os Apóstolos (Poesia) Franklin Tavora capa
EDITORIAL

Domingo, o Dia do Senhor


rfos
vfrj '■*-

O Senhor nos mandou conservar um dia em sete para um fim


cjp especial. Se os nossos atos não forem de acôrdo com o propósito
ju, desse dia, o mal nos acompanhará
Podemos ver a enfase especial empregado por Deus ao referir­
ia se a este dia nas Escrituras. “ E no sétimo dia, Eu, o Senhor acabei
minha obra, e tôdas as coisas que tinha feito; e Eu descansei no
sétimo dia de todo o trabalho. . . E Eu, o Senhor, abençoei o sétimo
«3jp dia, e o santifiquei” . (Pérola de Grande Valor, Mcisés 3:2, 3;
jfc veja Gên. 2:2, 3 ).
JT “ Lembras-te do dia do Sábado para o santificar” . (Exodo
. «jy 2 0 :8 ). “ E os habitantes de Sião também hão de guardar o dia
jjr, do Senhor para c santificar” . (D&C 6 9 :2 9 ).
Nós vemos que os dois pontos apresentados neste mandamento
divino são: Que o domingo deve ser um dia de descanso, e que
Cjfc, ele deve ser santificado.
O que significa “ descanso” ? Certamente ele não significa ocio­
tf sidade. O sentar-se de braços cruzados ficando quietinho durante
jj/j o dia inteiro não é descanso. Porém, pode-se dizer que descanso
verdadeiro é uma mudança de ocupação quotidiana. Portanto, no
ojc
domingo devemo-nos abster dos trabalhos diários, e procurar ou­
djf* tras atividades, que devem subordinar-se às exigências requeridas
para que o dia seja santificado.
. Como se santifica o Dia do Senhor? Consegue-se isto trocando
<2}Ç> o trabalho e a recreação da semana pela adoração direta do Se-
jfr,
*3^0 nhor. A mente vira-se, então, para compreender os princípios e
práticas do Evangelho.
tf Naquele dia nós pensamos especialmente nas realidades espiri-
$ tuais, e também pensamos em fazer as cousas de natureza espiritual,
j. O propósito sagrado do Dia do Senhor e os métodos para rea­
cfly lizá-lo foram revelados claramente na seção 59 do Livro das D ou-
tSjf»
f trinas e Convênios.
Um sumário desta revelação nos ensina que no Dia do Senhor
tf tôdas 'as pessoas devem: 1) assistir às reuniões; 2) jejuar, se qui-
my zer, e sempre jejuar no dia de jejum regular; 3) partilhar do
sacramento; 4) prestar testemunho da veracidade e bondade do Se­
tf nhor; 5) justificar-se para ccm seu irmão ao mal entendido e 6)
t«jjfC» fazer tôdas as cousas com um “ coração singelo” pelo adiantamento
do propósito divino da v id a .
Com tais mandamentos é muito importante que não entremos
tJÇ-j em qualquer atividade que nos possa conduzir além do Espírito
Sagrado do Dia do Senhor.
É um fato bem estabelecido que o campo de futebol ou os
$ cinemas não nos coríduzem ao espírito verdadeiro do Senhor. Tais
jj. atividades devem ser realizadas durante a semana.
Irmãos e Irmãs usemos o Dia do Senhor para o fim pelo qual
«Jji nos foi dado e santificado. É o sagrado dever de todos os Santos
.«» dos Últimos Dias assistirem à Escola Dominical e à reunião sacra-
mental nesse dia.
Que O' Senhor nos ajude sermos diligentes em nossos deveres.
Irmã Rex e eu mandamos nossas lembranças a todos os leitores
JL da “ A G A IV O T A ” .
Sinceramente,
Presidente Harold M. R ex
djç.
vjw vg* vprf vjw wjv Wjw wfé wjy wjw wjw wjw vjv vjw %7Jw vjw «•'Jw Wjw vjw wjv wy*
Pesquisador da Verdade
Por Joseph M. Hêath

ção da Igreja, 1928-1933; e o presiden­


te da Missãc Europea, 1933-1936.
Nasceu no dia 24 de Agosto de 1868,
em Richmond, Utah. O jovem Merrill
tinha experiência da dura vida do pio­
neiro, conhecia o poder da fé, e apren­
deu o valor de um testemunho- humil­
de do Evangelho. Foi o mais velho de
dez filhos. A sua mãe, nascida em
1852, contou-se entre os primeiros co­
lonos em Richmond. Lá as suas opor­
tunidades para conseguir educação de
livros eram limitadas, porém a expe­
riência com o trabalho duro foi abun­
dante. Ela acreditou que as crianças
seriam as jóias brilhantes na sua coroa
celestial, e portanto a primeira consi­
deração, acima de seus próprios dese­
jos era sempre com a família.
Seu pai era estimado por todos na
comunidade como Bispo dC' ramo. O
exemplo de seu caráter provocou o ar­
dor para com o serviço na Igreja que
caracterizava Elder Merrill em cada po­
Joseph F. Merrill sição ocupada durante a sua vida. Pa­
recia que todos os esforços e influen­
cias dirigiam-se para o elevar ac apos-
Hà 70 anos, muito pouca gente pen­ tolado.
sou que esse rapaz ambicioso e diligen­ Ele cresceu num ambiente de pionei­
te ajudando o seu pai na íazenda em ros. Quando tinha 12 anos já apren­
Richmond, Condado de Cache, Utah, dera a trabalhar por si mesmo. Le­
algum dia seria escolhido para ser vou agua para a turma de construção
membro do Conselho dos Doze Após­ ferroviária. No próximo ano com 13
tolos. Desde aquela época quando Jo­ anos ele tinha avançado, estava até fa­
seph F. Merrill estava adquirindo o zendo o trabalho dum homem na estra­
amor ao serviço diligente, a sua vida da de ferro.
tem sido uma história de realizações. Apesar das exigencias de seu empre­
Elder Merrill, cuja vida temos o pra­ go, ele arranjou tempo para sua edu­
zer de apresentar-lhes nesta “A Gaivo­ cação. Reconhecendo a importancia
ta”, é um bom exemplo daqueles que dela, passcu muitas dificuldades para
sacrificaram carreiras lucrativas nas conseguir instrução nas escolas. Tinha
ocupações mundanas, para dedicar-se a que andar à pé compridas distancias.
ancs úteis no serviço do Senhor. Não obstante, o seu caminho sempre
Além de 17 anos como apóstolo, êle esteve iluminado pela luz do conheci­
ocupou as posições seguintes: Conse­ mento .
lheiro na presidência da Estaca de Gra- Os estudos universitários foram
nite, 1911-1919; Comissário de Educa- acompanhados por arduo trabalho, mas

— 243 —
formou-se com honras na Universida­ Quando a primeira presidencia da
de de Utah. Porem não lhe bastou Igreja sob a inspiração recebida pelo
apenas um diploma, mas continuou es­ Presidente Heber J. Grant resolveu or­
tudando nas Universidades de M ichi- ganizar um comitê para combater as
gan, Cornell, Chicago e de John Hop- influencias pernicioáas do alcool e ta­
kins. De John Hopkins, a notável ins­ baco, Elder Merrill foi escolhido. Este
tituição de alta educação, ele recebeu comitê que se chamava Anti-Licor-Ta-
o título de Dr. Joseph F. Merrill e foi baco Comitê tinha o propósito de in­
honrado com diplomas de honra. Es­ vestigar e publicar as descobertas re­
tas realizações no campo da educação centes da ciência que confirmam a “ Pa­
prepararam-no para as responsabilida­ lavra de Sabedoria” . Em cumprimen­
des mais tarde encontradas com o A pós­
to deste chamado para dirigir este co­
tolo.
mitê, ele tem feito um serviço reco­
Ele casou-se com Annie Laura Hyde, mendável. Como o seu conhecimento
no mês de Junho, 1898. Ela faleceu das ciências ele ficou rèsponsavel pelo
em 1917 depois de proporcionar-lhe um esclarecimento dos efeitos danosos do
lar feliz com sete filhos e filhas. Em alcool e do- tabaco. Nas conferencias
1918 casou-se novamente com Emily L. gerais da Igreja e nos ramos onde dis­
Traub que falaceu em 1941. Elder cursa, frequentemente dá maiores e x ­
M errill tinha a maior consideração para plicações sobre as pesquisas e novida­
com sua familia. Um de seus filhos des cientificas.
expressou-se da seguinte maneira:
Numa conferencia geral da Igreja,
“ Nosso pai é um homem da fam ilia.
realizada no grande Tabernáculo na
Ele ama a todos os seus filhos e a to­
Cidade do Lago Salgado, ele deu tes­
dos os seus vinte netos profundamente,
temunho forte da divindade da revela­
e nada há que não seja capaz de fa ­
ção conhecida com o “ Palavra de Sabe­
zer para ajudá-los. Moderado em suas
doria” .
necessidades pessoais ele dá generosa­
mente a seus amados.” “ A Palavra de Sabedoria” foi dada
numa época quando os cientistas tinham
A sua carreira como educador tem
pouco conhecim ento dos fatos básicos
sido notável. Foi professor de quím i­
ca e física por alguns anos; ocupou a da ciência de dietética. Desde aqueles
posição de diretor da Escola de Minas dias, e durante os 50 anos passados,
e Engenharia do Colégio de Utah State havia uma vasta pesquisa, da qual r e ­
durante 29 anos; e fo i mem bro do Co­ sultou muitas descobertas. Aqueles
mitê Executivo da Universidade de pertencentes aos ensinamentos da “ Pa­
Brigham Young em Provo. Quando lavra de Sabedoria” confirmam indu­
nomeado Comissário de Educação da bitavelm ente as verdades revelad as.
Igreja, ele iniciou o sistema seminário Este fato deve trazer alegria e satisfa­
em uso agora na Igreja. ção a todos os Santos dos Últimos Dias,
Durante cs seus 80 anos ele tem pro­ pois é testemunho irrefutável à divinda­
curado as verdades existentes no uni­ de do grande documento.”
verso. Realmente podemos dizer que Dedicando toda a sua vida em di­
Elder Merrill é um seguidor das pala­ rigir seus esforços inteligentes para a
vras do Profeta José Smith, “ A gloria exaltação do Reino de Deus, ele cum­
de Deus é a inteligencia” . Ele crê que pre a sua missão na terra. Como ho­
é o dever de todos que possuem a ver­ mem de ciência e trabalhador na Igre­
dade ensina-la a seu próxim o. Ele é ja, ele merece certamente o titulo de
genuinamente o verdadeiro educador. “ Pesquisador da Verdade” .

— 244 —
Exatidões de Oração
P or Elder Francis M. Lyman.

(De um discurso p roferid o n a c o n ­


ferên cia da A . M . M . de 5 de Junho
de 1892 e p u blicado em “ T he C ontri-
b u tor” no Julho seguinte) .

O nosso Salvador, n o seu serm ão d o con firm ar. Há grande variedade de


m onte, disse: orações que os Elders de Israel devem
“ Quando orardes, não sejais com o saber oferecer dia após dia. Numa
os h ip ócrita s; porque eles gostam de revelação dada a Irm ão José (o p ro ­
orar de p é nas sinagogas e nos ca n ­ fe ta ) , o S en hor an un ciou que os
tos das ruas, para serem vistos dos que n ã o atenderem às suas orações
h om en s; em verd ade vos digo que já em devido tem po, serão reprovados
receberam a sua recom pen sa. Tu, perante o ju iz com u m .
porém , quando orares, en tra n o teu As orações fam iliares devem ser
quarto e, fech a d a a porta, ora a teu atendidas em tôdas as fam ílias, e n es­
Pai que está em s e c r e to ; e teu Pai sas orações, com o em tôdas as outras,
que v ê em secreto , te retribuirá. deve-se lem brar o preceito do S alva­
Quando orais, não useis d e rep etições dor, que n ão se deve fazer com o fa z
desnecessárias com o os G en tio s; p o r ­ o gentio, usar repetições vãs, ou p en ­
que pensam que pelo seu m uito falar sar que se ouve apenas por falar
serão ouvidos. Não sejais pois com o m u ito .
eles; porque vosso Pai sabe o que vos As orações devem ser p roferidas sob
é necessário a n tes que lho peçais a d ireção e inspiração do T od o P od e­
Portanto orai vós d este m od o: Pai roso. T odos os Elders de Israel d e­
nosso que estás nos c é u s; san tificado vem aprender a su jeita r-se ao Espíri­
seja o teu n o m e; ven h a o teu rein o ; to do S enhor, em tôdas as suas o ra ­
seja feita a tua von tad e, assim na te r ­ ções e em tôdas as ord en anças do
ra, com o no c é u ; o pão nosso de cada E va n gelh o.
dia nos dá h oje, e p erd oa -n os as n os­ A ora çã o da m an h ã deve se rela­
sas dívidas, assim com o nós tam bém cion ar às circu n stân cias e con dições
tem os perd oado aos nossos d ev ed ores; da fam ília, sejam elas o que for. As
e não nos d eixes cair em ten ta çã o, circunstâncias da fa m ília diferem de
mas livra -n os do mal. P orque teu é m anhã à m an h ã e de tarde à tarde,
o R eino e o poder, e a glória, para quasi com o variam nossas reuniões.
sem p te. A m ém .” (M at. 6 :5 -1 3 ). E é m uito próprio quando n ós reuni­
Os Santos dos ú ltim os Dias, su p o­ m os a fim de expedir transações no
nho, já aprenderam a sentir e ap re­ interesse dos santos de Deus, e n o in ­
ciar a im portân cia da oração, igual a teresse d o reino, que se ofereça ao
qualquer outro p ov o. Porém , nós, S enhor um a oração, p edin do as suas
com o os santos n os dias do Salvador, bên çãos sobre nós, em nosso trabalho
as vêzes precisam os de algum as su­ e em nosso conselho. Não seria p ró ­
gestões para nos a ju d a r em nossas prio, é claro, o ferecer um a oração so­
orações fam iliares, em nossas orações bre transações p a ra a abertura de
de abertura ou en cerram en to das d i­ um a con feren cia , ou para com eçar
versas reuniões, em nossas orações um a reunião do ram o ou um a reunião
con cern en tes à bên ção do S acram en ­ Sacerdotal. Uma ora çã o deverá se
to, e em nossas orações de orden ar e (Continua na pág. 257)

— 245 —
“O M O R M
SOCIAL mentos. As leis eram dirigidas contra
muitos dos líderes da Igreja e eram res­
Muitas pessoas, ao ouvirem falar nos
sentidas por todo o seu corpo social, em ­
“ Mormons” , imediatamente pensam em
bora uma minoria somente estivesse pra­
poligamia. Os fatos a respeito desse
ticando essa forma de casamento. No
assunto, são os que seguem:
calor à disputa, o Governo chegou ao
A Igreja Mormon não é uma associa­
ponto de confiscar os bens da Igreja.
ção de adeptos da Poligamia. Nos dias
Esses foram os mais negros dias da
primordiais da Igreja a doutrina da
ocupação “ M ormon” do Oeste.
pluralidade de esposas foi introduzida
Depois da Côrte Suprema ter susten­
por revelações divinas. Essa prática
tado a lei de proibição da poligamia
nunca foi geral entre os membros da
como constitucional, a prática dessa es­
Igreja e não mais de 3% das respecti­
pécie de enlace foi praticamente aban­
vas famílias foram polígamos.
donada. Contudc, homens com famílias
Quando essa prática teve início, não assim estabelecidas, persistiram no seu
contrariou as leis do- território nem da manifesto direito de defender e supor­
nação sob as quais viviam esses ho­ tar essas famílias. Alguma tolerância
mens . Subsequentemente emanaram fo i então concedida a essas situações
leis do Governo Federal, as quais con­ particulares. Em 1890 a Igreja publi­
sideram ilegal essa prática. Essas leis cou o Manifesto declarando o seu aban­
foram contestadas na côrte e sobre a dono da prática da pluralidade de ca­
sua constitucicnalidade foi aberto um samento, proibindo os seus membros a
inquérito. Os' “ Mormons” fundamen­ contrair tais relações, sem, contudo, ne­
taram ■sua defesa no fato dessas leis gar o princípio vindo de revelação ce­
constituírem atentado contra a liberda­ lestial. Desde então o casamento plu­
de de credos e pensamentos. No en­ ral constitue uma ofensa às leis da
tretanto, a Côrte Suprema dos Estados Igreja bem com o às do país, tendo sido
Unidos da America negou-lhes a razão, processados os violadores desse precei­
mantendo válidas as novas leis criadas. to, de maneira que a poligamia não é
Muitos membros da Igreja que nessa mais praticada desde há muitos anos
época tinham mais de uma esposa, fo ­ entre os “ Mormons” .
ram taxados de violadores da lei e con­ A pluralidade de casamento fo i con­
sequentemente vítimas de muitas perse­ siderada um sagrado princípio pela
guições. Houve muita relutância em Igreja. Só aqueles julgados m erecedo­
face da tentativa de dissolver a felicida­ res por uma conduta exem plar e por
de de lares baseados em anos de harmo­ grande devoção à Igreja, foram permi­
niosa união. Os homens se recusaram a tidos a contrair essas núpcias. Era
alienar e desprezar os filhos e esposas controlado pela Igreja que impunha
que a lei passou a considerar ilegais. muitos limites e proteções com o inten­
Eles preferiram as prisões do que renun­ to de manter um elevado conceito idea-
ciar às obrigações contraídas com as suas lístico. Mulheres que se tornavam es­
familias. As perseguições foram nume­ posas plurais nunca ficavam sujeitas a
rosas e onerosas para o povo, trazendo- quaisquer compulsões. Tratava-se de
lhe muitas e profundas desolações. Eles mútuo entendimento e consentimento
criaram um ambiente de dureza não es­ de todas as partes, incluindo a própria
perada, com muita amargura de senti­ Igreja. Muitas das mais proeminentes

— 246 —
ONISMO”
— —— Por Stepher L. Richards

e capazes personalidades de hoje na apóstolos” seguido de sete homens cha­


Igreja bem como. na comunidade, são, mados c. “ primeiro conselho dos seten­
efetivamente, o produto de tais rela­ ta” e então o Bispo Presidente com dois
ções. conselheiros.
A sociedade da Igreja “ M orm on” é Um patriarca presidente tambem tem
notável pela sua solidariedade e hom o­ seu lugar entre os 26 homens que cons­
geneidade em pensamentos e propósi­ tituem as autoridades gerais da Igreja.
tos. Isto foi e é conseguido grande­ A sua jurisdição abrange tcda a Igreja
mente pela aderência de certos ideais em todo o globo. Essas autoridades
e princípios de controle espiritual, pela gerais são nomeadas pelo Prèsidente e
consideração e respeito quase universal sustentadas por todo o> corpo com po­
aos líderes da Igreja e seus conselhos nente da mesma, reunida em assem­
e pela uniformidade e padrão do sis­ bléia geral.
tema de vida e até certo, ponto, devido As maiores divisões territoriais são
às perseguições e oposições impostas ao as estacas e as missões. Uma estaca
seu povo durante a maior parte de sua se com põe de 4 a 15 paróquias sendo
história. A união com que correspon­ cada uma destas composta de 200 até
de esse povo aos seus dirigentes, con­ 1.800 pessoas. As estacas são dirigi­
tribuiu para as suas inúmeras realiza­ das por um presidente e dois conselhei­
ções, tanto no terreno da colonização ros que têm a assistência de um Alto
como no do aperfeiçoamento, de sua Conselho de 12 homens, constituindo
organização e promulgação da fé atra­ tambem um corpo judicial. Cada pa­
vés do mundo. róquia é administrada por um bispo e
A organização e governo da Igreja dois conselheiros. As estacas são orga­
abrangem autoridade geral e local, com nizadas em territórios que contam en­
oficiais para as diversas diversões ter­ tre 2.000 a 10.000 membros da Igre­
ritoriais, cabendo aos membros destas ja e que residam em relativa proxim i­
últimas o direito de aceitar ou rejeitar dade. No momento destes esclareci­
por votação os membros designados mentos existem aproximadamente 150
para esses setores pelas autoridades estacas pelos EE. U U ., Canadá, M éxi­
centrais. O direito da escolha dos di­ co e ilhas Havaianas.
rigentes cabe às autoridades da Igreja, As missões da Igreja abrangem os
porém sujeitos sempre a adesão por territórios de população mais dispersa
parte dos seus membros. Ninguém nos Estados Unidos, Europa e inúmeros
pode ser empossado, sem o consenti­ outros países. Entre as missões são
mento autorizado em “ comum acordo” ainda organizado os ramos para aten­
pela votação do povo. der aos menores grupos de associados.
Os homens que presidem a Igreja Cada missão é comandada por um pre­
como autoridades gerais e locais, são sidente que tem a assistência do presi­
selecionados de um grupo de homens dente da congregação local e numero­
chamado o Sacerdócio. O poder exe­ sos missionários em tráfego, que vem
cutivo da organização está com o Pre­ principalmente das estacas. O total
sidente e dois conselheiros que consti­ dos membros da Igreja é hoje superior
tuem a chamada “ primeira presidên­ a 1.000.000.
cia ” . Imediatamente abaixo, com po­ Além das organizações sacerdotais e
deres gerais está o “ conselho dos doze autoridades mencionadas até aqui, exis­

— 247 —
tem organizações auxiliares formadas de Utah. Essa universidade está agora
dentro da Igreja e que operam sob a em seu 70.° ano de existência e conta
direção do Sacerdócio com o fito de com aproximadamente 4.000 estudan­
atender às necessidades dos vários gru­ tes.
pos de membros. Uma dessas é a So­ Uma das mais notáveis realizações
ciedade de Socorro, organização fem i­ da Igreja nos últimos anos, foi o esta­
nina com 86.000 associados, para aten­ belecimento do programa do “ Bem Es­
der cs necessitados pela pobreza, doen­ tar” , com o objetivo de ampliar a as­
ça, ou outros desafortunados, levando sistência aos necessitados. Utilizando
avante um considerável programa para o “ quorum ” das organizações sacerdo­
construir e manter bons lares. A União tais e Sociedade de Socorro, foi desen­
da Escola Dominical, com 351.000 as­ volvido um sistema pelo qual são rea­
sociados, a maior das associações auxi­ lizados os projetos para preservação de
liares, isto é, em número, conduz e ela­ alimentos, roupas e outras necessida­
bora programas educacionais através des. Nesses projetos dá-se trabalho aos
de toda a Igreja, afim de dar o conhe­ desempregados e necessitados e tambem
cimento religioso e teológico à m oci­ conta-se com a cooperação de todos
dade da mesma. A Associação de Me­ associados, em benefício dos menos
lhoramento Mútuo, constituida de mo­ afortunados.
ços e moças, desenvolve atividades O programa ainda está na sua infân­
para fornecer reuniões sociais, recrea­ cia, mas já dá trabalho a milhares de
tivas e suprir as necessidades religio­ pessoas, ministrando treinamento voca­
sas para a adolescência de ambos os cional com suprimento material. Ensi­
sexos. A associação masculina conta na o valor da economia e da conser­
com 65.400 e femenina com 77.300 as­ vação.. Nos distritos que compreendem
sociados. A associação primária dessa a divisão da Igreja, foram construídos
espécie, supre a treinamento similar 71 armazéns espaçosos para a armaze­
para o mundo infanto-juvenil até 12 namento de comestíveis enlatados, bem
anos, com 120.000 membros. com o carnes, vestimentas e outros ar­
Existe, tambem, uma organização de tigos de primeira necessidade. A rm a­
estudo genealógico dentro da comuni­ zéns especiais para a preservação d e
dade, a qual nutre a prática do conhe­ grãos são mantidos conjuntamente com
cimento ancestral do povo-, suprindo as o Armazém Regional da Cidade do
facilidades para o acúmulo de dados Lago Salgado.
sobre os antepassados dos seus com po­ As atividades e facilidades prepara­
nentes. A utilização das informações das pela Igreja são muito extensas, p o ­
daí obtidas, serão mencionadas adiante. dendo. cobrir qualquer fase de traba­
A Igreja mantem um Departamento lhos ou obras sociais. A maioria dos
de Educação. Esse departamento su­ membros são participantes ativos e
pre a educação religiosa e espiritual a muitos são oficiais em diversas orga­
um grande número de estudantes nas nizações. O gênio de organização,
escolas públicas. Os registros presen­ como pode ser demonstrado pela Igre­
tes atestam um número superior a ja, vem da participação universal em
20.000 nesses seminários. Tambem exis­ suas atividades.
tem institutos de religião em diversas O corpo de oficiais da Igreja traba­
Universidades, para estudantes secun­ lha sem remuneração, contribuindo
dários. O departamento tambem man­ com seu tempo e muitas vezes com ou­
tem algumas escolas paroquiais e uma tros meios para o prosseguimento do
grande Universidade, conhecida pelo seu trabalho. Semente as autoridades
nome de Universidade de Brigham gerais e outros que empregam todo o
Young, localizada em Provo, no Estado ( Continua na pág. 261)

— 248 —
Irmandade, Amor e Tolerância
P resid en te G eorg e A. Smith.

Nós, nesta Igreja, som os apenas um deus. T en h o estado com M aom e-


pu n h ad o de gente. Existem m uitas tan os; com aqueles que creem em
Ig reja s no m undo, m esm o nos Esta­ C on fú cio; e eu poderia m en cion ar
dos Unidos, que levam os n om es dos ainda outros m uito bons que e n co n ­
hom ens que as organizaram tais com o trei. T en h o en con tra d o m a ra vilh o­
a Igreja M etodista de W esley, e outras. sas pessoas em tôdas essas orga n iza ­
G randes e bons hom ens que vieram ções, mas tenho a trem enda respon ­
com o objetivo e esperança de m e­ sabilidade, por onde quer que eu vá
lhorar as con d ições do povo, e as do entre eles, de n ão ofe n d e -lo s ou ferir
país onde viveram . Nós, porém , te ­ os seus sentim entos, nem critica-los,
mos a peculiar distinção de p erten ­ por causa de n ão com preenderem a
cer a um a Ig reja que n ã o traz o nom e verdade.
de um hom em , porque n ão fo i o rg a ­ C om o representantes da Igreja é
nizada pela sabedoria de nenh u m h o ­ nosso dever ir a eles com am or, com o
m em . Foi n om eada pelo Pai de to ­ servos do Senhor, com o represen tan ­
dos nós em h on ra de Seu A m ado F i­ tes do M estre do Céu e da T erra.
lho, Jesus C risto. Eu gostaria de su­ Eles p oderão n ão apreciar isso; a l­
gerir a meus irm ãos e irm ãs, que h o n ­ guns poderão pensar que assim f a ­
rássemos o nom e da Ig re ja . Não é zem os a fim de despertar elogios, m as
a Igreja de T iago e João, n ão é a nada m udaria a m inha atitude. Não
Igreja de M oroni e nem a Ig reja de vou fa ze-la s infelizes se puder evitá -
M órm on. É a Ig reja de Jesus Cristo. lo . Eu quizera fa zê -los felizes a u ­
E conquanto todos estes hom ens te­ m en tan do os seus con h ecim en tos; es­
nham sido m aravilhosos e de ca rá te- pecialm ente, sin to-m e desta m aneira
res notáveis, nós fom os ensinados a quando penso nas m aravilhosas o p o r­
seguir a Deus n um a Ig reja que ti­ tunidades e bênçãos que têm vin do a
vesse o nom e de Seu F ilho Bem A m a ­ m im por causa de ser m em bro desta
do. aben çoada Ig re ja .
Eu desejo que os nossos joven s H oje em dia, em m uitas partes do
cresçam com esse fa to em m ente. m undo, os povos estão adoran do a
T orn a m o-n os tão acostum ados a ser­ Deus da m aneira que lhes fo i ensina­
m os ch am ados de Ig reja M órm on por do a a d orar. O povo da grande n a ­
todos os nossos am igos e vizinhos de çã o chineza adora de a côrd o com a
todo m undo, que m uitas pessoas n ão sua crença, de um a m aneira prazei-
conhecem o verdadeiro nom e da Ig re ­ rosa ao C riador, se é que entendem
ja, e eu ach o que o S enhor espera que tivem os um C riador. E assim
que nós os in form em os disso. fazem m uitos ou tros. Isso se deu
Em tôdas essas Igrejas existem bons tam bém nos dias de Jesus de Nazaré.
hom ens e boas m ulheres. É a p a r­ Quando Ele veio ao m undo, haviam
te boa existente nessas várias d en o­ muitas den om in ações. Haviam p o ­
m inações que os con serva unidos. vos em diferentes partes do mundo,
T enh o tido o privilégio de estar com que n ão acreditavam no Deus de
pessoas de m uitas partes do m undo Abraão, Isaac e J a cob . Quando
e de estar em casa de m uitas pessoas Cristo ch egou para instruir o povo,
perten cen tes às várias denom inações não se im p ortan do com as recusas em
do m undo tan to Cristãos com o J u ­ aceitar os seus ensinam entos, Ele dis­
se-lhes que deviam ter fé em Deus e m undo, e se am arem o seu p róx im o
viver retam ente ou n ã o agradariam com o a si m esm os, n ós progredirem os,
ao nosso Pai Celestial. O Salvador incessante felicidade b rota rá em nós,
do m un do veio com bon d ade e a m or. e o sucesso coroa rá os nossos e sfo r­
Ele viveu entre os p ovos cu rando os ços.
doentes, fazen do ouvir os surdos e Aqui m esm o posso dizer que na
dan do n ovam ente vista àqueles que Cidade de Lago Salgado, n a Igre­
estavam cegos. Eles viram estas c o i­ ja Católica, n a Ig reja Presbiteria­
sas, feitas pelo poder de Deus. C om ­ na, na M etodista, na Batista, n a
parativam ente, poucos deles puderam E piscopal e nas outras igrejas, eu te­
com preender ou crer que Ele era o n h o irm ãos e irm ãs que a m o. Eles
Filho de Deus, m as o que Ele fez fo i são todos filh os do m eu Pai, que os
am or com bondade, p a ciên cia e to le ­ am a e espera que eu e vós deixem os
râ n cia . As suas exp eriên cias eram a nossa luz tão brilhante, que esses
tais que n um a ocasião Ele disse: “ R a ­ seus outros filh os e filhas ao verem
posas têm seus covis, e os pássaros do nossas boas obras, sejam in citad os a
ar têm seus ninhos, m as o F ilho do aceitarem toda a verdade, n ã o um a
H om em n ã o tem onde repousar a c a ­ pequena parte dela, m as a in teira
beça” . verdade do E vangelho de Jesus C ris­
Esse fo i o seu Salvador e o meu, to, nosso S en h or. Que m aravilh osa
no seu p róp rio m undo, se o crerdes, oportu n idade n ós tem os! Pensem que
n o m undo perten cen te ao seu P a i. bênção receberem os se fizerm os a n o s­
T udo que aqui havia, perten cia a sa parte aqui; quando p erm a n ecer­
Deus, e ain da assim o Seu ú n ic o F i­ m os n a outra parte da G rande D ivi­
lh o tin h a que ch a m ar a aten ção de sa, quando nosso Pai reunir a sua
seus associados para o fato, com toda grande fam ília com o é seu d esejo e
a sua m agestade e sua realèza. Ele vir estes m aravilhosos hom en s e m u ­
ainda devia viver sem elhante aos o u ­ lheres, cen ten as e m ilhares deles que
tros h om en s. E quando ch egou a fora m o nosso p róxim o e vigiaram as
época de sua m orte, e Ele fo i cru ci­ nossas vidas, levan tarem -se lá e dis­
fica d o na cruz e cruelm ente tortu ­ serem : “ P ai dos Céus, n ós devem os
rado p or pessoas d o seu próp rio povo, isto a estes teus filhos, m em bros da
da sua própria raça, n ã o se en raive­ h um ilde organ ização que lev a o n om e
ceu, n ão se im portou com a b ru tali­ do teu A m ado F ilh o. D evem os isso a
dade deles, m as ain da disse, n a a g o ­ eles por term os enten dido a verdade
nia, “ Pai p erd oa-os, pois n ã o sabem e p or estarm os aqui p ara o ja n ta r
o que fa zem ” . do cord eiro! Esse é o nosso p riv ilé -
Quero que saibais que eu com p re­ go, e será a nossa bênção se fo rm o s
en d o a grande responsabilidade que fie is .
pesa sôbre os m eus om b ros. Eu sei Não discutam os com os nossos a m i­
que sem a d ireção de nosso P ai C eles­ gos e nossos vizinhos, porque eles n ã o
tial, a organ ização em que estam os aceitam o que tem os p a ra eles. P r e fi­
identificados, n ão pode obter suces­ ram os a m á -los fa zen d o coisas que
so. N enhum h om em ou grupo de h o ­ nosso P ai Celestial lhes teria feito.
mens pode lhe dar sucesso sem a sua Nós podem os fazer isto, e de n en h u ­
direção divina; m as se os m em bros m a outra m an eira poderem os gan har
desta Ig reja con tin u arem a guardar a sua c o n fia n ça ou o seu am or.
os m an dam en tos de Deus, se viverem T raduzido por
sua religião, espalhando exem plos ao A lfred o L. Vaz.

V O C Ê JÁ L E U O L I V R O DE M Ó R M O N ?

— 250 —
ESCOLA DOMINICAL
ELDER ROBERT E GIBSON

OS NOSSOS CAMPEÕES
VERSO SACRAM ENTAL P A R A O
MÊS DE DEZEMBRO

Contigo, agora, comunhão,


Queremos todos ter;
Vem nos mostrar Tua salvação,
Vem Tu, em nós viver.


Ensaio de Canto para o mês de De­
zembro: “ Ó! Meu P ai” — Hinário —
página 26.


Brigham Young. A prova fo i bem dis­
putada mas José Smith venceu, final­
mente, com 810 pontos. Não obstante,
Renato Ordacowski ao receb er o outro time tinha o campeão da mis­
são — Renato Ordacowski — com 89
a “ Parker 51” do Presidente R ex
pontos. Tudo isso. foi dirigido por Eloy
Ordacowski, superintendente da Esco­
A competição da Escola Dominical la Dominical de Curitiba, e seus dois
completou-se. Este programa fo i ini­ conselheiros, Luiz V aleixo e José D o­
ciado no prim eiro domingo de Junho, mingos de Oliveira. Um pic-nic foi
e terminou no- último domingo de A gos­ realizado para os vencedores em Cas-
to. Foi baseado na presença, pontua­ catinha com mais do que 45 pessoas
lidade, participação, e alistamento de tomando parte. Foi conferido a Rena­
novos membros da Escola Dominical. to um L ivro de M ormon com o o cam­
Os ramos que participaram nesta ati­ peão do ramo. Numa data futura, será
vidade ccm todos os recursos, recebe­ dada uma caneta “ Parker 51” pela
ram grandes benefícios; o interêsse e missão. Como resultado de sua fideli­
a assistência foram aumentados, e uma dade, o Ramo de Curitiba tem mais dois
organização mais sólida da Escola D o­ membros da Escola Dominical.
minical foi form ada. Para estes mem bros fiéis, a Missão
Curitiba ganhou o prêmio do> ramo, Brasileira estende os seus parabéns
tambem do indivíduo. Dividiu-se em mais cordiais.
dois times, chamados José Smith e Reg

— 251 —
Ó ! MEU PAI
(Adaptado)

Música por James McGranahan


Hino por Eliza R. Snow

O H I N O mos deixados completamente na escuri­


dão, uma “ coisa secreta” , uma chave
“ Ó! Meu Pai” é considerado um dos que abre a porta ao conhecimento,
maiores de todos os hinos dos Santos é nos dada, e por ela (Estrofe III)
dos Últimos Dias, por causa do seu con­ é nos revelada a doutrina nova e glo­
teúdo dcutrinal raro, especialmente riosa de uma Mãe nos céus.
aquele contido na terceira estrofe que O Epílogo: Nossos pensamentos são
projeta um novo pensamento dentro de projetados de novo na Presença Eter­
filosofia religiosa; a saber, que temos na. Pela obediência, e pela termina­
uma Mãe Celestial nas cortes celestes. ção de tudo que nos fo i mandado fa ­
O hino foi escrito durante uma épo­ zer, com a “ aprovação mútua” de nos­
ca de condições excitantes, que final­ sos Pais nos céus, clamamos a prom es­
mente terminaram na morte trágica do sa feita no nosso estado ante-m crtal.
Profeta e do Patriarca. O casamento Verdadeiramente, “ Ó! Meu Pai” é o
de Eliza R. Snow com o Profeta José drama da vida eterna: não somente
Smith realizou-se no dia 29 de Junho um hino, mas uma profecia e uma re­
de 1842. “ Ó! Meu P ai” fo i escrito em velação .
1843. Portanto, a poetisa c> escreveu
O A U T O R
quando esposa do Profeta. Tambem
fôra governante na família dele. Este Esta mulher notável, Eliza R oxey
íntimo convívio deu-lhe inúmeras opor­ Snow Smith, uma das mulheres mais
tunidades de discutir com & Profeta notadas no “ M ormonismo” , nasceu no
sobre muitas coisas importantes e gran­ dia 21 de Janeiro, .1804, em Becket,
diosas que pertencem ao reino de Deus. Condado de Berkshire, Massechusetts.
O hino tem quatro estrofes e é um Ela era a segunda filha de Oliver e Ro-
resumo do grande drama da vida eter­ setta L. Pittibone Snow. Seu bisavô
na comci revelada pelo Evangelho Res­ foi um soldado da guerra da Revolu­
taurado de Jesus Cristo. ção.
O Prólogo: A primeira estrofe pro­ Embora fossem Batistas, os Snows
clama a Paternidade literal de Deus; eram amigos do povo de qualquer cas­
que fom os criados ao Seu lado em ta e sua porta estava aberta para to­
nossa existência ante-mcrtal, encerran­ dos de hábitos exemplares. A s crian­
do a verdade, que recebemos instrução ças eram cultas e treinadas em todas
no grande plano, cuja obediência nos as virtudes Cristãs. Elisa tinha dádi­
habilitaria a gozar de Sua presença e vas especiais como poetisa. Suas poe­
novamente olhar à Sua face. sias lhe trouxeram a amizade de mui­
A Peça: A estrofe II transfere a tos sábios e teólogos, entre os quais se
cena à vida-terrestrial, onde entramos contavam Alexander Campbell, organi­
numa escola para ver se fazemos ou zador da Igreja Campbellita, e seu aju­
não as coisas requeridas provando nosso dante, Sidney Rigdon, mais tarde um
direito à restauração prometida à pre­ sócio dos Santos dos Últimos Dias.
sença de Deus. Nosso reconhecimento A mãe e irmã de Eliza entraram na
da vida ante-mortal foi retido para que Igreja, e ela mesma, depois de fazer
possamos andar pela fé; ainda, não fo- (Continua na pág. 256)

— 252 —
PRIMÁRIA
A INFÂNCIA DE FIGURAS ILUSTRES

FRANZ SCHUBERT

Por Francês Grant Bennett

Numa noite de inverno, quasi a cen­ sinando a si mesmo de tal forma que,
to e cincoenta anos atrás, nascia numa sempre que seus mestres quizessem lhe
pequena e pobre casa em Viena, uma ensinar algo de novo, verificavam que
criança, que mais tarde tornou-se o ele já sabia tudo acerca da suposta
mais famoso compositor de músicas “ novidade” .
que o mundo já conheceu. Franz Schu- Há meninos que cantam em côros de
bert era seu nome. Já ouviram falar igrejas diferentes da nossa. O pai de
dele? Franz Schubert queria que ele cantas­
Seu pai era um mestre-escola que se no côro da Capela do Imperador,
recebia muito pouco por seu trabalho. porque os meninos aprendiam numa
Come a família de Schubert era nume­ ótima escola, outras matérias além de
rosa, dificilmente havia dinheiro sufi­ música. Porém, para serem admitidos
ciente para as necessidades, pois eram os meninos tinham que passar por um
bem pobres. exame de música. O pequeno Franz
O pequeno Schubert poderia tornar- ficou impressionado com os uniformes
se tão célebre quanto M czart o foi em usados peles integrantes do côro e es­
sua infância, se seu pai contasse com tudou muito para ser aprovado.
recursos para lhe dar uma educação Quando se levantou afim de cantar
musical apropriada. Seu pai entendia para os examinadores da capela, Franz
de música o suficiente para ensinar vestia roupas b e m ' modestas. Alguns
violino a Franz. Um irmão mais velho meninos foram rudes e ccmeçaram a
ensinou-lhe piano-, e muito cedo já sa­ escarnecer, chamando-o de “ um filho
bia mais do que seus dois professores. de camponês” . Ele pôde perceber que
Um de seus amigos trabalhava numa todos sussurravam coisas, porém, quan­
fábrica de pianos. Franz persuadiu do principiou a cantar, imediatamente
esse seu amigo para que tambem o dei­ cessaram os murmúrios e todos perma­
xasse trabalhar lá. Enquanto os cole­ neceram quietos, observando o mais
gas de Schubert divertiam-se com brin­ completo silêncio. Sua doce e clara voz
quedos, próprios de sua idade, ele per­ era tão terna que transformava em
manecia horas inteiras na fábrica, assombro o riso e os motejos daqueles
aprendendo tudo que lhe fosse possivel que haviam-se rido da sua humildade.
sobre pianos; tocando, estudando e en- (Continua na pág. 260)

— 253 —
“ UNIDADE”

“ . . . que, quer vá e vos veja, quer


esteja ausente, ouça acerca de vós
que estais num mesmo espírito, com ­
batendo juntam ente com o mesmo
ânimo pela fé do Evangelho<” — Fil.
1:27. parassem. Então admoestou-os: “ Se
não desejardes obedecer às leis do reino
As coisas mais valiosas em nosso de Deus e procurar o espírito de Cris­
mundo, particularmente os seus' mais to, andando unidos e em humildade, eu
altos valores sociais, ou sejam, religião, vos peço, volteis para traz” .
arte, ciência e educação, têm sido cons­ A nossa fé hoje deve ser concentra­
truídos sôbre os princípios de coopera­ da em um grande trabalho: a constru­
ção amiga. A UNIDADE é essencial ção do reino de Deus na terra. A que­
no progresso, quer seja em família, na les que conservam essa fé são unido®
comundade ou na vida nacional. Não em um só coração e um só pensamen­
é um princípio novo e nem peculiar à to. Mas aqueles que não o fazem, são
Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos excluídos desse trabalho e das bênçãos
Últimos Dias. É tão velho quanto à so­ trazidas pelo m esm o.
ciedade dos homens, UNIDADE vem “ E porque os Santos têm livre asces-
sem dúvida, do entendimento nascido so ao Espírito Santo e podem andar
do conhecimento, da perfeita honesti­ com a Sua luz em seus corações, e por­
dade, generosidade e amor. que possuem a inteligência que Ele é
O Mestre deu o exem plo perfeito. capaz de dar, pode existir uma harm o­
Ele pediu aos seus apóstolos “ que se­ nia maior e mais forte entre os Santos
jam um, como nós somos um ” — João do que em qualquer outra organização
17:22. de homens em qualquer outra parte do
Aos Santos dos Últimos Dias, o> prin­ m un do.
cípio é novamente revelado, “ Eu vos “ UNIDADE” no trabalho do Senhor,
digo, que sejais um, e se não fordes um, é a fortaleza de Sion.
não sereis m eus” — Doc. & Ccv. 38:27.
Sôbre esse princípio de UNIDADE a
Igreja tem crescido em força e influên­
cia. As palavras de Longfellow podem DITAMES
ser aqui, perfeitamente aplicadas,
— Os argumentos expostos com bran-
“ Toda a sua força está na sua união, dura e calma são os mais convincentes.
Todo o seu perigo está na sua discór­
dia” . — Mais vale uma pequenina ação
O sucesso da jornada daquela pri­ boa, que uma ótima intenção.
meira e nobre caravana de pioneiros,
sob a liderança de Brigham Young, fo i — “ Devo meu feliz êxito na vida ao
quasi im pedido pela desunião havida fato de, em todas as cousas, sempre e
entre os membros. A companhia acha­ em toda parte, estar adeantado um
va-se próxim a às Chimney Rocks quan­ quartoi de hora.”
do Brigham Young ordenou-lhes que — Nelson

— 254 —
SACERDÓCIO

O PROPÓSITO DO SACERDÓCIO

I. Corno Instrumento para o Bem agências e os representantes do Todo


Estar Progressivo da Humanidade — P oderoso.
O Sacerdócio implica propósito. O ho­
mem está na terra em conform idade O SACERDÓCIO COMO INSTRUMEN­
com um plano proposto pelo Senhor e TO PELA REVELAÇÃO CONTÍNUA
aceito pelo homem pre-existente. O
propósito do plano, como fo i ( esclare­ O Sacerdócio ou a autoridade que
cido por meio de revelação moderna, é pcssuimos é o meio ou o canal pelo
o progressivo e eterno bem estar da qual nosso Pai Celeste tem proposto a
humanidade. (Eis que esta é a minha comunicar a luz, a inteligência, os dons,
obra e a minha glória, trazer o homem os poderes, e a Salvação espiritual e
à imortalidade e à vida eterna. M oi­ temporal para esta geração.
sés 1:39). O Senhor emprega aqueles
que receberam o Sacerdócio Divino O SACERDÓCIO COMO INSTRUMEN­
para ajudá-Lo neste plano eterno. A TO PELO GOVERNO DA IGREJA
necessidade do- Sacerdócio, ou uma
agência oficial na terra, é reconhecido A organização da Igreja começa com
por todcs aqueles que acreditam que a o Sacerdócio; (Disponível a todos os
vida do homem é planejada e dirigida homens justos na Igreja) pois todos os
por nosso Pai Celestial. objetivos, atividades, e divisões da
Igreja são tirados da autoridade do Sa­
II. Como Meio de Guia Individual cerdócio .
— O Profeta José Smith disse o seguin­ O Sacerdócio é a autoridade recebi­
te sobre o Sacerdócio: “ Eu aconselho da de Deus para agir oficialmente em
a todos para continuar no caminho, da realizar c plano de Salvação. Aqueles
perfeição e para procurar mais os mis­ que possuem o Sacerdócio, e somente
térios da Santidade. Um homem não esses, podem fazer as ordenanças sa­
pode fazer nada por si próprio a m e­ gradas do Plano de Salvação, quer por
nos que Deus o dirija no caminho cer­ si mesmo ou com o oficial da Igreja de
to; e o Sacerdócio é para esse fim .” Jesus Cristo.
Quando a Igreja de Cristo está na
III. Como Guia Coletivo e Contrele terra, o Sacerdócio centraliza-se na
Social — Nenhum livro, seja o melhor Igreja e não funciona fora dela. Os
que fcr; nenhuma tradição, seja a mais membros da Igreja que pecam suficien­
venerável, é guia suficiente para um temente para serem excomungados,
povo progressivo no caminho do Reino perdem o Sacerdócio que possuíram
Celestial. Temos algo melhor do que antes.
livros — Nós temos autoridade divina,
e aqueles que a possuem constituem as Traduzido por W arren J. Wilson

— 255 —
Lições para os Grupos Sacerdotais
Período de atividades: Hino, oração, das designações, atividades scciais e
chamada, relato sobre as designações fraternais.
executadas durante a semana, conside­
ração das maneiras para atrair cs mem­ Período da Lição: Lição Sacerdotal
bros ausentes, designação dos deveres da semana — Instruções por um mem­
para todos os membros, instruções so­ bro da presidência do Ramo sobre há­
bre os deveres e sobre o cumprimento bitos e virtudes.

PRIMEIRA SEMANA DE DEZEMBRO TERCEIRA SEMANA DE DEZEMBRO


“ As duas testemunhas, Alma e Amu- “ O discurso de A lm a” — Cápitulo 12,
lek ” — Capítulos 9 e 10, Livro de M cr- Livro de Mormon.
m on .
Pontes para a discussão:
Pontos para a discussão:
1. Julgamento final.
1. A necessidade de duas testemu­
2. O que é a segunda morte ou a
nhas (Mat. 18:16; Deut. 19:15).
morte espiritual?
2. Porque caem os mais eleitos de
3. Simbolismo do lago de fogo e
Deus? O poder de Satanaz.
e h x ofre.
3. Linhagem de Lehi.
4. Propósito do querubim e espada
4. O que inspira um homem como
flamejante no jardim do Eden.
Amulek a ser convertido?
SEGUNDA SEMANA DE DEZEMBRO QUARTA SEMANA DE DEZEMBRO
“ Amulek vence sobre poderes diabó­ “ O Sacerdócio” — Capítulo 13, Livro
licos” — Capítulo 11, Livro de Mormon. de M orm on.
Pontos para a discussão: Pontos para a discussão:
1. A lei de Mosiah. 1. Porque os Sacerdotes são orde­
2. Serão salvos cs homens em seus nados?
pecados? 2. Eternidade do Sacerdócio.
3. A missão de Cristo. 3. Porque o Sumo Sacerdócio cha-
4. A morte e a ressurreição. ma-se Sacerdócio de Melquizedek.

Ó ! MeU Pai (Continuação da pág. 252) cola de novo, e escreveu muito. Foi aí
uma completa investigação, tornou-se que escreveu “ Ó! Meu Pai” , o hino que
convertida e foi batisada no dia 5 de pôs seu nome entre os imortais dos
Abril de 1835. Mais tarde no mesmo Santos dos Últimos Dias.
ano, saiu de casa e residiu em Kirtland, Quando organizou-se a Sociedade de
Ohio, onde foi professora numa escola Socorro, dia 17 de Março de 1842, Eli­
seleta para moças, e por algum tempo za R. Snow era a sua secretária. No
foi governante na família do P rofeta. dia 29 de Junho de 1842, foi realizado
Sob os ensinamentos inspirados do seu compromisso com José Smith para
Profeta dos Últimos Dias, progredia no vida e eternidade na Lei Celestial de
conhecimento e compreensão do Evan­ Casamento. No dia 27 de Junho de
gelho, e sua vida inteira tornou-se de­ 1844, o Profeta e seu irmão Hyrum fo ­
dicada à Sua disseminação. Suas poe­ ram assassinados.
sias agora revelaram a inspiração da Pesarosa, mas intrépidamente, Eliza
verdade recentemente achada, refletin­ tornou-se mais devotada do que antes
do a visão glorificada do seu profeta- na causa do seu marido. Estava no
mestre. êxodo de Nauvoo, e dc tempo de sua
Quando a família mudou-se para chegada no Vale do Lago Salgado até
Nauvoo, Illinois, Eliza ensinou na es- falecer, a vida desta mulher talentosa
— 256 —
foi sempre cheia. Em 1866 foi orde­ A M Ú S I C A
nada para presidir sobre as Sociedades “ Ó! Meu Pai” tem sido adaptado à
de Socorro da Igreja, e trabalhou na­ música por diversos compositores dos
quele posto durante vinte e um anos. Santos dos Últimos Dias. Em 1893, foi
Tambem ajudou a irmã Aurelia Spen- cantado num funeral em Logan, Utah
cer Rogers organizar a primeira A s­ por Robert C. Easton na música de
sociação da Primária. No. dia 17 de “ Meu Redentor” por Frank M cGra-
Julho de 1882, o Hospital Deseret foi nahan, e causou um sentimento tão fa­
estabelecido com Eliza R. Snow Smith vorável, que Frank W. Merrill publi­
com o presidente. cou uma adaptação que fo i usada pelo
No dia 5 de Dezembro de 1887, no Irmão Easton nos serviços dedicatórios
seu octogésimo quarto ano, faleceu esta do Templo do Lago Salgado, e tambem
mulher excepcional. Cerimônias fúne­ na Exposição. Mundial de Chicago
bres foram realizadas no Salão da A s­ quando o Coro do Tabernáculo em Lago
sembléia, Cidade de Lago Salgado, e Salgado cantou lá em 1893. “ Meu Re­
o enterro foi no cemitério particular do dentor” parece ainda ser sua com po­
Presidente Brigham Young. sição. favorita. Reg

O ração (Continuação da pág. 245) sendo con firm a d a s m em bro da Ig re ja


de Jesus Cristo dos S antos dos ú lti­
con cern ir com a ocasião, ta n to com o m os Dias. Não se deve fazer isso
uma orden ação se con cern e às circu n s­ D evem os co n firm á -lo s e term inar,
tâncias . assim deixando a b ên ção patriarcal
A prende-se algo das propriedades para o P atriarca.
con cern entes a estas coisas pelos D ando in ício a tais reuniões, com o
exm plos que tem sido dados. Q uan­ con feren cias, deve se com preender a
do João, o B atista, orden ou o p rofeta situação de um a vez e pedir que o
José e Oliver Cowdery ao S acerdócio S en hor nos abençoe con form e fo r a
Aaronico, usou estas palavras: “ S o­ r e u n iã o .
bre vós, m eus com pan h eiros de servi­ E ncerrando, devem os pedir as b ên ­
ço, em nom e do Messias, co n firo o çãos do S enhor sobre a con gregação
Sacerdócio de A arão” . Estas eram e sobre o que fo i dito, e nos entregar
as palavras de ordenação. É verdade aos cuidados dele.
que ele disse um as poucas palavras Não é necessário o ferecer longas e
de instrução, e lhes in form ou a res­ en fa d on h a s orações, nem para in iciar
peito da natureza do S acerdócio e por n em para term in ar. Não é som ente
quanto tem po deverá perm an ecer na desagradavel ao S enhor p or usarm os
terra; porém , quando ele fa lou essas palavras demais, m as tam bém é desa­
palavras, aqueles hom ens fora m o r ­ gradavel aos Santos dos ú ltim os Dias.
denados . . . Dois m inutos dão para abrir qualquer
Na con firm ação, depois do batism o, tipo de reunião, e m eio m inu to dá
é necessário apenas que o ca n didato p ara en ce rrá -la .
seja con firm ad o m em bro da Ig re ja D evem o-n os lem brar da ocasião, e
de Jesus Cristo dos Santos dos Ú lti­ deixar que a ora çã o seja p rop ícia . As
m os Dias, e que o irm ão o ficia n te lhe vezes nossos h á bitos n os con trolam
con fira o Espírito Santo, em n om e de m ais do que o Espírito do Senhor, p o r­
Jesus C risto. A m ém . Estas são as tan to devem os considerar estas co i­
palavras necessárias e quando se faz sas. O fereçai orações curtas e evi­
isso, a pessoa é c o n firm a d a . . . tais repetições vãs, especialm ente a
Caim os n o h ábito de p roferir o r a ­ repetição do n om e de Deus e do S a l­
ções longas e en fadon has, sobre a c a ­ v a d or. É com u m in iciar a oração em
beça de pessoas já batisadas, m as
— 257 —
Evidências e Reconciliações
Por João A. W idtsoe

Recebe a Igreja revelações hoje em ofícios, templos, salas e casas para ed i-


dia com o as recebeu na época de José ficar. O Profeta apresentava os seus
Smith? problemas ao Senhor, e com a resposta
A resposta a essa pergunta é simples­ revelada ele podia cumprir retamente
mente “ sim” . A Igreja de Cristo guia- a sua obra. É confortável sabermos que
se por revelação contínua. O Senhor o nosso Pai nos Céus ajuda-nos em to­
fala à sua Igreja agora com o na época dos os atos da vida, tanto nos m eno­
do Profeta José Smith ou em épocas res com o nos maiores.
antigas, sempre que a Igreja esteja na Por exemplo, as revelações dadas
terra. para dirigir a construção de diversas
Contudo, a questão merece uma res­ salas nos primeiros dias da Igreja são
posta mais completa. Existem pelo m e­ consideradas com o palavras estimadas
nos três classificações de revelações: de Deus, pois que esclarece o parentes­
Primeiro, há revelações concernentes co íntimo e precioso entre Deus e o ho­
à organização e doutrina básica da mem.
Igreja. Tais revelações form am o ali­ Tais revelações dirigindo a Igreja nos
cerce da Igreja, sobre o qual se ccns- negócios quotidianos, são recebidas
tróe o sistema de ensino e prática por continuamente pelo seu Presidente.
todos os anos. Estas revelações são Para assegurar que revelações deste
necessárias no princípio duma dispen- tipo têm sido constantemente ofereci­
sação do Evangelho para que a Igre­ das, precisa-se somente investigar a
ja seja corretamente organizada e pre­ história dos Santos dos Últimos Dias.
parada para trazer bênçãos a humani­ Talvez seja que tenham recebido mais
dade. H oje em dia, estas revelações revelações deste segundo exem plo após
indispensáveis foram dadas a José do que durante a época de José Smith.
Smith, que foi comissionado para or­ O fato de que não são impressas num
ganizar a Igreja Restaurada. Como livro de revelações não diminue a sua
reveladas ao Profeta, elas são suficien­ veracidade.
tes para trazer salvação, aos homens Terceiro., todos os hiembros fiéis da
nesta dispensação. Outras revelações Igreja podem receber revelação para
concernentes à organização ç doutrina sua direção diária. Portanto os mem­
podem ser dadas, se Deus quiser, pois bros podem testificar que verdadeira­
que existe uma infinidade de verdades mente têm e recebem tal direção quo­
desconhecidas, mas essas não mudarão tidiana. O testemunho da veracidade
ou anularão os princípios das revela­ do Evangelho, possessão preciosa de
ções existentes. centenas e milhares de pessoas, veio
Segundo, há revelações concernentes por meio do espírito de revelação. Pelo
aos problemas de dia. Ainda que já desejo, estudo, prática e oração, deve-se
fosse revelada a doutrina essencial, aproximar o testemunho da verdade,
form ando o alicerce e estrutura do porém se consegue finalmente só sob
Evangelho, a Igreja, dirigida por ho­ o espírito de revelação. É por este po­
mens mortais, precisa direção divina der que os olhos dos homens são aber­
para resolver os problemas correntes. tos para compreender os princípios e
Das revelações recebidas por José verdades do Evangelho. Não se pode
Smith, muitas eram deste caráter. Ha­ compreender a verdade sem esse espí­
viam missões para organizar, cidades rito. As palavras de Brigham Young
para construir, homens para chamar a são as seguintes:

- 258 —
“ Sem revelação direta dos céus, é a única pessoa que pode receber re­
impassível para qualquer pessoa enten­ velações para a direção da Igreja in­
der completamente o plano de salvação. teira. Estas limitações que vêm do
Muitas vezes ouvimos falar que os Senhor protegem a regularidade do
oráculos viventes têm que estar na Reino de Deus na terra.
Igreja para que o Reino de Deus seja Não é direito de qualquer indivíduo
estabelecido e prospere na terra. Dou elevar-se com o revelador, profeta, vi~
outra interpretação deste sentido. Digo dente, ou como homem inspirado, para
que os oráculos viventes de Deus, ou áfir revelação com o propósito\ de diri­
o espírito de revelação, deve estar em gir a Igreja, ou para ditar às autori­
cada indivíduo, para saber do plano de dades dirigentes da Igreja em qualquer
salvação e ficar no caminho que con­ parte do mundo, muito menos em Sião
duz à presença de Deus.” (Discursos onde a organização do Sacerdócio qua-
de Brigham Y o u n g ). si alcança perfeição, onde tudo é com ­
Podemos continuar. Todas as pessoas pleto até a organização de um ramo.
nascidas na terra têm o direito do au­ Indivíduos têm o direito de ser inspi­
xílio do espírito de Deus. Isso consti- rados e receber manifestações do Es­
tue uma espécie de revelação. Conse­ pírito Santo para a sua direção pessoal
quentemente todas as realizações do e fortificação da sua fé , para encora­
homem — em ciência, literatura, ou já -los a obras retas, para serem fiéis
nas artes, são. os produtos da revela­ e guardarem os mandamentos que lhes
ção. Assim vieram o conhecimento e foram dados por Deus; o privilégio de
à sabedoria à terra. todos os homens e m ulheres é receber
Deve-se ser lembrado que as reve­ revelação pava este fim, mas não além
lações vêm usualmente segundo a ne­ disso. Quando um indivíduo eleva-se
cessidade. O Profeta José Smith es­ assumindo o direito de controlar e di­
clareceu este ponto: “ Não podemos es­ tar leis, ou julgar o seu irmão, espe­
perar saber tudo, ou mais do que sa­ cialmente contra os que presidem, ele
bemos agora, a menos que nos confor­ deve ser reprimido prontamente, se não
memos com aquelas revelações já re­ resultarão desordem, divisão e confu­
cebidas” (Ensinamentos do Profefò são . Todos os homens e mulheres nes­
José S m ith ). A questão então não ta Igrejia devem ter mais juizo para
deve ser, “ Recebemos revelações hoje não se subm eter a tal espírito; no ins­
em dia como nas épocas do Profeta tante que tal sentim ento se apresenta,
José?” , mas no outro lado, “ Guarda­ eles devem expulsá-lo, porque é direto
mos tão completamente as revelações antagonismo à ordem do Sacerdócio, e
já nos dadas para podermos esperar ao espírito desta obra. Nós não pode­
mais?” mos aceitar nada como autoridade a
Um outro princípio importante de menos que venha diretamente por meio
revelação na Igreja de Cristo organi­ da organização estabelecida do Sacer­
zada, é a limitação posta sobre aque­ dócio, que é o meio ordenado por Deus
les que recebem revelações. Todos os pelo qual Ele revela a sua vontade ao
membros podem pedir e receber reve­ mundo. (Presidente José F. Smith).
lação, mas somente para si mesmos e Todos os Santos dos Últimos Dias
para todos sob a sua responsabilidade. fiéis estão certos de que a Igreja é di­
Todos os oficiais da Igreja têm direito rigida hoje em dia com o nos primeiros
a revelação para ajudá-los nos cargos anos, por revelação de Deus. A histó­
para os qiiais foram chamados, mas ria da Igreja manifesta a todos, com a
não além disso. O bispo não pode re­ vontade de procurar a verdade, a evi­
ceber revelação fora de suas obrigações dência ampla do fato de que há reve­
na paróquia; o presidente da estaca lação contínua na Igreja.
recebe somente para as suas responsa­
bilidades; e o presidente da Igreja é Traduzido por Joseph M. Heath
Oração (Continuação da pág. 257) fica em .pé para falar com o povo, o c o ­
n om e de Jesus Cristo, en cerrar em ração de todos os que têm fé n o ev a n ­
n om e dele, e possivelm ente usar o seu gelho oferecerá um a prece m uda,
nom e algum as vêzes durante a o r a ­ pedin do a Deus que aben çoe o seu ser­
ç ã o . Se nos aproxim arm os ao Pai, e vo com o Espírito S a n to.
oferecerm os as nossas petições a Ele, Evitai orações para serem vistos ou
e então encerrar em n om e de Jesus ouvidos pelos hom ens, m as rezai ao
Cristo, é suficiente. Não h á ora çã o S en h or. Se abrirdes um a reunião,
tão grande e im portan te que seja n e ­ um a particularidade é fa la r bastante
cessário usar m ais de um a vez o nom e alto para todos ouvirem . E o m es­
do F ilho de Deus e de Deus. m o quando adm inistrardes o S a cra ­
E deixe que seja um a lição inesque­ m en to. C om preendei as p rop ried a ­
cível pára os joven s de Israel, e para des d e oração e esquivai as im p roprie-
todos os outros, que quando um Elder dades. Trad. por C. Elm o Turner.

Schubert (Continuação da pág. 253) muito modestamente: “ Parece-me que


alguma coisa não está certa, papai.”
E assim, lhe foi conferido o mais ele­
Na escola as despesas não eram gran­
vado lugar do côro.
des, de modo que não necessitava de
Finalmente, agora ele poderia estu­ muito dinheiro. Entre as principais
dar com bons professores. Tornou-se coisas que lhe exigiam dinheiro, uma
dirigente da orquestra da escola, e ra­ era a compra de papel para escrever
pidamente familiarizou-se com as com ­ músicas. E por mais que tivesse nunca
posições de mestres como Haydn, Mo- achava bastante. Seu cérebro estava
zart e Beethoven. tão repleto de idéias que parecia não
Certo dia o mestre da capela viu por haver tempo suficiente para transmiti-
acaso algumas músicas de Franz e logo las ao papel. Jamais ele ouvira uma
compreendeu que não se tratava de um poesia sem pensar em m usicá-la.
menino comum e que merecia ter os Certa noite estava ele jantando com
melhores professores possiveis, nas di­ uns amigos num restaurante. Um deles
versas da música, para que lhe fosse c^eixou cair um livro de poesias. Franz
dada a oportunidade de desenvolver o ergueu e bastou passar-lhe os olhos,
seu grande gênio. Ele aprendeu tudo para imediatamente vir-lhe à mente
tão bem e depressa que muito cedo uma melodia para um dos poemas do
ainda os melhores professores já não livro. “ Oh” disse afoitamente, “ tenho
podiam ensinar-lhe mais nada. Um de­ em minha cabeça uma sublime m elo­
les disse: “ Nada há que eu possa lhe dia para este poema. Se pelo menos
ensinar. Ele já aprendeu tudo que sei tivesse papel onde escrever! Receio
e creio que Deus tem sido seu profes­ que a esqueça se tiver que esperar.”
sor . ” Um dos presentes pegou um cardápio
Aos domingos à tarde lhe era dada e traçando algumas linhas atrás o en­
permissão para que fosse visitar seus tregou a Schubert, que anciosamente
pais. Seu pai, dois de seus irmãos e escreveu nele uma das mais belas de
ele eram os componentes de um quar­ todas as suas obras, enquanto os ou­
teto de cordas. Não obstante Franz tros, indiferentes, continuavam o jantar
fosse o mais jovem , era sempre quem Apezar de Schubert ter composto du­
se apercebia das falhas cometidas quan­ rante seus trinta e um anos de vida
do tocavam. Se um de seus irmãos todo gênero de música, é por suas no­
trocassem uma nota, ele, Franz, no táveis sonatas e músicas leves, conhe­
mesmo instante corrigia, mas se o erro cido e admirado por todos. Ele fez cer­
fosse de seu pai, esperava que ele rein­ ca de 600 composições ao todo.
cidisse na falta para depois observar Trad. por Elias Cassas Peinado
— 260 —
0 Mormonismo contradizem. Nos mesmos se encontra
(Continuaçõ'' da pág. 248) solidamente a autoridade para a veri­
seu tempo substantivamente nas ativi­ ficação das doutrinas teológicas e re­
dades da organização, recebem uma ligiosas de toda a Igreja. Esta é com ­
compensação. Em termos gerais, a pletamente e definitivamente Cristã em
Igreja existe sem um ministério remu­ todo e qualquer julgamento de sua ca­
nerado . racterização. Ela se apresenta como
Ainda que a Igreja mantenha essas sendo a Igreja de Jesus Cristo, tendo
diversas organizações e agências em tambem essa denominação. O sacer­
benefício dos membros, a fundação dela dócio que a governa e exerce autorida­
é o lar. As obrigações paternais e sua de, para a administração dos seus es­
autoridade, são os fundamentos básicos tatutos e cerimônias, deriva do Reden­
da filosofia da Igreja. Fundamental­ tor deste mundo. O Evangelho por ela
mente todas as instituições no ramo ensinado é o emanado do próprio Sal­
são consideradas aliadas do lar e tem vador, constituindo as virtudes cristãs
como objetivo final, a criação e manu­ o padrão de vida de seus membros. A l­
tenção de melhores lares, para uma guns princípios da fé dos “ M ormons”
vida familiar mais eficiente. O verda­ não diferem dos de outras Igrejas Cris­
deiro lugar, bem como a importância tãs . Ela acredita na Trindade e ex-
das relações domésticas na sociologia piação de Jesus Cristo, ressurreição da
da Igreja, serão esclarecidos quando as morte e imortalidade da alma. Mas a
suas doutrinas forem compreendidas. concepção dada a estas e outras dou­
trinas comumente aceitas, assim como
DOUTRINÁRIO
as contribuições que por ela tem nova
Os “ Mormons” acreditam na Bíblia aceitação e princípios teológicos, de­
e aceitam a tradução de “ King James” ram-lhe um lugar distinto e sem igual
como padronizada. Eles têm outros v o ­ no mundo religioso. Ela sustenta, ape­
lumes de escrituras divinas, mas essas sar da aparência nova de algumas de
outras escrituras não contradizem, de suas doutrinas, que não há princípios
forma alguma, a Bíblia, nem depre­ ou verdades por ela defendidos, que
ciam tão pouco a sua autoridade e im-
não sejam e não tenham sempre sido
tância. As outras escrituras que acei­
uma parte do Evangelho do Senhor Je­
tam são: O “ Livro de M orm on” , que é
sus C risto.
uma tradução inspirada de placas sa­
gradas, trazendo a história de povos E’ impraticável, no espaço que aqui
pre-históricos que imigraram para o dispomos, fazer uma exposição com ple­
continente americano, ocupando parte ta de suas doutrinas. Apenas algumas
de suas terras, com um relato de suas podem ser relatadas. A Igreja acredi­
experiências religiosas, nacionais e in­ ta na fé, arrependimento, batismo por
ternacionais; As “ Doutrinas e Convê­ imersão e no recebimento do Espírito
nios” é um compilado das revelações Santo pela imposição das mãos. A cre­
de muitos assuntos relacionados com a dita que os homens devem ser chama­
Igreja, divinamente dadc ao seu profe­ dos por Deus e ordenados por aqueles
ta; A “ Pérola de Grande V alor” con­ que possuem autoridade, para pregar
tem o livro de Moisés, de Abrão e ou­ o Evangelho e administrar as suas or­
tras traduções e escrituras inspiradas a denanças. Acredita na mesma organi­
José Smith. Estes quatro volumes, que zação e dádivas idênticas ao Evange­
são: a Bíblia, o Livro de M ormon, as lho que existia na Primitiva Igreja de
Doutrinas e Convênios, e a Pérola de Jesus Cristo. A credita-se ainda em re­
Grande Valor constituem o que é cha­ velações modernas e contínuas do Se­
mado “ As Obras Clássicas” da Igreja. nhor e que o Sião será construído em
Esses livros se amplificam mas não se continente americano e que Cristo rei­

— 261 —
nará pessoalmente sobre a terra. De­ pode saber a verdade quando esta lhe
fende o privilégio de adorar c Deus é trazida, necessitando apenas recebe-
Todo Poderoso, de acordo com os di­ la de coração e mente abertes e adap­
tames da consciência, permitindo a to­ tar a sua vida aos ensinamentos do
dos os homens o mesmo direito. A cre­ Senhor. Todos os membros honesta­
dita na sujeição às autoridades civis mente convertidos têm “ testemunhe”
dos países onde seus membros vivem ou conhecimento individual dos carac­
e em obedecer, hcnrar e manter a sua terísticos divinos na Igreja, o que eles
lei. Acredita na pre-existência, prova­ atribuem à ação do Espírito Santo na
ção mortal e vida eterna após esta, natureza de seu própric espírito. Eles
com livre arbítrio e direito a escolha crêm implicitamente na realidade e
para todo o homem selecionar cu de­ poder da fé e influência espiritual.
terminar o curso de sua vida. Ela não Eles aceitam prontamente a aquisição
advoga compulsòriamente, mas sim da verdade através a ciência, mas dis­
pela bondade e amor. Ela imputa a es­ tinguem claramente a incumbência da
piritualidade em todas as ccisas, pela ciência e a da fé. A extensão do es­
criação do Universo nessa forma, antes pírito é tão real e genuíno para eles
da sua criação física, tendo a Deus come o é a do universo físico.
com o Criador e Mestre do Saber. O Na sua concepção, o espírito do ho­
corpo humane é reconhecido com o um mem não somente sobrevive, como
tabernáculo onde habita o espírito do tambem atravessa estágios de eterno
hom em . Não pode haver corrupção fí­ progresso. Tudo que se aprende ou ad­
sica pelo ate de ingerir substâncias no­ quire nesta vida é levado à vida suce­
civas à saude, sem o haver tambem dânea. A condenação ou a execração
no espírito que nele habita, de modo é um retardamento ao progresso. A
que a contaminação do corpo tem tan­ bondade acelera esse progresso e a m al­
to significado religioso como temporal. dade o retarda. Não há conceito de li­
Portanto é contrário aos princípios re­ mite no alcance do bem. Pode-se, en­
ligiosos, com o na sua prática, o ate. de fim , e através do. progresso e inteligên­
ingerir alcool, fumo, chá, café e outros cia, chegar à onipotência do próprio
narcóticos, estimulantes òu outres v e­ Senhor. O universo e todos os seres
nenos que militam contra a saúde, in­ que o compõe, são governades por leis
teligência e espiritualidade. Esta dou­ eternas e invariáveis. O homem deve
trina é dada numa revelação chamada anuir e se conformizar a essas leis go­
“ A Palavra de Sabedoria” . vernantes, para compreender as bên­
A crença da Igreja é que na Pater­ çãos da eternidade.
nidade de Deus e irmandade dos ho­ Todos çs homens são iguais perante
mens, a sua função é a de empregar a lei e todos têm a oportunidade, mes­
todos cs esforços para a salvação de mo os mortos, para aceitar as promes­
toda a família humana e que ninguém sas e bênçãos. Porém, tedos terão que
pode obter a salvação na ignorância do saber e compreender o Evangelho e
plano evangélico e que a verdade de­ aqueles mortos que entraram no mun­
verá ser levada a todos homens ante- do espiritual sem esse conhecimento,
deles poderem exercer sàbiamente o depois desta vida, terão oportunidade
direito eletivo. Para este fim a Igre­ de aceitá-lo através de trabalhos vica-
ja é uma organização propagadora, riais de seus descendentes ou outros
consagrando grande parte de seus re­ amigos da imandade da Igreja. Esses
cursos, energia e poder, na divulgação trabalhos são feitos dentro des tenzplos
d» sua mensagem. Ela assuma que construídos para esse fim. No reinado
através do espírito de Senhor, que com ­ do Senhor não haverá injustiça.
pete a todos os homens, toda pessoa (Continua no próxim o numero)

— 262 —
RIBEIRÃO PRETO grama foi também um sucesso, sendo
muito animado e concorrido.
A abertura da Associação de Melho­
A Escola Dominical realizou a sua
ramento Mútuo do ramo de Ribeirão
conferência no Domingo de manhã, di­
Preto realizou-se no dia 17 de Setem­
r i g i a pelo Elder Robert E. Gibson, di­
bro com festividades especiais. retor da Escola Dominical na missão.
Cerca de 50 pessoas assistiram numa
Uma parte apreciada por todos presen­
festa que foi um bom começo das tes foi a canção interpretada pelas
atividades do Mútuo deste ano. Foi
crianças do ramo de Santo Amaro. O
apresentado um ótimo programa musi­
valer da Escola Dominical nas vidas
cal para gôzo dos presentes. das crianças, da mocidade, e de todas
Temos ouvido muito a respeito da
as idades foi demonstrado nos núme­
amizade existente entre a juventude ros apresentados.
dessa cidade. Junto com a vontade de Domingo de tarde a sessão geral foi
melhorar um ao outro, esse atributo
realizada com uma assistência para
vai assegurar resultados em todas as
mais de 110 pessoas que ouviram as
atividades realizadas. palavras do Presidente Rex e as dos
Sendo que esta é uma nova organi­ missionários que partem da missão
zação do Mútuo da Missão Brasileira neste mês. Elders Warren J. Wilson,
e o primeiro organizado em Ribeirão Jesse L. McCulley, e Cecil J. Baron
Preto, damos os nossos parabéns e bons terminaram as suas missões no Brasil
desejos por um ano próspero do Mútuo. e eles expressaram pensamentos de va­
lor desenvolvidos durante os dois anos
SÃO PAULO e meio que ficaram entre os brasilei­
Nos dias 9 e 10 de Outubro, nc dis­ ros. Na pregação do Presidente, ele
trito de São Paulo realizou-se uma con­ fez notar o progresso realizado neste
ferência de três sessões com grande distrito descrevendo o início duma nova
êxito. O Presidente Harold M. Rex épcca do serviço missionário em São
presidiu e expressou o seu orgulho em P a u lo.
ver o progresso recente deste distrito. Os nossos mais sinceros parabéns,
Todas as sessões tiveram uma nume­ São Paulo.
rosa assistência de membros, investiga­ Ross Viehweg
dores’ e amigos da Igreja. À noite, dia
9, a Associação de Melhoramento Mú­ A CONFERÊNCIA
tuo teve a sua conferência assistida por DOS MISSIONÁRIOS
mais de 150 pessoas. Foi dirigida pelo Diante de 60 missionários de todas
Elder Richard K. Sellers, presidente do as partes do Brasil, cantando os refrões
ramo na Moóca. O tema — O Dia do de “ Vinde! os Santos” terminou c> pro­
Senhor — aumentado por um “ sketch” grama musical realizado na Escola
apresentado pelos membros e amigos Graduada em São Paulo e a reunião
do Mútuo deu um melhor entendimen­ da semana inteira dos missionários da
to da importância do Domingo. missão brasileira.
Um baile realizado depois do pro­ Esse programa de números vocais e

— 263 —
instrumentais finalizou otimamente cialmente inspirativa reinando um es­
uma conferência que ficará inesquecí­ pírito forte de humildade e brandura.
vel nos corações de todos os assisten­ Seis missionários que se vão embora
tes. Missionários de Porto Alegre, do Brasil neste mês receberam tributo
N ovo Hamburgo, Joinville, Ipcmeia, especial do Presidente Harold M. Rex
Curitiba, Piracicaba, Campinas, Ribei­ pelo trabalho que fizeram entre o povo
rão Preto, Rio de Janeiro, Santos e to­ brasileiro. Elders Grant C. Tucker,
dos os ramos de São Paulo começaram Cecil J. Baron, Warren J. Wilson, Jessie
a reunir-se no princípio da segunda L. MacCulley, Donald F. G old e Bynon
semana de Outubro. Dois missionários D. Thomas lamentaram muito a termi­
voaram, diversos andaram de “ Jeep” e nação das suas missões. Os missioná­
outros viajaram de trem e autc, mas rios, membros e amigos vão sentir a
todos chegaram ansiosos para ver de falta destes embaixadores da verdade.
novo os seus velhos companheiros e Uma numerosa assistência compare­
conhecer os novos missionários que ceu ao programa musical, que realizou-
chegaram desde a conferência do ano se dia 15 de Outubro à noite, na Es­
passado. cola Graduada. Compos-se dos núme­
Com animo eles cantaram o primeiro ros seguintes: Solo de violino pelo El­
hino terça-feira de manhã para iniciar der Frederick H. Dellenbach, dueto
as reuniões da semana. No primeiro pelas Irmãs Diania H. Rex e Renee J.
dia ouviram os presidentes dos distri­ Nielsen, solo do orgão por Robert F .
tos que deram uma indicação do pro­ Pool III, dueto pelos Elders Harry J.
gresso da missão no ano passado. de trombone pelo Elder Milton R. B lo-
Quarta-feira itodos vestiram-se com omquist, solo vocal “ The L ord’s Prayer”
roupas usadas e foram a Interlagcs pelo Elder Jay R . Fowles e vários
para realizar um pic-nic. Praticou-se quartetos, oitetos, e côros dos missio­
toda espécia de esportes, futebol ame­ nários. Os acompanhadores foram El­
ricano, baseball, voleibol, etc. Irmã ders Mareei L. Nielson e Dale S. Bai-
Rex e Irmã Nilsen auxiliadas pelo co­ ley. Alem disso houve discursos
zinheiro Elder Arnold Maas prepara­ dos Elders Franklin R. Jensen, Johan-
ram um grande banquete que constou nes A. Alius, Donald F. Gold e prega­
de galinha, salada de batata, tortas! e ção especial do Presidente R ex.
tudo que pudesse alimentar os estôma­ Os Elders um dia após ao da reunião
gos famintos dos missionários. voltaram para os ramos agradecidos
Quinta e sexta-feira gastaram-se em pela oportunidade de reunirem-se e
reuniões onde todos foram ouvidos. partilharem do alimento espiritual da
Uma reunião de testemunhos foi espe­ conferência.

Endereços dos Ramos no Brasil da Igreja de


Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias
São Paulo: Rua Seminário 165 Rio de Janeiro: Rua Camaragibi 16
M oóca: Rua Leme da Silva 288 Curitiba: Rua Barão do Rio Branco 647
Santo Am aro: Rua Barão do Rio Branco 1275 Joinville: Rua Frederica Hubn#r
Piracicaba: Rua 15 de Novem bro 521 Ipoméia: Rua José Getúlio 567
Campinas: Rua Bareto Leme 1075 Porto Alegre: Rua Dr. Timóteo 688
Ribeirão Preto: Rua Mariana Janqueira 29A Novo Hamburgo: Rua David Canabarro 119
Santos: Rua A dolfo de Assis 81
— 264 —
Os Missionários

Todos reunidos em São Paulo durante a sua conferência

Harold M. Rex — Presidente CURITIBA MOÓCA


Diania H . Rex
Jay R. Fowles Sanford S. Walker
Thayle Nielsen — Segundo
Dean Clark Ross G. Viehweg
Conselheiro.
Herbert Ludwig
Renee Nielsen Juan Munk SANTO AMARO
ESCRITÓRIO DA MISSÃO
CAMPINAS Arnold E. Maas
Weldon B . Jolley Warren L . Anderson
Robert E . Gibson George H. Bowles
Joseph M. Heath Mareei L . Nielson RIBEIRÃO PRETO
Kent B . Tyler
PORTO ALEGRE Frederick H. Dellenbach Johannes A . Alius
Milton R. Bloomquist
Dale S. Bailey SANTOS Henry D . Stringham
Walter J. Boehm Lowell T . Polatis
José de Camargo Jack A . Bowen
Stanford Sorenson Joseph W. Lewis
RIO DE JANEIRO
Gerald L. Little
NOVO HAMBURGO Leonard D . Benson Richard K . Sellers
Harry J. Maxwell Merrill Worsley
Rolf J. Boehm PIRACICABA John L. Hilton
Raymond W . Maxwell Harries A . Lloyd
IPOMEIA Walter T. Wilson Rex F. Faust
Robert F. Pool III La Verne E. Smith H. Grant Kunzler
Daniel B . Larsen James H. Barwick Jr.
AOS ESTADOS UNIDOS
JOINVILE SÃO PAULO
Cecil J. Baron
C. Elmo Turner W . Lynn Pinegar Grant C. Tucker
Joseph R . Smith Franklin Ross Jensen Warren J. Wilson
Floyd A . Johnson B . Orson Tew Donald F. Gold
Boyd H . Lee Richard P . Boyce Jessie L . Mc Culley
Gerald L. Hess Marion Wride Bynon D. Thomas
Maldade, Justiça e Paz Pessoal
P or R ichard L. Evans.

As vêzes vem os pessoas que p a re ­ Pensais vós que um hom em possua


cem estar escapan do co m violações da paz tendo quebrado a lei e fica a g u a r­
lei, violação da con sciên cia, violações dan do as conseqüências dela? P e n ­
de cad a lei da con d u ta reta . M uitas sais vós que um h om em possua paz
vêzes parecem gozar dos fru tos dum a tendo con tribu ído para a quéda ou a
vida falsa e dos n egócios falsos. T a l­ degradação de seu próxim o, n ão im ­
vez refletam os em nossas m entes porta o p roveito ou prazer tem p orá ­
quando a ju stiça abrir os seus olh os rio que gan h ou ? E um a últim a p e r­
e exigir retribuição. P orém a razão gu nta: O que há neste m un do que
de n os sentirm os assim é porque v e­ um h om em pode gozar sem paz, tra n ­
mos apenas um a parte da figura. Se qüilidade da m ente, do cora çã o e
soubessem os os pensam entos e sen ti­ pensam entos tranqüilos? Se p en sa ­
m entos dum a pessoa deshonesta c o n ­ m os que alguém está escap an d o à lei,
sigo m esm o, n ão trocaríam os posições é porque vem os apenas um a parte da
com ele, nem aqui, n em n o a lé m -tú - fig u ra . Se padéssem os ver o p a n o ­
m ulo por tudo que ele aparentem ente ram a com pleto, n ão quereríam os n e ­
goza. nhum a parte dele, ainda que n ão
A lgum as perguntas neste ponto, ta l­ existisse o além túm ulo, nem o g ra n ­
vez sejam con v in cen tes: Pensais vós de Juiz de todos os hom ens, ou a
que qualquer pessoa possua paz, e m ­ eterna justiça, todos dos quais exis­
bora saiba que outros h om en s têm tem . T odavia, não tem os que espe­
m otivo ju stos de o d iá -lo ? Pensais vós rar ta n to tem po. O que os h om en s
que um hom em possua paz ten do c o n ­ praticam con stan tem en te torn a -se
seguido prazeres com a violação de parte deles. No discurso de A ntony,
prin cípios que sabia serem verdadei­ Shakespeare escreveu: “ A m aldade
ros? Pensais vós que um h om em p os­ que os hornenó praticam con tin ú a d e ­
sua paz seguindo um a dupla vida, que pois deles” . P ode se a crescen tar um a
está en ganan do aqueles a quem deve verdade m aior: “ A m aldade que os
lealdade e fiel cu m prim ento, ou que hom ens praticam vive com eles” .
está ten ta n d o servir dois m estres, um T raduzido por
dos quais é in com p atível co m o ou tro? J oseph M . H eath.

A CAPA
O retra to que adorna a capa da “ A G A IV O T A ” d este m ês re p r e ­
sen ta o p rogresso realizado no Brasil. C onh ecid o pelo m undo in te i­
ro p or causa da arquitetura m oderna e singular en con tra d a nas suas
cidades, o Brasil está passando p or uma ép oca de d esen volv im en to.
D esde a P roclam ação da R epública, cu jo aniversário celeb ra m os no
dia 15 d este m ês, o Brasil tem progredido b astan te com o uma p o tê n ­
cia mundial. A R epública, n a scen te, não tev e com eços tran qü ilos;
p orém , com fé e p ersevera n ça o Brasil tem um lugar h onroso en tre
as nações.

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