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Ótica Refrativa e

Instrumentação
Professora Ilda Abe
Luz

 Teoria eletromagnética
 Fótons
Relatividade

 Teoria da relatividade restrita (Einstein e


outros, 1905) – refere-se à comparação
entre mediadas efetuadas em diferentes
referenciais inerciais, que se deslocam com
velocidade constante uns em relação aos
outros.
 Teoria da relatividade geral (Einstein e
outros, 1916) – refere-se aos referenciais
acelerados e à gravitação.
Os postulados de Einstein

 Postulado 1: não se pode perceber o


movimento absoluto.
 Postulado 2: a velocidade da luz é
independente do movimento da fonte.
Os postulados de Einstein
Transformação de Lorentz

 Referenciais S e S´com
velocidade relativa V. Em
cada referencial estão
observadores com metros
e relógios que são
idênticos quando
comparados em repouso.
 As origens são
coincidentes no instante
Transformação de Galileu

 Relação clássica

 Estas relações são coerentes com as


observações experimentais, desde que V
seja muito menor que c.
Transformação de Galileu
Transformação de Lorentz
 A transformação de Galileu não é coerente com os
postulados de Einstein da relatividade restrita.
 Luz se propagando ao longo do eixo dos x, com
velocidade c em S, a velocidade da luz em S´

e não

 As equações das transformações clássica devem


então ser modificadas a fim de ficarem coerentes
com os postulados de Einstein.
Transformação de Lorentz
 Transformação relativística - Multiplicador constante

 Pulso de luz que parte da origem em S no instante t=0


Transformação de Lorentz
Transformação de
velocidades
 Partícula com velocidade

 no referencial S´, que está em


movimento para a direita com
velocidade V em relação ao
referencial S.
 A velocidade no referencial S é
Transformação de
velocidades
Transformação de
velocidades

 O longo dos eixos dos y, ou dos z


Transformação de
velocidades relatívística
Transformação de
velocidades inversa
Momento relativístico
 Vamos considerar dois observadores:
– o observador A está num referencial S e o observador B no
referencial S´.
 Cada observador tem uma bola de massa m.
– As bolas são idênticas, quando comparadas em repouso.
 Cada observador lança a sua bola com velocidade
vertical u0, de modo que cubra a distância L, colida
elasticamente com a outra bola, e retorne.
Momento relativístico

 Referencial S
Momento relativístico

 Referencial S´

Momento relativístico
 Componentes verticais das velocidades das duas
bolas
 Ponto de vista clássico: iguais e opostas
 Ponto de vista relativístico:

Referencial S´

Referencial S
Momento relativístico
 Expressão clássica do momento

 As componentes verticais dos momentos das duas


bolas não são iguais e opostas.
 Não há conservação do momento!
 No limite clássico o sistema se conserva.
Momento relativístico
 Definição de momento relativístico p de uma
partícula

Propriedades
1. Nas colisões o momento p se conserva.
2. Quando u/c se aproxima de zero, p se aproxima de mu
Momento relativístico
Velocidade da bola A no referencial S é u0
Momento relativístico
Velocidade da bola B
Momento relativístico

Conservação do momento
Momento relativístico
 Interpretação: massa do corpo aumenta com a sua
velocidade

 Massa relativística:

 Massa em repouso - massa de uma partícula que estiver


em repouso num certo referencial (massa própria): m0
 A massa aumenta então de m0 até
Momento relativístico
Energia relativística
 Considerando apenas uma dimensão
Energia relativística

 Primeira parcela depende da velocidade da


partícula.
 Segunda parcela é a energia em repouso
(energia própria).
Energia relativística total

Energia relativística total E: soma da energia


cinética com a energia em repouso.
Energia relativística

 Relação entre a energia total, o


momento e a energia em repouso.
Fótons
 Sistemas microscópicos: Física clássica x
Teoria quântica
 Descobertas experimentais e teóricas: 1880
a 1930
 Radioatividade ou raios X, espectros
atômicos, termodinâmica.
Radiação do corpo negro

 Cavidade provida de
uma abertura muito
pequena.
 A radiação que entra
na cavidade tem
pouca possibilidade
de sair dela.
Corpo negro – sistema Usualmente é toda
ideal que absorve toda a absorvida.
radiação que nele incide.
Radiação do corpo negro

lei do deslocamento de Wien


Radiação do corpo negro

 Termodinâmica clássica:

 k – constante de Boltzmann
Radiação do corpo negro

 Max Planck – 1900


 Quantum de energia

 h constante de Planck
Radiação do corpo negro
Catástrofe do ultravioleta
Efeito fotoelétrico

 Einstein (1905) – adotou a idéia de Planck


sobre a quantização da energia para
explicar o efeito fotoelétrico.
 O trabalho marca o início da teoria quântica,
e por ele, Einstein recebeu o prêmio Nobel
de física.
 Para Einstein a quantização da energia
era uma propriedade fundamental da
energia eletromagnética.
Efeito fotoelétrico

 Quando a luz incide


sobre uma superfície
metálica, provoca a
emissão de elétrons
pela superfície.
Efeito fotoelétrico

 Corrente fotoelétrica i
contra a voltagem V,
para dois valores da
intensidade da luz.
 Não há corrente quando
V for menor que –V0.
Efeito fotoelétrico

 Einstein demonstrou que este resultado


experimental poderia ser explicado se a
energia luminosa não fosse distribuída
continuamente no espaço, mas fosse
quantizada, como pequenos pulsos, cada
qual denominado fóton.
Efeito fotoelétrico
 Se  for a energia necessária para remover um
elétron de uma superfície metálica, a energia
máxima dos elétrons emitidos pela superfície
será

 Equação do efeito fotoelétrico de Einstein


 A grandeza  é a função trabalho,
trabalho,
característica do metal da superfície.
Tubo de raios X

 W. Roentgen – 1895
 Elétrons são emitidos
termicamente do
catodo aquecido C e
acelerados em
direção ao anodo A
pela diferença de
potencial V.
Raios X são emitidos do alvo quanto elétrons são
freados ao atingi-lo.
Raios X
Espectro contínuo de
raios X que é emitido
de um alvo de
tungstênio, para
quatro diferentes
valores de eV, a
energia dos elétrons
incidentes.

Para uma dada energia dos elétrons, há um mínimo


bem definido para os comprimentos de onda.
Raios X

 O valor do comprimento de onda mínimo


depende apenas de V, sendo o mesmo para
todos os materiais.
 Teoria eletromagnética clássica não pode
explicar esse fato. Não há razão para que
ondas com comprimento de onda menor
que um certo valor não devam ser emitidas
pelo alvo.
 Explicação: fótons
Raios X
Um elétron com energia cinética K é desacelerado
pela interação com um núcleo pesado do alvo, e a
energia que ele perde aparece na forma de
radiação como um fóton de raios X.
Raios X

 Se K´
K´ for a energia cinética do elétron após
a colisão, então a energia do fóton é
hf = K – K´
 E o comprimento de onda do fóton é
hc/ = K – K´
 Os elétrons no feixe incidente podem perder
diferentes quantidades de energia nessas
colisões, e em geral um elétron chegará ao
repouso apenas depois de várias colisões.
Raios X
 O fóton de menor comprimento de onda seria
emitido quando um elétron perdesse toda
sua energia cinética em um último processo
de colisão.
K´= 0
hc/min = K
min = hc/eV
 A existência de um comprimento de onda
mínimo é um fenômeno quântico.
Efeito Compton

 A natureza corpuscular da radiação foi


confirmada em 1923 pelas experiências de
Compton.
 Ele fez com que um feixe de raios X de
comprimento de onda  incidisse sobre um
alvo de grafite. Mediu
Mediu--se a intensidade dos
raios X espalhados como função de seu
comprimento de onda, para vários ângulos
de espalhamento.
Efeito Compton

 Compton apontou que se esta interação


fosse descrita como um processo de
espalhamento,, que envolvesse a colisão
espalhamento
entre um fóton e um elétron
elétron,, o elétron
recuaria e absorveria parte da energia.
 O fóton espalhado teria então menos
energia e, portanto, frequência mais baixa
que a do fóton incidente.
Efeito Compton
 Espalhamento Compton
de um raio X por um
elétron. O fóton
espalhado tem menos
energia, e portanto
maior comprimento de
onda que o fóton
incidente em virtude da
energia de recuo
atribuída ao elétron.
Efeito Compton
 A energia e o momento de uma onda
eletromagnética estão relacionados por

 Expressão relativística

 quando a massa m do fóton for nula.


Efeito Compton

 Conservação do momento

 Produto escalar
Efeito Compton

 Conservação da energia

 é a energia do elétron em repouso

 é a energia do elétron após a


colisão
Efeito Compton

 O resultado de Compton é

 A variação do comprimento de onda não


depende do comprimento de onda original.
Só depende da massa do elétron.

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