Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1. DA ANT ICRESE
suas diferenças com o penhor e a hipoteca, bem com o pela possibilidade de incidência
em provas. Regula-se pelos arts. 1.506 a 1.510 do C C , sendo certo que nos term os do
art. 1.225:
transferência da posse direta da coisa para o credor anticrético para que possa fruir de
devedor para o credor anticrético, com o fim de que possa explorá-la econom icam ente
principal. Possui, portanto, a finalidade de perceber frutos e rendim entos, sendo certa a
obrigação do credor de prestar balanço anual, vez que figura na adm inistração do
bem .
Adem ais, é possível por convenção entre as partes que os frutos sejam
im putados a título de juros, desde que não seja excedente à taxa m áxim a perm itida,
casos em que o correspondente que ultrapassar o lim ite deverá ser utilizado para
Art. 1.506. Pode o devedor ou outrem por ele, com a entrega do imóvel ao credor,
ceder-lhe o direito de perceber, em compensação da dívida, os frutos e
rendimentos.
§ 1º É permitido estipular que os frutos e rendimentos do imóvel sejam percebidos
pelo credor à conta de juros, mas se o seu valor ultrapassar a taxa máxima
permitida em lei para as operações financeiras, o remanescente será imputado ao
capital.
O utrossim , perm ite-se que o credor anticrético explore tanto diretam ente o bem
anticrético, conform e art. 1.423 do C C , o qual tam bém estabelece o prazo m áxim o de
15 anos que, vencido e rem anescente parte da dívida, passa-se o credor a ser com um
(quirografário), hipótese em que lhe será possível excutir o bem pelo concurso de
credores, m as não pela anticrese, a qual não lhe confere tal direito (atenção: verificar
Art. 1.423. O credor anticrético tem direito a reter em seu poder o bem, enquanto
a dívida não for paga; extingue-se esse direito decorridos quinze anos da data de
sua constituição.
a transferência da posse direta ao credor anticrético e, para que lhe seja atribuída
prejudicam , sendo possível a coexistência sobre o m esm o bem , até m esm o em razão
ações anticréticas, que tanto podem ser em favor do credor, quando deseja a posse do
bem dado em garantia (direito de sequela de se im itir na posse do bem que está com
Todavia, pode lhe ser possível excutir o bem com o credor com um , com o no caso de
acessoriedade das garantias reais. Do m esm o m odo ocorre pelo term o final do
extingue-se pelo perecim ento da coisa, já que im pede a fruição dos frutos e
rendim entos, bem com o pela desapropriação, a qual reverte em indenização e não
garantia não está sobre o bem , e sim sobre os seus rendim entos, o que faz com que a
garantia não subsista para satisfazer o crédito da obrigação principal nas hipóteses em
pelo Direito Adm inistrativo e descartada por certos autores no estudo do Direito C ivil.
direitos reais sobre bens públicos, sob a perspectiva da função social tam bém para
Lei nº 11.481
Art. 22-A. A concessão de uso especial para fins de moradia aplica-se às áreas de
propriedade da União, inclusive aos terrenos de marinha e acrescidos, e será
conferida aos possuidores ou ocupantes que preencham os requisitos legais
estabelecidos na Medida Provisória no 2.220, de 4 de setembro de 2001.
requisitos da MP que pudessem ser reconhecidas concessões de uso especial para fins
uso especial para fins de m oradia, nos casos em que a área total não exceder, por
usucapião.
vedada, m as sim de concessão de uso especial para fins de m oradia, fenôm eno de
O utrossim , a lei dispõe que o instituto não se aplica a im óveis funcionais, afetos
à própria adm inistração pública, bem com o que pode se dar em outro local, para os
casos em que a ocupação se der em : bem de uso com um do povo; destinado a projeto
m ulher, independentem ente do estado civil, e não poderá ser reconhecida por m ais de
posse, a qual consiste na som a dos tem pos da posse pelo herdeiro quando já resida no
Ainda, é possível que o bem concedido seja objeto de outros direitos reais, com o
ordenam ento.
adm inistrativa, portanto constituída por ato adm inistrativo ou por sentença, sendo
certo que am bos devem ser levados ao RGI para registro e eficácia erga omnes.
Pode ser rem unerada ou gratuita, por tem po certo ou indeterm inado, para
de uso especial de m oradia, já que esta é estrita para terrenos da União e vinculada ao
Ainda, difere do direito real de uso, no qual há utilização do im óvel pela própria
pessoa ou sua fam ília, e eventual fruição vinculada ao seu sustento e subsistência,
apesar de tam bém ser possível entre particulares. A diferença, portanto, reside na
adm inistrativos e tributário, bem com o despesas do bem , sendo certo que o direito é
transm issível, inter vivos ou mortis causa, vinculado à finalidade urbana precípua.