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Capítulo 3
Pedro Höfig
Geógrafo, MsC. em Ciência do Solo, Catena Planejamento Territorial.
E-mail: pedro@catenaterritorial.com
Elvio Giasson
Eng. Agrônomo, Dr. em Ciência do Solo, Professor do Departamento de Solos da UFRGS.
E-mail: giasson@ufrgs.br
INTRODUÇÃO
porque é por meio de uma visão integrada do território que se pode definir os objetivos e as
metas adequadas para o planejamento e gestão da área, e fundamentar as tomadas de
decisões. Nesse sentido, foram confeccionados mapas de localização, uso do solo e
infraestrutura, altitude, declividade, irradiação solar, índice de umidade topográfica e
potencial à erosão laminar. As análises dos resultados, espacialmente representados nos
mapas, permitem conhecer as potencialidades e as fragilidades da propriedade rural,
auxiliando os gestores na tomada de decisões de forma direcionada e otimizada frente aos
tipos de uso atuais e, ainda, estabelecer diretrizes para o planejamento de médio e longo
prazos.
MATERIAIS E MÉTODOS
O trabalho foi realizado na Fazenda Modelo (nome fictício), que se localiza no Norte
Pioneiro do Paraná, na microrregião de Wenceslau Braz (IBGE, 1990), mais precisamente no
município de Carlópolis, na divisa com o estado de São Paulo. A fazenda, que possui 129,15
hectares, está localizada a cerca de 15km da sede municipal, com acesso principal pela
rodovia PR-218, no trecho que liga a cidade de Carlópolis e o município de Fartura, no
estado de São Paulo, seguindo por estrada de terra até a propriedade (Figura 1).
Planejamento e análises ambientais - 49
RESULTADOS E DISCUSSÕES
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Variedade cafeeira produzida pelo IAC (Instituto Agronômico de Campinas) em 1977.
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Na Fazenda Modelo, as áreas com maior radiação solar são os locais mais altos e
com orientação de vertente voltada ao norte. Os locais de maior insolação são as áreas
próximas à estrada de acesso que divide a propriedade em setores norte e sul,
principalmente aqueles próximos à área de pastagem (Figura 5). Essas diferenças no
microclima são fatores que atuam diretamente na incidência de pragas e doenças no
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cafeeiro, além de afetar o nível de desenvolvimento das plantas. Por exemplo, faces menos
expostas ao Sol são mais propensas à ferrugem, enquanto as mais expostas ao Sol são mais
aptas à cercosporiose (CUSTÓDIO, 2011). Ademais, os setores que recebem menor insolação
devem ser prioritários para o uso de técnicas de proteção às geadas.
Figura 6: Mapa de Índice de Umidade Topográfica: potencial de armazenamento de água na Fazenda Modelo
CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS
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