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A geopolítica considera a relação entre os processos políticos e as características

geográficas (como localização, território, posse de recursos naturais, contingente


populacional e geológico) — como topografia natural e clima e também os estudos
intercontinental avaliativo e interpretativo em relações com a ecologia (aspectos animais,
vegetais e humanos), nas relações de poder internacionais entre os estados e entre
estado e sociedade. Por isso, trata-se do envolvimento estatal em questões ambientais do
espaço - como as relações entre todas as formas de vida (inclusive o Estado, como
criação da vida humana fazendo parte da Pirâmide Ecológica) e o ambiente, o estudo
populacional (para que se propicie melhores condições de vida), a análise dos ciclos
biogeoquímicos da natureza e a conscientização da sociedade com as problemáticas da
expansão urbana e da agropecuária ofensivos ao funcionamento dos Ecossistemas no
espaço (perspectiva geográfico-ecológica) e no tempo (perspectiva histórica natural-
geológica). Para isso, exemplos destes envolvimentos pode-se citar o Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística (IBGE), o Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA),
o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (IBAMA) e o Instituto Nacional de Pesquisas
Espaciais (INPE).
O termo "Geopolítica" foi criado pelo cientista político sueco Rudolf Kjellén, no início
do século XX, inspirado pela obra de Friedrich Ratzel, Politische Geographie (Geografia
Política), de 1897.
As teorias geopolíticas clássicas pensavam o Estado como um organismo territorial, sendo
que essa comparação do Estado com um organismo foi proposta pelo geógrafo Friedrich
Ratzel em seu livro Geografia Política. Mas é importante destacar que esse autor usava a
palavra organismo não como metáfora biológica, e sim no sentido que o pensamento
romântico dava a esse termo, isto é, como uma unidade indissociável entre diversos
elementos naturais e humanos. Para Ratzel, o Estado agia como organismo territorial
porque mobilizava a sociedade para um objetivo comum, que era a defesa territorial, e
implementava uma série de políticas visando garantir a coesão da sociedade e do
território, unindo o povo ao solo.[2] Nesse sentido, a geografia política e a geopolítica
utilizam os conhecimentos da Geografia Física e da Geografia Humana, interrelacionadas
com a Ecologia, para orientar a ação política do Estado.
Para José W. Vesentini:

A palavra geopolítica não é uma simples contração de geografia política, como


“ pensam alguns, mas sim algo que diz respeito às disputas de poder no espaço
mundial e que, como a noção de PODER já o diz (poder implica dominação, via
Estado ou não, em relações de assimetria enfim, que podem ser culturais,
sexuais, econômicas, repressivas e/ou militares, etc.), não é exclusivo
da geografia.[3]

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