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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ SETOR DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE

ARQUITETURA E URBANISMO
TA502 – PAISAGISMO II

Prof. Dr. Alessandro Filla & Prof. Dr. Paulo Barnabé

Aluna: Ana Maria Chifon

Resumo 1- SANDEVILLE JUNIOR, E. Paisagem, Revista Paisagem e Ambiente, Ensaios, n.20, 2005.

A paisagem é uma herança das transformações que ocorreram em um espaço, uma herança. Esse texto aborda a
discussão entre a adequação do termo paisagem e ela como objeto de estudo, no entanto paisagem, no sentido coloquial, é a
própria imagem, ou seja, uma figura construída pela percepção do observador. É necessário distinguir, definitivamente, paisagem
da representação pictórica ou figurativa da paisagem. O estudo da paisagem aponta, assim, para uma abordagem que demanda
complexidade metodológica: um estudo do espaço e uma vivência (os quais consideramos fundamentais à compreensão da
paisagem), a convergirem em uma discussão da cultura, sem a qual não há paisagem. “Trata-se da passagem da falsa
objetividade da descrição, na medida em que não dá conta da natureza de todo” objeto”, para a abstração da explicação10
(KOSIK, 1976), uma vez que permite evidenciar a natureza complexa do" objeto". Queremos evitar que se reduza, arbitrariamente,
o significado do termo, o que estabeleceria uma percepção viciada e superficial (no sentido do não-essencial, do que não é vital)
do" objeto". Do sugerido aqui, a questão da forma subordina-se a dos processos, que se definem em um campo social e natural
relacionado. Estudar a paisagem é, nesse entendimento, estabelecer uma discussão da cultura, de implicações políticas, ou não a
perceber como paisagem. A palavra paisagem é freqüentemente utilizada em vez da expressão configuração territorial. A
designação da árvore como árvore e da sala como sala é cultura" (SANDEVILLE JR., 2004).Aliás, a dimensão técnica da
paisagem contemporânea só reforça essa questão, de que ela também é cultura.

Discussão: como explicado em aula, a paisagem, como nos vêm, primeiramente à mente, não é somente o espaço natural, por
vezes permeado com algumas casas ou vielas, é também o ambiente modificado, urbanizado e denso em construções, como é o
caso de centros urbanos ou cidades menores.

Resumo 2- SALVIATI, J. E. Tipos Vegetais aplicados ao Paisagismo. Revista Paisagem e Ambiente, 1993.

A utilização correta da vegetação no paisagismo depende, primeiramente, do conhecimento dos aspectos visuais dos
tipos vegetais. Contudo é preciso saber quais os tipos vegetais e que estes, geralmente são classificados de acordo com o tipo de
caule, assim de acordo com SALVIATI(1993) temos: plantas arbóreas (árvores, palmeiras, coníferas), trepadeiras, arbustivas e as
herbáceas (herbáceas propriamente ditas forrações e pisos vegetais). A utilização dos tipos depende do objetivo visual que o
paisagista queira obter, neste caso, é observado a arquitetura da planta como objeto - a forma, o tamanho, estrutura, densidade e
disposição da folhagem,o brilho, textura e cores. O segundo elemento a ser observado, mas não menos importante, são
considerações sobre a planta como ser vivo, que necessita de condições ideais para seu desenvolvimento pleno ou restrito, de
desenvolvimento(crescimento, florescimento ou frutificação) e de saúde(em que a planta pode se adequar a um ambiente, porém
existem limitações). Segundo o autor, deve-se considerar que as plantas nunca são utilizadas isoladamente, os efeitos visuais,
dependem como são agrupadas ou dispersas, destacadas ou colocada em segundo plano, e, uma mesma espécie pode ter um
efeitos diversos conforme sua utilização.

Discussão: a partir das idéias do autor é possível constatar, que também para ele, o primeiro item a ser observado em projeto de
paisagismo, no que diz respeito aos elementos vegetais, são os tipos vegetais, de forma genérica quanto a forma, porte, textura,
cor, entre outras características, para em seguida observar as espécies, pois estas deverão ser o mais aptas possível àquele
ambiente em que se está interferindo.

Resumo 3- MACEDO, S.S. A Vegetação como elemento do projeto. Revista Paisagem e Ambiente, 1982.

A vegetação, em sua evolução história, em ambientes urbanos passa a ser incorporada como elemento estrutural e não
mero elemento decorativo, e é através dessa nova abordagem que se estabelece a linguagem contemporânea da cidade. A
vegetação como elemento de projeto, passa a ser utilizada de maneira diferenciada, em que as relações desta com os edifícios e
ruas se modificam e se intensificam, a medida que a composição dos espaços livres se alteram fisicamente, os layouts não
apresentam uma rigidez compositiva de outrora, mas podem ser mais livres e orgânicos conforme o objetivo projetual, Mas, não
só o layout estabelece a relação do projeto, seu uso dependerá da estratégia arquitetônica no espaço de múltiplos usos e de
interação humana e demais relações com o entorno(ex.: a praça e a cidade) além, das características do terreno. As
condicionantes de projetos atribuirão função aos elementos vegetais, árvores, arbustos ou pisos vegetais, estes elementos serão
ordenados conforme a pretensão do projetista através das possibilidades peculiares aos tipos vegetais. Assim árvores podem
formar vedos ou dispersão, sombreamento ou clareiras, ou, volumetria utilizando-se o distanciamento. As variações de alturas
conferem á paisagem os extratos obtidos entre árvores ou árvores e arbustos, estes últimos atribuem particularidades visuais de
volumetria, variação de cores, criação planos e espaços, pois delimitam áreas. O uso de forrações em espaços livres é limitado,
com exceção das resistentes ao pisoteio.

Discussão: Esses aspectos foram abordados pelos professores, principalmente no exercício da caixa de areia, em que pensamos
os elementos vegetais para caracterizar o espaço livre. Observamos as relações entre o ambiente e a vegetação(insolação,
sombreamento, distanciamento), a relação vegetação e apropriação humana através da delimitação de espaços, apesar do
exercício ter ido além do exposto pelo autor, pois nos utilizamos de alterações na topografia como intervenção projetual.

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