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Universidade do Vale do Itajaí – Univali

Escola de Artes, Comunicação e Hospitalidade – EACH


2021.1 - T1 – Paisagismo 8
Acadêmica Jaqueline Amorim

Resenha Critica

O PARQUE LINEAR COMO INSTRUMENTO DE PLANEJAMENTO E GESTÃO DAS ÁREAS DE


FUNDO VALE URBANAS (FRIEDRICH,Daniela 2007)

PAISAGEM, ECOLOGIA URBANA E PLANEJAMENTO AMBIENTAL


BARBOSA, Valter Luís
JUNIOR, Antônio Fernandes Nascimento

Os impactos da urbanização sobre o espaço público as políticas de transporte


orientadas pela cultura do automóvel incentivaram, mesmo que indiretamente a
expansão urbana e a dispersão de atividades, gerando maior consumo de energia e a
constante necessidade de implantação de novas vias e demais redes de infra-estrutura,
tais como a água, esgoto, eletricidade, aumentando assim o seu custo de implantação,
manutenção e uso.
A atuação do poder público agrava essa situação pelo isolamento -por meio de
grades, muros ou procedimentos intimidatórios -dos espaços públicos de uso coletivo,
visando atender a alegações de caráter essencialmente discriminatório: falta de
segurança gerada pela permanência, nas praças, parques e jardins, de "desocupados"
ou "suspeitos", ou falta de condições intelectuais para a participação popular em
atividades culturais".

A visão social no planejamento do espaço público Trabalhos alternativos,


flexibilização do tempo de trabalho, mais horas livres, estes fatos da vida
contemporânea conduzem a uma tendência de diminuição dos anos de serviço reais nos
principais países industrializados, exatamente no momento de um substancial aumento
da expectativa de vida.
O parque linear como instrumento de planejamento e gestão social das áreas de
fundo de vale urbana Os espaços lineares localizados entre eixos viários, possuem
potencialidade à atração das práticas de lazer e circulação de pedestres e ciclistas,
devido à sua maior superfície de contato com os diferentes usos do solo, atividades e
movimento de pessoas, características que atraem os usuários e qualificam o espaço
urbano.

Segundo Garabini (2004), “o tipo parque linear, agregado a fundos de vale,


apresenta- se como o espaço aberto, livre e de pouca manutenção, onde os
playgrounds e jogos lúdicos Especificamente em relação às áreas verdes
lineares”

Segundo Groome (1990) “diz que estes correspondem a espaços livres por
onde as pessoas podem circular sem perturbações de ruídos, poluição ou
perigos vários, escapando da dureza do ambiente urbano. “
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Acadêmica Jaqueline Amorim

O projeto de arquitetura da paisagem deve ser sempre um processo de


composição, capaz de envolver o programa de necessidades e aspirações, sítio e
preexistências, bem como relacionar as estratégias por meio das quais se procura unir
as partes para formar um todo, sem esquecer a simbologia do objeto, os quesitos
dimensionais e articulação entre este equipamento com o entorno urbano, os parques
lineares possuem algumas características peculiares que devem ser observadas na sua
concepção, devido a sua morfologia estreita e alongada. Membros do segmento médio
alto, no sentido social e econômico, usam parques públicos ao mesmo tempo em que
adquirem casas com jardim ou vivem em condomínios com infra-estrutura de lazer, e o
segmento de alto poder social e econômico pode substituir o espaço público aberto pelo
espaço privado aberto.
Estes podem ser vistos sob vários critérios, dentre os quais as dimensões físicas,
suas características geométricas, tipo de material e pavimento, topografia (aclive e
declive), segurança (separações físicas entre diferentes modais, presença de
obstáculos), presença de equipamentos, mobiliário urbano e rampas de acesso, que
poderão ser avaliados pelos usuários de acordo com o nível de serviço oferecido ou
pelos técnicos de acordo com o nível de utilização.
De uma maneira geral, segundo a autora, os parámetros técnicos referentes à
infra-estrutura de pedestres e bicicletas são extraídos a partir dos estudos
desenvolvidos para o transporte motorizado, onde as indicações são normalmente
incipientes, sem referência a hierarquia das vias, ao uso do solo, à interação com
estacionamentos e ciclovias, sem subsídios suficientes para o dimensionamento das
larguras das calçadas, nem para a inserção da infra-estrutura cicloviária na malha
disponível para a circulação do tráfego urbano.
Segundo a autora, são problemas encontrados nos manuais de apoio a projetos
para áreas de circulação de pedestres, o não fornecimento das indicações suficientes
para o dimensionamento das calçadas em relação à hierarquia das vias e o uso do solo,
e a falta de compatibilização das informações, que são empregadas separadamente,
mas que na realidade interagem num mesmo espaço.

Por uma evolução urbana de necessidade de resposta a novas situações sociais


e econômicas, os usos dos parques podem sofrer alterações que, embora não os
destrua, conferem-lhe novos conteúdos e assim criam um novo conjunto de espaços:
espaço dividido por elementos naturais e/ou construídos, espaço dirigido por noção
funcional e estética, espaço descontínuo ou interrompido por elementos naturais e/ou
construídos, espaço paisagístico finito.
Na história do planejamento, alguns urbanistas partiram das funções da
hierarquia das vias para o planejamento de bairros residenciais em que a rede viária
tinba como prioridade a segurança do pedestre e a constituição de áreas de convívio e
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lazer sem os inconvenientes do tráfego de veículos motorizados, à semelhança dos


objetivos de vários projetos atuais.
Moderação de Tráfego, ou Traffic Calming, tem uma atuação mais voltada para
a infra-estrutura viária urbana, tendo como objetivo melhorar a qualidade ambiental
das vias com a redução dos riscos de acidentes e dos níveis de ruído e poluição, obtidos
mediante o controle do volume e da velocidade do tráfego através de intervenções
físicas na estrutura viária tais como: estreitamento das vias, construção de plataformas,
almofadas, platôs, chicanas, sonorizadores, entre outras, e da ênfase na sinalização.

Gerência da Demanda de Transportes, ou Travei Demand Management, visa


tomar mais eficiente e efetivo o espaço viário, principalmente dos corredores de acesso
à área central e aos pólos geradores de tráfego, desestimulando o uso do carro
particular através da redução dos estacionamentos, incentivo ao uso de transportes
coletivos, estímulo ao trabalho em casa e uso da telemática. Os fatores como migração
e industrialização vêm provocando o inchamento das cidades e o aumento da população
em áreas periféricas que na maioria dos casos não possui infra-estrutura urbana.
Os emigrantes ao chegarem às cidades acentuam a proliferação de ambientes
degradados em situações extremamente precárias, restando-lhes apenas os espaços de
formação ilegal, como as favelas ou, então, as áreas de proteção ambiental e os
mananciais de preservação permanente. As implicações da falta de investimentos à
cidade social fazem com que haja o aumento dos desequilíbrios no ambiente, a
destruição dos ecossistemas urbanos, dos agravamentos dos problemas ecológicos,
envolvendo as áreas de mananciais, a questão do lixo industrial e as condições de
moradia, geralmente, em lugares insalubres. Ainda hoje, com o avanço da ciência e da
tecnologia, reduzindo o tempo e o espaço da sociedade, a população, em sua grande
maioria, tem ficado à margem do processo de desenvolvimento urbano.
Isto ocorre à medida que sua participação política, visando o incremento de
ações para uma sensível melhora das condições de vida das populações mais carentes,
não é relevante para reverter o quadro existente. cidade, lugar dos projetos de vida da
sociedade contemporânea, tornou-se o espaço da limitação dos direitos dos cidadãos,
no momento em que se observa o alastramento da miséria e da pobreza nos grandes
centros urbanos.

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