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Os leões faziam justamente o que os leões fazem: nada. Deixavam as escolas nas
mãos das leoas, que caçavam os problemas da escola, educavam os filhotes e
ainda por cima tinham que satisfazer as exigências do leão.
Os lobos, vendo a indolência do leão que ganhava fama em cima do trabalho das
leoas mesmo fazendo nada, eram obrigados a “fazer alguma coisa” – ou o leão os
devoram, ou pior, demitiam! – porém, faziam tudo com soberba e má vontade ... se
não tivessem a cara braba e uma pompa por estarem em cargos “próximos da elite”,
poderiam ser até chamadas de ... preguiças!
As hienas somente faziam seu trabalho. Limpavam a sujeira que os leões, leoas
e lobos faziam, e dos demais animais que na escola se educavam. A estes
recaia a culpa última de todo o sistema não funcionar, apesar da indolência do
leão e dos lobos.
Certo dia, as hienas cansaram de ver essa situação. Passaram a lecionar conteúdos
críticos (em vez de repetir o que tinha no livro didático), a chamar os pais e demais
membros da comunidade escolar para participar das atividades da escola e, assim, forçar
leões e lobos a trabalhar.
Leões, depois dessa mudança, eram eleitos pela comunidade escolar e todos os bichos
tinham voto paritário; lobos e leoas tinham que passar por concurso para serem
incorporados ao trabalho da escola e dependiam de bons resultados em seus trabalhos
para permanecerem no cargo e as hienas não ficavam mais a mercê dos demais animais
de grande porte ou número.
Moral da história: uma andorinha só não faz verão. Gestão democrática e participativa
na escola também não se faz só com um leão, lobo ou hiena, mas com todo mundo!